ㅡ Eu aceitaria. ㅡ Jackson falou tranquilamente enquanto chupava um pirulito que roubou dali. ㅡ e faria com que ele gastasse muito comigo também.
ㅡ Mas a questão é que se ele dá algo, ele também irá querer. ㅡ Yejun falou.
ㅡ Exato! ㅡ falei com os olhos abertos. ㅡ e tudo bem, talvez eu queria dar, mas... eu não quero que seja uma troca.
ㅡ Qual o problema realmente? ㅡ Taeshin se inclinou sobre o balcão, roubando um pirulito também.
ㅡ Ela é o problema. ㅡ falei, sequer foi preciso de mais para que entendessem.
ㅡ Ela não está aqui, Koo. E ela não manda mais em você.
ㅡ Mas se ela souber que eu tô com um homem... se ela só desconfiar, eu não vou nunca mais poder ver a vovó.
ㅡ Nós não deixaríamos isso acontecer. É você quem paga todos os meses para que sua avó tenha um tratamento digno naquele hospital caro.
ㅡ É capaz até dela ficar feliz quando souber quem é Park Hyun-Suk, interesseira do jeito que é...
Suspirei, detestava pensar nela. Detestava tudo que me levasse a ela, mas ainda tinha minha avó. Uma mulher idosa, com problemas de saúde e que precisava de mim.
ㅡ Vamos esquecer ela. ㅡ Yejun falou, sentando-se sobre o balcão. ㅡ o que você acha da sua relação com o Park?
ㅡ Eu gosto. Mas ontem... ele me ofendeu quando deixou explícito que me daria dinheiro. Eu não me importaria se isso acontecesse, mas o modo em como ele falou, como se aquilo fosse capaz de me comprar, eu fiquei muito bravo.
ㅡ Então fale isso para ele. Diga que o dinheiro dele não muda quem você é. Fale o que sente e ponto.
ㅡ Não posso. ㅡ murchei ainda mais. ㅡ ele também deixou claro que não quer um relacionamento comigo. Ele só quer sexo.
ㅡ Temos um problema então. ㅡ Taeshin girou o pirulito sobre os lábios, me encarando. ㅡ você já está apaixonado por ele, então é melhor dar um fim nisso.
ㅡ Eu não estou apaixonado! ㅡ falei com convicção.
ㅡ Tem certeza? ㅡ Ele arqueou uma sobrancelha. Parecia até mesmo me julgar.
ㅡ Claro! ㅡ respondi com mais convicção ainda.
ㅡ Ok, então. ㅡ disse simples, olhando para eles.
ㅡ Mas o que eu faço? ㅡ eu me sentia perdido. Tinha agora medo de prosseguir naquilo tudo e me perder ainda mais. Mas também não queria ter que parar de ver o Park, eu estava gostando do que parecíamos ter.
ㅡ Você quem tem que saber. ㅡ Jack disse. ㅡ O que isso será? Uma parceria de sexo? Se for isso e se é o que quer, não tem problema. Até porquê... uma foda amiga sempre é boa... ㅡ e com um sorriso ladino, seus olhos foram para Yejun.
Taeshin revirou os olhos enquanto eu ria.
ㅡ Mas eu aceito o apartamento?
ㅡ Depende. ㅡ Jackson falou, também girando o pirulito entre a boca. ㅡ se ele tiver uma sacada com paisagem pra cidade, um closet cheio de marcas caras e uma hidromassagem que caibam vocês dois até mesmo fodendo, sim. Se não, exija isso antes.
ㅡ Jack! Falo sério, poxa...
ㅡ Eu também, ué. Se ele diz que quer que você tenha o melhor, então exija o melhor. Não seja tão tolo, Jaejun.
ㅡ Talvez se você falar com ele, ele possa até mesmo trazer sua vozinha para cá, as clínicas daqui são melhores.
ㅡ Não pira. ㅡ olhei para Yejun. ㅡ eu não vou pedir isso. Além dela não permitir a vovó vir, eu tenho vergonha. É demais...
ㅡ Demais? ㅡ Jack negou. ㅡ Jaejun, quando você tem oportunidades assim, você precisa agarrá-las.
ㅡ Mas eu não sou um gigolô, Jack! Não sou e nem quero ser.
ㅡ Claro que você não é, mas é um gostoso que tem um homem aos seus pés que está oferecendo coisas melhores para a sua vida. Só estou dizendo para aproveitar um pouco disso.
Suspirei cansado, sinceramente, minha mente havia ficado mais confusa do que antes.
ㅡ Eu preciso pensar. Eu disse a ele que pensaria...
ㅡ Então pense com cuidado e sem pressa. Não é ruim querer o melhor para si próprio. Você não está roubando ou se vendendo.
ㅡ Tudo bem...
ㅡ Agora ok, com qual roupa você irá hoje? ㅡ ele mudou completamente a feição, agora sorria, ansioso.
ㅡ Não sei.
ㅡ Como assim, Koo? Você não pode sair de qualquer jeito.
ㅡ Não vou, mas pensei em vestir aquele conjunto de moletom que o Jack me deu.
Jackson torceu o nariz, buscando o celular do bolso.
ㅡ Não vou permitir um amigo meu sair assim. Espera só um pouco.
ㅡ O que você vai fazer? ㅡ Perguntei, curioso.
ㅡ Vou ligar para minha assessora.
ㅡ Você tem uma assessora? ㅡ arregalei meus olhos, vendo-o rir.
ㅡ Agora tenho. Papai deixou eu contratar uma.
ㅡ E o que ela faz? ㅡ Taeshin perguntou.
ㅡ Ela me ajuda a escolher o que vestir, me atualiza nas fofocas dos famosos, compra meu café, essas coisas...
ㅡ Você não tem vergonha não? ㅡ Yejun parecia indignado.
ㅡ Claro que não. ㅡ Jackson respondeu com paciência. ㅡ ela recebe muito bem para fazer tudo isso com um sorriso grande no rosto, ok?
Neguei olhando para Yejun e ri quando Taeshin roubou mais um pirulito.
ㅡ Você vai pagar por esse! ㅡ reclamei.
ㅡ Seu cu.
ㅡ Shh! ㅡ Jackson pediu, ligando para a mulher. ㅡ Lia, meu anjo, é o chefinho.
Eu ri, negando para a cara de pau do meu amigo.
ㅡ Eu preciso que você me ajude. Você sabe aquela jaqueta cinza que compramos juntos ontem? Isso, a Dior! Você pode trazê-la para mim? Também quero que busque aquela calça de vinil preta.
ㅡ Eu não vou usar vinil nem que você me pague!
Jackson me olhou torcendo o nariz. Tenho certeza que ele me xingou mentalmente.
ㅡ Esquece a calça, Lia. Traz meu sapato Dior também e você escolhe o restante do look, ok? Estou confiando em você para isso... Ok, vou te enviar a localização.
Joguei um pirulito na testa dele, fazendo-o rir e me devolver o doce na mesma velocidade. Yejun buscou-o e abriu-o para chupar.
ㅡ Tchauzinho, meu anjo.
ㅡ Quanta intimidade. ㅡ Yejun brincou, fazendo Jackson olhar-lhe como se quisesse lhe bater.
ㅡ Não sou hétero, bebê, pode ficar tranquilo. A única aranha que eu chego perto é a sua.
ㅡ Vai se foder! ㅡ Yejun riu, chutando-o de leve na costela.
