REFÉM DO MEU MARIDO
img img REFÉM DO MEU MARIDO img Capítulo 6 5
6
Capítulo 7 6 img
Capítulo 8 7 img
Capítulo 9 8 img
Capítulo 10 9 img
Capítulo 11 10 img
Capítulo 12 11 img
img
  /  1
img

Capítulo 6 5

Capitulo 5

Larisse narrando

Eu não tinha contado para ninguém sobre a mensagem que eu recebi ontem e hoje quando eu acordei, eu tinha uma nova mensagem em meu celular com uma foto.

Eu encaro a foto que era a foto da minha aliança de Rafael, porém tinha o nome de Rafael e uma data de 10 anos atrás.

" Ele costuma dar essa aliança á todas as vitimas dele".

Eu sinto um enjoo forte e corro para o banheiro vomitar, eu estava tensa e estava á ponto de ficar louca com toda essa história. Depois de vomitar nada, eu me sento no banheiro e começo a chorar, eu me sentia fraca nessa história toda e de mão atadas, algo que eu jamais tinha sentido na minha vida.

Eu estava apenas sobrevivendo á esses dias, a essa ansiedade a todo esse terror que minha vida virou.

- Filha – minha mãe fala batendo na porta do banheiro – Filha, tem dois investigadores da policia querendo falar com você.

- Comigo? – eu pergunto abrindo a porta.

- Sim – ela fala – Eles estão ai fora.

-Mas e o meu advogado?- eu pergunto.

- Eles estão com um mandato – ela fala. – você passou mal?

- Não – eu falo – eu eu – eu guaguejo – diz que eu já vou, que só vou me arrumar e estou indo.

-Ok – ela fala.

Eu pego meu celular e tento ligar para Carlos que não atende, recebo uma mensagem de volta dizendo que ele está em uma audiência, eu mando uma mensagem falando que tinha dois investigadores com mandato.

- Responda as perguntas com calma , não é nada que vá te prejudicar depois – ele responde de volta – nada que você falar será usado contra você.

Eu coloco uma roupa confortável e saio do quarto, em três dias era a primeira vez que eu saia de dentro desse quarto, eu não me sentia confortável nem de ir na sala da minha casa com tanto de repórter que ficava la fora, hoje com a chegada da policia eles conseguiram tirar por que em quanto desço as escadas , eu olho para fora e vejo que não tinha ninguém.

Quando entro na sala encontro os dois investigadores de pé, um deles era Mateus, ele me encara com um olhar confuso e arqueando a sobrancelha.

-Bom dia – eu falo .

- Bom dia – Mateus fala – Meu nome é Mateus e essa é a minha colega Marcela, somos investigadores da policia e estamos investigando o caso da clinica espaço vida na qual você é dona, a gente tem um mandato – ele me estende o mandato – e a gente gostaria de fazer algumas perguntas.

- São perguntas que será feito para ajudar na investigação, esperamos a sua colaboração – Marcela fala.

Meus pais não estão na sala.

- Claro, pode sentar por favor – eu me falo sentndo na frente deles e eles se sentam também – no que eu puder estarei á disposição.

-ótimo – Marcela fala.

Ele me olha novamente e eu o encaro.

- Vamos começar – ele fala – segundo o seu depoimento na delegacia você disse que conheceu Rafael na Ufrj quando você estava na faculdade , ele entrou no seu curso para fazer uma especialização em embriologia já que ele já era medico formado – eu assinto – você sabe a onde ele morava antes disso?

- Ele disse que era aqui do Rio mesmo – eu respondo.

- Você conhece alguém da família dele? – ele pergunta.

- Não – eu respondo – quando a gente se conheceu ele era sozinho aqui no Rio, disse que perdeu os seus pais ainda pequeno e até mesmo ele me levou para visitar o tumulo deles , foi criado por uma tia que faleceu quando ele tinha 18 anos – eles me encaram.

- Você também foi visitar o tumulo dessa tia? – ele pergunta.

-Não – eu falo – apenas dos pais – os dois se encaram.

-Então – Marcela fala – ele não tinha ninguém da família? Amigos ou algo do tipo?

-Nossos amigos eram Carlos , Rita e Layla – eu falo – ele sempre foi uma pessoa fechada em relação a amizade. Então ele acabou virando amigo dos meus amigos.

