SUBCHEFE
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Capítulo 4 SUBCHEFE

Coloco meu cabelo para o lado e encosto minhas costas no peito de Klaus. Com seu paletó, ele nos cobre, sua mão desce pelo meu braço, me fazendo arrepiar e me encolher mais em seu corpo. - Prometo que não farei nada, mas estou com muito frio - Klaus sussurra, pressionando sua mão grande em minha barriga. A poltrona parece minúscula diante do corpo enorme dele, porém ele se encolhe, conseguindo ficar bem colado ao meu corpo. Sua respiração perto do meu ouvido não ajuda, porém o calor emanado de seu corpo me aquece.

- O fato de estar sem sutiã não está ajudando muito - Klaus diz batendo os dentes. - Como sabe que estou sem? - Suas costas estão nuas. - Desculpa, dificilmente uso sutiã - digo colocando minha mão por cima da dele. Ele entrelaça seus dedos nos meus e seu cheiro me faz ter pensamentos eróticos. - Por que é assim? - pergunto sentindo seus dedos circularem os meus. - Não cresci na máfia, vivi a maior parte da minha vida, sozinho. Meu irmão apenas me encontrou devido a um assalto malsucedido, meu fracasso apareceu em todos os jornais, foi meu pai quem me reconheceu e foram atrás de mim na Itália. Agora estou aqui. - Se tivesse crescido na máfia, poderia ter sido diferente? - pergunto suspirando ao senti-lo passar a barba em meu pescoço. - Não sei, Heinz é um homem frio. Ele foi criado para isso, talvez se eu tivesse sido criado com minha família fosse igual, mas não consigo brincar com vidas igual Heinz e Otto fazem. - E eles te aceitaram assim? - questiono querendo saber mais dele. - No começo não, estava passando por treinamentos rigorosos, vivia brigando com meu irmão todo dia, nossas divergências eram constantes. De tanto Heinz insistir em algo infindável, percebeu que me aceitava como sou ou viveríamos nesse dilema para sempre. Seu corpo começa a ficar quente, suas mãos que antes estavam frias, agora já estão quentes. Klaus boceja, ele está cansado. Fico em silêncio e logo sua respiração fica leve, mostrando que adormeceu. Como eu poderia matar este homem? Ele não é como os outros da In Ergänzung. O que ele faz nesse lugar? Um homem como ele teria que estar procurando uma mulher descente, tendo um trabalho honroso, mas pelo que ele disse era um assaltante antes de entrar para a In Ergänzung. Klaus está se tornando uma incógnita que quero desvendar e seu jeito está me deixando fascinada. O que fazer diante da atração que estou sentindo por ele? Se Klaus tivesse tentado me tocar mais intimamente não sei se teria dito não, mas ele foi um cavalheiro e se manteve respeitoso a todo momento. Sua mão aperta mais minha barriga, como se estivesse me protegendo, fazendo um escudo ao redor do meu corpo. Eu me embriago com seu cheiro, imaginando como seria estar em seu colo, com suas mãos apertando minhas curvas. Como conseguir dormir diante de tais pensamentos? Estou me sentindo inquieta, quero me mover e seu corpo começa a suar, me deixando ainda mais desconfortável. - Edvige? - suspira com a voz embriagada de sono. - Não está conseguindo dormir? - Não - respondo sincera. - Algo está incomodando? - Essa posição está me deixando agoniada. Estou me sentindo apertada. - Tem outra ideia? - No quarto tem um tapete no chão, podemos nos deitar lá, assim ao menos consigo esticar minhas pernas. Ele concorda. Pego sua mão, guiando até o cômodo escuro e para ajudar meu celular está acabando a bateria, estamos indo de mal a pior. Sinto em meus pés o tapete, Klaus é o primeiro a se sentar, faz um travesseiro com sua calça e com sua ajuda me deito sobre seu braço. Passo minha mão em seu peito, me deitando parcialmente em cima do seu corpo. - Deus está testando todo meu autocontrole com esses peitos sobre mim - diz em deboche. - Ainda bem que é resistente. - Sorrio com a boca