Jogos adultos
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Capítulo 4 Jogos adultos

demanda. Era sexta-f eira, eu estava de ressaca da noite anterior, movida a caf eí nae estranhamente agitada com a visita àquele clube do sexo. Minha vida estava realmente um f racasso social, se tudo que me animava em um intervalo de um ano era a possibilidade de visitar um lugar onde as pessoas f aziam sexo da mesma f orma displicente que comiam amendoim de bar. No f inal do expediente, entretanto, surpreendi Melanie com minha abordagem nada sutil. - Você vai retornar ao clube esse f inal de semana? Os olhos dela brilharam.

Por que minha amiga estava tão engajada em me transf ormar em uma pervertida era uma questão válida. - Sim, pretendo ir amanhã. Por quê? Quer me acompanhar? - A ausência de resposta garantiu o "sim" que ela esperava ouvir. - Ah, eu sabia! Gostou de Andrew Thorne, não f oi? - Não é só isso. Eu decidi que talvez deva me abrir a outras oportunidades. Nem parecia eu mesma f alando aquelas barbaridades. Mas não devia nada a ninguém e nada daquilo f aria mal ao meu tratamento. Se eu tivesse a oportunidade de relaxar e me sentir satisf eita,talvez estivesse ajudando meu tratamento. - Então vamos, sim. Podemos marcar no mesmo lugar às vinte. Não adianta chegar muito cedo mesmo, ainda mais no sábado. Agora, Layla... vá preparada. - Melanie piscou para mim. - Sei que não dá tempo para f azer os testes exigidos pelo clube, e sei que você não quer pensar nisso agora, mas leve camisinhas com você. Nunca se sabe o que pode acontecer depois de alguns drinques, não é mesmo? 2 N O A N D​A R D​E C ) M A E u queria arrasar naquela noite e nada estava relacionado a Andrew Thorne. Eu estava mesmo animada por ter me sentido desejada, era a verdade. Talvez pudesse despertar aquele mesmo desejo em outros homens, mesmo que não quisesse dormir com eles. Parecia egoí sta e mesquinho, e era. Mas f azia tanto tempo que não dedicava algum tempo ao meu eu f eminino que quis me sentir poderosa e no controle. Abusei do justo e do decotado, mesmo sem saber se aquilo tudo f icavabem em mim. O vestido roxo que nunca tinha usado realçava meus seios, que não eram muito volumosos. Tentei um visual que destacasse o que eu tinha de melhor e não evidenciasse minhas f alhas. Como minha bunda, pequena e chata. As pernas de f ora eram uma boa pedida. Usei delineador, rí mel e sombra verde ao redor dos olhos para destacar a sua cor natural. O batom era quase um brilho labial rosa claro, para não tornar a maquiagem muito pesada. Sentia-me bonita. Com saltos que realmente eram bem mais altos do que estava acostumada a usar, tentei caminhar elegantemente até o ponto de encontro com Melanie. Minha amiga surpreendeu-se com minha chegada, o que demonstrava que tinha atingido meu objetivo. Se uma mulher me admirasse, era porque os homens poderiam f azer o mesmo. Eu ainda não era membro do clube e entrei com Melanie outra vez. Talvez nunca quisesse ser membro do clube, então não valia à pena empenhar tempo em exames médicos e sabatinas que não renderiam f rutos. Sorri ao perceber olhos que me seguiam enquanto eu entrava, acompanhando-me até a mesa escolhida por minha amiga. Não f icarí amosno bar daquela vez, o que indicaria menos atenção sobre nós duas. Mas Melanie acreditava que eu tinha já encontrado minha versão distorcida de prí ncipe encantado. Estávamos no terceiro Cosmopolitan quando eu o vi. Não, não era Andrew Thorne, mas a epí tome da beleza masculina. Uma estátua de Davi de carne e osso, caminhando pelo clube consciente do ef eito arrebatador que causava nos presentes. Até os homens olhavam para ele. Meus olhos se arregalaram e abri a boca em assombro. Olhos azuis, cabelos castanhos, pele levemente bronzeada, músculos def inidos por baixo de uma camisa de malha preta e justa, jeans, sapatos. Os lábios pareciam uma pintura Italiana. - Ih, Layla, o que te deu? - Melanie estava de costas para ele e não o viu chegando. Demorei a conseguir coordenar alguma reação, até f azer um movimento de cabeça mandando que ela olhasse para trás. O deus grego da beleza sentou-se sozinho, não muito distante de nós, e pediu algo para beber. Melanie voltou os olhos para mim com uma expressão desinteressada. - Aquele é James Miller. Sugiro parar de babar e concentrar-se em algo mais atingí vel. - Como assim, atingí vel? - James vem eventualmente ao clube, mais aos f inais de semana. Ele é extremamente exigente, quase nunca leva ninguém para o andar de cima. Acho que f az isso porque todas as desejam. Fiquei sabendo que ele curte sexo grupal e que já f ez com até quatro mulheres de uma só vez. Existem algumas lendas em torno dele, mas uma hora cansa, não acha? Muito exclusivo, pref iro alguém que eu consiga conquistar. O discurso de Melanie não surtiu muito ef eito em mim. Eu adorava o impossí vel, tinha verdadeira f ascinação pelo que era dif í cile f ora do meu alcance. Se aquele tal James Miller era assim tão inatingí vel, seria um excelente desaf io f azer com que ele me notasse. Meu olhar deu à minha amiga a exata medida do que estava pensando, f azendo com que ela revirasse os olhos em desânimo. - Depois não vá dizer que não avisei! - Melanie f inalizou seu drinque. - Se eu f osse você aproveitava que Andrew está interessado, porque James é um esf orço que não parece valer à pena. Aliás, estou de saí da. Já vi quem me atraia, vou desaparecer. - Mel, diga-me uma coisa antes. - Também terminei de beber o Cosmopolitan, na dúvida se deveria pedir outro ou mudar de drinque. - O que acontece no andar de cima? Ela deu uma risada alta. - Peça para Andrew te mostrar. Aposto que ele vai adorar. Eu estava prestes a soltar uma piada malcriada quando o notei atrás de Melanie. Andrew Thorne, o homem que eu deveria "aproveitar", mais belo do que na noite em que o conheci. Ele também estava de preto e exibia o sorriso espetacular que f azia qualquer geleira derreter. Cumprimentou minha amiga com um movimento de cabeça e sentou-se à mesa sem perguntar se poderia. - Mostrar o que? - Droga, ele tinha ouvido a conversa. Parte dela, na verdade. Como eu explicaria? - Quis extrair de Melanie o que se f az no andar de cima. - Conf essei. - Ah, entendo. - Seus olhos em encararam com malí cia. - Então decidiu voltar. Gostou de algo por aqui, hoje? Foi instintivo, mas meus olhos atravessaram Andrew como se ele f osse transparente e pousaram no semblante indif erente de James Miller. O homem olhava em volta como se nada ali f osse realmente envolvente para ele. Arrependi-me imediatamente do que f iz quando Andrew virou o pescoço para seguir meu olhar e descobrir o que eu estava observando. Minhas bochechas coraram; era extremamente rude admirar um homem estando na presença de outro. - James Miller, sério? Por que não me surpreendo? - Ele deu uma risada e pediu ao garçom para repor nossos drinques.

            
            

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