ㅡ Ok. Me dê sua chave. ㅡ Jackson pediu.
ㅡ Para quê? ㅡ franzi o cenho.
ㅡ Eu não vou esperar até a noite aqui. O escravo desse lugar é você, não eu. Ao menos eu posso esperar sentado naquele seu sofazinho velho.
ㅡ Eu te odeio. ㅡ resmunguei, mas ele riu.
ㅡ Odeia nada. Assim que largar, corra para casa, ok?
ㅡ Vou correr mesmo, Hyun-Suk disse que vem às oito e meia, e eu largo às oito.
ㅡ Credo, mas não tempo nem de lavar o que fede! Mande uma mensagem para ele e mande-o vir às nove. Preciso de tempo para te deixar irresistível.
ㅡ Eu sou irresistível, entendeu? ㅡ reclamei, buscando meu celular para mandar a mensagem.
ㅡ Claro.
Um a um dos meus amigos foram saindo.
ㅡ EI! ㅡ chamei. ㅡ quem vai pagar pelos pirulitos?
ㅡ Você. ㅡ Yejun riu, seguindo para fora com os outros dois.
Neguei. Com amigos assim eu realmente não preciso de inimigo.
[...]
Quando eu finalmente larguei do meu diário trabalho escravo, eu realmente corri para chegar em casa com pressa. Quando adentrei o lugar, encontrei Taeshin jogado no meio da minha sala assistindo a algo na minha TV, e Yejun e Jackson de putaria bem acima dele, no sofá.
ㅡ Vocês não tem vergonha não, né?
Jackson riu, deixando um beijinho pequeno nos lábios de Yejun, antes de ficar de pé e receber um xingamento de Taeshin por seus pés estarem bem ao lado do rosto dele.
ㅡ Cadê sua assessora? ㅡ perguntei.
ㅡ Ela não é escrava, Jaejun. Eu já a liberei.
Assenti, seguindo para o quarto com todos bem atrás de mim.
ㅡ Mandou a mensagem para o Park? ㅡ Jackson perguntou. Assenti, mexendo nas sacolas que estavam sobre minha cama. ㅡ então anda tomar banho logo.
ㅡ Tá. Eu comprei uma hidratação nova que também pinta o cabelo. Seria muito ruim eu usasse um pouquinho agora?
- É daquelas que fica soltando com água?
- Uhum...
ㅡ De jeito nenhum, Jaejun. Eu conheço esse tipo de coisa, ela pinta até mesmo o seu dedo se não usar luvas, não temos tempo para isso agora.
ㅡ Mas o meu vermelho tá tão apagadinho... ㅡ fiz bico.
ㅡ Pensasse nisso outra hora, ué. Agora não, ok? Depois eu te levo no meu cabeleireiro e ele dá um jeito nisso.
Assenti, mas segui para o banheiro, buscando minha toalha bem ao lado da porta.
Após o banho, busquei a melhor cueca que eu tinha e observei os meus amigos falarem sobre as opções de roupas que a tal Lia havia deixado ali.
ㅡ Essa calça é simples e muito hétero top, não acha?
ㅡ Não, porque você nunca teria algo hétero top no seu closet. ㅡ falei.
ㅡ Tem razão. ㅡ ele riu. ㅡ mas acho que ela combina muito com a jaqueta e o sapato.
ㅡ E a camisa? ㅡ pergunto.
ㅡ Aqui. ㅡ Yejun entrega uma para mim.
ㅡ Caramba, tem certeza? ㅡ olho para Jackson.
É uma Dior. Tipo, UMA DIOR!
Tudo é Dior?!
ㅡ Claro, eu comprei, mas não gostei muito dela. Você pode ficar se quiser.
ㅡ Eu quero. ㅡ sorri, animado.
Vesti até mesmo a camisa primeiro, vendo eles rirem quando busquei a calça.
Não era nada realmente muito extraordinário, a cereja do bolo era mesmo a jaqueta.
Sentei sobre a cadeira que tinha em frente ao meu espelho e deixei que Taeshin secasse meus cabelos. Jack, enquanto isso, mexia nas minhas maquiagens e separava o que queria usar.
ㅡ Não acha que é um pouco demais?
ㅡ Claro que não. ㅡ ele disse sentando-se em minhas coxas. ㅡ agora fica quieto e não fica de pau duro, entendeu? Somos irmãos.
ㅡ Vai se foder, eu respeito você e o Yejun.
Ouvi o riso de todos outra vez, mas fechei os olhos quando ele passou algo ali.
ㅡ Não me deixa muito arrumado, assim ele vai pensar que eu quero muito ele.
ㅡ E você não quer?
Nego, porém...
ㅡ Acho que quero. Mas ele não precisa saber agora.
Jackson ri, mas continua assim como Taeshin.
ㅡ Oito e quarenta. ㅡ Yejun avisa.
ㅡ Do jeito que ele é, já deve estar aí na porta. ㅡ reclamo. ㅡ eu não entendo isso, ele marca uma hora e chega antes. Ele funciona em horário de verão?
ㅡ Ele funciona à base de tesão, isso sim. ㅡ Jack ri, erguendo-se das minhas coxas.
Abro meus olhos, averiguando meu rosto no espelho e ergo meus polegares para ele que sorri orgulhoso.
ㅡ Ih, e não é que tem um carrão aqui parado mesmo? ㅡ Yejun fala da janela.
Corro para ver e arregalo meus olhos.
ㅡ É ele!
ㅡ Ok. Você está pronto. ㅡ Jack diz, me analisando. Eles param ao lado dele, e assentem. ㅡ onde está seu perfume?
Aponto para a gaveta debaixo do meu guarda-roupas. Tudo o que eu gosto muito eu guardo lá.
Jackson ri quando a abre e vê o pau rosa de borracha ao lado do cartão do Park.
Passando o perfume em pontos estratégicos, ele sorri quando finalmente desço os degraus ao ouvir as sutis batidas que Hyun-Suk deixa sobre a porta.
Jackson, Taeshin e Yejun param bem atrás de mim quando a abro. Hyun-Suk está bonito, isso é um fato que eu talvez nem precise mais citar, mas seus olhos recaem sobre mim, me olhando de cima a baixo com um sorriso pequeno, mas desvia para os outros bem atrás de mim.
ㅡ Olá, boa noite. ㅡ ele fala. Eu sorrio, desviando os olhos para meus amigos que acenam de modo descarado.
ㅡ Vamos? ㅡ chamo-o.
Hyun-Suk se aproxima para deixar um selar pequeno em meus lábios e mesmo ouvindo um "hm" vindo de Jackson e Taeshin, ele ri e segura minha mão para me levar consigo até seu carro.
Ele abre a porta do passageiro para que eu entre, mas antes, olho para os três que agora estão parados bem na porta nos olhando.
ㅡ Não se preocupe, vou deixar a chave debaixo do tapete. ㅡ Jack diz. ㅡ tenham uma boa noite, e juízo.
Eu rio quando entro no carro e ainda vejo Hyun-Suk os cumprimenta outra vez quando dá a volta no carro e adentra-o também.
ㅡ São seus irmãos? ㅡ ele pergunta pondo o cinto.
ㅡ Não, são meus amigos. Não se lembra deles?
ㅡ Lembro, claro que lembro, mas é que parecem cuidar bem de você. Sabe, como irmãos mais velhos.
