A descoberta do amor
img img A descoberta do amor img Capítulo 6 Dúvidas
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Capítulo 8 Companheiro de Sara img
Capítulo 9 O erro de Fabrício img
Capítulo 10 Declaração e o acidente img
Capítulo 11 Eu te amo! img
Capítulo 12 Protegida img
Capítulo 13 O ciúme e a tarde de amor img
Capítulo 14 Volta as aulas img
Capítulo 15 Sentimentos do Fabrício img
Capítulo 16 A festa img
Capítulo 17 A briga img
Capítulo 18 O trato img
Capítulo 19 Não quero que ele te machuque img
Capítulo 20 Provocações img
Capítulo 21 A vida com os avós img
Capítulo 22 A loucura da avó img
Capítulo 23 Voltando para casa img
Capítulo 24 Reconciliação img
Capítulo 25 Epílogo img
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Capítulo 6 Dúvidas

[Erick]

Quando ela veio pra cima de mim colocando as mãos na minha barriga, senti meu corpo quente. Se aproximou e quando vi que ia me beijar, a segurei pela cintura e correspondi seu beijo. Ela vai me enlouquecer, estou sentindo isso! Acho que me arrependi do que prometi.

Sabia que ela ia me deixar louco, estava tão bom ali com ela, esqueci de tudo naquele momento, só pensava em nós dois, mas ela saiu do nada me fazendo cair de quatro no sofá. Me deixou louquinho e depois falou que estava bom. Tudo bem... Tenho que me controlar agora. Ela é ótima!

- Vai ou não?

- Acho melhor eu ficar por aqui mesmo.

Ela está com medo de alguma coisa?

- Aqui no corredor? - perguntei, rindo.

- Eu acho muito aconchegante.

Essa é boa!

- Está com medo de alguma coisa? - Tive que perguntar, ela fez uma expressão engraçada.

- Não.

- Então vamos.

- Tá bom.

Abri a porta e acendi a luz. Ela ficou parada na porta olhando. Segurei sua mão e a puxei para dentro.

- Fica tranquila.

- Não estou nervosa.

Até parece! Qualquer um ver isso de longe.

- Senta aí.

Ela sentou no sofá segurando os joelhos. Sentei do seu lado e liguei a TV.

- O que o Wallace quis dizer com aquilo que falou?

- O que?

- De você ter um gostinho saboroso. - Percebi que ela ficou meio pálida.

- Er... É porque aquele idiota me beijou.

O que? Ele tem sérios problemas!

- Te beijou? - perguntei torcendo para ser brincadeira. Ela concordou com a cabeça. Por essa eu não esperava. - Você gosta dele?

- O que? Que nojo!

Ficamos nos olhando em silêncio por uns segundos.

- Porque essa pergunta?

- Porque geralmente as pessoas que se odeiam, no fundo se amam.

- Impossível! Só de vê-lo, já sinto vontade de voar no pescoço dele! - Riu.

Tá bom, gostei dessa resposta!

- Quando que ele fez isso?

- No dia que eu caí da escada.

Está de brincadeira né? Fiquei quieto olhando nos olhos dela.

- Ele me achou no meu esconderijo da escola e foi lá me agarrar. Sentei a mão na cara dele! Acho que foi o tapa mais forte da minha vida. Minha mão ficou latejando um tempão.

Como não rir com ela?

- E o que achou do beijo dele?

Ela me olhou espantada.

- O que? - perguntou agora rindo.

- O que você achou do beijo dele, ué?

- Não prestei atenção nisso! Só pensei em quebrar o nariz dele. Por que você está fazendo tantas perguntas?

- Curiosidade.

Não, precisava saber se ela gosta do imbecil!

- Por quê? Está com ciúme?

- O que?

Será que está muito na cara?

- Acho que você está com ciúmes - falou se aproximou de mim. Acho melhor você ficar aí onde está!

- Talvez eu esteja...

Ela sorriu e me beijou.

- Sua mãe... É legal?

Ela está com medo da minha mãe? Essa boa...

- É claro!

- E como ela reage quando você traz meninas pra cá?

- Nunca trouxe meninas pra casa.

