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Depois de assinar a papelada do hospital Justine segue para a recepção esperar notícias do invasor. Estava com a mesma sensação de quando adotou seus gatos, com toda a papelada, a responsabilidade, a burocracia, deveres e direitos... com a diferença de que seus animais de estimação nunca seriam capazes de feri-la, enquanto aquele homem demonstrou violência e além disso, tudo nele gerava desconfiança.
Um frio percorre a espinha da garota ao lembrar de seus olhos castanhos escuros.
- Senhorita Brooke?
Algumas horas depois um médico vem dar noticias do paciente.
- Seu amigo está bem! - Estava com perfuraçãos no peito e abdômen, precisamos saber se quer prestar queixa?
- Vou deixar que ele decida isso quando estiver em condições! Ela apenas responde.
- Ok. Seguiremos observando a evolução do quadro clínico dele e se demonstrar melhora iremos dar alta nos próximos dias!
- deixei meu número na recepção, qualquer novidade estarei a disposição.
Depois de mais algumas palavras trocadas com o doutor a garota respira aliviada ao sair daquele prédio gelado.
A chuva do lado de fora continua intensa, o que quase fez Jus desistir da idéia de passar no supermercado antes de voltar para casa, porém a necessida de comprar algumas coisas básicas essenciais a fez seguir para seu carro e guia-lo até lá. Estacionou perto da entrada e correu para o lado de dentro, já conhecendo o lugar foi diretamente para o corredor dos produtos que precisava e depois de pegar tudo seguiu para o caixa.
A atendente sorriu brevemente enquanto passava os produtos no leitor de código de barras. Mas Justine tinha tantos pensamentos e preocupações em relação ao que aconteceu à algumas horas atrás que não puxou assunto, até porquê, a maioria das pessoas só queriam especular sobre sua vida.
- Trezentos e trinta e nove reais! A mulher atrás do balcão fala, quebrando o silêncio.
- Vou pagar no débito!
Jus tira a carteira de sua bolsa e procura o cartão, ao encontrá-lo passa na máquina e o guarda novamente.
Uma hora e meia depois está entrando em sua casa, encarando a bagunça deixada para trás.
Suspira e após guardar as compras, começa a organizar e limpar tudo.
Por fim, antes de finalmente poder relaxar um pouco, vai temperar os peixes que havia pegado pela manhã e que devido as circunstâncias, agoram seriam servidos no jantar.
Depois de tudo pronto vai tomar um banho quente. Ao terminar, enrola uma toalha ao redor de seu corpo para ir até o quarto vestir uma roupa, mas ao abrir a porta do banheiro se depara com a figura masculina do estranho que levou ao hospital, sentado em sua poltrona.
Os pelos do corpo da garota se arrepiam e ela não consegue se mover.
Ele sorri exibindo os dentes brancos e alinhados.
- Olá! A voz do homem é sutil.
E mais uma vez Justine se arrepia.
- Você morreu e agora vai assombrar minha casa? As palavras finalmente saem.
Chad novamente sorri, ele gostava dessa garota, de como era ousada e imprevisível. Se aproxima e para a poucos centímetros de distância dela.
- De certa forma estou morto sim, mas ainda sou bem real.
Ao falar isso ele toca o braço nu de Jus e por um instante se sente exitado ao notar seu corpo quente se arrepiar ao seu toque gelado .Era raro um humano despertar esse sentimento nele, normalmete só sente vontade de sugar até a última gota de sangue deles.
Com uma reação imediata Justine fecha o punho e acerta o rosto de Chad.
- Como você chegou até aqui? Ela pergunta enquanto se afasta, sem dar as costas para o inimigo.
O homem se diverte com a situação, sabendo que o golpe não lhe fez nem cócegas.
- vim correndo! Quase não consegue conter a risada. - E para esclarecer as coisas de uma vez: eu sou um vampiro!