SUBCHEFE
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Capítulo 3 SUBCHEFE

Minha mandíbula doí, quero massageá-la, mas como com as mãos amarradas? Essa mulher tem uma mão pesada, isso sim. Admito que estava babando em suas curvas, mas agora estou me martirizando por ter cogitado que conseguiria sair dessa se a persuadisse com sedução. Como conseguiram me raptar? Só me lembro de ter saído da casa para fumar, quando dois homens me prensaram por trás, me imobilizando e colocando um pano em meu nariz, o que deixou tudo turvo. Lógico que a intenção deles era pegar meu irmão, mas o que ninguém contava é que Heinz está viajando e somente os mais próximos sabiam disso.

Abaixo meu rosto com dificuldade, fecho os olhos e as vozes dos quatro estão me irritando, pois é cada teoria infundada. - E se tentarmos pegar uma recompensa com ele? - um dos babacas sugere. - Lógico, quer ser morto, é? - a mulher diz com sarcasmos. - Temos duas alternativas, matá-lo e esconder o corpo ou deixá-lo em algum lugar. Devo admitir que a morena está subindo no meu conceito. Ergo meu olhar e volto à analisar suas curvas, bota de salto até o joelho, calça de couro, jaqueta em uma estampa diferente de couro, fechada até o pescoço. Fico me perguntando se por baixo daquilo tem um belo par de seios. Seu cabelo vive em seu rosto e ela joga para trás a todo momento. Sem contar seu cheiro que chega a ser quase perfeito, se não fosse um detalhe, eu não estar cheirando seu pescoço. - É melhor você ir. - Faz sinal para um dos homens. Ele se despede, ficando os outros dois homens e a morena. - Vocês dois podem voltar lá para fora para fumar ou fazer qualquer coisa que não seja ficar na minha vista. - Se não fosse noiva do Luck não sei se estaríamos aqui - um deles diz revirando os olhos. Ela faz sinal com a mão para eles circularem, mas o que me prende à atenção é o nome Luck, já ouvi em algum lugar. Seu olhar volta a se encontrar com o meu, suas lindas esferas verdes contrastando perfeitamente com sua pele dourada. Ela fica pensativa, como se estivesse analisando sobre o que fará comigo. - Tem a opção de me deixar sair e não falarei nada para ninguém - digo prevendo seus pensamentos. - Não confio em você. Meus olhos seguem seus movimentos, enquanto ela pega a arma do chão. Minhas vistas comem sua bunda quando o movimento deixas suas belas nádegas bem delineadas. Ela se levanta, se sentando na poltrona de frente para mim, joga seu cabelo para trás, deixando a arma no encosto da poltrona e cruza suas pernas com suas íris voltando a me penetrar. - Como não sabia de você? - pergunta confusa. - Porque moro aqui há apenas três anos. - Dou de ombros. - Mas pelo que me lembro o outro irmão vive em Nova York, não fala italiano e claramente é mais novo. - Touché, ragazza. - Sempre que estou nervoso acabo falando umas palavras em meu antigo idioma, tentando disfarçar meu nervosismo. - Otto vive em Nova York. - Então, onde você entra nisso tudo? Percebo que ela está claramente interessada no assunto. - Digo apenas se eu souber seu nome. - Quero dar um nome para essas lindas curvas. - Já disse que aqui quem responde às perguntas é você. - Se está tentando fazer igual ao meu irmão, está falhando, estou sem ferimento nenhum ainda. - Abro um sorriso de canto. - Não gosto de partir para agressão, somente em últimos casos. Mas se for necessário, posso fazer isso agora. - Faz menção de se levantar. - Não estou a fim de ter meu rosto mais deformado - digo interceptando-a, fazendo com que ela volte a se sentar. - Sou o filho que foi sequestrado quando bebê, vivi na Itália, por isso meu alemão é um pouco puxado. Ela volta a ficar em silêncio, a ponta dos seus dedos passam em seus lábios em um ato involuntário, mas que é capaz de despertar desejos dentro de mim. - Mas porque nunca vi você com seu irmão? - Sou o subchefe, assumo as