Capítulo 4 TRIGÊMEOS E ACORDO DULCE LIWES

Ok...Oque foi aquilo??

Fiquei me perguntando isso por alguns minutos. Ouvi passos e murmurinhos se aproximando e já me disrecionei para a cozinha.

Louis estava separando os lanches escolares das crianças,as lancheiras estavam empilhadas em 3 fileiras. Me aproximei de Louis chamando sua atenção,e comecei a abrir as lancheiras uma a uma.

-Onde está o senhor Robert?-Louis sondou olhando atrás de mim,o procurando.

-Ele disse que precisávamos ter uma conversa que não é apropriada para um,recinto cheio de crianças e se foi me chamando para termos essa conversa em um café que se não me engano se chama... De'la crostte eu acho...-Respondi pensativa,e ele assentiu com um sorriso.

Mudamos de assunto e terminamos de arrumar as lancheiras das crianças,que estavam na sala a nossa espera. Entregamos as lancheiras e eu dei um beijo na testa de cada um deles. Eles se foram assim que a van chegou às 8:30 em ponto-como de costume.

Ajudei as crianças mais velhas com os seus deveres de casa, e fiz as minhas tarefas diárias. Às 15:30, as crianças chegaram da escola, tomamos o lanche da tarde e as crianças mais velhas foram para a escola as 16:00,e ajudei os pequenos com suas atividades de casa.

Agora são 17:30, e Martha- a cuidadora que fica das 17:00 até as 7:30- chegou a um tempo, meu horário de trabalho acabou. Me despeço de todos, e saio do orfanato, peço um táxi para o café De'la crostte, e algum tempo depois o motorista para, pago o homem e saio do carro.

Fico deslumbrada com o café, ele é enorme e sua entrada é uma mistura de modelo antigo, e modelo moderno. O nome "café De'la crostte" está em letras espelhadas transparentes com bordas pretas.

Entro no café, e um sininho faz barulho avisando a minha chegada. O café por dentro também é meio moderno e meio antigo,com papel de parede de tijolo, e mesas transparentes com bancos pretos com detalhes dourados grudado na parede dos dois lados da mesa__tipo aqueles bancos de restaurante americano nos filmes e séries.__,e diversos quadros por todo o café.

Me sento na última mesa do canto esquerdo e não demora muito para um garçom vir anotar o meu pedido, o garçom me entrega o cardápio que tem comidas americanas, italianas e brasileiras, e opito em pedir um milkshake de morango e chocolate.

Olho no relógio da parede contrária a mim, e vejo que são 17:53. Suspiro, eo garçom aparece me entregando o meu milkshake, agradeço e ele se vai. Continuo esperando o homem e começo a me questionar se fiz a escolha certa em vir aqui, sem nem ao menos saber se esse homem é confiável.

Pego o meu notebook na minha bolsa e pesquiso o nome do advogado no Google, aparece a foto do homem que falou comigo hoje, entro no primeiro link e começo a rolar as informações sobre ele. O sininho toca avisando a entrada de alguém e minha consciência me manda olhar quem chegou no café-e assim o faço.

Três homens altos de cabelos castanhos andam dentre as mesas aparentemente procurando por alguém, um deles me olha de relance, e disfarçadamente volto minha atenção ao meu notebook.

Pisadas fortes se aproximam de mim, e tenho a certeza que são aqueles três. Olho de relance e constato estar certa, eles estão vindo na minha direção.

Consigo ver melhor a aparência deles: cabelos castanho escuro, olhos cor-de-mel,pele clara e um blazer marcando seus músculos que se contraem a medida em que eles andam.

Eles são a definição de lindeza? Sim,concerteza.

Um deles tem uma carranca impassiva na cara,outro tem um sorriso brincalhão,e o outro tem uma expressão neutra. E algo óbvio a constatar é que eles são trigêmeos.

Eles se aproximam cada vez mais,e por algum motivo meu coração está acelerado até demais. Meu celular notifica uma mensagem, e vejo que é Esther.

