UAU! Luca Ricci - Professor? - questiono boquiaberta com o que vejo em pé na minha frente.
- Luca, por favor. Estamos fora da faculdade, e você já está em fase de conclusão do curso. Acredito que tais formalidades não são necessárias no momento.
- Ok. Desculpe.
Cabelos castanhos claros, olhos azuis, alto, forte, viril. Quem diria que alguém com esse porte físico é professor de faculdade? Nunca tinha reparado o quanto é bonito esse danado. Esquece. Foca. Esquece. Já basta seu rolo com o delegado. Espera, por que pensei naquele ogro? Reviro os olhos impaciente. Nem longe aquele homem me dá paz.
- O que faz sentada aqui? Essa área não é muito boa para uma mulher ficar, ainda mais sozinha.
Ok. Atitude machista ou seria somente um alerta? Justo hoje o mundo inteiro resolveu me proteger?
- Meu dia foi longo prof... - Limpo a garganta. - Luca.
- Quer conversar, estou com tempo.
Antes que possa responder que não quero falar mais sobre o assunto, Luca senta ao meu lado e puxa a coleira do seu cachorro para mais perto dele. Afagando a cabeça peluda do animal, ele sorri mostrando suas covinhas. Tudo bem, não posso negar uma boa conversa para um homem que gosta de animais e tem covinhas fofas no rosto.
Conto desde a hora que deixei o trabalho na faculdade até o momento de ir parar na delegacia, obviamente pulando os detalhes sobre Brian. Então, algo inédito acontece. Luca Ricci, professor conceituado na área de direito em uma das faculdades mais importantes do país, começa gargalhar alto no meio da rua.
Encaro-o assustada e com olhos arregalados. Em quatro anos nunca tinha escutado esse som. Fim do mundo? Apocalipse?
- Você pulou no homem igual macaco e de pijama?
- Sim - digo envergonhada.
- Agora entendi o porquê ainda está com a mesma roupa - diz entre risos.
- Sabe, não tem é engraçado. - Por um momento permanecemos em silêncio. - Está bem, é engraçado, sim.
Continuamos conversando sobre o ocorrido e como o namorado agrediu a jovem. Quem diria que depois de um dia horrível, encontraria consolo com o professor mais temido de todos.
O tempo corre rapidamente quando se está em boa companhia.
- Nossa, a conversa está ótima, mas tenho que ir para casa. Só saí para dar uma volta com o Cookie, tenho que voltar.
- Ah sim, claro. Sua esposa deve estar preocupada.
- Não sou casado. Achei que sabia disso depois de passar todos esses anos comigo.
- Digamos que você não é o professor mais sociável do campus. Nem namorada? - Droga, isso não é da minha conta. Para de ser curiosa.
-Não, nem namorada, só o Cookie.
Interessante, e intrigante. Solteiro, bonito, estabilizado financeiramente. Por que não tem no mínimo uma namorada? Será que ele é gay e esconde por causa da faculdade? Não, acho que não. Só se fosse muito idiota para minar a própria felicidade por causa de opinião alheia.
- Bom, estou indo. Até mais senhorita Carter.
Droga, mil vezes droga. Preciso dele, na verdade do dinheiro dele para chegar em casa. Será como um pequeno empréstimo. Respiro fundo e faço minha melhor expressão de maior abandonada.
- Luca, é, sabe. Eu falei que minhas coisas ficaram no carro, né? Não tenho como terminar de chegar em casa, pode me ajudar?
- Estou sem carteira aqui também, mas meu apartamento é à três quadras daqui. Acompanha-me vou pegar o carro e te levo em casa.
- Não precisa, não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum. Vamos?
De sapo para príncipe encantado? Qual princesa fez essa mágica, porque tenho certeza de que não foi eu.
Andamos lado a lado até em frente ao prédio. Cortês me convida para beber um café, mas recuso imediatamente. Sei que não à segundas intenções, mas melhor prevenir. Além do mais os vizinhos podem ver, e o que vão pensar do professor, com a aluna, sozinhos no apartamento? Não me importa, porém Luca tem carreira e não quero prejudicá-lo.
Encosto na parede ao lado da entrada do edifício e espero que minha carona retorne.
Não demora para o sedan preto sair da garagem subterrânea e estacionar na guia próxima de onde estou esperando. Avanço alguns passos, mas para minha surpresa, Luca desce do carro e vem em minha direção, sorrindo. Gentilmente abre a porta do passageiro. Alguns movimentos e gestos me faz lembrar Spencer, logo que começamos namorar.
Que isso Camilly? Parece que estou ficando louca, Luca e Spencer não tem nada a ver um com o outro. Talvez esteja acostumada a lidar com homens iguais a Brian Garcia. Grosso, indiferente. Cretino. Sai da minha cabeça.
