A Virgem e o CEO
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Capítulo 5 Capitulo 5

E agora, como vou esquecer?

Tanto homem na face da terra e é o pau do meu chefe que

vem parar em minha boca?

Segurando uma risada que vem em uma hora errada, tento caminhar, desviar da sua presença imponente, mas as minhas pernas ainda estão trêmulas, e por conta disso, o Sr. Harris me sustenta em seus braços.

- Ninguém precisa saber, senhor. - Ele me olha, parecendo incrédulo ao ouvir as minhas rápidas palavras. - O que acontece aqui na House fica na House. Ninguém realmente precisa saber sobre este envolvimento. - Cubro a minha boca com a mão por alguns segundos, como se fosse possível controlar a velocidade dos meus pensamentos em voz alta. - Não é certo um relacionamento entre chefe e funcionária. Sem falar que quando me perguntam se eu ficaria contigo eu sempre nego, pois

te acho muito metido e insuportavelmente perfeccionista. - Acabo rindo da minha ousadia. - E, por favor, não me demita, finja não saber quem é a garota da cabine. Enfim, abstraia esta noite, por favor, eu preciso do emprego.

Estreita os olhos, focando bem no meu rosto.

- Você está me pedindo para esquecer o que acaba de acontecer? Das nossas línguas roçando uma na outra em busca de prazer, de quando você abriu as pernas para mim ou do momento em que te dei prazer com as minhas mãos? Sério, Madelyn? Preciso mesmo esquecer da sua voz me chamando de gostoso a cada tapa que recebia na boceta e me teve em sua boca até me fazer gozar? Vai ser difícil esquecer a minha funcionária virgem. Uma inexperiente mulher diferenciada e cheia de fogo.

Safado.

Gosta de me provocar.

- Sim, eu já me esqueci. - Continuo a abotoar a blusa, logo depois ajeito a minha saia com as mãos e alcanço a máscara no chão. - Até amanhã, Sr. Harris.

Quando vou passar ao seu lado, ele me segura pelo braço.

- Até, Madelyn. Irei fazer de tudo para permanecer em seu esquecimento.

Sem ter mais condições de continuar o diálogo, me retiro da sua presença, e como eu não consigo andar muito, pois as minhas pernas estão bambas, escondo-me em outra cabine, lembrando- me de não fechar completamente a porta para não acionar a luz verde, e fico aguardando o meu corpo se acalmar.

- Madelyn Robinson, nunca imaginei encontrá-la aqui na House. Sempre tão recatada. Tirando o seu rosto e mãos, eu nunca nem vi as suas pernas sem estarem cobertas por um par de meias e agora eu a encontro aqui?

Depois de ouvir o seu pensamento em voz alta, ouço os seus passos e ele vai se afastando ainda mais.

Enquanto eu volto a me concentrar em parecer mais apresentável, então trato de arrumar as minhas meias 7 / 8 e, por fim, tento desamassar um pouco mais a saia.

Ao sair da cabine já de máscara, mantendo os braços cruzados para cobrir a região dos seios por estar com o sutiã rasgado, volto a procurar por minhas amigas.

Permaneço no salão por mais alguns minutos, tentando encontrá-las e como eu não obtenho sucesso na minha busca, decido caminhar até a saída, para finalmente ter de volta os meus pertences e ir para casa.

- É impressão minha ou você está ligeiramente assustada?

Francine, a mesma garota que me recebeu mais cedo juntamente com as minhas amigas, demonstrando estar mais calma, parece realmente se preocupar comigo.

- Fui para a cabine de sexo e tive momentos deliciosos, contudo.

Sem saber de imediato o motivo de confiar tanto, continuo contando para ela alguns detalhes superficiais.

A sua reação é abrir bem os olhos quando eu revelo a parte final da aventura.

- Era o seu chefe mesmo? - Confirmo com um leve balançar de cabeça. - E agora? Como será amanhã na empresa?

Acaba escapando dos meus lábios uma risada nervosa enquanto aceno mais precisamente para o nada.