encostada em seu peito, imaginando como seria lamber ali. - Edvige, não me provoque - diz sentindo minha mão no cós da sua cueca. - Tem razão - digo erguendo minha mão, passando em sua barriga. Klaus passa a mão em minhas costas e seu paletó nos cobre o suficiente. A nevasca lá fora faz um barulho estrondoso, o que me faz encolher ainda mais em seu corpo. - Algum problema? - Não gosto de neve forte assim - digo impaciente. - E existe um motivo? - Meus pais me deixaram em um dia de neve. Nevava muito naquele dia e eles me deixaram sozinha em nossa casa - digo, me lembrando do dia que passei horas sozinha, o barulho aterrorizante, a maneira que berrava por meus pais e eles não apareciam. - Sinto muito, entendo bem esses demônios internos, minha infância não foi das melhores, isso se eu cheguei a ter uma - Klaus diz pensativo. - Não precisa ficar preocupada, não deixarei que nada lhe aconteça. Suas palavras me pegam desprevenida, confesso que não esperava por isso. Klaus definitivamente é um homem que não se encontra em qualquer lugar, muito menos na máfia, mas ali estava ele, tentando me confortar. - Obrigada - sussurro bocejando. - Espero que não tenha lhe tirado o sono mudando de lugar. - Está tudo bem, o que importa é ter seu corpo sobre o meu, assim me mantenho quente. - Ah, sim, claro - digo confusa. Primeiro ele passou boa parte do tempo dando em cima de mim e agora está se fazendo de difícil, realmente não entendo qual é a dele. Mas penso que talvez assim seja melhor. Abraço seu peito largo e ficamos em silêncio, apenas nossas respirações ecoam no ambiente. Tento não focar nele e em como meu corpo está reagindo ao dele. Inferno! Isso é o que eu menos quero neste momento, me sentir a mercê de alguém desse clã horrível. Por mais que Klaus seja um homem diferente, ele compactua com tudo que a In Ergänzung faz de ruim e abomino isso. Fecho meus olhos e acabo adormecendo, esquecendo dos meus problemas atuais. CAPÍTULO SETE Acordo sentindo minhas costas no chão duro e um frio se instala em mim. Respiro fundo, sentindo o cheiro masculino me cobrindo e imediatamente abro meus olhos. Klaus não está ali, somente seu paletó. Levanto, procurando por minhas roupas e as encontro sobre um móvel velho, curiosamente elas estão bem dobradas. Visto minha calça, em seguida minha camisa de qualquer maneira e sem dar muita atenção ao meu estado, sigo para a sala. Klaus deve ter ido embora e a essa altura do campeonato, já está trazendo seus homens para me matar. Quando entro na sala, encontro sua silhueta em frente à janela, olhando o tempo. - Por quê? - digo em um sussurro. Ele se vira com seu semblante pleno e a camisa com os dois botões de cima abertos. - Não entendi. - Ergue uma sobrancelha. - Por que não foi embora? Teve a oportunidade. - Fiz uma promessa e por mais supérflua que seja, não costumo quebrá-las - diz vindo em minha direção a passos lentos com seu sapato reluzente e camisa para fora da calça. Minhas vistas chegam em seu rosto, encontrando intensos olhos azuis. - Está com frio? - pergunta parando na minha frente. - Ainda não, mas é porque acordei na adrenalina do momento. - Você dormia tão serenamente, que acabei deixando-a dormir. Ergo meu rosto, Klaus está tão perto de mim e isso não é um bom sinal. Ficar perto dele é definitivamente uma escolha errada a se fazer. Quando estou prestes a dar um passo para trás, ele passa suas mãos em meu braço, me fazendo arrepiar. - Seu corpo reage tão bem ao meu - Klaus diz em um sussurro rouco. - Isso porque está frio demais - digo querendo quebrar o clima, mesmo me recusando a sair de perto dele. - Está querendo dizer que não sente isso? Dessa vez ele é mais ousado e passa a mão por cima do meu mamilo rígido através do tecido da camisa, o que me faz fechar os olhos e respirar fundo. - Você está provocando essas