O CEO Conhece O Amor
img img O CEO Conhece O Amor img Capítulo 5 Continuação 1
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Capítulo 5 Continuação 1

Parte 5

Como muitas coisas precisavam de assinaturas suas, eles apareciam, disfarçando sua pressa e enrolavam um pouco antes de irem embora carregando a assinatura.

Fora isso não apareceu mais ninguém, nenhum amigo, nenhuma de suas amantes, nem mesmo um vizinho. Foi uma constatação triste e pesada de que precisava mudar sua vida e depressa.

Não foi fácil compreender essa verdade e começou a ficar ressentido com as pessoas, mas ele era o maior culpado por essa atitude.

Quando teve que usar uma cadeira de rodas durante um tempo, se sentiu um inútil durante os seis meses após sair do hospital e seu humor só piorava.

Começou a perceber que seus empregados em casa o evitavam com medo de suas respostas e de seu humor pesado.

Ele até admitia que estava insuportável, mas a dor no corpo, o incômodo de ter que usar aquela cadeira de rodas e a quantidade de remédios lhe dava uma sensação desagradável de vida perdida. De não ter ninguém de verdade ao seu lado.

Foi a primeira vez que ele sentiu solidão de verdade e entendeu o quanto isso é desagradável e machuca. Descobrir que não tinha pessoas que o queriam de verdade por quem ele era e não pelo que representava, era muito difícil e entendeu que uma mudança seria necessária.

Ele não confiava nas pessoas, nunca confiou na verdade, mas ver que elas não se importavam com ele por nada, foi dolorido.

Apesar de um pouco chato ás vezes, mandão e sério, ele não era uma pessoa ruim, apenas era exigente em sua vida e queria as coisas ao seu modo. Isso não é errado e nunca foi um pecado.

Mas entendeu que não era bem assim que ele era visto pelos outros. E foi prestando atenção nisso.

E se com esse acidente, ele tivesse morrido? Será que algum deles iria sentir sua falta? Alguém iria a seu enterro por boa vontade?

Talvez não. Ou talvez quem sabe, eles aparecessem só pra ter certeza de que estava mesmo morto.

Apesar dessas lembranças, abriu um sorriso sincero ao relembrar sua última conversa com um dos sócios. Teve uma conversa séria e demorada com ele. O avisou que estava decidido a vender tudo o que tinha depois que se sentisse melhor.

Queria se afastar para repensar melhor a vida para tentar melhorar sua saúde que ficara abalada com o acidente e sua mente que estava contaminada com a vida cotidiana e sua correria. Precisava parar.

- Está seguro disso? - Rômulo estava sentado no sofá confortável e grande de frente pra ele e o olhava com cara incrédula.

- Total. Já pensei muito - se ajeitou na cadeira de rodas e engoliu os comprimidos para dor.

- Você bateu forte a cabeça, não foi?

- Bati, mas não foi por causa disso que repensei minha vida - riu e esfregou o rosto, passando a mão pela marca da cicatriz - Eu só estou cansado e repensar a vida é natural.

- Sim, eu sei disso e entendo. Mas tire férias então. Passe um tempo longe dos negócios. Não tem que fazer isso agora - gesticulou - É uma loucura - ele franziu o cenho.

- Não é loucura Rômulo - balançou a cabeça - Um homem tem o direito de repensar seu comportamento e mudar de vida, não tem?

- Sim, claro que tem, mas não depois de um acidente grave que quase o matou - se inclinou pra frente - Você não está se consultando com um terapeuta? Isso ajuda muito.

- E porque eu preciso de um? - deu de ombro - Eu não estou louco, apenas quero mudar meu rumo - pausou um instante - Rômulo, eu vou fazer trinta e seis anos - suspirou - E não tenho uma família, amigos... Nem mesmo um cachorro. Ninguém se importa comigo.

Rômulo revirou os olhos fazendo careta.

