A Virgem e o CEO
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Capítulo 2 Capitulo 2

- Maddie, calma. Logo alguém aparecerá para nos receber, este silêncio não é comum.

Nem bem a Dani tenta me acalmar, a porta se abre e uma recepcionista, que provavelmente deve ter uns 23 anos, vem educadamente ao nosso encontro.

O engraçado é que ela está ligeiramente pálida. Até repousa a mão entre os seios e tenta controlar sua respiração. Acabo ficando verdadeiramente preocupada.

- Você precisa de ajuda? Alguém te atacou?

Nega rapidamente com gestos enquanto sorri, provavelmente achou graça da hipótese levantada.

Ué, vai lá saber. Em uma casa de sw ing, um tarado pode estar presente.

- Obrigada. De verdade, está tudo bem, eu só tropecei quando estava descendo as escadas e achei que ia cair. - Tenta demonstrar tranquilidade, mas ela não me engana. Tenho certeza de que algo aconteceu. - O meu nome é Francine. Bem-vindas à House. Vocês já sabem qual a cor da pulseira de vocês?

Fico curiosa para saber o significado de cada uma, mas antes da palavra vir a minha boca, Dani dá um passo à frente.

- Somos solteiras e queremos a de cor verde.

A moça, que ainda mal se sustenta nas suas próprias pernas, de uma a uma adorna os nossos pulsos, recolhe os pertences, pois não podemos entrar no local com a bolsa ou celulares, em seguida nos entrega máscaras simples e nos orienta a continuar usando a peça por toda a noite.

Por fim, abre uma porta que dá acesso a uma escada e nos deseja uma boa noite de prazer.

Nós agradecemos e seguimos o nosso caminho.

Entretanto, pelo menos comigo, a cada degrau, meu coração parece que vai sair pela boca.

Talvez seja um pouco de receio por estar em um lugar desconhecido.

- Maddie, você está tensa. Coloque um sorriso no rosto. Assim vai assustar a todos os presentes ou um provável pretendente.

Talvez seja esta a minha intenção.

- Não exagere.

Dou o primeiro passo no salão e me perco observando o ambiente.

De imediato fico encantada.

No momento não tem nenhum casal transando em público ou algo parecido, mas no local impera um ar de sedução que me deixa arrepiada.

Homens bem-arrumados, alguns seguram uma taça contendo a sua bebida preferida.

Outros conversam com suas parceiras sussurrando em seus ouvidos.

E os mais ousados estão sentados com as suas respectivas mulheres no colo.

- Se a intenção de vocês é me fazer trocar uns beijos, eu ao menos não consigo ver nenhum homem sem companhia. Enfim, acho que estamos no local errado.

Viro-me para Anne e, para a minha surpresa, testemunho o exato momento em que ela mapeia o corpo da Dani com um olhar indiscreto e as duas se aproximam.

- Para nós duas, nenhum homem vai fazer falta, mas se algum aparecer, ficaremos felizes.

Enquanto fico boquiaberta com a resposta da Dani, as duas trocam um beijo discreto.

- Vocês namoram? Eu não sabia. - Repouso as minhas mãos ao redor da minha cintura. - Como não percebi?

Logo eu que sempre sou muito observadora.

Tento controlar no meu rosto toda expressão de surpresa, no instante em que elas negam com gestos.

- Não somos namoradas, mas sabemos aproveitar todo tipo de prazer, Maddie. Por isso te trouxemos aqui, acho que você está necessitando relaxar. Anda muito estressada no trabalho, principalmente com o Sr. Harris.

Ouvir da Anne o nome do CEO da empresa, o meu chefe, me deixa definitivamente estressada.

Deus!

Que homem impossível.

Vive cercado de mulheres impecáveis, e as modelos que vez ou outra aparecem para os desfiles de teste, só faltam tirar a roupa na sua frente, e o pior não é isso. Pois da sua vida pessoal ele que cuide.

Mas na profissional eu que ando carregando o peso nas costas.

Custava ele ser menos esquecido?

Ele me chama todos os dias para tirar algumas dúvidas sobre a área de marketing, quando deveria chamar a Érika. Ela sim é a chefe do setor e tem poder para modificar qualquer projeto.

