A Perfeita Babá Vol. 2
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Capítulo 3 Capitulo 3

Grávida?! Confesso que aquela notícia me pegou de surpresa. Nos instantes que se seguiram eu não consegui esboçar qualquer reação. Isso explicava muita coisa, como o meu cansaço sem fim, as dores de cabeça, as tonturas e os enjoos. Como não percebi isso antes? Além de todos os sintomas, minha menstruação estava atrasada havia alguns dias, mas como meu ciclo era irregular, isso não havia me assustado em um primeiro instante. Além disso, meus seios estavam sensíveis e, apesar de estar mais magra, meus quadris estavam mais largos. Mas eu juro que em hipótese alguma cogitei que estivesse grávida.

Oliver e eu nunca havíamos feito sexo sem camisinha antes, ele sempre foi muito responsável e cuidadoso comigo... exceto no dia em que fizemos amor no chuveiro, antes de Denise aparecer e estragar tudo.

- Pela sua reação, acredito que você ainda não sabia da sua gravidez

- o médico disse, me arrancando de meus devaneios.

- Não, eu não sabia - respondi ainda em choque.

- Apesar do incidente, os exames indicam que está tudo bem com você e com a criança e vai permanecer assim, desde que você volte a se alimentar direito.

- Eu vou.

- Vou deixar vocês duas a sós, dê os parabéns ao pai por mim - o médico disse com um sorriso.

Mesmo depois de ele sair do quarto, aquelas palavras ainda continuaram a vagar pela minha mente: "Dê os parabéns ao pai." Senti um nó se formar na minha garganta e comecei a chorar, Vanessa também me abraçou, emocionada.

Eu estava grávida do Oliver. Grávida do homem que eu mais amava na

vida. E eu nem sequer podia compartilhar isso com ele.

CAPÍTULO 4 – SOFIA

- Você vai contar para ele que está grávida, não vai? - Vanessa perguntou vindo atrás de mim, depois que chegamos à minha casa.

Fui para o sofá e me sentei, levando as mãos à cabeça. Como pude ser tão descuidada?

- Eu não sei. - Eu estava sem chão, não sabia mais o que fazer.

- Sofia, você precisa contar para o Oliver que está esperando um filho dele! - Vanessa me repreendia.

- Não acho que ele vá ficar muito contente com essa notícia. - Baixei a cabeça, pensando no quanto ele devia estar triste e decepcionado comigo.

Vanessa se sentou ao meu lado no sofá, segurando minha mão.

- Foi tão ruim assim o que aconteceu?

- Foi péssimo!

- Brian me contou que você e o Oliver terminaram, porque você estava com o Ryan...

- E você acreditou? - interrompi-a, olhando-a de relance.

- Não, por isso mesmo estou aqui: para ouvir o seu lado da história.

- Se eu te contar, você jura que não vai falar para mais ninguém? - Encarei-a. Eu sabia que podia confiar nela, mas, por outro lado, não confiava no Brian.

- Eu juro, Sofia.

Respirei fundo e contei a Vanessa sobre a conversa que havia tido com Denise no restaurante, da ameaça que ela fez de tirar Estevan e Elena de Oliver caso eu não me afastasse, do beijo que me vi obrigada a dar em Ryan e as coisas horríveis que Oliver me disse logo depois.

Contar aquilo a Vanessa foi libertador, era como se eu estivesse compartilhando o meu peso com outra pessoa e eu já me sentia mais aliviada.

- E por que você não contou ao Oliver que essa maluca te ameaçou?

- Eu não podia, Vanessa! Isso só serviria para irritar ainda mais a Denise e os dois com certeza iriam acabar indo parar na justiça para brigar pela guarda dos filhos.

- Mas, a Denise não teria nenhuma chance contra o Oliver, foi ela quem os abandonou!

- Mas o juiz não sabe disso e não existe nenhuma evidência que prove que Denise o traiu e depois saiu de casa. Ela iria manipular todos fácil, fácil e ainda poderia prejudicar o Oliver. - Fiz uma pausa, tendo noção do quanto tudo aquilo era surreal. - O que mais me doí é que o Oliver pensa que eu o traí e que nunca o amei de verdade. Você tinha que ter visto como ele falou comigo da última vez que nos vimos. - Uma lágrima rolou pelo meu rosto.

- Você não tem que se sentir assim, Sofi! Você não fez nada de errado, sua consciência está limpa!

- Eu sei, mas eu me sinto tão mal por saber que de certa forma o decepcionei... Você tem lido as notícias? Dá para ver que ele voltou a ser aquele mesmo cara sério e triste de antes e tudo por minha culpa.

