Capítulo 3 Mais uma noite

Já era quase sete eu eu estava quase pronta, Artu chegou, abri a porta e pedi para ele esperar um pouco só faltava colocar o vestido, voltei com dois nas mãos e um sorriso.

-Então qual que vai ficar melhor?

-Qualquer um dos dois, você vai ficar ótima Ana - fechei a cara para ele.

- Mas você tem que escolher um só.

-Como assim eu tenho que escolher? Vai com o que você gosta mais. - ele falou sorrindo para mim, mas quando se tratava de roupa para mim era uma coisa séria. Então ele já me conhecendo cedeu e escolheu um deles.

-Vai com esse vinho ele realça suas curvas - deu um riso um pouco safado, eu ignorei. - Muito obrigado, te amo – joguei um beijo e sai de costas. Não demorei muito e voltei toda completa só faltava o zíper do vestido.

- Você pode fechar para mim? - ja me virando de costas e puxando o cabelo para frente.

-Claro- ele subiu o zíper bem lentamente e acariciou meu ombro, aquilo me deu um leve arrepio, virei de frente para ele.

-Acho que ja estou pronta.

-É esta sim. Linda. - Saímos de casa e fomos para o carro, ele abriu a porta para mim e entramos, coloquei uma musica para tocar, quando começou era a mesma musica que dancei no casamento com Gustavo na primeira vez Shape of you, mudei ela rápido.

- O que aconteceu Ana? Porquê mundo a música?

- Nada não só estou enjoada dela. - dei um sorrisinho para ele.

-Nossa estou com uma fome, acho que não comi mais nada depois do almoço. – Pensei alto

- O que? Você tá maluca? Como assim não comeu mais nada, tá querendo ficar doente né só pode.. – me olhou com um olhar de reprovação e eu virei para o outro lado como se não estivesse feito nada de mais.

- Não faz essa cara pra mim Ana, estou falando sério com você, isso pode te fazer mal e sabe que eu me preocupo com você. – olhei para ele e passei a mão e seu cabelo acariciando o seu rosto.

- É eu sei que você se preocupa, desculpa. – sorri para ele.

- Que bom que você sabe. – retribuiu meu carinho acariciando minha perna.

No rádio começou a tocar uma canção antiga eu não lembrava o nome, era umas das preferidas de Artu, ele começou a cantar ela todo empolgado, e olhava para ver minha reação. Eu estava me divertindo com a alegria dele, comecei a embolar algumas palavras para tentar acompanhar ele, porém sem sucesso, ele riu ainda mais de mim, acariciando a minha perna, e eu ria junto, é, eu realmente não levava jeito para cantar, já ele parecia que era profissional, e adorava se gabar disso bem a cara dele.

Comecei a tentar atrapalhar ele na canção, mas não consegui então desisti e só escutei mesmo. Em seguida começou a tocar uma outra canção, já essa eu sabia, então soltei a voz mesmo que desafinada, confesso que algumas palavras eu pulava, e ele olhava para mim e ria sabendo do erro, eu estava estava me divertindo. Esse estava sendo um dos melhores momentos do meu dia, estava despreocupada e relaxada apenas aproveitando aquele momento.

O carro se aproximou do restaurante então desligue o rádio.

- Pronto chegamos – disse ele manobrando o carro para estacionar. Ele desligou o carro e descemos, caminhando até o restaurante ele envolveu as braços em torno da minha cintura e foi assim até a entrada. O restaurante não estava muito cheio, do jeito que eu gostava, muita gente sempre me deixava desconfortável, sentamos em uma mesa no canto onde o acento era um confortável sofá de canto.

O restaurante eram bem bonito as mesas eram de madeira escura não havia toalhas sobre, ele era retangular e tinha um bar ao fundo, os garçons eram muito simpáticos, já nos conheciam ali, as laterais dele era de vidro e tinha lindas cortinas vinho pesadas que deixava o ambiente mas acolhedor, sua iluminação era composta com lindos lustres que ficavam suspensos sobre as mesas, fazendo uma iluminação romântico.

Artu se sentou primeiro e eu me sentei quase de frente para ele, tomando certa distância, queria que parecesse normal, queria evitar qualquer coisa estranha naquela noite, já bastava o que havia acontecido na noite anterior e hoje na parte da tarde.

Um garçom veio nos atender, ele era novo ali, ele parecia ser bem desinibido tinha uma boa aparência, era loiro dos olhos azuis, uma barba média e um lindo sorriso.

- Boa noite meu nome é Júnior este é o cardápio, o casal vai querer pedir a bebida agora ou depois. – percebi que ele manteve os olhos fixos em mim enquanto falava, isso foi um pouco constrangedor. Artu fechou a cara e respondeu com uma voz firme.