- Se a questão for essa, é fácil de resolver. Eu posso te comprar um cachorro agora mesmo. Até um gato, assim você tem os dois - abanou a mão no ar - E mulher você arranja fácil. Viva com ela, curta um bom sexo e depois tenha um filho - bateu as mãos - Pronto! Aí está. Uma família completa. É só isso?

- Não é desse jeito - balançou a cabeça - Você não quer me entender. Eu realmente preciso de uma mudança, eu sinto isso dentro de mim. É algo forte.

- Dentro de você só tem um monte de porcarias que bebe e come e agora esses remédios, que estão subindo pra sua cabeça e te deixando dopado e alucinado. Você não pode vender tudo!

- Não fique nervoso. Eu sei que a decisão parece ser de última hora, mas é o melhor. Acredite em mim - afirmou.

- Ok... E que diabos você vai fazer? Já pensou bem nisso? Em uma semana você vai estar de saco cheio, agoniado, entediado até os ossos e vai se arrepender.

- É, pode ser que sim - riu - Mas eu não preciso me preocupar com isso agora, não é?. Uma coisa que não vou ter é problemas com dinheiro - deu de ombros. - Sempre fui organizado e soube investir. Eu tenho dinheiro pra gastar o quanto quiser pro resto de minha vida. Quando, e se eu me enjoar do que estiver fazendo, eu faço algo de novo. Não tenho que me preocupar.

- E por que diabos você tem que se mudar?

- Porque me cansei daqui - abriu os braços - Eu quero me afastar de tudo o que eu já conheço e vivi aqui. Não me sinto mais confortável por aqui. E não vou me desfazer dos imóveis todos, só de algumas filias das empresas. Não quero mais esquentar a cabeça com papelada e burocracia – balançou a mão - Ficar dias até tarde trancado no escritório, lendo e-mails, recebendo chamadas, viagens de negócios o ano todo – suspirou - Eu estou cansado, Rômulo. Tinha dias que eu nem sabia o nome do lugar onde estava dormindo.

Rômulo ficou espantado e surpreso com essa novidade. Era muito sério o passo que Gustavo queria dar. Jogar tudo pro alto e virar do avesso a vida, de uma hora para outra... Nem todos podem ou têm coragem pra isso.

- Sei que é algo estranho de ouvir, ainda mais vindo de mim, que sempre fui focado nos negócios, mas essa experiência de quase morrer, ficar um tempo preso em uma cama de hospital e ver como as pessoas me vêm e são com relação a mim, me fez mudar - suspirou pesado, olhando para o chão - E ficar preso nessa cadeira de rodas é ainda mais complicado. Eu pensei muito, tive tempo pra isso. Tenho certeza de que isso é o certo pra minha vida. Recomeçar.

Gustavo sabia bem que Rômulo não estava mesmo interessado em sua felicidade pessoal, em sua paz de espírito e sim na dele.

Durante o tempo no hospital ele só apareceu quatro vezes e ainda assim para resolver problemas da empresa, carregando uma pasta de documentos pra que ele lesse e assinasse tudo.

- Estou seguro de que você, junto com os outros sócios, vão dar continuidade aos negócios sem problema maior. São muito eficientes.

E já no dia seguinte á essa conversa com Rômulo, ele colocou tudo á venda e foi uma surpresa ver que tão rápido como cogitou, os abutres do mundo financeiro correram para aproveitar a grande oportunidade, ainda que um pouco desconfiados do real motivo dele para fazer tal coisa. Poucos souberam da gravidade de seu acidente.

Alguns mais desconfiados não acreditaram no início, até por não saberem detalhes do ocorrido e dessa decisão, mas depois o boato se espalhou e as empresas foram vendidas e com lucro, a maioria para os sócios mesmo e poucos de fora. E isso foi melhor ainda. Eles dariam continuidade ao que ele iniciara e sua conta estava mais gorda e abarrotada. Isso o deixava mais confortável para recomeçar.

Autora: Ninha Cardoso

                         

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