- Sofia, o fato de você estar grávida muda tudo. Se você contar a ele que tudo não passou de uma jogada da Denise, tenho certeza que ele vai entender e vocês dois vão poder resolver isso juntos...

- Eu não posso arriscar.

- Poxa Sofia, eu realmente não te entendo!

- Assim como eu também não entendo por que você namora um cara que te agrediu! - eu disse, irritada. De certo modo, aquela conversa havia conseguido abalar meus sentimentos e eu decidi colocar tudo o que estava sentindo para fora.

- O Brian não me agrediu! - ela protestou.

- Vai dizer então que ele fez aquilo com você como uma demonstração

de carinho? - insisti.

- E se tiver sido? - ela disse séria, me pegando de surpresa. - Na boa Sofia, não dá para falar com você assim. - Ela se levantou do sofá, indo até a porta.

- Espere Vanessa, eu não quero brigar com você...

- Ah, é? -Ela se voltou para mim. - Eu sinto muito, mas eu estou com o Brian agora e enquanto você não aceitar isso a nossa amizade também vai permanecer abalada, Sofia. Se você se esforçasse um pouquinho mais para conhecê-lo, veria que ele é um cara legal. - Ela me olhou uma última vez e depois saiu, me deixando ali sozinha, sem saber o que fazer.

Fui para o meu quarto e me joguei na cama, começando a chorar. Em parte deveriam ser meus hormônios que estavam alterados, por outro lado, deveria ser a solidão.

- O que eu vou fazer? - murmurei, colocando a mão sobre minha barriga e achando incrível que pudesse haver um ser vivo ali dentro. - Pelo menos agora eu tenho você. - Sorri.

Como toda mulher, eu já havia cogitado a ideia de ser mãe. Quando estava com Oliver, ficava observando-o e pensando no quanto o amava e em como gostaria de formar uma família com ele. Ficar grávida, no entanto, em um momento crítico como esse, não estava nos meus planos.

De qualquer forma, aquele bebê representava o amor que existiu entre mim e Oliver e pensar nisso me deixava feliz. Eu cuidaria daquela criança com todo o meu amor, faria de tudo para que ela ficasse bem. Pensei no que o médico disse sobre minha alimentação e no quanto ela influenciava na boa formação do bebê.

Tomei um banho, me arrumei e decidi que iria até o supermercado fazer compras. Agora que estava grávida, eu não podia comer apenas macarrão e outras besteiras, eu tinha que me alimentar bem. Eu não tinha muito dinheiro em casa, mas ainda me restava um pouco no banco, o suficiente para que eu

conseguisse me manter por mais alguns dias.

Saí de casa e fui primeiro ao banco para poder sacar um pouco de dinheiro, quando me assustei por ver que dez mil reais haviam sido depositados na minha conta. Provavelmente deveria ter sido algum engano. Quando puxei o extrato para descobrir quem havia depositado o dinheiro, vi que não havia sido engano. Meu coração se encheu de alegria e meus olhos se encheram de lágrimas, no instante em que levei a mão ao meu ventre. O extrato em minhas mãos comprovava que o dinheiro havia sido depositado por Oliver Beaumont.

CAPÍTULO 5 – SOFIA

Eu estava dura, mas, apesar de estar precisando muito daquele dinheiro, não tive coragem de sacar um centavo sequer dos dez mil reais que Oliver havia depositado na minha conta. Ele já havia pago três meses da minha faculdade e agora aquilo - eu não podia aceitar.

O que mais me surpreendia é que Oliver desconhecia a verdade e, mesmo achando que eu o havia traído e que estava com outro, ele continuava se importando comigo, mas por quê?

Também me perguntava como ele havia descoberto sobre a minha situação financeira caótica. Será que alguém havia dito a ele ou foi puro instinto? Talvez, no fundo, ele só quisesse garantir que eu fosse ficar bem.

Saquei o pouco dinheiro que restava do meu acerto e, depois de sair do banco, fui para o supermercado que ficava mais próximo da minha casa. Peguei uma cestinha e comecei a andar pelos corredores. Procurei comprar alimentos saudáveis e nutritivos e, quando fui até a sessão de hortaliças, avistei um casal com duas crianças, uma já grandinha e um bebê. O menino maior fazia birra, implorando ao pai que lhe comprasse um cereal, enquanto o bebê estava agitado nos braços da mãe. Depois de alguns minutos de conversa, o pai conseguiu

convencer o filho de que aquilo não era o melhor para ele, enquanto a mãe também conseguiu acalmar o bebê. Depois eles seguiram juntos pelo corredor e foi como se nada tivesse acontecido.

            
            

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