ㅡ Ah... se for nesse sentido, sim, eles são. ㅡ respondo colocando o cinto de segurança também. ㅡ Eles são meus melhores amigos desde que cheguei aqui. Cuidam bem de mim, já que sou o mais novo de todos...
ㅡ Hm. ㅡ Hyun-Suk tem os olhos na ruazinha pequena que eu ainda moro. Observo-o e suspiro.
Caramba...
ㅡ Você está bonito. ㅡ ouso falar, vendo-o sorrir ainda com os olhos presos ali.
ㅡ Você também. ㅡ ele diz, segurando minha mão com pressa quando enfim chegamos na estrada principal. ㅡ está bonito, cheiroso e bem vestido.
ㅡ Quer dizer que antes eu não estava?
Hyun-Suk ri, negando fraco. Logo paramos no primeiro sinal vermelho, então seus olhos recaem sobre mim.
ㅡ Não é isso, meu bem. Você fica lindo com qualquer coisa, inclusive tenho certeza que até sem nada. Mas estou falando que está usando roupas caras, não sabia que você gostava de coisas do tipo.
ㅡ Ah, não é gostar. É não ter dinheiro mesmo, mas eu não ligo. Essas aqui são do Jack. Acho que não vou nem devolver. ㅡ rio, vendo-o outra vez negar fraco.
ㅡ Se quiser roupas assim, eu te compro. ㅡ fala com tranquilidade, entrelaçando os dedos aos meus.
ㅡ Vamos com calma, lembra?
Me olhando de soslaio, ele assente.
Nossas mãos não se desgrudam em momento nenhum. Hyun-Suk por vezes deixa um carinho sutil e eu me amoleço com apenas aquilo.
Não consigo mais evitar o que ele me causa.
Mas eu me sinto estranho quando adentramos um dos condomínios que ele faz questão de me mostrar ser dono. Hyun-Suk aponta para alguns prédios que estão em seu nome e aponta para o que me levará.
Me sinto estranho porque isso não parece sequer a minha própria realidade.
ㅡ Não fique sem jeito, meu bem. ㅡ ele diz com tranquilidade, guiando o veículo até o estacionamento subterrâneo.
ㅡ Eu realmente achei que você estivesse brincando. ㅡ Falo descendo, olhando ao redor. ㅡ Eu acho que é uma má ideia, Hyun-Suk.
ㅡ Ei. ㅡ ele chama, dando a volta no carro para segurar meu rosto. Fixo meus olhos sobre os seus e sinto beijinho que ele me dá. ㅡ Isso não é nada para o que eu quero te dar, minha flor.
ㅡ É muito... Se quer me dar, me dê outras coisas. Me dê seus beijos, me mostre o que quer, mas não me dê um apartamento. Isso é demais, a gente mal se conhece direito.
ㅡ Então quer dizer que você só quer meus beijos? ㅡ ele sorri, enlaçando minha cintura. ㅡ e porque, uh?
ㅡ Porque são bons. ㅡ sou verdadeiro, mesmo que eu sinta minhas bochechas levemente quentes.
ㅡ Então é o mesmo motivo no qual eu quero te dar mais. Te dar isso. ㅡ ele se refere ao apartamento. ㅡ você é bom para mim, Jaejun. Me deixa cuidar de você assim.
Não consigo evitar deixar meu riso aumentar ao ouvir o modo em como ele fala. Park me olha com aquela cara que diz mais do que de fato quer falar.
ㅡ Você fica ainda mais lindo quando está envergonhado, sabia?
Nego, sentindo sua boca apertar contra a minha mais uma vez, e, pela primeira vez na noite, sinto sua língua deslizar com calma sobre a minha.
Aperto meus dedos em sua camisa social branca e suspiro ao retribuir o toque tão leve.
E eu sei que pode parecer estranho, mas até mesmo isso me faz sentir um pouco de medo outra vez.
Digo, Hyun-Suk foi claro quando me disse que não quer namorar, mas eu estou permitindo conhecer o que ele quer me oferecer de si, e isso remete a senti-lo e querê-lo, e eu estou cada vez o querendo mais. É assustador.
Temo que meu coração queira mais do que pode receber.
ㅡ Vamos subir, tudo bem? Você conhece o lugar e decide o que fará. Se gostar e não quiser morar, ele pode ser só o nosso espaço.
ㅡ Nosso espaço? ㅡ rio, sentindo-o segurar minha cintura quando ativa o alarme do carro e caminha até o elevador. ㅡ Não se refira a nós dessa maneira. Você já deixou claro que não existirá "nós", não é?
ㅡ Sim, mas... eu quero ter você. Isso significa te beijar e tocar onde e quando quiser, ter um lugar mais apropriado para podermos fazer isso do modo em como quisermos é melhor, não acha?
ㅡ Não sei. Faz parecer que se isso acontecer, esse lugar será apenas para fazermos o que nossos corpos querem. Soa como se eu fosse o seu objeto guardado na caixinha favorita, sabe?
ㅡ Você se sente assim?
ㅡ Talvez um pouco agora...
ㅡ Não se sinta. Você tem sentimentos e eu sei disso. Tomarei cuidado para não te machucar, mas estou sendo claro quanto a você não criar expectativas românticas comigo, não saberei retribuir tal sentimento a você.
ㅡ Tem tanta certeza assim? ㅡ sorrio um pouco triste quando vejo-o apertar o último botão no painel. ㅡ Acha que não posso te conquistar?
ㅡ Você já me conquistou. ㅡ Park sorri e se vira para tocar sutilmente minha bochecha. ㅡ Eu já sou todo seu.
ㅡ Todo? ㅡ me inclino, sorrindo. ㅡ Então quer dizer que eu posso te ter como meu namorado um dia, você sabe.
Ele apenas sorri e nega. Sinto meu coração amedrontado enviar uma mensagem para meu cérebro consciente do que está acontecendo.
Sabe, talvez eu já esteja lascado.
Lascado de coração. Eu ainda teimo em falar nesse assunto, teimo em querer a mão dele ainda mais apertada em minha cintura e teimo em querer pertinho de mim.
ㅡ Me sinto um pouco deslocado. ㅡ falo, encarando o painel que lentamente sobe. ㅡ é tão alto assim?
ㅡ É a cobertura. ㅡ diz calmo, fazendo-me arregalar os olhos. ㅡ e não sinta deslocado, meu bem. Você vai gostar.
Assinto, e ainda sentindo as mãos dele em mim, viro-me e caminho quando as portas se abrem.
Meu cenho se franze por não ter um corredor ali, e sim outra porta. Olho para Hyun-Suk, vendo que ele parece se divertir comigo, mas coloca a senha em seguida e então, abre a porta do lugar.
ㅡ Tá de sacanagem? ㅡ meu queixo se arrasta pelo chão ao notar que o negócio simplesmente nos deixou dentro do apartamento. ㅡ nem fodendo!
Olho para ele, ainda vendo o modo em como se diverte comigo.
ㅡ Gostou? ㅡ ele pergunta com simplicidade.
ㅡ Se eu gostei? ㅡ olho-o com surpresa. ㅡ Isso é... caramba...
Hyun-Suk me puxa com leveza para adentrar com ele. Caminho devagar enquanto meus olhos vagam por todo o ambiente.
Se existiu alguém que disse não querer morar num lugar como esse, tenha certeza que não fui eu.
Estou brincando, ok?
Nem tanto...