Agradeço, e sento no banco. Puxo o cinto de segurança com força.
- Deixa que ajudo.
Curvando o corpo por cima do meu, ele alcança o cinto e o puxa. Sinto a fragrância da sua colônia, o calor emanando da pele.
- Droga - resmungo alto.
- O que foi? Machuquei você?
- Não, só estou pensando alto. Desculpe - disfarço.
Com tantos perfumes para comprar na cidade de Nova York, ele e Brian precisam usar a mesma fragrância? É castigo só pode. Inquieta, me remexo no banco para que ele saia logo. Não posso e nem quero lidar com outro homem no momento. Sem graça, Luca se afasta e se ajeita no próprio banco, enquanto liga o carro.
Seguimos o percurso no mais pleno silêncio. Aquela atmosfera amigável se perdeu pelo caminho. Só quero chegar em casa, tomar banho e me jogar na minha cama.
Em frente do prédio, abro a porta pronta para descer. Mas sinto minha consciência pesada. Ele foi tão gentil, e nem por um momento hesitou em me ajudar. Então, antes que eu desça, decido agradecê-lo da forma correta.
- Obrigada por tudo, pela companhia, a carona. Posso pagar um café para você qualquer dia desses? - Abro um sorriso.
- Será um prazer, senhorita Carter. - Posso ver o brilho nos seus olhos. Homens.
- Combinado, até mais.
Despeço-me, e desço do sedan sem olhar para trás.
Giro a chave destrancando a porta do meu apartamento. Empurro com o pé para que feche. Na parede do lado direto toco o interruptor para acender as luzes da sala e copa. Silêncio é tudo que preciso depois de um dia infernal. E eu que achei que tudo ia ficar bem depois desse maldito casamento. Mas não, aquela diaba sempre aparece para me provocar.
Tiro a jaqueta e a jogo em cima do sofá, em seguida abro o coldre peitoral puxando para fora dos meus braços enquanto caminho em direção ao quarto. Atravesso a entrada indo até o armário com cadeado onde guardo minhas armas, e outras coisas com numeração da polícia. Tranco-os deixando em segurança.
Arrastando os pés, exausto. Sento na beira da cama, abro botão por botão da camisa deixando que caía no chão. Esfrego um pé no outro para tirar as botas, e deito de costas encarando o teto pálido. Abro os braços e fecho os olhos sentindo o peso dos problemas que assolam minha vida.
Não consigo evitar pensar naquela mulher. Como pode sair na rua de pijama, é maluca? Enfrentar aquele desgraçado sozinha, se caso estivesse armado? Confesso que admiro sua coragem, mas não quer dizer que não a considere uma doida, e corajosa. Será que ela chegou bem em casa?
Depois de conseguir raciocinar com a cabeça de cima, procurei por ela nas redondezas, já que provavelmente não tinha dinheiro, mas não a encontrei. Talvez devesse ligar para saber se está tudo bem. Não, melhor não. Camilly pode considerar isso como um sinal de interesse da minha parte.
Quer saber? Vou espiar da rua mesmo, ela não precisa saber que estive lá. É isso.
Levanto rapidamente da cama e enfio os pés dentro dos sapatos, pego a camisa e a coloco novamente. Saio apressadamente levando somente a chave do carro e carteira com documentos pessoais.
Estaciono o carro na rua de trás para que não correr o risco de ser reconhecido. Em frente ao seu prédio, me escondo em meio as árvores do outro lado da rua e aguardo por meia hora. Impaciente, decido subir até seu apartamento. Avanço dois passos em direção à rua, quando vejo um carro sedan encostando. Recuo novamente voltando para o mesmo lugar. Então, para minha surpresa Camilly desce do sedan cheia de sorrisos para o homem no volante.
Quem é esse? Nunca o vi. Não me fode, não faz nada de tempo estava me chupando no banheiro, agora, está com esse cara? Fecho as mãos em punho apertando com força.
E por que ainda está usando esse pijama? Devia ter rasgado quando surgiu oportunidade. Quer dizer que estava até essa hora na rua com esse homem. E eu preocupado, é para aprender não ser idiota Brian. Está claro que ela não precisa de você, quer dizer, proteção. Aguardo o momento do beijo de despedida, mas ela não o beija. Despede-se de forma gentil, mas sem intimidades ou qualquer gesto de afeto. Isso quer dizer que não é alguém importante.
Logo vejo Camilly subindo os degraus da entrada, a bunda rebola acompanhando o movimento do seu quadril. O babaca continua parado
dentro do carro observando a fachada do prédio. Nem pense nisso, acabo com você antes mesmo de chegar ao elevador. Continuo esperando, e não demora, a carona da senhorita encrenca ir embora.
Nervoso, salto do esconderijo andando de um lado para outro. Enfio as mãos nos bolsos da calça, e começo resmungar sozinho no meio da rua.