- Nós vamos querer o número 5 do cardápio e depois pedimos a bebida, obrigado. – olhou fixo nos olhos no garçom, mas ele não se importou muito, deu um sorriso e se retirou. De longe vi ele cochichando com outros funcionários que eram mas antigos. E olhou para mim de longe. Finge que não havia visto e retomei a olhar para Artu que parecia que estava com raiva.

- Viu como aquele garçonsinho olhou para você? Eu era para reclamar com o gerente dele.

-Nossa Artu não é para tanto ele só olhou nada demais. – tentei acalma-lo um pouco. Não queria estragar a noite por causa daquilo.

- Sei, só olhou, você deve ter gostado então né. -Deu um risinho irônico.

- É eu adorei- fui mais irônica ainda levantando uma das sobrancelhas.

-Vamos deixar isso pra lá melhor né? – ele consentiu com a cabeça olhando para os lados, ultimamente ele tava sendo um pouco possessivo, mas nada além. Dei uma olhada no menu de bebidas.

Meu celular estava em cima da mesa quando começou a tocar. E apareceu o nome Gustavo. Meu coração gelou olhei para Artu e ele estava olhando para mim.

- Não vai atender não Ana?- Meu Deus e agora? Por que ele tá me ligando? Será que aconteceu alguma coisa? Por que ele tinha que ligar logo agora?

- Licença, volto em um minuto – ele não falou mais nada e me seguiu com o olhar enquanto eu andava até o banheiro para atender. Na porta dei de cara com o garçom que me olhou dos pés à cabeça, me senti envergonhada e entrei rápido no banheiro.

- alô!

- Oi Ana, você tá podendo falar agora? – sua voz era calma.

-Posso sim, pode falar. – respondi um pouco ofegante, por causa da rapidez que entrei no banheiro e do garçom me olhando, aquilo realmente tinha sido algo desagradável.

-É que alguns amigos meu vão dar uma festa na segunda a noite, então ao invés de sair para jantar queria saber se você poderia ir comigo, é algo mais íntimos não irá ter muitas pessoas não, e se você não quiser ir eu irei entender. – Nossa que susto por um momento pensei que tivesse acontecido algo sério, conhecer os amigos dele, ia ser algo interessante é um um rápido, estava meio confusa, mas acho que não haveria problemas.

- Por mim tudo bem, só me avisar o tipo de festa que vai ser – tinha pavor de ir em alguma festa com uma roupa nada ver, isso acontecia nos meus piores pesadelos, detestava ser o centro das atenções.

- Então está bem, e desculpa se te atrapalhei em algo, te mandei mensagem mas como você não viu, ai resolvi ligar, e amanhã tenho um compromisso e talvez não consiga mexer no celular.

- Não imagina não atrapalhou não. - tentei ser muito simpática.

- marcado para segunda, depois só me passar o seu endereço.

-Vou te mandar por mensagem depois.

-Ok, beijos Ana acho que já te segurei demais- Deu um riso no final da frase, e mal sabia ele o que tinha acabado de fazer, e na verdade nem eu sabia o que estava me esperando lá fora.

-Beijos Gustavo- dei um riso envergonhada. Desliguei o telefone. Dei uma olhada no espelho, meu rosto estava um pouco pálido, dei algumas batidas na bochecha para que elas ficassem rosadas, nossa que dia que estava sendo esse.

Passei a mão pelo cabelo dei uma ajeitada no vestido e sai, andei de volta até a mesa, Artu estava sério com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados, é ele estava zangado, mas por que ele estava ficando tão estressado com a minha história com o Gustavo ele deveria me ajudar nessas horas. Fui séria em direção a mesa e sentei. Ele me olhou sério.

- E como foi o papo?- senti um tom de sarcasmo na pergunta.

- O papo- falei sarcástica – foi ótimo, a e eu tenho um encontro com ele- e dei um sorriso para ele. Meu Deus o que eu fiz? Dei uma pausa, mas aquilo já não importava mais, não tinha necessidade dele estar me tratando assim, ele sabe que o Gustavo tinha sido importante para mim, e todas aquelas palavras que ele disse que sempre estaria ao meu lado, ele era meu amigo, meu melhor amigo, tinha que me ajudar nesse tipo de situação, e não ficar me julgando e com ciumes, assim parece que estou fazendo algo errado, não precisava dele fazendo isso. Para mim o jantar nem tinha começado e já tinha acabado.

- Você sabe o que é melhor para você, não vou interferir em seus encontros. – saia chamas pelos seus olhos enquanto falava, sua voz saiu alta, aquilo atingiu meu coração ele nunca tinha falado comigo daquele jeito. Levantei da mesa e peguei a minha bolsa e sai andando. O garçom estava vindo ao meu encontro junto com nossa comida, e não entendeu muito o que estava acontecendo.