- Eu não sei como vocês gostam do Sr. Harris. Sério. O pai dele era maravilhoso, jamais deveria deixar o filho no seu lugar.

Anne revira os olhos.

- Vem dançar, Maddie.

Elas estendem a mão para mim e me levam para a pista de dança, e ao som da música sensual I put a spell on you da Annie Lennox, começamos a nos movimentar.

Eu, de maneira muito mais contida.

I put a spell on you Because you' re mine

Eu coloquei um feitiço em você Porque você é meu

- Ah, Maddie, você deve ter uma queda pelo chefe, sério.

- Não entendo de onde a Dani tira tal suposição. - Ele é lindo. Muito fácil de suportar e você se queixando de ser requisitada.

Elas me olham, esperando a resposta.

- Para mim ele é apenas um rosto bonito. Só isso. - Tento conter uma gargalhada enquanto as duas me observam. - Okay, ele é insuportavelmente lindo.

Elas se divertem com a minha confirmação.

- E gostoso. - Dani cobre a boca com a mão. - Eu já imaginei o pau dele deslizando em minha...

Aponta para o local e fricciona as pernas uma na outra.

- Quem não? - Anne desliza a mão no ventre da Dani. - Falar do nosso chefe me deixou ainda mais excitada.

Quase que abraçadas, voltam a dançar, fazendo uma performance sexy e sequer se lembram que eu existo.

Devem estar apaixonadas, com certeza.

Y ou know I love you I love you

I love you

I love you anyho

Você sabe, eu te amo

Eu te amo Eu te amo

Eu te amo de qualquer maneira

Por conta do ânimo das duas, aos poucos a dança das minhas amigas vai ficando ainda mais envolvente, as carícias intensas e os beijos cada vez mais presentes entre elas.

Então, eu me afasto, e sem ter muito o que fazer, depois de avistar o balcão de um bar, caminho até lá e peço uma taça de cosmopolitan. Um bom drink sempre vai bem para quem não tem companhia e nem está procurando.

- É a sua primeira vez aqui?

Enquanto degusto a deliciosa bebida, sou surpreendida por um rapaz bastante alto e simpático.

Apesar de não conseguir vê-lo nitidamente por conta da máscara, acredito que ele deve ter uns 27 anos.

- Dá para perceber? Pensei que estava conseguindo disfarçar.

Levanto a taça, como se estivesse brindando, e ele faz o mesmo com o seu copo de w hisky.

Por um momento acredito que podemos ao menos conversar e nos divertir.

- Sim, eu conheço quase todos os corpos que trafegam por aqui e eu sei que... - De maneira indiscreta olha para mim, mais precisamente para a direção da minha intimidade. - A sua boceta - me dá uma piscadela - ainda não conheceu o meu pau.

Meus olhos, com certeza, dobram de tamanho enquanto tento não me entalar com a bebida.

- E você vai continuar sem conhecer.

Reviro os olhos, bebo de vez todo conteúdo da taça e viro- me para o lado contrário. Contudo, o ser inconveniente dá a volta para ficar de frente a mim.

- Te magoei por ter sido direto? - Hummm, ele percebeu que é um mala. - Aqui é um lugar apropriado para isso, sabia?

- Com certeza não é um lugar apropriado para ser mal- educado.

Ele gargalha.

Definitivamente não parece se importar.

- Por favor, não fique irritada. Eu posso ser delicado com você, em todos os sentidos, se essa for a sua fantasia da noite.

Não tenho vontade de gastar a minha saliva com o idiota em questão, e como ele não se afasta, levanto-me, deixo a taça vazia no balcão e caminho pela House em busca das minhas amigas.

O clima no salão já é outro, completamente diferente, o prazer, o desejo e a luxúria extrema já tomou conta de todo ambiente, e o que vejo me deixa ligeiramente abalada.

Não por achar ruim.

Pelo contrário, é apenas por estar surpresa, não fazia ideia de que ficaria tão excitada ao olhar os casais envolvidos.

Acabo tendo vontade de viver algo que sequer cogitei e não posso.

Se aqui é um local de pura exibição, definitivamente não é o ideal para mim. O que um homem me diria ao me despir?

Que fiz propaganda enganosa por conta do meu rosto? Ele não exibe nada que possa causar alguma estranheza.

            
            

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