Capítulo 3 capitulo 3

Abro de uma só vez as grandes portas de madeira escura, as maçanetas de ossos de lupinos esculpidos em formato de feto estão levemente manchadas de sangue, sinto o leve aroma de verbena. E uma pitada de água salgada? Não aquilo são lágrimas? Algum caçador idiota veio, até aqui.ou poderia muito bem ser apenas fanáticos religiosos, que acreditavam no poder do seu brinquedinho estúpido de madeira.

O salão esta completamente vazio o piso claro de vinílico geralmente empoeirado esta, tao graciosamente limpo, que eu posso ver o reflexo de todos os moveis do salão de entrada a escadaria feita de de madeira e espelho esta igualmente limpa , o velho castelo parece até abitado,meus olhos vagam para a mesinha de baixo da escada.

‐ como você pode ‐ o ar vibra enquanto cada palavra e soletrada de maneira vigorosa e cruel , uma crueldade milenar que somente um ser imortal que desafiava o próprio tempo podia possuir,ele se deliciava soletrando de maneira lenta.como se divertisse com as palavras, testado o gosto de cada uma delas silaba por silaba. Levanto a cabeça e o avisto no topo da escada. Prostrado sobre o parapeito me olhando de forma enojada.

- não sei do que se trata - respondo, evitando os olhos escuros de Miguel, ele sorri de forma presunçosa,seus cabelos loiros estão caídos de forma sutil , emoldurado o rosto retangular a própria visão dom pecado , pelo qual eva tinha caído milênios atrás, ele sorri como se tivesse consciência que eu o admirava de forma débil, a diversão nos seus perversos olhos negros, e um convite silencioso por prazer , e dor. as vezes mais o segundo que o primeiro.

- a não? Então responda-me minha amada cria, porque o rei está vindo em direção ao nosso humilde distrito sem ao menos avisar? - e droga, isso era realmente era necessário? A porra da família real.

os olhos deles se iluminam com diversão - então minha pequena felina quebrou o pescoço de um passarinho raro e acho que não haveria consequências? ‐ ele ronrona, de maneira fria,suas presas visíveis.

- raro? Aquilo poderia muito bem ser um pombo nada mais do que um rato com asas! - ele gargalha o abdome contrai, a cada som, meus olhos vagam para o robe vermelho que ele usa, vermelho de uma seda tao fina que eu poderia contar cada gominho, em seu peito. A calça de linho também não deixava nada a imaginação, .

Eu poderia dizer que ele não usava nada de baixo daquelas calças,grande e ... { foco } pisco desconfortavelmente e. e ele parece não notar meu olhar indiscreto e continua.

- não, discordo mais me pergunto porquê? Por que me desobedeceu freyda ? Eu apenas te pedi para fazer algo simples até mesmo um débil vampiro teria me obedecido e você debocha da minha bondade? Esquece quem te acolheu quando era apenas uma orfam suja de sangue?

- ele sai do parapeito da escada, a madeira cedendo e suas mãos uma fúria controlada, sorrio nervosamente ele entenderia se eu contasse? Teria empatia pela minha decisão {você sabe que não } respiro fundo. - esqueceu quem transformou você? Quem a salvou.

- não, não esqueci - como poderia, eu ainda lembrava dos meus gritos naquela fogueira dos gritos dele , quando implorava para que não me matassem, e então nada, como daria tudo para ouvir sua voz de novo. Às vezes eu sonhava com ele, mais fazia um seculo que eu não podia mais ver seu rosto, a memória da cor de seus olhos, cheiro perdidas em um mar de outras memorias

, as vezes eu sonhava que seu cabelo era vermelho e que seus olhos eram verdes, mais a sensação de que aquilo estava errado não saia de mim.

Outras noites ele era um homem negro e robusto de olhos brancos.

Os detalhes do seu rosto perdidos há muito tempo, em minhas lembranças. A culpa me atinge em cheio , como sempre acontece quando eu penso nele, eu estava esquecendo aos poucos ele não passaria de uma lembrança trágica no passado.

- ótimo, não esqueça me deve obediência, não só porque sou seu criador freyda sera minha rainha em breve, tem que dar exemplo não fazer isso - ele estende os braços pro ar de forma teatral , um movimento para ilustrar que todas as minhas ações são erradas.sorrio somente ele poderia falar em casamento enquanto cheirava ao perfume de outra mulher , provavelmente alguma vampira novata ele adorava conquistas e nunca se deitava com a mesma mulher.

Finjo puxar o ar de forma dramática.

- peça a mulher que você esquentou os lençóis hoje para ser sua rainha, aposto que ela considerara isso uma honra. - ele me encara como um caçador medindo sua presa.