Enfim, me desvencilho do aperto dele e observo melhor como tudo é. A sala é bastante ampla e muito bem iluminada. Há um sofá marrom, provavelmente de couro, que enfeita o centro da sala em seu tamanho exorbitante. Há janelas enormes que talvez nos dê a visão de Seul quase toda, e há uma lareira logo abaixo da TV também enorme.
A cozinha é interligada à sala, e eu não preciso dizer que há armários bonitos e de aparência muito cara, não é? E isso junto a eletrodomésticos em inox e que parecem servir a uma família muito grande.
Caramba, a geladeira é enorme!
Eu nem tenho salário suficiente para encher aquilo de alimentos, que tristeza...
ㅡ Quer conhecer o quarto? ㅡ ele pergunta baixo, voltando a me segurar por trás para deixar beijos pequenos por minha nuca.
ㅡ O q-quarto? ㅡ gaguejo sentindo todo meu corpo arrepiar. - Muito rápido, não?
ㅡ Eu só quero te mostrar como é legal lá. ㅡ ele solta uma risada, e então me vira. Beija meus lábios com toda calma do mundo e agarra minha mão, caminhando para um único corredor que há ali. ㅡ é a única suíte.
Eu caminho ainda junto a ele, e somente paro quando adentramos o único quarto no final do corredor.
Devo mesmo dizer que fiquei surpreso com o lugar? O quarto é simplesmente perfeito, talvez a parte mais bonita do lugar inteiro.
Assim como a sala, há janelas enormes por aqui também. Há uma cama gigante no centro, mas o que mais me chama atenção é a banheira, que, sem divisórias, fica no canto do quarto, bem de frente a cama!
Caramba!
ㅡ Aqui é a suíte. ㅡ Hyun-Suk diz, abrindo uma das portas. ㅡ lá é o closet. ㅡ ele aponta para a outra porta. ㅡ Não é algo muito grande, mas sei que você mora sozinho, presumi que estaria de bom tamanho.
ㅡ De bom tamanho? ㅡ sorrio e sento na cama, ainda chocado com tudo ao redor. ㅡ isso é demais. Eu não tenho roupa sequer para encher uma prateleira inteira.
ㅡ Não se preocupe com isso. ㅡ Ele diz calmo e caminha em minha direção.
Ele veste uma calça jeans bastante apertada, o que marca bem suas coxas fartas. Só estou dizendo isso porque é incapaz de desviar os olhos quando ele está cada vez mais perto.
ㅡ Isso não chega nem perto do que eu acho que você de fato merece. ㅡ ele toca meu queixo, erguendo-o e me fazendo encara-lo. ㅡ Mas eu preciso saber. Gostou daqui?
ㅡ Eu adorei. ㅡ sorrio, verdadeiro.
Hyun-Suk riu, abaixando-se para me dar mais um beijo, mas eu seguro em sua camisa outra vez, não sabendo de onde realmente me vem a vontade de tê-lo em mim, de senti-lo. Mas eu me sinto familiarizado com a presença, o que me faz querer beijá-lo a todos os momentos possíveis e o mais colado também.
Assim, ele me deita devagar, vindo por cima do meu corpo.
ㅡ Então o aceite como um presente. ㅡ fala me olhando nos olhos.
Sorrio, mordendo o lábio inferior.
ㅡ Só aceito se você pedir com carinho.
Hyun-Suk ri, mas não pede.
ㅡ Você parece estar mais à vontade. Isso é muito bom.
ㅡ É? Por quê? O que quer fazer comigo agora?
Ainda sorrindo, ele se inclina para me beijar. O toque bruto de nossas bocas se chocando, me faz gemer antecipadamente porque eu me sinto cheio de saudade de senti-lo com tanto fervor. E é sem pensar muito que minhas mãos atrevidas adentram a camisa de tecido fino que ele veste, puxando-a para longe quando minhas palmas sentem o calor de sua pele diretamente.
Ouço-o deixar um suspiro pesado sobre minha boca, e então suas mãos me seguram firme na cintura, mudando nossas posições com brutidão, e me fazendo cair por cima de seu colo.
Eu rio divertido, mas encaro-o agora de cima.
Não era para estarmos assim, mas as circunstâncias sempre nos levam para essa posição. E eu não estou reclamando.
ㅡ Você é tão lindo... ㅡ ele diz erguendo a mão e tocando meu rosto. Suspiro, fechando os olhos ao tocar sobre sua mão e fechar meus olhos. ㅡ é perfeito...
Encaro-o outra vez, sentindo-o agora escorregar os dedos para minha nuca e prender meus cabelos com força, me pegando de surpresa com seu toque bruto, mas tão gostoso.
ㅡ Seja meu, Jaejun.
As mãos dele me seguram com força, mas é seus olhos que me deixam perdido. Ele me olha de um jeito tão profundo e verdadeiro.
Vejo-o morder o lábio inferior quando sua outra mão desce por meu corpo e puxa a jaqueta que visto para fora do meu corpo com certa pressa. E quando Hyun-Suk enfim consegue, ele suspira ao adentrar a camisa que uso, tocando meu corpo não tão musculoso diretamente.
Suspiro, inclinando minha cabeça para trás quando ainda o sinto segurar meus cabelos com tanta firmeza, passeando o polegar por meu mamilo.
ㅡ Então me ensine a ser. ㅡ peço baixo. Hyun-Suk senta-se sem me tirar de cima de si e roça meu lábio ao seu.
Sinto-o sorrir sobre minha boca e intensificar ainda mais o aperto dos dedos em meu cabelo, me fazendo erguer sutilmente o rosto, ficando completamente à mercê de seus comandos.
ㅡ Você gosta disso? ㅡ ele pergunta baixo. A voz rouca, enquanto a mão livre toca minha cintura me leva ainda mais à loucura.
Assinto, completamente entregue. Sinto-o beijar meu pescoço, marcando minha pele logo em seguida com uma chupada perto da clavícula.
Me assusto com o estalo deixado no ar com aquilo, mas não tenho muito tempo para raciocinar, já que sinto as mãos dele voltarem a dedilhar minha pele, tocando sutilmente sobre meu mamilo outra vez.
ㅡ Park? ㅡ chamo perdido.
ㅡ Não quer? ㅡ ele pergunta afastando-se um pouco. ㅡ fiz algo ruim assim?
ㅡ Não. Está bom. É só que... a gente vai fazer sexo?
ㅡ Você quer? ㅡ ele sorri ladino, voltando a tocar minha bochecha. ㅡ a gente pode, se você quiser.
Mordo meu lábio inferior, olhando-o envergonhado.
ㅡ Mas tudo bem se não fizermos, não faremos nada que não queira, lembra?
ㅡ Eu sei, é que... eu conversei sobre isso com o Jack. Ele me ajudou a entender melhor...
ㅡ Mesmo? Mas você tem alguma dúvida? Eu posso te ajudar também.
ㅡ Não, com você eu tenho vergonha.
Hyun-Suk sorriu, negando.
ㅡ Não tenha, meu bem, eu gosto de você, quero te deixar o mais à vontade possível.
ㅡ Obrigado...
ㅡ Então sem sexo?
Assinto, ainda mais quente e mortinho de vergonha, mas vejo-o abrir outro sorriso bonito e sorrio junto consigo.
ㅡ Você quer comer algo?
ㅡ Pode ser...
ㅡ Tudo bem. ㅡ ele diz me dando um último selar antes de me tirar de seu colo com cuidado.
