Capítulo 8 LEMBRANÇAS DULCE LIWES

"-Ei priminha porquê não nos divertimos?-Luigi perguntou se aproximando, e o empurrei.

Ele caiu no sofá,e corri para o meu quarto,tranquei a porta e me escorei na porta.

Eu já sei oque iria acontecer, então só esperei. Ouvi a porta sendo destrancada,e a forcei para trás com meu corpo para que não abrisse, mas foi em vão já que ele é mais velho,e mais forte que eu. Ele abriu a porta de uma vez e corri para o canto do quarto. Ele pegou a chave do quarto,e a quebrou sobrando somente a chave reserva que ele escondeu no bolso.

Me encolhi no canto do quarto, e ele sorriu malicioso se aproximando.

Tenho nojo,medo e raiva dele que nem consigo explicar. Ele sempre faz isso comigo quando não tem ninguém pra ficar.

Ele se aproximou de mim,e agarrou o meu braço, me jogando encima da cama. Ele se deitou encima de mim apoiando os braços de cada lado do meu corpo,ficando cara a cara comigo.

As lagrimas tomaram conta do meu rosto,me debati o máximo que pude,e isso parece ter o irritado, ele me deu um tapa na cara tão forte que o local do tapa ardeu.

Ele começou a passear sua mão pelo meu corpo enquanto eu me debatia.

-Para, para...para por favor...para-implorei entre soluços.

- Ei ei ei ei" EI-o grito alto me fez pular na cama.

Olhei ao redor assustada,e suspiro ao perceber que foi só mais um sonho. Na verdade uma lembrança.

Melanie e Alex me encaram, Melanie está meio assustada,e Alex tem um olhar enigmático em mim. Ele veste um moletom preto,uma bermuda jeans,e um tenis vermelho da nike.

Abracei meu corpo,odeio ver ou ficar perto de figuras masculinas quando essas lembranças me assombram.

-O café da manhã será servido em 20 minutos não se atrase-Ele disse frio,e se foi.

-Não,não...-murmurei.

-Oque foi isso menina?-Ela perguntou.

Ontem antes de pegar no sono,eu disse para a Melanie agir naturalmente comigo.

-Lembranças-murmurei distraída.

-Traumas essa é a palavra correta-Ela disse.

-Talvez-me sentei na cama e olhei meu braço enfachado.

Não havia reparado que ele estava enfachado. Mas a dor diminuiu muito.

-Vem vamos tomar um banho-Ela disse,me sento na beira da cama e calço as minhas pantufas.

Levanto e vou até o banheiro,a banheira já estava pronta,e tinha uma roupa separada para mim encima da pia. Melanie fechou a porta do banheiro, me deixando sozinha. Tirei o curativo,e o pijama do meu ,e entrei na banheira.

A água estava quentinha, tomei o meu banho,e vesti a roupa que estava encima da pia. O vestido é branco de manga comprida e de algodão, que chega duas palmas acima do joelho,com um cinto preto amarrado na cintura. E uma bota preta alta pra acompanhar. Eu gostei da roupa só não gostei do cinto preto,me sinto meio desconfortável com tais objetos.

Sai do banheiro,e Melanie me aguardava em pé do lado da cama-que estava arrumada.

- Melanie não precisava arrumar a cama.-Digo,e ela da de ombros pouco se importando.

- Você está linda garota-Ela ignora a minha fala e me elogia.

-Obrigada-Sorri

- Vem deixa eu fazer um curativo-Ela me chamou,e pegou um kit de primeiros socorros no banheiro.

Ela fez o curativo no meu braço, enquanto nos conhecíamos melhor.

Contei para ela que meu sonho é crescer na dança contemporânea,e os meus gostos. E ela me contou os gostos dela ,e que o sonho dela era ser pintora, e que estava fazendo isso no tempo livre. A encorajei e ela terminou de fazer o curativo.

-Não gosto de ficar perto da figura masculina quando as lembranças me assombram-Confessei.

-Não se preocupe, eles não te faram mal, eu cuido deles desde quando eles tinham 3 anos de idade-Diz,e me surpreendo.