Esqueci de avisa-la para onde eu ia- para ser sincera eu só segui minha intuição, mesmo meu cérebro dizendo que não era seguro vir a este café.

Aviso Esther onde estou, e alguém se senta ao meu lado, olho e vejo ser um dos caras que estavam se aproximando, os outros dois se sentam a minha frente me deixando presa. Os dois a minha frente sorriem, e do meu lado continua com uma carranca impassiva, ele olha o meu notebook,e o puxo para mim, fazendo o curioso arquear uma sobrancelha.

Fecho o notebook, o guardo e olho para os três homens.

-Oque vocês querem?-Pergunto arqueando uma sobrancelha, e o homem sentado a minha frente coloca atrás da cabeça, com uma expressão preguiçosa.

O homem ao meu lado começa a mecher em seu blazer, e acaba levantando a parte superior de cima dele, me dando a visão de uma arma. Prendo o ar e me afasto de imediato. Ele parece perceber e cobre a arma novamente, me entregando alguns papéis.

Coloco os papéis sobre a mesa, e disfarçadamente pego meu celular e coloco embaixo da mesa, com a mão vazia passeei o dedo pelo papel lentamente fingindo estar lendo, enquanto a luz fraca do celular debaixo da mesa de vidro me indicava as letras no teclado, me permitindo escrever para Esther onde estou,e que o homem esta armado.

Sinto um toque na minha mão por debaixo da mesa, e olho para cima vendo ser o homem que está a minha frente. Desligo o celular antes dele o tomar de mim e fingir um sorriso calmo. Ele liga o celular-provavelmente para apagar as mensagens-mas percebe a senha, e me olha com um olhar divertido, entregando o celular ao homem ao meu lado.

-Leia-Ordena o homem ao meu lado como se tivesse alguma autoridade sobre mim.

-E porquê eu deveria?-Pergunto, e o homem ao lado do homem a minha frente ri nasal.

-Foi você que perguntou oque queríamos, e aí fiz oque queremos-Ele diz, tirando os braços de trás cabeça, e apoiando os cotovelos encima da mesa.

-Na verdade é oque queremos por direito-Diz o homem ao meu lado me deixando confusa.

-Como...assi-Sou cortada pelo homem a minha frente, colocando o dedo na minha boca em sinal de silêncio.

- Só leia e entenderá-O homem que está com os cotovelos apoiados na mesa diz.

Pego os papéis em mãos e começo a ler, mas sou cortada quando ouço um barulho alto ecoar pelo lado de fora. Olho e vejo pássaros voando do lugar de onde veio o barulho.

- Merda- diz o homem ao meu lado se levantando, e os outros dois fazem o mesmo.

-Oque foi isso?-Pergunto e o homem que pegou meu celular sorri.

-Nada demais...irmãozinho-Olha para o homem ao meu lado.

O homem agarra meu braço, e me puxa para um corredor onde tem a saída dos funcionários. Tento me soltar dele,e me debato mas ele é mais alto e forte que eu, e meus esforços não devem fazer nem cócegas nele, que não muda sua postura por nada.

Ele me levou até um carro preto, e me jogou brutalmente no banco do traseiro do carro. Tentei abrir a porta e gritar, mas ele já havia travado ela, a rua estava vazia e ninguém ouviu meus esforços.

Eventualmente me cansei de gritar e me debater,meus braços doem, e minha voz está um pouco falha.

-Oque você quer?-Pergunto, e ele me olha pelo retrovisor e sorri.

- Você não leu né?-Ele pergunta e nego com a cabeça.-Pra resumir, e encurtar a história seus tios te deram como pagamento de drogas para a máfia, e eu e meus irmãos temos um contrato em que você nos pertence-Ele joga as palavras no ar como se não fosse nada.

Demoro a assimilar as palavras dele, e me forço a recusar que tudo que ele disse seja verdade.

Meus tios...sempre me odiaram a esse nível? Porquê eles me odeiam tanto? Como eles tiveram a coragem?...

Lágrimas quentes emedecem meu rosto a medida que as palavras ganham sentido.

RahLvechn

            
            

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