- Vou subir. - Decido.
Atravesso a rua rapidamente, subo os degraus pulando de dois em dois até chegar ao hall, seguindo para o elevador. Aperto o número do andar do apartamento. Essa mulher precisa ouvir um bom sermão de como deve se proteger.
Respiro fundo, o elevador abre as portas no andar, e desço no corredor.
Caminho lentamente até chegar em frente ao seu apartamento.
"Brian não faça isso, será um grande erro."
- Só vou falar o que está engasgado desde o casamento, nada mais. Levanto a mão fechada e bato na madeira da porta três vezes seguida.
Ouço sua voz pedindo que aguarde, engulo em seco. Estou com as frases formadas na ponta da língua para dar uma correção, quando ela abre a porta usando somente uma toalha enrolada no seu corpo.
Meus olhos percorrem seu corpo de cima abaixo. Os cabelos úmidos grudados na sua pele, a boca entreaberta, a respiração acelerada. O conjunto da obra me atingi em cheio, descendo diretamente para meu pau.
Lembranças da noite do casamento invadem meus pensamentos, nublando qualquer capacidade de raciocínio.
- O que você quer Brian? - questiona rudemente.
Encaro dentro dos olhos castanhos. Sei que vou me arrepender, mas que se foda.
Avanço alguns passos e enlaço sua cintura com meus braços, puxando seu corpo para mais perto. Surpresa, Camilly me encara calada.
- Provar você - respondo entre dentes.
Desço a boca de encontro a sua tomando seus lábios em um beijo ardente. Nossas línguas se tocam em uma brincadeira sensual e deliciosa. Minhas mãos descem por suas costas e agarro sua bunda suspendendo-a no ar. Suas pernas enrolam em volta da minha cintura. Ando dentro do apartamento com ela pendurada no meu corpo, e sinto quando esbarramos na mesa. Separo nossos lábios e abro um sorriso malicioso.
Inclino o corpo para frente, deitando-a contra a madeira maciça.
Puxo o nó que prende a toalha. Eroticamente encaro seu corpo nu. Os seios fartos de bicos rosados e duros implorando atenção. Salivando, deslizo a língua na ponta dos bicos, lambendo suavemente. Abocanho de uma vez chupando com força. Revezo de um para o outro. Camilly se contorce gemendo embaixo de mim.
Percorro sua barriga com uma mão descendo até tocar sua boceta. Meus dedos esfregam o clitóris inchado e desejoso. Sem pudor ou delicadeza, enfio dois dedos no seu centro úmido. Fodendo-a, entrando, saindo.
- Brian. - Meu nome escapa dos seus lábios como súplica.
Afasto a boca e começo trilhar um caminho de beijos por seu abdômen. Seguro suas pernas e as arrasto para ficar mais próxima da beirada da mesa. Seus olhos me encaram cheios de luxúria. Pisco sorrindo.
Ajoelho-me ficando no meio das pernas. Beijo a junção da virilha roçando minha barba por fazer contra sua boceta. Louco de excitação, começo lamber sua boceta molhada. Seu sabor é como néctar dos deuses. Sugo o clitóris, roçando os dentes. Os gemidos de Camilly se tornam cada vez mais alto me instigando. Lambendo, chupando, sugando com a língua e revezando com os dedos. Entrando, saindo, forte, rápido.
Não paro até sentir a boceta se contraindo, pronta para gozar. Continuo chupando e fodendo com os dedos, então, sinto o líquido quente na minha boca. O corpo de Camilly se contorce em espasmos. Sugo até a última gota.
Satisfeito, fico em pé e recuo dois passos para trás. Abro o botão da calça deixando cair nos joelhos. Duro, e pronto para me enterrar dentro dela, ando em sua direção, mas sou impedido quando Camilly toca meu peito com o pé.
- Chega.
- O que? - questiono atordoado.
- Estamos quites, chupei você aquele dia, agora, me devolveu. Pode ir embora.
- Está brincando? - Só pode ser brincadeira dessa demônia.
- Não. Pode sair, por favor.
Paralisado, sem calça e de pau duro no meio da sala, sou dispensado. Respiro fundo contando até cem. Sem esboçar qualquer reação, fico encarando essa mulher descer da mesa, pegar a toalha e se enrolar novamente cobrindo o corpo.
- Você é uma ... - digo entre dentes.
- Uma o quê? Cuidado senhor delegado.
Esfrego as mãos na barba subindo até a cabeça, bagunçando os cabelos.
- Bata a porta quando sair. - Piscando diabolicamente, ela caminha em direção ao corredor indo para o quarto.
Juntando o que sobrou de dignidade, ergo a calça com as mãos trêmulas. Saio do apartamento pisando duro, e faço questão de bater à porta com força para que saiba que estou indo embora.