-Você cuidou deles esse tempo todo?-Perguntei e ela assentiu.

-Sabe de uma coisa eu que pedi para cuidar de você,eu sou a governanta da casa-Ela disse, e antes que eu perguntasse o porquê ela me interrompeu-Vamos já está na hora do café da manhã, não queremos que se atrase-Ela disse me puxando para fora do quarto. Um homem alto e forte estava na porta do quarto, parado com uma postura impecável.

Ela me guiou até o fim do corredor, e uma mulher jovem, de cabelos loiros,e olhos verdes com um uniforme parou Melanie.

-Oque houve Rose?-Melanie perguntou.

-Tivemos alguns problemas com os decoradores e os seguranças,a lista de nomes,e os outros documentos sumiram-A mulher disse desesperada.

-Eu não posso agora eu tenho que ajuda Dulce...-Melanie começou a recusar,mas a interrompi.

-Melanie deixa que eu me viro sozinha, eu sei o caminho-Minto para que ela não se preocupe comigo,e ela relutante assenti.

-Ok-Ela disse e sorri-Já procurou na lavanderia...-Malanie saiu com a mulher.

Suspiro.

Vou na direção contrária que as duas foram. Passo primeiro em um corredor grande com seis grandes portas duplas, sigo reto e viro em um outro corredor cheio de fotos de várias pessoas que desconheço. Continuo seguindo reto no corredor e olhando as fotos até que os vejo, Melanie e quatro crianças sorriem alegres,três posso reconhecer como os trigêmeos mas o quarto desconheço,ele é aparentemente mais velho que os trigêmeos uns dois anos. As fotos vão acabando,e as crianças crescendo mais em cada uma. Reparo em uma linda mulher que desaparece das fotos, ela tem cabelos cacheados castanhos escuros,olhos azuis,e pele morena. Ela aparece nas primeiras fotos em que as quatro crianças aparecem,e depois some magicamente. As últimas oito fotos tem uma mulher loira,de olhos cor-de-mel, e pele morena segurando garotinha quando bebê,e abraçando a garotinha um pouco maior. Um homem também aparece em todas as fotos desde os trigêmeos até a garotinha de cabelos castanhos,e olhos cor-de-mel.

As fotos acabam com a última sendo uma com os trigêmeos,um outro homem,e a garotinha.

Viro o corredor,e vejo quatro seguranças parados em uma grande porta. Sinto um frio na barriga-Isso sempre acontece quando tenho aqueles "sonhos"- abraço meu próprio corpo,e apresso meus passos para passar por eles rapidamente, porém alguém atrapalha pegando meu braço com brutalidade. Me viro e um dos seguranças segura meu braço enfachado, com tanta força que chega doer.

-A senhorita não deveria estar aqui-Ele diz sério, apertando mais o meu braço.

-E...e...eu m...me...per...di-Gagejo sem a intencão. Puxo meu braço mas ele o aperta ainda mais, me arrancando uma careta de dor.

-Não tente fugir-Ele altera o tom da voz.

-Vo...você e...es...tá me ma...chu...chucando-Tento puxar meu braço novamente,e ele o aperta ainda mais.

Certeza que ficará marcado, já que sua mão aperta a parte não enfachada do meu braço.

-É bem óbvio que ela está tentando fugir- Diz o outro segurança ao lado do que me aperta.

-N...NÃO-Altero um pouco meu tom de voz,e gemo de dor assim ele aperta meu braço com mais força-N...nã...não e...es...tou t...ten...tentan...do fu...fu...fugir-Gegejo mais sem conseguir parar.

-Nã...nã...não e...es..tou t...t...ten... tando fugir, ah me poupe-Ele debocha e os dois seguranças riem. O quarto segurança nem estava mais ali.

Contenho as lágrimas o máximo que posso,mas assim que eles começam a debochar e rir de mim ,as lágrimas escapam sem eu perceber.Eu não consigo conter a gagueira quando fico nervosa,ou quando as lembranças me assombram.

-Algum problema?

                         

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