Sai do restaurante e bati aporta. De longe vi Artu falando com o garçom e vindo atrás de mim, ignorei ele e continuei a andar passando direto pelo carro dele. Escutei ele me chamar.

-Ana espera, onde você está indo?- Eu não respondi e olhei para os lados procurando um táxi.

- Por favor espera. – então eu parei, mas continuei de costas, ele se aproximou, pude perceber que sua respiração estava um pouco ofegante, lagrimas começaram a rolar pelo meu rosto, eu estava muito sensível, mas não queria que ele visse, nossa tudo aquilo estava acabando comigo, meu amigo um amor do passado minha melhor amiga, e isso tudo em tão pouco tempo. Ele colocou as mãos sobre meu ombro e me puxou para perto de seu peito e me abraçou, então percebeu que eu estava chorando.

- Ana não chora, por favor me desculpe eu não queria ter te tratado assim, não sei que me deu, me perdoa. Me virei para ele e o abracei, ai como eu precisava daquele abraço, eu o abracei bem apertado tentar esquecer toda aquela tensão entre nós , mas inconscientemente as lágrimas rolavam pelo meu rosto, ele continuou abraçado em mim calado. Apenas calados! Isto já bastava. Depois de alguns minutos ele se afastou um pouco e secou minhas lágrimas com as pontas de seus dedos bem devagar, puxou meu queixo um pouco para cima, fazendo com que eu olhasse para ele, mas evitei o encontro é olhei para baixo.

-Ana não faça isso comigo. – senti sua voz trêmula, então olhei para ele. Não tinha percebido que estávamos tão próximos, no momento que meus olhos encontraram os deles não consegui mais desviar. Suas mãos começaram a deslizar pelas minhas costas, me arrepiei inteira, meu coração disparou, nos aproximamos ainda mais, minha mão deslizou inconscientemente e eu levemente acariciei o seu rosto, ele se inclinou e nossos rostos se encostaram, eu fechei os olhos suas mãos firmes me aproximou ainda mais para ele deixando nossos corpos colados um no outro, dava para sentir de longe o que estava acontecendo entre nós. Minhas mãos correram pelo seu cabelo, dava para sentir sua respiração em meu rosto. Nossa, o que era aquilo? Minha mente começou a ficar confusa, nossos lábios começaram a se aproximar em câmera lenta, já estava quase sentido seus lábios.

-Ana!! – uma voz gritando de dentro de um carro, nos tirou daquela cena, levei um susto e na hora me afastei. Artu também se assustou, quem poderia estar me chamando nesse momento. Olhei para dentro do carro para ver se conhecia a pessoa a voz era de uma mulher, então quando vi era uma prima minha Leila.

Ela era filha do meu tio Carlos, irmão do meu pai, fomos criadas praticamente juntas mas éramos muito diferentes na personalidade, ela era muito bonita e simpática, as vezes até demais. Ela estava com um rapaz no carro, mas não dava para ver o rosto direito.

- Oi Leila – Respondi com a voz um pouco baixa e tentando secar algumas das lagrimas que restaram em meu rosto, ela percebeu.

-Esta acontecendo alguma coisa? Quem é esse ai com você?- Me perguntou um pouco desconfiada.

-É o Artu Leila. – falei dando um sorriso os dois já se conheciam e Leila sempre dava em cima dele quando se encontravam. Ela colocou a cabeça para a fora e deu um sorriso.

-Oi Artu, tudo bem? Ele sorriu de volta um pouco constrangido.

-Estou sim Leila, e com você?

- Estou muito bem. - terminando a frase ela olhou para o rapaz que estava dentro do carro. Aquilo foi um pouco exagerado. Eu fiquei observando aquela cena e ao mesmo tempo pensando no que iria acontecer se ela não tivesse nos interrompido naquela hora. Ela havia reparada que estava acontecendo alguma coisa.

-Então não quero atrapalhar vocês só queria te falar que nossos pais estão planejando uma viajem de família para a próxima semana vamos ficar uma semana inteira fora, isso não é o máximo? – deu um largo sorriso após a frase. Ela não poderia ter me falado isso outra hora? Mandado mensagem ou algo do tipo. Bom apesar que talvez tenha sido bom ela ter nos interrompido.

-Não imagina, não esta atrapalhando não. É essa viajem vai ser boa faz um tempo que eles estão planejando ela. -Essa viajem era como um sonho para nossos pais sempre planejam mas nunca dava certoagora pelo que parece ela vai dar. So restava saber para qual lugar iam nos levar. Ela então deu um sorriso e acenou. Ele deu uma arrancada com o carro, Leila ainda estava na janela.