Não é novidade que ambos estamos de pau duro. É até triste de ver.
Hyun-Suk me olha daquele jeito dele, e eu preciso me acostumar, mas meu Deus, ele parece ler minha alma todinha só com um simples olhar.
ㅡ Quer ficar aqui? ㅡ ele decide perguntar. Assinto com uma pressa desconhecida. ㅡ Tudo bem, então peço algo para comermos e ficamos aqui.
Vejo-o ir, e então me apresso a pôr meu lado curioso para fora. Caminho pelo quarto, olhando cada cantinho e decido abrir a cortina que há logo após as janelas. Me surpreendo ao encontrar a sacada do lugar.
Caminhando por lá, descubro que o espaço se estende até a sala, e me surpreendo ainda mais ao ver uma piscina no canto, igualzinho como à cobertura de Jung Hajun.
ㅡ É lindo, não é?
Ouço a voz de Hyun-Suk logo atrás de mim e dou um leve pulinho devido ao susto. Assinto quando o olho, e vejo-o erguer uma das taças que tem nas mãos.
ㅡ Você não usa mesmo esse lugar? ㅡ pergunto curioso, bebendo a bebida alcoólica que sequer sei qual é. ㅡ o que é isso? ㅡ pergunto.
ㅡ Champanhe para comemorarmos, espero que goste.
ㅡ É bonzinho...
Prefiro minha cervejinha.
ㅡ E não, eu não estava mais usando esse lugar. ㅡ ele ainda responde.
ㅡ Mais? Então já usou? ㅡ curioso, outra vez bebo enquanto o olho.
Mas Hyun-Suk apenas dá de ombros.
ㅡ Vem cá. ㅡ ele chama com a mão para ficar grudadinho consigo. ㅡ está à vontade aqui, certo?
ㅡ U-hum... ㅡ digo e sinto-o encostar o nariz próximo de meu ouvido, aspirando o cheiro dali. ㅡ você me deixa assim. ㅡ sorrio e me encosto melhor nele, descansando minha cabeça em seu ombro.
ㅡ Eu te assustei? ㅡ ele sussurra a pergunta. Nego, observando a cidade bastante iluminada. ㅡ então ainda quer ser meu?
O clima é calmo. Hyun-Suk tem as mãos em mim, e sua ereção ainda persistente me toca como em um convite mudo. Eu assinto para a pergunta.
Ele sorri quando o olho, mas bebe todo o líquido de sua taça sem sequer fazer uma caretinha.
Tento imitá-lo, mas quase morro.
ㅡ É uma bebida forte, amarílis. Precisa beber com cuidado.
Assinto, me recuperando da minha quase morte.
Hyun-Suk sorri, mas busca minha taça junto a sua e deixa sobre uma pequena mesinha de madeira que havia ali. Observo-o quando retorna e abraço-o pelo pescoço quando sinto-o me abraçar.
Com um jeitinho único e divertido, ele começa a caminhar comigo.
ㅡ Para onde vamos? ㅡ pergunto, caminhando de costas, confiando completamente em si.
ㅡ Para onde estávamos.
Hyun-Suk deixa a boca sobre a minha quando retornamos para o quarto e eu sorrio quando sinto a cama bater contra minhas pernas. Ele afasta minimamente o rosto e eu suspiro, rendido.
ㅡ Se eu te pedir para retirar a camisa, você faria?
Meu corpo gela com a pergunta, mas não é minha boca que dá a resposta. Afasto-me sutilmente dele, sentando sobre a cama e olhando dentro de seus olhos, levo minhas mãos até a barra da camisa que visto, puxando-a devagar enquanto Hyun-Suk apenas me observa retirá-la com toda minha timidez.
Nunca tive vergonha da minha aparência. Não tenho músculos como eu sei que ele tem, mas sinto vergonha pelo modo em como ele continua me observando.
Ainda sinto o frio na barriga, mas estranhamente sei que ele me respeitará quando eu quiser parar. E é matando a minha vontade de senti-lo melhor que faço deixo o tecido enfim cair para o lado.
Ele ainda parece hipnotizado na minha imagem.
Eu tento cobrir com as mãos parte de meu peito e mamilos com os braços, sentindo estranhamente um arrepiar por todo meu corpo, mas as mãos dele finalmente tocam as minhas, e então ele se aproxima novamente, levando os dedos até meus ombros quando lhe deixo ter minha completa imagem de perto, arrastando dali até meu queixo, descendo até meu peito e parando perto do meu umbigo.
Engulo em seco, observando a calma dele, naquele toque. Hyun-Suk passeia com seus dedos de volta e toca meu queixo, me fazendo encara-lo outra vez.
ㅡ Você é realmente perfeito.
Eu sorrio sem jeito, mas logo suspiro ao sentir seus dedos voltarem a percorrer minha pele, tocando sutilmente ao centro do meu peito quando desliza para a esquerda, sutilmente dedilhando meu mamilo outra vez.
O toque faz com que eu aprume minha coluna, e assim, me aproxime mais dele inconscientemente.
Hyun-Suk tem o rosto bem próximo ao meu agora, e sua boca carrega um sutil sorriso, se divertindo comigo e com minhas reações.
ㅡ Você é sensível nessa área.
ㅡ Isso é bom? ㅡ pergunto mordendo meu lábio inferior, sentindo seu dedo percorrer de um mamilo ao outro, brincando enquanto sinto-os ficando cada vez mais eriçados.
ㅡ Isso é ótimo.ㅡ fala baixinho, me encarando outra vez nos olhos.
Sinto meu corpo implorar pelo dele. Até mesmo por um beijo, mas me contento quando a língua dele me toca, passando devagar por meu queixo até tocar meus lábios.
ㅡ Park... o que você quer fazer? ㅡ sussurro.
Ele deixa uma risada soprada escapar, e então me faz virar, ficando de costas para si, se encaixando bem em mim.
ㅡ Você quer foder, não é? ㅡ pergunto fechando meus olhos, sentindo minha bunda ser apertada pela intimidade dele, enquanto ele beija minhas costas.
Novamente ele ri, e dessa vez ele morde sutilmente minha pele.
ㅡ Eu quero mesmo te foder. ㅡ responde descendo as mãos, tocando minha cintura. ㅡ mas não hoje, meu bem. Você ainda não está pronto. Eu respeito isso.
ㅡ Você é muito bruto? ㅡ pergunto de olhos fechados, rebolando sem vergonhas sobre a ereção em minha bunda.
ㅡ Um pouco. ㅡ deixa um beijo em meu ombro. ㅡ mas eu também sei cuidar bem de quem eu fodo.
ㅡ Quando eu estiver pronto, você vai me mostrar como faz?
ㅡ Eu vou te mostrar tudo, Jaejun. Te apresentarei ao meu mundo...
ㅡ Mesmo? ㅡ gemo empinando minha bunda. Meu pau dói enquanto está sendo apertado contra a cama.
ㅡ Te prometo isso. Vou te mostrar como sentir prazer é bom. E nem sempre é somente com fodas...
ㅡ Então me mostre agora. ㅡ peço olhando-o por cima do ombro. ㅡ me mostre um pouco disso.
ㅡ Aqui? ㅡ ele se ergue e me vira usando apenas uma mão. Assinto quando nossos paus se esfregam.
ㅡ Não me fode ainda, mas... me mostra o que mais você sabe fazer.
ㅡ Tem certeza? ㅡ assinto novamente, deixando um sorriso escapar. ㅡ Tudo bem.