[Carol]

Cara ir pra casa dele? Acho que isso não vai prestar. E se a mãe dele me colocar pra fora?

Entrei quase que correndo de volta. Morrendo de medo...

Espera nunca trouxe meninas pra casa? Como assim?

- Está brincando comigo? - perguntei esperando que ele dissesse sim.

- Não, porque brincaria com isso?

Levantei rápido e ele levantou também.

- O que foi?

- Vou embora!

Ele riu. Não estou fazendo piadas!

- Ela não vai fazer nada.

- Como você sabe? Nunca trouxe ninguém.

- Quer ir para o meu quarto?

- Ficou doido? - perguntei nervosa.

- Calma... É só porque, já que você está tão nervosa, a gente vai pra lá e se ela chegar e você quiser já pode entrar direto pra casa já que a sacada é perto.

Ah! Entendi e gostei.

- Eu topo!

Seguimos para o quarto dele. Era tão arrumado, não estou acostumada com isso, Fabrício deixa tudo jogado.

- Senta aí. - Sentei na cama. - Não precisa ficar assustada.

- Não estou assustada.

Ai meu Deus, será que a menina já foi?

- Tá certo.

Por que ele ri de mim?

Levantei e fui para a sacada, ele veio atrás. Olhei para a minha casa e vi a luz do quarto do Fabrício acendendo e apagando.

- O... Que... Que... - Erick ria atrás de mim.

- Acho que eles estão ocupados ainda.

Não tem graça! Eu quero ir embora!

- É hoje...

- Está tão ruim assim ficar comigo?

Virei para ele, que me olhava fazendo biquinho.

- Claro que não.

- Então relaxa!

Não dá! É muito tenso ficar aqui na sua casa!

- Mas você deve estar querendo fazer suas coisas e eu estou te atrapalhando.

- Não está atrapalhando. - Ele sorriu.

- Ok... Mas é estranho ficar aqui - Confessei.

Voltamos para o quarto e me sentei na cama.

- Por quê? - Ele deitou nela.

- Eu não me sinto bem na casa de meninos.

Erick me encarou. Falei algo errado?

- Você já foi à casa de muitos meninos?

- Não, não... Nunca. E é por isso mesmo.

Ele riu. E ficamos em silêncio. Aí! O silêncio me irrita. Olhei para o lado e ele olhava para o teto enquanto acariciava a barriga. Para! Por que ele faz isso perto de mim? Só pode ser para me ver louca!

Tirei a mão dele e puxei a camisa para baixo, ele me olhou sorrindo.

- Deixe-a escondida, por favor.

Ele sorriu de lado e colocou a mão na borda da camisa. Espera ele está tirando ela? Só pode ser pra me provocar.

[Erick]

Olhava o teto, perdido em pensamentos e voltei a mim quando senti a mão dela tirando meus braços da minha barriga e puxando a blusa para baixo. Ah! Vou ter que provocar...

Tirei a camisa e ela arregalou os olhos e depois virou as costas, olhando para o canto do quarto.

- Coloca isso...

Acho que alguém está incomodada.

- Por quê? Está muito calor aqui.

Ela bufou e ficou um tempo de costas e depois virou para mim. De repente subiu na cama, ficando por cima de mim com uma perna em cada lado da minha cintura. Por essa eu realmente não esperava...

Ela começou a beijar meu pescoço e desceu para o meu peito. Puxei ela com as mãos em seu rosto para beijá-la. Enquanto me beijava, ficou deslizando a mão para cima e para baixo, indo do meu peito até minha barriga. Depois levantou da cama e foi para varanda de novo. Não é possível! Assim eu vou ter que ser internado no hospício!

Fui atrás. Ela estava olhando a rua com os braços apoiados na cerca da varanda, fiquei ao seu lado.

- O que foi?

- Eu disse que ia tirar casquinha só amanhã. Mas você fica me seduzindo.

Tive que rir.

- Mas eu disse que você podia mexer o quanto quisesse.

Olhei pra ela que fez um olhar de satisfação. Essa não! Deveria ter ficado quieto. Carol me colocou encostado na cerca e me beijou, mas sem passar a mão na minha barriga, estava acariciando meu cabelo.