responsabilidades quando meu irmão não está presente, ou seja, não podemos ficar saindo juntos. A cada resposta minha ela fica em silêncio, absorvendo a informação. - Quero saber seu nome - volto a dizer. - Consegue ser bem persistente, não é mesmo? - Revira os olhos. - Meu nome é Edvige. - Agora sim tenho um nome para meus pensamentos sórdidos - digo com sarcasmo. Edvige revira seus olhos. Me lembro de algo, Zara contou que uma tal de Edvige a ajudou a sair do país, será a mesma? Não pode ser possível, pois esta quer fazer mal ao meu irmão, o que ela poderia ter feito anos atrás, quando estava com minha cunhada. Querendo tirar minha dúvida pergunto: - Conhece a Zara? - Tive um breve encontro com ela - Edvige diz dando de ombros. - Então foi você que a ajudou a fugir? A morena confirma. - O que não entendo é porque fez isso, a oportunidade estava bem ali na sua frente. - Ajudei a Zara porque pensei que ela nunca mais voltaria, mas foi idiota o suficiente para voltar. - Heinz a encontrou, quando meu irmão quer algo, nada o faz frear - digo lembrando da persistência de Heinz quando estava atrás da sua esposa. - Por que quer se vingar dele? - Isso aqui não te diz respeito - diz impaciente. Edvige se levanta e caminha em minha direção. - Preciso pensar sobre o que farei com você, a última pessoa que ajudei daquela família voltou para aquela casa. Não posso perder esta oportunidade. - Se não quer me machucar, apenas me deixe ir. - Como vou saber que não é igual ao seu irmão, traiçoeiro? - Porque não sou igual ao Heinz. Amo meu irmão, mas meus princípios não são os mesmos que os dele - digo querendo impulsionar meu tronco para frente e cheirar sua barriga, o que a faz dar um passo para trás. - Não tem os mesmos princípios, mas compactua com tudo que ele faz - diz um pouco alterada. - São ossos do ofício. CAPÍTULO CINCO Tudo isso parece confuso, tenho medo de soltar este idiota e ele falar sobre nós ao seu irmão. Parece bobagem, mas se eu matar Klaus, Heinz virá atrás de nós, conheço homens como ele, que só param quando veem que venceram. Por isso meu intuito era sequestrar diretamente o Don, assim ninguém o acharia e não insistiriam por muito tempo nesse assunto. Agora estou aqui, com o irmão dele, que curiosamente está dando em cima de mim a todo momento. Klaus é tão ousado que tentou aproximar seu rosto alguns minutos atrás. Entro na cozinha, olho o lugar imundo, me martirizando pelo plano ter dado errado. Estava tudo perfeito demais para dar certo, inferno! Pego um maço de cigarro no bolso da minha jaqueta, pois preciso espairecer e pensar. Acendo o cigarro, trago imediatamente e fecho os olhos, me encostando em uma mesa velha. Vou mantê-lo aqui por hora e ver como vai proceder o assunto que o irmão do mafioso foi sequestrado. Preciso manter Klaus nas minhas vistas, ver como ele vai reagir diante de tudo isso. Continuo fumando meu cigarro quando ouço passos. - Vamos à cidade, precisamos nos alimentar, quer algo? - Rex pergunta chamando minha atenção. - Vou passar a noite aqui, passem na casa da Mia, ela vai dar uma bolsa com suprimentos para mim e comprem alimentos para o besta da sala - digo impaciente. Ele concorda e sai, alguns minutos depois ouço o barulho do carro se afastando. Continuo sozinha, sou boa nisso, não gosto de ficar conversando, sou o tipo de pessoa que se classifica antissocial e nem me importo. Meu celular vibra e visualizo a mensagem de Mia. Pelo visto Albuim já tinha contado sobre o erro, pois ela quer saber como estou. Aviso que os dois idiotas irão passar na casa dela para pegar minha bolsa. Eu me afasto da mesa, olho pela janela e a neve começa a cair. Jogo a bituca do cigarro no ralo da pia e amarro meu cabelo em um coque. Volto para a sala, abro o zíper da minha jaqueta e sinto o frio se abater em meu peito. Espero que eles consigam voltar a tempo, senão vamos congelar