Hyun-Suk se afasta, caminhando até o closet do lugar. Meu peito começa a subir e descer num ritmo desenfreado. O nervosismo toma conta de mim, mas a curiosidade e o tesão que só esse homem me fez sentir também.
E é quando ele volta de lá, que meus olhos vão direto a uma pequena caixa na cor bordô que tem em suas mãos.
Sou curioso, por isso me sento sobre a cama e tenho meus olhos atentos em si.
Hyun-Suk senta na poltrona que tem em frente à cama, e então eu me arrasto até a beirada, esperando ansioso pelo que irá sair dali.
ㅡ Você não precisa fazer nada que não queira, sabe disso, certo?
ㅡ Sei sim. ㅡ assinto sorrindo. ㅡ mas eu quero...
Hyun-Suk me olha por breves segundos, e então sorri também, fazendo meu coração acelerar ainda mais.
Quando vejo seu corpo se erguer e então ele começar a desabotoar a própria camisa, engulo em seco.
Sem cerimônias ele arranca o tecido e o coloca sobre a poltrona. Meus olhos vagam pela primeira vez na pele alva e no abdômen definido. É instantâneo quando sinto minha boca salivar e engolir em seco mais uma vez também.
Hyun-Suk leva as mãos até o cinto que prende sua calça, mas não o retira. Meus olhos vão ao encontro dos seus, e é como se ele esperasse uma confirmação, pois só depois que sorrio mais uma vez para si, é que ele retira a peça, largando-o junto à camisa, abrindo o botão da calça, e a retirando sem hesitar logo em seguida.
Quando o corpo parado à minha frente, coberto apenas por uma cueca preta, se aproxima, eu quase colapso.
Sério, eu tô nervoso. Tô tremendo!
E Hyun-Suk parece perceber isso, pois se abaixa a minha frente e toca meu rosto, deixando um carinho calmo e afetuoso, antes de pedir com toda calma do mundo:
ㅡ Tira a sua calça também.
Admito que demoro alguns segundos processando o pedido, mas então eu me ponho de pé e a retiro morrendo de vergonha.
Hyun-Suk, como sempre, me olha quase com devoção. Ele parece me devorar apenas com os olhos, mas é a marcação grande em sua cueca que me chama atenção.
Eu me encolho um pouco ao ser observado por ele, mas meu corpo se acende quando o vejo tocar sutilmente a própria ereção, passeando com a mão apenas uma vez, da base ao topo.
ㅡ Você tem problema com movimentos limitados? ㅡ ele pergunta, me observando com a caixa em suas mãos novamente. ㅡ Há problema se a sua mão ficar imobilizada?
ㅡ Não sei... Nunca tentei algo assim. Você vai me algemar?
Hyun-Suk riu, retirando um par de algemas daquela caixinha. Eu juro que quero rir, mas ele parece estar falando sério mesmo, então eu não ouso fazer algo assim.
ㅡ Podemos testar? ㅡ ele retira um par de algemas pretas de lá, e me olha sério. Apenas assinto. ㅡ Tudo bem. Pode deitar?
Novamente meu cérebro trava por instantes, mas é meu lado sem vergonha que obedece.
Vestido apenas numa cueca branca, eu deito. Hyun-Suk me observa deitar de barriga para cima, e com seus dedos sutis, ele toca em meu calcanhar, subindo vagarosamente, me fazendo remexer e suspirar, até que seus dedos pousaram sobre meu rosto, onde novamente ele deixa um carinho, antes de sentar ao meu lado.
Não me movo, mas o olho.
ㅡ Confia em mim, bela flor? ㅡ Hyun-Suk pergunta baixo.
ㅡ Eu confio.
ㅡ Irei te prender na cama. Suas mãos irão ficar imóveis. Tudo bem?
ㅡ Tudo bem. Mas... o que vai acontecer?
ㅡ Eu vou te tocar, te masturbar, tudo bem?
Meu coração está tão acelerado que dói.
ㅡ Tudo... mas, se eu quiser parar, você irá parar, não é?
ㅡ Não tenha dúvidas disso, meu bem. Não faremos nada que você não queira, mas para que você fique mais à vontade, escolha uma safeword.
ㅡ É tipo uma palavra de segurança?
ㅡ É exatamente isso. ㅡ ele sorri orgulhoso comigo. ㅡ quando quiser parar, é só dizer que entenderei.
ㅡ Isso é divertido. - sorrio, e vejo-o sorrir também. ㅡ Tudo bem, que tal... batatinha frita?
ㅡ Batatinha frita? ㅡ e então ele sorri deixando que seus olhos formem duas linhas pequenas e fofas, e eu com certeza estou cada vez mais fodido por ele, porque isso é adorável a níveis que me faz esquecer que estou praticamente entregando meu corpo para que ele use agora.
ㅡ Não é algo comum a ser dito durante algo assim, então ficará fácil, não acha?
ㅡ Tudo bem, que seja batatinha frita. Posso começar? ㅡ ele estende as algemas.
Assinto, dessa vez animado para tal coisa, e vejo-o subir sobre mim, me fazendo gemer vergonhosamente e sem preparo quando minha ereção é esmagada por sua bunda farta.
Hyun-Suk se inclina e prende um dos lados da algema em mim e a outra na cama, em seguida faz o mesmo com o outro pulso, me deixando completamente preso.
ㅡ Deixarei suas pernas livres, mas as controle, tudo bem? ㅡ assinto prontamente, ouvindo cada coisa que ele me instrui a seguir.
No fim, fiz um biquinho proposital, pedindo silenciosamente um beijinho dele. E é divertido porque ele também está animado.
Ganho meu beijinho e sinto-o sair de cima de mim, tento não sentir vergonha do meu atual estado quando ele volta a me olhar, porém, é quase impossível.
Estou completamente exposto agora, e quando Hyun-Suk dedilha minha ereção, gemo outra vez vergonhosamente como o virgem que sou, sentindo logo em seguida minha cueca ser tirada com cuidado, me matando de vergonha.
Junto todo o restinho de dignidade que me resta e ergo o olhar. Novamente Hyun-Suk me observa, e como um gato ele sobe sobre a cama, me matando antecipadamente quando olha para minha ereção enquanto morde o lábio inferior.
ㅡ Posso te tocar? ㅡ pergunta sorrateiro. Ele junta minhas pernas, sentando sobre elas enquanto as prende. Assinto e suspiro. ㅡ Se quiser gemer, só poderá gemer meu nome, ok?
Encaro-o incrédulo.
ㅡ Que palhaçada! Não!
ㅡ Meu anjo... você só vai gemer meu nome, tudo bem?
Ele está brincando comigo?
Acho que está porque é só ver no sorrisinho safado que ele tem no rosto para perceber isso.
Imagino a cena deplorável que será isso, mas assinto no fim.
ㅡ Tudo bem, mas eu quero saber uma coisa antes disso.
ㅡ Pode falar.
ㅡ Onde está a comida que você falou que ia pedir?
Hyun-Suk ri alto, negando, mas eu realmente quero saber.
ㅡ Eu pedi para deixarem na mesa. Provavelmente já está nos aguardando.
ㅡ Espera. Eles entraram aqui? ㅡ arregalo meus olhos.
ㅡ Sim, eu os autorizei. O prédio tem um restaurante, sabem que eu sou o dono e sempre fazem isso.
ㅡ Que doideira...