Nos beijamos por um bom tempo. Adorava o beijo dela.

Escutamos um barulho na porta da varanda da casa dela e ela se separou de mim rápido. Olhei para a sacada e o Fabrício apareceu. Ele chegou mais perto para ver a gente. Ops! Acho que está irritado...

- O que você está fazendo aí? - perguntou com as mãos na cintura.

- O mesmo que você fez aí!

O que? Não acredito que ela disse isso! Eu vou morrer...

- O que? - Fabrício gritou e ela riu.

- Estou brincando, Fabrício. Até porque não sei o que você tava fazendo exatamente pra falar se eu fiz igual.

Para de falar besteira, estamos no 4° andar, ele vai me jogar daqui!

- Fabrício ela está brincando, tá? Só a chamei pra vir aqui porque não tinha pra onde ir - Me defendi antes que ele me matasse. Carol riu de mim.

- Tá certo.

Acho que ele não acreditou...

- Vem pra cá agora! - falou nervoso com ela.

- Daqui a pouco eu vou.

Ele a olhou com raiva.

- Agora!

- Não!

- Carol!

- Eu!

- Vem pra casa! - falou um pouco mais alto.

- Vou me despedir do Erick e vou.

- Então faça isso logo!

- Não vou fazer isso na sua frente!

Ela quer me ver morto...

- Vou entrar e contar até 3, se você não entrar, te puxo daí! - Entrou em casa. Fiquei olhando ele entrar e me assustei com ela, que me agarrou e me beijou.

- Só mais uma casquinha antes de dormir!

Dei uma risada e ela pulou a sacada. Fiquei ali olhando até que ela chegou na porta do quarto, virou pra mim, sorriu e entrou.

[Fabrício]

Encontrei uma antiga amiga da escola no trabalho, a gente conversou bastante e quando estava saindo, a vi parada perto da porta.

- Então... Tem algo marcado pra hoje?

Por que isso sempre acontece? Não que eu esteja reclamando né.

- Bem não tenho nada, por quê?

- Não quer sair comigo?

- O que você tem em mente? - perguntei sorrindo.

- Ah... Sei lá. O que você gosta de fazer?

- Topo qualquer coisa.

Ela sorriu maliciosa.

- Então vamos dar uma volta sem rumo.

- Pode ser.

Andei com ela pela cidade um pouquinho e paramos em uma praça. Ela sentou no banco e me chamou para acompanhá-la. Sentei.

Ela tinha os cabelos negros e olhos castanhos, lembro que na escola era a mais feinha e quietinha da turma. Como o tempo muda as pessoas, não é?

Ficamos conversando um pouco ali. De repente o assunto acabou e eu não tinha mais nada pra falar, ia abrir a boca pra falar que ia pra casa, quando ela me puxou pela blusa e me beijou. Eita! Começou a passar a mão por dentro da minha camisa. Assim eu não consigo. Todos estão de prova que dessa vez não fui eu que dei em cima de ninguém!

- Que tal a gente ir lá pra casa? - perguntei quando ela desceu os beijos para o meu pescoço.

- Você mora sozinho?

- Não, mas minha irmã nem deve estar lá.

- Então vamos.

Chegamos e a Carol estava. Caramba achei que ia estar na rua. Depois que cheguei com ela, Carol fez questão de falar que ia sair de novo. Ela adora me desafiar! Nunca vi igual. Ainda me faz passar vergonha. Ela vai ver só uma coisa!

Deixei ela sair porque tinha outras coisas pra fazer, se é que você me entende né?! Enfim, depois que ela saiu com o Erick, eu e a garota fomos para o meu quarto, nem lembro o nome dela, mas isso não importa!

Quando ela foi embora, fui para a sacada respirar um pouquinho e vi a Carol na sacada do Erick e ele sem camisa. Mas o que ela anda fazendo que eu não sei? Me respondeu o mesmo que eu, fiquei louco! Como assim? Não! Minha irmãzinha não pode fazer essas coisas ainda! Não pode! Fiquei irritado e pedi pra ela entrar, ainda ficou me respondendo!

Sorte a deles que eu não tinha forças no momento.

            
            

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