- alguém, precisa satisfazer seu homem! - ele passa a linguá pelas presas de maneira provocante - já que você se nega, assim que nos acasalamos não haverá outras não haverá provocações ou desobediência, estarei tao dentro de você, que seu cheiro natural, sera facilmente esquecido, totalmente mascarado pelo líquido escorrendo de suas coxas todos os dias - minhas bochechas coram, e meu corpo treme de antecipação pela ameaça, ou sera de desejo?.

Como um membro da classe 2 vampírica era uma honra ser considerada digna de tal façanha, casar-se com um nobre era o maior dos atos, bom se eu tivesse interessada.

Mais era notório a paciência dele eu tinha que admitir.

- sim, meu senhor - digo de forma recatada, me ajoelho e encosto minha testa não frio em sinal de respeito a hierarquia. Os olhos dele acompanham cada movimento meu , assistindo e esperando que eu fraqueje e deixe a linda mascara, cair no chão. Mais eu não vou não posso, eu não poderia dizer não ou recusar o seu pedido, o acasalamento aconteceria em algumas semanas.

Eu teria poucos dias daqui para frente,

com sorte o feitiço das bruxas daria certo e eu poderia fugir na lua de sangue enquanto todos os outros estariam ocupados.

Até la, eu não poderia mostrar nenhum traço de rebeldia, nada que me denunciasse e em um mês eu já estaria além dos mares da antiga londres.

- boa garota - ele ronrona, como se falasse com um animalzinho de estimação, o demônio dentro de mim ri com a provocação. { me deixe assumir por alguns minutos } não ainda e cedo para nos revelarmos, ele bufa e fica em silêncio.

Levanto a testa e continuo ajoelhada tendo noção de como meu decote deve ter deslisado alguns centímetros abaixo, expondo mais meus seios, sorrio quando ele também percebe.

- tudo que o senhor quiser - ele acompanha os movimentos dos meus lábios, os olhos escuros de luxúria ponho o dedo indicador enfrente a eles , de maneira delicada, fingindo inocência, ele rosno , e eu abaixo os olhos e entre abro a boca deixando escapar um gemido leve de meus lábios,1,2 ,o ar corta e um segundo ele esta de frente a mim os olhos frenéticos e cruéis.

Me encarando de forma selvagem, abro a boca, para dizer algo mais seus lábios pressionam nos meus de maneira raivosa, me espanto com a de afeto, suas mãos exploram meus cabelos me puxando para mais perto, pisco uma vez. Ele parece sentir meu desconforto, pois alterna o aperto em meus lábios, para movimentos lentos e gentis, como se tivesse tentando se conter.

Um gemido aliviado escapa dos meus lábios, ele sorri enquanto me beija.

Os lábios deixam os meus, de forma abruta.

- nunca mais me provoque assim - ele diz roco, me sinto tonta e ele me puxa delicadamente para que fiquemos em pe.

...

- eu... - o ar tornasse frio de novo e eu desabo no chão, olho estupefada ao redor quando ele simplesmente some, em um piscar de olhos. Tento me levantar de novo mais minhas pernas não obedecem, gargalho.

- tive um sonho com você hoje - olho ao redor e dou de cara com nix uma vampira primeira classe que possui o poder da clarevidência, ela tem cabelos loiros até a raiz, e o comprimento abaixo da orelha pintados de um verde tao desbotado que me lembra o musgo do pântano, o comprimento chega abaixo de seus tornozelos, os olhos azuis vidrados me encaram, enquanto um par de pretos me encara do ombro de sua dona, o pequeno morcego que ela carrega nos ombros parece morto.

- ben esta bem? - esse e mesmo o nome do morcego me pergunto.

- ou não esse e jhonas ben foi morto por um crucifixo ontem - ela declara de maneira despreocupada enquanto alisa os cabelos.

Parece um pouco mais magra do que semana passada.

- algum caçador - digo tentando me recompor, e me levantar.

- ou não eu mesma o fiz - pisco confusa, mais assinto.

- alguma visão? - tremo com antecipaçao , ela não podia certo ? { não, e se sim, terremos que mata-la }.

- não, por alguma razão não tenho visões com você a um ano - ela me olha de maneira desconfiada sorrio de forma. Contida.

- estranho - franzo as sobrancelhas, tentando parecer o mais inocente possível.

- mais a uma imagem que se repete na minha cabeça, e acho que a culpada e você!

- não entendo?

- sangue, chorro morte e você sentada no meio de tudo isso , e tudo que eu vejo você dança banhada de sangue - ela vosfera, os olhos fixos nos meus, ela pisca 1,2,3 vezes e me encara de novo - como eu cheguei aqui? - ela me olha confusa - eu estava no clube de xadrez e - ela acena para a sala - ou querida fui eu que baguncei seus cabelos?

- não eu cai - respiro aliviada por sorte ela lembraria desse assunto em semanas.

- estranho eu tive a sensação, de que nos precisávamos. conversa.

            
            

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