Capítulo 2 Sede de sangue

- Preciso de sangue !

O homem alto e forte, vestido com jaqueta de couro preta e calças jeans resmunga.

Justine se levanta com cuidado, sentindo uma forte dor no braço esquerdo

- Certo!

Se apoia nele e o guia até o sofá.

- Sente-se, irei ligar para a emergência e pedirei para nos encontrarem! Corre até o velho telefone ,mas logo volta frustrada.

- Está sem sinal!

Os olhos castanhos do homem são expressivos e deixam nítido o quanto ele sente dor, desesperada a mulher sai correndo para o lado de fora. Sua picape antiga está estacionada ao lado da casa, Jus tira a lona de cima dela e entra no veículo para liga-lo. Após duas tentativas o motor ronca.

-obrigada! Ela sussura e passa a mão carinhosamente no volante. Puxa o freio de mão e engata ponto morto, em seguida corre de volta para o estranho que lhe atacou.

Ao voltar para a sala percebe que o homem está quase perdendo os sentidos.

- Vamos lá! Fique acordado! - Você precisa caminhar até o carro pois não terei forças para carrega-lo. Ajuda o sujeito a ficar em pé e passa um dos braços dele por cima de seu pescoço.

Desajeitadamente, esbarrando pelos móveis os dois seguem até o carro.

Justine deixa o homem no lado do carrona e volta para a frente do volante, depois engata a primeira, solta o freio e segue para a cidade.

Uma hora depois, chegam ao hospital mais próximo. As enfermeiras providenciam uma maca e fazem os primeiros socorros antes de dar entrada.

- iremos leva-lo para o centro cirúrgico imediatamente, a senhorita por gentileza faça o cadastro dele na recepção enquanto aguarda.

Uma das mulheres orienta.

Confusa e assustada Jus vai até local indicado para falar com uma das atendentes e explicar a situação.

- Eu trouxe um homem gravemente ferido que foi encaminhado para o centro cirúrgico, me mandaram vir até aqui...

- O nome dele e documentos!

- Eu não sei o nome dele, não o conheço, ele apareceu em minha casa e não lembrei de procurar por alguma identificação... Jus estava tentando não parecer histérica, mas a história em si era completamente louca. " como aquele homem chegou ate mim?" Ela se perguntava.

A senhora do outro lado do balcão eleva uma das sobrancelhas desconfiada.

- E qual é o seu endereço?

- Reserva Rio Branco.

- Não é priobido morar nessa área? Ela questiona demonstrando desconfiança.

- As terras eram do meu avô. Ele criou a reserva e após seu falecimento a propriedade passou a ser patrimônio do governo, exceto a casa onde ele vivia, que foi herdada por mim.

Conforme Justine falava, os dedos da outra mulher se moviam rapidamente sobre o teclado do computador.

- Hum. Ela apenas respondeu, com os olhos fixos na tela. -E seu nome é?

- Justine Brooke!

- Certo! - Irei cadastrar seu amigo como indigente e a senhorita será a responsável por ele!

- Não! - Eu não o conheço, apenas o ajudei, mas não quero esse compromisso. - Talvez ele seja um criminoso! A garota tenta contestar.

- Nesse caso teremos que acionar a polícia!

A cabeça de Justine começa a latejar. Chamar a polícia significaria rever Kevin, significaria agitação e transtorno e tudo que ela queria era voltar para seu canto isolado, longe da sociedade.

- O que me compete ao ser responsável pelo paciente?

Ela pergunta por fim.

            
            

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