ㅡ Posso continuar?
ㅡ Ah, claro, fique a vontade.
Hyun-Suk sorri, mas passeia as mãos por meu abdômen, arranhando devagar minha barriga até afundar as unhas com sutileza, me fazendo soltar um gemido baixo.
ㅡ Somente o meu nome... ㅡ ele diz como um demoninho.
Eu suspiro, fechando os olhos quando vejo-o se abaixar para ficar pertinho do meu pau, e é então que eu o sinto.
A ponta da língua úmida e quente me toca bem na glande. Eu gemo alto com o primeiro contato, me assustando um pouco e tento mexer minhas mãos, mas talvez esse seja o propósito, porque ele me olha de baixo e ri, segurando meu pau pela base para abocanhá-lo sem medo.
ㅡ Caralho... ㅡ eu ofego.
Hyun-Suk deixa uma mordida fraca na cabeça do meu pau e suspira.
ㅡ A cada vez que você gemer sem chamar o meu nome eu vou te morder. ㅡ ele diz, me retirando de sua boca, para logo voltar.
Park me encara enquanto me tem em sua boca. Eu me contorço um pouco sobre a cama e sinto a vibração de sua boca quando ele geme daquele jeito em mim.
Ele me chupa com maestria, e eu só consigo pensar em como isso é maravilhoso. Mas eu também preciso me segurar, pois, a julgar a bagunça que estou sentindo em mim, não irei demorar muito.
Hyun-Suk ainda me segura com seus dedos e intensifica os movimentos quando me masturba. Ele me observa murmurar e me morde com leveza, sem tirar os olhos dos meus.
ㅡ Filho da puta! ㅡ falo entredentes. A sensação de seus dentes é ainda melhor e eu falto para morrer quando ele me morde outra vez.
ㅡ Chame pelo meu nome.
Forço meus pulsos, louco para segurar firme nos cabelos dele e pedir para que volte a me chupar como estava chupando antes. Mas eu sequer preciso pedir. Ele vê meu desespero particular para voltar a senti-lo e assim volta a me ter em sua boca tão confortável.
Eu sei que ele quer que eu chame por seu nome, mas me sinto constrangido demais para fazer tal coisa, então me mato por dentro, engolindo cada gemido alto que deseja sair.
Ele me tira por completo de sua boca, e então volta com tudo.
ㅡ Caralho! ㅡ e outra mordida veio.
Sinto meu interior revirar quando sua boca gordinha aperta minha glande, e não resisto quando ele chupa com força e faz o som algo ecoar.
ㅡ Porra, Hyun-Suk...
Meus olhos se fecham logo em seguida. Não sou capaz de encará-lo novamente agora, pois sei que estou vermelho de vergonha e ele está com um sorriso orgulhoso nos lábios.
Os gemidos voltam a sair com força, e isso parece divertir muito ele, pois após segundos, inerte, eu o olho, e ele sorri, me tendo em sua boca que escorre saliva em abundância.
Quando sinto meu pau ser solto, resmungo a contragosto, mas então eu vejo-o subir sobre mim, se rastejando como uma cobra, até ter seu rosto pairando sobre o meu.
ㅡ Não quer chamar meu nome? ㅡ ele pergunta sorrindo.
Eu mordo meu lábio inferior, e tento consertar minha respiração. Hyun-Suk tem um sorriso travesso nos lábios, e é quando ele volta a me segurar pela base, e inicia uma masturbação, que eu volto a fechar meus olhos.
ㅡ Vamos, meu bem, chame meu nome...
Eu nego, mas ele inicia beijos em meu pescoço, às vezes mordendo, às vezes chupando ali.
Quando o sinto se posicionar melhor sobre mim, a sensação de sua própria ereção arrastando sobre minha coxa deixa tudo ainda mais difícil.
ㅡ Geme pra mim, Jaejun... ㅡ pede em meu ouvido.
ㅡ Que golpe baixo. ㅡ puxo minhas mãos, tentando me libertar, mas ele inicia um rebolar sobre minha coxa, indo e vindo ali, arrastando sua ereção, enquanto a mão me punheta devagar e o polegar aperta minha fenda.
ㅡ Eu quero ouvir você também, meu bem...
Ele com certeza é um demônio!
Não tenho dúvidas disso. Até mesmo seu tom de voz muda, ele sabe como me deixar louco!
Eu mordo meu lábio inferior com força e fecho meus punhos. A sensação de explodir se intensifica em mim, e ele também geme e se arrasta no mesmo ritmo que sua mão me toca.
ㅡ Quer que eu goze assim? ㅡ ele volta a sussurrar em meu ouvido. A mão livre sobe e toca meu queixo, se prendendo ali, me fazendo encara-lo.
Meus olhos vão de encontro aos dele, e como se uma colisão de almas acontecesse, nós nos conectamos.
Hyun-Suk gemia e rebolava sobre minha perna, enquanto uma mão me segurava firme no pescoço e a outra me masturbava.
ㅡ Park...
ㅡ Que gostoso é te ouvir gemer meu nome... chama outra vez, vai...
ㅡ Seu filho da puta. - cerrei os dentes, não aguentando de prazer.
E ele mordeu meu queixo e riu baixinho.
ㅡ Fala meu nome. ㅡ mandou, me enlouquecendo completamente
ㅡ Hyun-Suk...
ㅡ Você quer gozar?
ㅡ Eu não vou aguentar muito.
Ele suspira, erguendo-se e jogando a cabeça para o traz enquanto rebola ainda mais sobre mim. Olho-o, ficando hipnotizado com seu corpo fazendo aqueles movimentos tão ritmados. Sua mão intensifica o toque em meu pau e então eu venho sem avisos ou vergonha. Abrindo minha boca com a surpresa da sensação que invade por todo meu corpo de imediato.
Eu já havia gozado antes, mas nunca daquela forma.
ㅡ Hyun-Suk... ㅡ sussurro, já sem forças.
Meus punhos doem por toda a força que faço para me soltar e segurar seu corpo que ainda continua a se movimentar em mim, mas é tão bom que eu não quero que pare.
Ele se move com perfeição e a cena se torna totalmente imprópria quando, ainda vestido naquela cueca, e somente rebolando sobre minha coxa, ele também explode, entregando-se ao seu prazer, enquanto faz o meu ficar ainda maior.
Seu líquido quente escorrega por entre sua perna, e então toca a minha pele.
Aquela sensação é a melhor
Quando enfim ele parece voltar a si, ele me olha de cima e sorri. Sua mão suja com minha porra é erguida, e ele a encara ainda sorrindo.
Seus olhos voltam para os meus e eu ofego quando o vejo levá-la até a boca, passando a língua com vagareza, tomando minha porra como se fosse o melhor licor.
Minha nossa!
ㅡ Minha nossa... ㅡ digo sem conseguir sequer piscar e desviar da imagem deliciosa que é a dele.
Com sua respiração bagunçada, ele me olha.
ㅡ Vou te soltar. ㅡ ele diz chupando o último dedo sujo antes de se erguer. ㅡ Seu gosto é delicioso.
Meu rosto queima, mas há muito o que fazer.
Devo agradecer?
ㅡ O...brigado? ㅡ sorrio.
Hyun-Suk também sorri enquanto segura a chave e senta ao meu ladinho, me dando um selar antes de girar as chaves nas algemas.
Ele segura meus punhos quando enfim resmungo com o alívio e analisa-os com cuidado.