nesta casa. Ao entrar na sala, vejo que Klaus continua de cabeça baixa, quero saber o que lhe causou sua cicatriz, mas manterei minha curiosidade apenas para mim. - Seus amigos saíram? - pergunta calmo, ainda de cabeça baixa. - Sim. Em nada isso parece um sequestro, o homem é calmo demais, nem ao menos implorou perdão, chorou ou pediu por alguém. Ele se mantém imóvel a todo momento, menos quando está jogando seu charme. Confesso que estou gostando desse joguinho. Depois de Luck, nenhum homem me atraiu fisicamente, tentei ir com alguns para a cama, mas nenhum conseguiu me levar ao êxtase final, por isso estou preferindo usar meu vibrador ao invés de perder tempo com homens inúteis. - Está nevando? - pergunta erguendo seu rosto. - Começando. Seus olhos param no decote da minha blusa, como sempre ele não disfarça e fica olhando como se fosse o prato mais apetitoso. - É sempre assim? - pergunto e me sento na poltrona. - Somente com quem me atrai, confesso que tenho um fraco por morenas. - Pisca um olho, mas não me comove. - Assim como as loiras quando estão a sós com você - digo pegando o maço de cigarro em meu bolso. - Não disse que não aprecio, apenas aprecio mais as morenas, mas sendo mulher, estou aceitando. - Dá de ombros, dando​um​típico​sorriso​cafajeste​depois​faz​uma​careta, reclamando do frio. Levanto a procura de algo para acender a lareira velha, mas nada é encontrado. Como não pensamos nisso antes? Espero que lembrem de trazer lenha. - Temos que esperar os dois voltarem. - Isso se conseguirem, pelo barulho o negócio está bravo lá fora. Caminho até a janela, o vento uiva e a neve caí furiosamente. - Inferno! - praguejo. - Não vou conseguir fugir, me solte desta merda - Klaus diz impaciente. - Nem pensar, e se me fizer de refém? - Olho para ele, vendo-o revirar os olhos. - Sou incapaz de fazer mal a alguém, principalmente a uma mulher. - Não acredito em você. - Então é melhor começar a acreditar, pois se não usarmos nossos corpos a nosso favor, vamos morrer de frio - diz se irritando com a situação. - Pois vai pensando na sua última palavra de morte. Não vou dar o braço a torcer, estamos presos nesta casa, porém não vou soltá-lo. - O que preciso fazer para me soltar? - pergunta calmo. - Nada! Não dou atenção, volto para a cozinha e encosto na mesa fumando o cigarro. O ambiente está ficando cada vez mais gelado, pego meu celular e vejo que está sem sinal. A noite cai e o escuro se apossa de toda a residência, com a luz do meu celular volto para a sala, ilumino Klaus e seu olhar sobe de encontro ao meu. Vejo que ele está pálido, me aproximo, passo minha mão em seu rosto, sentindo-o gelado, inclusive tendo alguns espasmos de frio. - Qual é a sua sugestão? - pergunto. - Me solte, tire suas roupas, vou fazer o mesmo, com o calor dos nossos corpos vamos nos esquentar - diz em um sussurro rouco. - Não vou ficar nua. - Fique com as peças íntimas, apenas me solte. Dou a minha palavra que amanhã deixarei me prenderem aqui novamente, só não quero morrer desta forma. Fico pensativa e percebo que não tenho outra escolha. Abaixo atrás da cadeira, desfaço o nó e sinto que suas mãos estão congelando. Klaus imediatamente solta suas pernas ficando em pé, não consigo ver seu semblante, mas ele é nitidamente mais alto que eu. - Tire logo suas roupas, está escuro, tecnicamente não vou vê-la nua. - Mas vai sentir e se me apalpar em um lugar com segundas intenções, eu te soco - digo tirando minha jaqueta e em seguida as botas. Abaixo a calça, passo a camisa por minha cabeça, ficando apenas de calcinha, pois estou sem sutiã. Ele tira suas roupas, passa a mão em minha cintura e uma sensação de desejo se apossa de mim, depois se senta na poltrona e me traz para seus braços firmes. Que Deus me ajude ao lado deste homem!

            
            

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