A DIVIDA E O DONO DO MORRO
img img A DIVIDA E O DONO DO MORRO img Capítulo 7 7
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Capítulo 7 7

Fael narrando

Eu encaro o cara morto na minha frente e coloco a arma na minha cintura. Encaro Juliana que estava paralisada em pânico olhando para ele morto no chão da sua sala.

- Agora você me deve uma vida também. - Eu falo olhando para ela que me encarava com os olhos arregalados.

- Eu - Ela tenta dizer algo mas não consegue.

- Mateus leva a Juliana para casa da amiga dela. Aquela Rafaela lá - Eu falo para Mateus que se aproxima dela.

- Ei mina - Ele diz encostando no ombro de Juliana e ela leva um susto dando um pulo - Coloca uma roupa e vamos.

- Anda Juliana. Precisamos tirar o corpo daqui.- Ela me olha e se levanta se tremendo toda , estava nervosa, bem nervosa.

- Eu vou trocar de roupa. - Ela diz quando sem conseguir falar.

Ela troca de roupa e Mateus tira ela de lá.

- Oque vamos fazer com o corpo? - Filipe pergunta

- Joga na frente do morro para os amigos dele. - Eu falo olhando para ele - E avisa que quem subir atrás da Juliana , vai ter o mesmo destino.

Filipe assente.

Eu saio do morro e vejo quando Mateus ia levando Juliana.

- Espera - Eu grito e vou até ela. Só que com o barulho do tiro e a movimentação atraiu muita gente para fora. - Você tá bem? - Juliana me encara assustada.

- Sim. - Ela diz olhando para os lados e depois me olhando.

- Tira folga amanhã. - Eu falo virando às costas e vejo que ela solta a respiração.

Juliana narrando

Eu chego na casa de Rafela nervosa e desesperada.

- Oque foi? - Ela pergunta.

- Fael mandou ela ficar aqui. - Mateus diz para ela.

Eu abraço ela e começo a chorar muito .

- Oque aconteceu? - Rafaela pergunta mas não conseguia responder.

- Tentaram pegar ela - Mateus diz - Acode tua amiga ai. - Ele diz saindo e Rafaela me leva para dentro.

A mãe da Rafaela me dar um copo de água e ela me abraça forte e eu só conseguia chorar.

Eu não acredito que eu estava passando por tudo isso por causa do meu pai.

Três semanas depois...

Eu estava morta de cansada, quase joguei o despertador longe quando começou a tocar, eu mal conseguia abrir os olhos. Trabalhava todos os dias na casa do Fael das 7h a umas 15,16h, e depois no bar das 18h a 00h.

Eu ainda estava nervosa com tudo que tinha acontecido, ver aquele cara sendo morto na minha frente me deixou com crises de pânico e pesadelo. Mas tentava esquecer tudo, mas era difícil quando eu trabalhava na casa do demônio.

Abro a geladeira e a unica coisa que ainda tinha era leite, tomo um leite gelado mesmo antes de ir para casa dele.

Dona Zélia tinha ido viajar, iria ficar alguns dias fora, eu estava sozinha na casa do Fael.

- Bom dia - Ele fala assim que entra na cozinha, eu já tinha colocado a mesa do café.

- Bom dia - Eu falo para ele.

Sempre que ele estava no mesmo lugar que eu , ele me olhava,ele me encarava o tempo todo, para onde eu ia ele ia me encarando.

- Você está cada dia mais magra - Ele fala e eu olho para ele.

- Por acaso eu estava gorda? - Eu pergunto.

- Nunca esteve - Ele fala e eu olho para ele.

Toda oportunidade que ele tinha de dar encima de mim, ele dava, confesso que eu achei que ele fosse diferente, que ele iria tentar me agarrar e bater no peito que era o dono do morro, mas ele me respeitava , por mais que ele fosse un safado, ele me respeitava.

- Eu queria saber se eu posso pagar o aluguel desse mês no proximo mês - Ele bebe um gole do seu café - Eu só vou receber mês que vem e eu pago os dois mêses.

- Vou avisar Filipe para te cobrar mês que vem - Ele fala sério.

-Obrigada -Eu respondo.

- Você não está com fome? - Ele pergunta.

- Não - Eu respondo - Eu comi antes de sair de casa, obrigada - Eu falo para ele quase dizendo que sim eu queria comer.

As vezes quando ele não estava em casa eu comia por aqui, comia alguma fruta, algum pedaço de pão, mas sempre morrendo de medo que ele voltasse e me pegasse ali comendo as suas coisas. Dona Rosa sempre me dava a noite alguma coisa para comer, sua casa era atrás e ela sempre fazia janta para os seus netos e me dava um prato de comida e era a refeição que eu tinha. Santa dona Rosa que me salvava em uma refeição por dia.

Era muito triste está em uma situação como essa, mas não sabia oque fazer e nem para onde correr. Eu tinha medo de sair do morro e realmente ter gente querendo me matar.

- Pergunta oque você quer perguntar - Ele fala vendo que eu estava meio inquieta .

- Por quanto tempo você vai me fazer ficar aqui? - Eu pergunto para ele.

- Cada mês seu salario é equivalente a mil reais - Ele diz - Oito mêses e você ta liberada. - Assinto com a cabeça.

Eu me viro para a piá e começo a lavar algumas louças, até que sinto o seu corpo atrás de mim.

- Oque você ta fazendo? - Eu falo para ele.

- Colocando a louça suja na pia - Ele fala me encoxando.

Eu me viro para frente para empurrar ele e e acaba que os nossos rostos ficam bem pertos.

- Se você queria me beijar poderia ter dito - Ele fala.

- Você é muito - Eu tento falar mas ele tampa a minha boca com a sua mão.

- Controla a sua boca - Ele fala um pouco mais seco, ele tira a mão da minha boca e eu solto a respiração.

            
            

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