- Porque eu estou aqui? Porque estou sendo presa? - Eu pergunto para Carlos. - Cadê o Rafael? Porque ele sumiu? Porque a clínica está vazia?
- Calma Larisse. Você precisa manter à calma. - Carlos fala tentando me acalmar.
- Vou ficar calma, como? Se estou presa. - Eu falo para ele.
- Você não está presa, está apenas prestando esclarecimentos - A voz do mesmo homem que falou com Carlos soa e eu encaro ele. - Meu nome é Investigador Mateus Pedroso, e esse é o delegado João Carlos Gomes. Vamos fazer algumas perguntas para você sobre as denúncias que recebemos e que está em todo lugar nesse momento.
- Eu não consigo entender oque está acontecendo. - Eu falo para eles. - Eu estava em uma conferência durante uma semana e quando chego, meu marido sumiu, tudo sumiu e eu sou trazida para uma delegacia.
- Eu peço que a senhora fique calma. - O delegado fala. - Sua clínica foi denunciada por crime de falsificação de documentos e venda ilegal de embrião e óvulos. - Eu arregalo os olhos para ele. - Foram mais de 300 casos denunciados, com os acontecimentos durante 3 anos. A senhora tem noção disso?
- Eu não sei do que você está falando. Isso não pode ser verdade , nenhum embrião ou ovulo saiu da minha clinica para qualquer outro lugar que não fosse para as pacientes. - Eu falo para eles.
- Não é oque isso diz. - Ele fala me mostrando alguns papéis. - Papéis assinados pela senhora - Ele aponta a assinatura. - Essa é a sua assinatura, não é? - eu olho para os papéis e vejo que era minha assinatura.
- Sim, é. - Eu falo para ele.
- Como a senhora me explica ter à sua assinatura na liberação dos óvulos e Embriões e nos contratos de venda e você não saber de nada? - Ele me pergunta.
- A maioria dos papéis Rafael me entregava e eu nunca parei para ler eles. Ele cuidava da parte da contabilidade e como a gente é sócios, eu precisava assinar todos os papeis também. - Eu falo para ele.
- E você tem noção do paradeiro do seu marido?- Ele pergunta.
- Eu não faço ideia. Como disse, eu estava em São Paulo para uma conferência que ele marcou de uma semana. Eu perdi o contato com ele ontem à noite e quando eu cheguei não tinha mais nada, minha casa está vazia, a clínica e às minhas contas bancárias também. - Eu falo para ele.
- Além dessas denúncias, recebemos denúncia de pacientes que relataram abuso sexual durante os procedimentos. Mais de uma - O detetive falou. - A senhora tem consciência disso?
- Não. - Eu falo entrando em pânico. - Eu juro que não acontecia nada dentro da clinica.
- A senhora garante pela parte do seu marido também? - O delegado pergunta.
- Eu não sei. - Eu falo lentamente e paralisando com meus pensamentos.
- A gente vai pedir a sua colaboração em entregar todos os seus eletrônicos - O detetive fala. - Seu celular, Tablet e notebook que você tiver com você. Os que estava na clínica já foram todos pegos para análise.
Eu fecho os olhos e não conseguia acreditar que eu estou passando por um momento assim. Parecia um pesadelo, eu abro e fecho os olhos várias vezes para acordar desse pesadelo, mas percebo que era realidade mesmo.
- Senhorita Larisse? - O detetive pergunta e eu abro os olhos encarando ele.
- Larisse, é melhor você entregar. - Carlos fala.
- Claro. - Eu falo abrindo minha bolsa e entregando meu Tablet e celular. - Eu não tenho notebook comigo, apenas esses dois aparelhos.
- Vamos enviar para a investigação e vamos continuar investigando. A Partir de agora você será denunciada para o ministério e assim que a investigação finalizar ocorrerá um julgamento e você também irá receber uma carta do órgão de medicina. - O detetive fala.
- Eu vou ter que ficar presa até lá? - Eu pergunto nervosa.
- Não. - O delegado fala. - Você irá ficar em liberdade e à disposição da polícia para qualquer dúvida e esclarecimento.
- claro. - eu falo. - Sobre Rafael, vocês não sabe de nada dele? Para onde ele foi? Nada?
- Estamos atrás, assim que a gente tiver alguma novidade , entraremos em contato. Pedimos que você evite exposicao até porque a mídia irá cair em cima. - O detetive fala e eu assinro com a cabeça. - tem alguns policiais disponível para fazer a sua segurança até o trajeto do carro.
Eu encaro ele tentando entender oque ele diz. Quando íamos sair para fora da delegacia , Carlos me orienta.
- Coloca a jaqueta na sua cabeça. - ele fala me entregando e eu encaro ele. - Agora Larisse. - Eu faço.
E vou olhando por baixo quando saímos os policiais fazem a segurança em volta de nós e guia a gente até o carro. Tinha muitos repórter e todos queriam falar comigo, flash e mais flash de câmeras. Entro dentro do carro e o carro é rodeado por eles.
- Meu Deus. - Eu falo vendo tudo aquilo. Levanto meu rosto e fecho os olhos com vários flash na cara.
- continua abaixada. - Carlos fala. - Eles não vão te deixar em paz .
Eu baixo minha cabeça e lágrimas desce pelo meu rosto.