- Entendi – Mateus fala me olhando – e a clinica foi ideia de quem montar?

- Dele – eu respondo – na verdade, a gente se formou junto e o sonho de todo mundo que se forma em medicina, é abrir alguma clinica , mas eu jamais teria condição de abrir a clinica sozinha, meus pais são simples e eu também, a única coisa que a gente tem é a casa própria – eu suspiro.

- O dinheiro ela dele? – Marcela pergunta.

- Sim – eu respondo – eu entrei como socia dele no serviço e ele com dinheiro, investimos muito na clinica em todos os aspectos, a clinica estava na sua melhor fase. – eles se encaram de novo.

- Você diz que a melhor fase da clinica era os abusos e a venda de embriões e óvulos para fora do pais? Marcela pergunta.

- Eu não sabia dessa parte – eu falo – Eu auxiliava as mulheres que chegava na clinica com os seus companheiros, os primeiros passos, a preparação, eu explicava tudo e acompanhava , eu e Rafael dividimos as funções, ele que fazia os procedimentos para a retirada dos óvulos e implantação dos embriões.

- Então ele ficava sozinho com as mulheres? – ele pergunta.

- Sim – eu falo – na maioria das vezes, enquanto ele fazia a retirada eu arrumava para armazenar, quando eu entrava ele já tinha feito a retirada e eu auxiliava elas no pós.

- Quanto tempo demorava esse procedimento? – ela pergunta – o tempo que você saia e voltava para sala?

- De 20 a 30 minutos – eu falo – as vezes até mais, Rafael deixava a porta trancada porque dizia que não queria perder a concentração com alguém entrando e saindo e eu respeitava isso nele.

- Então ele ficava sozinho com as mulheres na sala? – Mateus pergunta.

- Sim – eu respondo.

-O que você foi fazer em São Paulo? – Mateus pergunta.

- Rafael era bem mais especializado que eu na medicina e na parte da embriologia – eu falo – ele falou que eu tinha que me especializar ainda mais e como não poderíamos sair os dois da clínica durante uma semana, ele me mandou eu ir até o seminário que teria de fertilização in vitro, com mudanças, novidades, treinamento e novos equipamentos, então eu fui e fiquei uma semana lá, só que nos últimos dias que eu estava lá, ele não me respondia mais, não retornava as minhas ligações e foi quando eu cheguei em meu apartamento e vi que estava vazio – eles me encaram – Eu fui até a clinica e também não tinha nada, ele tirou tudo, todos os equipamentos.

- A gente descobriu que ele vendeu os equipamentos – ele fala – conseguimos câmeras de segurança – ele me entrega um envelope e eu abro vendo os dados de venda – entrada de dinheiro na conta de vocês e conseguimos descobrir quem foi, e depois a saída de dinheiro para várias contas fantasmas que foi retirada em vários pontos de bancos 24h e todos esses pontos sem câmera de segurança em volta para saber quem foi.

- Ele me deixou sem nada – eu falo para ele – tudo que eu tinha era em conjunto com ele. Eu ainda naõ consigo entender tudo isso que está acontecendo, não consigo entender o porque ele fez isso, nada disso faz sentido na minha cabeça.

- Então você afirma que não tem nada haver com isso? – Marcela pergunta.

-Não – eu falo

-Mas você estava na clinica o tempo todo com ele, não estava? -Mateus pergunta e eu assinto – como você não percebeu nada? A saída e entrada de óvulos e embriões clandestinamente.

- Eu eu não sei – eu falo para eles – eu não sei responder essa pergunta, Rafael era o homem perfeito, eu tinha sonhos de construir uma família com ele, você tem noção disso?

- Mas você fez uma inseminação – Marcela fala me olhando e eu encaro ela.

-Não – eu respondo – eu fiz a coleta de óvulos para congelar por que a gente não queria filhos nos próximos dez anos.

-Está aqui o registro da sua inseminação – ela fala – por que você está mentindo para nós?

Eu pego o papel que ela tira da pasta e encaro, dizendo a hora e a data da inseminação e eu começo a negar com a cabeça.

-Não – eu falo – isso aqui tudo é mentira, eu não fiz inseminação nenhuma.

- Está ai – ela fala. – então esse papel é falso?

Eu começo a lembrar desse dia e todos os momentos vem na minha cabeça na aquele exato momento.

                         

COPYRIGHT(©) 2022