Daquele jeito que se faz tentando varrer os pensamentos assustadores para o além.

- Eu falei para ele. O que acontece na House fica na House. - Abaixo um pouco a cabeça. - Mas eu sei, é mentira. Acho que nunca fui acometida a tanto prazer. - Acaricio a minha têmpora do lado direito, tentando aliviar a dor de cabeça.

- Mas eu preciso esquecer.

Recolho os meus pertences, enquanto Francine me olha de maneira acolhedora, sem demonstrar qualquer tipo de julgamento.

- E se ele não se esquecer? O seu chefe pode se apaixonar por você, já pensou nisso? - Meneio a cabeça de um lado para o outro, tentando ganhar tempo para respondê-la. Eu não quero admitir que pensei, pelo menos por um milésimo de segundo, nessa alternativa impossível. - Olha, Madelyn, eu já vi muita coisa acontecer aqui na House.

Ela fica um pouco pensativa, como se estivesse lembrando de outras histórias.

- Ele jamais se apaixonaria por mim, acredite. Um homem que beira a perfeição como o meu chefe, definitivamente não quer ninguém diferente desse nível.

Preciso manter os meus pés no chão, por isso a minha resposta soa como um alerta para mim.

- Já vi muita gente pagando a língua por aqui.

Depois de pedir licença, toca em meu pulso para retirar a pulseira, e através do código de barras localizado no acessório, Francine me notifica sobre a bebida consumida, logo depois faço o pagamento do meu delicioso drink.

- Acho que não irei entrar na lista dessas pessoas, Fran. Ainda assim, obrigada, foi muito bom conversar contigo, estou me sentindo melhor. Tenha uma boa noite.

Ainda com as lembranças recentes vivas e martelando a minha cabeça, como se fosse um loop infinito, após 45 minutos de trânsito, finalmente chego em casa.

Depois de deixar a minha bolsa dependurada atrás da porta, caminho para o banheiro enquanto me livro das peças de roupa, até que, sem pretensão alguma, me vejo refletida no espelho.

- Meu Deus. - Respiro fundo.

Vejo a Madelyn que o Sr. Harris jamais olharia.

A mulher que literalmente foge dos padrões de beleza, não apenas pelo corpo mais curvilíneo em um mundo onde as

menores medidas são mais apreciadas, mas também por conta das manchas que tenho espalhadas em minha pele, proveniente do vitiligo.

É fato, carrego em meu corpo e mente manchas que provavelmente nunca irão embora.

O soco da realidade que levo no estômago ao me observar é tão forte, que além de me deixar nauseada, me traz para a realidade e meus olhos ficam marejados.

Se não fosse a cabine, Harris jamais me olharia.

As lágrimas escorrem em minha face, elas me lembram inúmeras rejeições que sofri por toda a minha vida.

Umas foram vividas na escola.

Lembro-me de alguns dias que deveriam ser comuns na vida de uma adolescente. Contudo se tornou mais um trauma para a extensa lista.

Uma vez, em uma festa de piscina, amigos me rejeitaram por ter medo de uma contaminação que não existe, pois não é algo contagioso.

Outras vezes, eu mesma decidi me afastar, pois precisava me proteger, e agora eu penso no que o meu chefe diria se

soubesse sobre o vitiligo.

Ele voltaria a me tocar se estivesse olhando as minhas manchas que ficam bastante evidentes na área do meu ventre e coxas?

Fecho os olhos por alguns instantes, tentando relaxar, mas é em vão. Sou inundada por lembranças.

"- Eu quero você, Madelyn, como eu jamais quis alguém. Por favor, deixe-me tocar em seu corpo, te ver e ter por completo. Vamos aproveitar que estamos a sós. Este momento é raro, não podemos desperdiçar.

Mesmo tendo apenas 16 anos e até achar cedo para ter a minha primeira vez. O meu coração dispara, sinto-me amada, segura para dar mais um passo com o meu primeiro namorado, que vez ou outra já acariciou o meu corpo e me deu prazer com a sua boca enquanto estávamos escondidos dos meus pais em um quarto escuro.

                         

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