ㅡ Ficaram vermelhos, estão doendo?
ㅡ Só um pouquinho. ㅡ falo me encolhendo. Ainda estou nu, e o vento que adentra pela porta ainda aberta, faz meu corpo tremer de leve.
ㅡ Vou cuidar de você. ㅡ ele diz ficando de pé para buscar a caixinha. ㅡ Vamos tomar um banho, e então eu passo uma pomada, tudo bem? Não ficará inchado.
ㅡ Vai mesmo cuidar de mim? ㅡ pergunto sorrindo, também ficando de pé. A essa altura, minha nudez já nem é mais perceptível por mim porque meu foco está completamente no sorriso que ele carrega enquanto ainda segura minha mão.
ㅡ Cuidarei sempre. Todas às vezes, é uma promessa ㅡ ele então vem até a mim, e me segura pertinho. ㅡ Ficará com o apartamento?
ㅡ Eu gostei. ㅡ digo olhando ao redor. ㅡ mas ainda acho que é um pouco demais para mim... Eu não mereço tanto, Hyun-Suk.
ㅡ Você merece isso e muito mais, meu anjo. Fique aqui, tenho uma moradia mais confortável, e não precisa mais trabalhar. Você pode estudar o que quiser, se quiser, eu te pago um curso ou qualquer outra coisa. Te pago viagens, viajo com você.
ㅡ Não posso deixar de trabalhar... ㅡ digo me desvencilhando do abraço, caminhando até a suíte quando me lembro de minhas responsabilidades. ㅡ Batalhei muito para sair de casa e vir para Seul com pouco... Entregar algo assim, não será bom, entende? Além disso, eu tenho muitas responsabilidades também...
ㅡ Mas eu posso assumir qualquer coisa, Jeon, você não precisará mais trabalhar assim. Eu sou rico, se esqueceu?
ㅡ Exato, você é, eu não. Gosto de trabalhar, mesmo que naquela pocilga... ㅡ sorrio e abro o chuveiro, sentindo a água quente bater em minha pele. ㅡ gosto de ter responsabilidade sobre minhas próprias coisas.
Park me olha, seu jeitinho entrega que está chateado ou pensativo, mas então ele também entra debaixo do chuveiro e me abraça por trás, deixando com que a água nos molhe juntos.
ㅡ Mas e se você arrumasse outro emprego? ㅡ ele pergunta, não desistindo do assunto.
ㅡ Eu não vou trabalhar na sua empresa, Hyun-Suk. Pense o que falarão de mim? O empregado que tem um caso com o chefe? Eu não preciso desse tipo de fama agora...
ㅡ Eu não ligo para o que irão falar, e aquele que sequer pensar em falar algo, estará no olho da rua antes mesmo de piscar. Eu prometo.
ㅡ Não adianta, eu não irei. ㅡ me viro para ele e então afasto os fios claros e molhados de sua testa. ㅡ me desculpe, bebê.
Hyun-Suk nega sorrindo, e então volta a me virar, pegando a esponja para esfregar devagar minha nuca e costas.
ㅡ E se eu te arrumar um emprego, mas eu não for seu chefe?
ㅡ Como assim?
ㅡ Jung Hajun. Trabalhe para ele.
ㅡ O advogado? Em que eu seria útil para ele?
ㅡ Qualquer coisa, mas me diz um sim. Eu quero o melhor pra você, e tenho certeza que trabalhar para o Hajun é melhor que trabalhar naquele cu de lugar. Por mim você não trabalharia em nada, mas se insiste, aceite ao menos isso...
ㅡ Você chamou meu emprego de cu? ㅡ me viro e deixo um tapinha sobre seu ombro.
ㅡ Ué, mas não é?
ㅡ Como você é bobo, Park Hyun-Suk.
Termino meu banho com muito custo, e saio primeiro que ele. Enrolo-me em um dos roupões vermelhos que há lá, e volto para a cama.
ㅡ Dormirá aqui hoje? ㅡ ele pergunta ao sair do banheiro.
ㅡ Dormirá comigo? ㅡ pergunto.
ㅡ Deixe-me ver. ㅡ e então ele busca o celular.
Penso que está brincando comigo, mas então eu o vejo digitar algo e receber uma resposta logo em seguida.
ㅡ Tudo bem, eu dormirei.
ㅡ O que foi isso?
ㅡ O quê?
ㅡ Você pediu permissão a alguém?
ㅡ Não é isso, eu só estou avisando uma pessoa que jantaria comigo hoje.
ㅡ A essa hora?
ㅡ É comum para nós.
Semicerro os olhos, mas não é como se eu pudesse perguntar algo a mais sem ele achar que eu estava querendo saber muito sobre sua vida.
Mas admito, minha curiosidade não descansa com facilidade.
Hyun-Suk deixa o celular na poltrona junto a suas roupas, e retira o roupão, caminhando nu até o closet, para voltar minutos depois já vestido em uma cueca e com outra em mãos.
ㅡ Deseja vestir, ou dorme sem roupas?
ㅡ Obrigado. ㅡ peço buscando a peça e ficando de pé.
Atrapalho-me todo ao vestir a peça ainda com o roupão e retiro boas risadas da plateia que vê todo o meu sofrimento.
ㅡ Não há nada aí que eu já não tenha visto, minha flor.
ㅡ Prontinho. ㅡ digo por fim, retirando o roupão e colocando-o de qualquer jeito sobre a mesa cabeceira. ㅡ vamos comer?
ㅡ Deixe-me cuidar dos seus pulsos primeiro. ㅡ diz.
Assinto e sento sobre a cama outra vez, vendo-o caminhar até a caixinha outra vez e então retirar a pomada de lá. Ele é delicado ao passá-la e cuidadoso ao perguntar-me se realmente ainda dói.
Quando eu nego, Park assente mais uma vez, e então me ergue para eu ir consigo de volta para a sala.
Eu me surpreendo quando vejo os pratos realmente sobre a mesa de jantar, cobertos por cloches de prata.
Hyun-Suk retira um por um e revela a comida muito bem organizada ali. Eu sento sobre a mesa, ainda de cueca e vejo-o ir ㅡ também de cueca ㅡ para a cozinha e buscar duas novas taças.
Hyun-Suk busca um vinho no que eu acho ser uma adega e me olha de lá.
ㅡ Aceita?
Ele realmente perguntou antes de simplesmente me servir? Talvez ele também esteja aprendendo algo.
ㅡ Prefiro não beber mais. Amanhã eu trabalho.
Hyun-Suk suspira, mas assente.
Ele guarda a garrafa e devolve as taças de onde retirou.
ㅡ Tem refrigerante. ㅡ fala abrindo a geladeira.
ㅡ Aceito. Tem de laranja?
Hyun-Suk sorri assentindo e busca duas latinhas.
Quando ele senta ao meu lado, deixa as latinhas no centro da mesa e abre uma, depositando a bebida no copo que trouxe consigo também.
ㅡ Obrigado. ㅡ peço.
Observo-o buscar os talheres e faço o mesmo. O jantar é macarrão com algum tipo de molho com camarão. Parece muito gostoso.
ㅡ Bom apetite, minha flor.
Eu assinto, buscando um pouco do macarrão.
ㅡ Bom apetite.
____________________
"Safeword" é o termo utilizado para se referir a palavra de segurança em práticas fetichistas, geralmente usada pelo submisso ou praticante mais 'vulnerável".