sensações, por isso estou dessa forma - digo abrindo os olhos, encontrando suas pupilas dilatadas diante do desejo. - Então está dizendo que se eu não a tocar, não irá sentir nada? - Klaus questiona com malícia. - Sim. - Todos os homens a deixam com tesão somente em te tocar? - Sua testa se forma uma dobra. Acabei de cair na minha própria armadilha. - Não. - Reviro os olhos. - Dificilmente um homem me deixa assim. - Então eu não sou qualquer um? - sussurra em meu ouvido, descendo suas mãos por minhas costas. - Isso é um erro - digo sentindo meu corpo me trair. - E por que seria um erro? - Você faz parte do mundo que eu abomino - digo com a voz embriagada de desejo. - E isso é um empecilho? - Cheira meu pescoço, coloca meu cabelo para o lado e deixa pequenos beijos em minha pele ardente de desejo. - Acredito que seja, não me deito com inimigos. - Bom, então já quebrou a primeira regra, pois felizmente já dormimos juntos. - Suas mãos descem pela minha bunda, alisando e quando menos espero, me pressiona na parede. - Preciso provar estes lábios e ver se são tão apetitosos quanto imagino que sejam - sussurra próximo a minha boca. Sua respiração bate em meu rosto, o cheiro de tabaco emana dela, o que me faz perceber que ele tinha fumado. Seu lábio roça no meu, apenas pedindo uma aprovação para continuar. Minhas mãos ao lado do meu corpo estão imóveis e não sabem o que fazer, é como se eu fosse uma ovelha à mercê do lobo. Pisco meus olhos, querendo que ele inicie esse beijo o quanto antes, quando somos interrompidos pelo barulho de rodas de carro. - Inferno! - Klaus diz irritado. - Eles voltaram - digo sorrindo aliviada. Ele se afasta, se aproxima da cadeira, se senta nela e ergue os braços para que eu amarre. Me aproximo, pego as cordas no chão, abaixo na frente dele, ficando de joelhos, então amarro um pé depois o outro. Ergo minhas vistas, não sem antes parar em seu membro semiereto. Inferno, ter a visão dele assim não está ajudando! - Se continuar a me olhar assim, juro que esqueço que esses babacas vão entrar a qualquer momento. - Não irei me entregar a você, Klaus, tenho meus princípios, e por mais que meu corpo, por algum motivo deseje o seu, serei resistente - digo me levantando e amarrando suas mãos atrás da cadeira. - Então é melhor ser tão resistente quanto diz ser e fazer o que meu pessoal da In Ergänzung faz, ou pensa que se estivesse no meu lugar, no calabouço, estaria com este rostinho perfeitinho? A essa altura, meu irmão já teria mandado desfigurá-la toda! - diz irritado. - Não me importo com o que diga. - É melhor passar a se importar e rezar para que Heinz não venha atrás de mim. Meu irmão tem um ótimo faro. Pisco algumas vezes, aproximando meu rosto do dele. - Sabe como se chama isso? Ego ferido! Seu irmão é um maníaco, matou a pessoa que eu mais amava - digo próximo a ele. - Sabia que isso era uma vingança, mas deu errado, não é mesmo? Pegaram a pessoa errada. Como é o nome dele? Quem sabe eu me recorde das suas últimas palavras - Klaus diz revelando um lado que eu não conhecia. - Luck Cabot, meu noivo, estávamos com casamento marcado. Seu irmão matou o meu noivo - digo cuspindo as palavras. Klaus se cala, seu olhar vaga para algum pensamento, ele se recorda do nome. - Você o viu, viu meu noivo ser morto? - pergunto quase berrando. Ele ergue sua vista e seus olhos se tornam gélidos. - Um bastardo nojento que teve uma morte rápida - Klaus diz com nojo na sua voz. Sou tomada por um acesso de raiva, não sei o que acontece comigo e começo a socar seu rosto perfeito. A cada golpe seu sorriso vai sumindo, sangue se forma em seu nariz, a cadeira cai no chão e começo a chutar seu estômago, ouvindo-o resmungar baixo. - Nunca mais, NUNCA! Fale assim do meu Luck.

            
            

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