- Tchau gente se cuida. Gritou já um pouco longe. Eu e Artu só acenamos de volta. E agora? Voltamos para o nosso drama, o que eu poderia dizer sobre o que poderia ter acontecido, aquilo não poderia ser verdade, ele era meu melhor amigo e a gente ia se beijar cinco minutos atrás. Me virei para ele acho que ambos estavam um pouco desnorteados com aquilo tudo, mas já era a segunda vez que quase nos beijamos no mesmo dia, isso não estava normal. Olhei em seus olhos que estavam fixos em mim. Então dei um passo em sua direção, deu para perceber que ele ficou nervoso, será que achou que ia agarra-lo? Aquele pensamento foi engraçado, deixei escapar um sorriso.

- Está pensando em que Ana?- Por mais que fosse engraçado, eu não podia falar o que pensei.

- Nada demais. – ele sorriu pra mim.

-Você quer voltar para o restaurante ou ir para casa? – me perguntou com a voz bem calma. Na verdade eu não sabia o que queria realmente, tanta coisa junta, mas meu estômago falou mais alto, e soltou um ronco. Já tinha esquecido que não tinha comido mais nada depois do almoço.

- Acho que sua barriga já respondeu por você. Vamos lá. – segurou em minha mão e voltamos para o restaurante. Eu apenas sorri, as palavras me faltaram naquela hora. Entramos no restaurante e o garçom estava ao lado de nossa mesa nos esperando. Ele sabia que a gente ia voltar? O que será que Artu falou com ele? E novamente percebi os olhares do garçom sobre mim aquilo já estava ficando chato, Artu também percebeu e olhou para mim, então o abracei, para fazer que o garçom se retirasse. Artu gostou da minha reação e me abraçou de volta e me deu um beijo na testa. A tática foi boa, antes de chegarmos na mesa ele serviu os pratos e se retirou.

-Bom acho que isso funcionou. – falei baixinho com ele, que consentiu com a cabeça. Essa tinha sido a primeira frase que falei com ele depois do quase beijo. Queria que as coisas ficassem normais de novo apesar de ser difícil. Sentamos-nos novamente na mesa. O Prato estava lindo parecia tão saboroso, eram camarões com batata e um molho que eu não sabia pronunciar o nome, acho que era em italiano. Eu adorava aquilo aliás nos dois adorávamos, não demorou muito e o garçom retornou novamente.

- O que a senhorita e Cavalheiro irão beber? – seu olhar estava fixo em mim e dessa vez não falou casal. Tinha algo de muito estranho nesse cara.

- Vamos querer o vinho do número 2 do cardápio. – respondi olhando seria para ele, deixando claro que não estava gostando daqueles olhares. Ele balanço a cabeça e se retirou. Quando olhei para Artu ele estava rindo.

-Por que que está rindo?

- Nada não, gostei do modo que falou com ele. – deu uma olhada para mim com o riso de canto, aquilo era um charme, escorei com um dos braços na mesa e fiquei olhando para ele enquanto comia, finalmente estava me sentindo mais leve.

Terminamos de jantar sem mais nenhuma discussão, para mim aquilo tinha sido uma vitória depois de tudo, uma outra garçonete veio e tirou nossos pratos e falou que já iriam trazer a sobremesa. Artu se aproximou de mim e continuamos a conversar enquanto ela ia. A conversa estava muito boa deitei a cabeça em seu ombro enquanto ele contava a história de alguns amigos deles que estavam fazendo um cruzeiro. Adorava escutar essas histórias, eu já estava bem melhor. Quando a sobremesa chegou era sorvete de banana com cobertura quente, a minha preferida. Acho que descobri o que ele estava falando com o garçom naquela hora. Dei um abraço e um beijo nele, sem querer o beijo foi muito próximo da boca dele, mas não me preocupei com isso, agi normalmente, me ajeitei para saborear meu sorvete. O dele era de chocolate sem cobertura eu também adorava.

- Posso pegar uma colher do seu também? – dei um sorriso mostrando os meus dentes.

- Claro que não, o seu está bem aí. – disse brincando puxando o sorvete para mais próximo dele.

- Nossa..- fiz um biquinho, ele deu um largo sorriso e aproximou o sorvete de mim, e virou os olhos.

- te amo- peguei uma colher do sorvete dele e aproximei o meu para que ele também pegasse.

- também te amo – essas palavras não soaram com o mesmo tom que as minhas, mas ignorei. Terminamos a sobremesa e ele foi pagar a conta, resolvi esperar do lado de fora do restaurante. La fora estava um clima bom, bem fresco, fiquei olhando para o céu, ele estava lindo estrelado e a lua brilhante. Artu saiu colocou a mão em minha cintura e seguimos para o carro. Lembrei da cena que tinha ocorrido perto da li. Então entrei no carro e coloquei o sinto de segurança rápido. Artu também. Resolvi não mexer no radio daquela vez.

-E então Ana que dia vai ser seu encontro? Está ansiosa? - Parecia que havia dado um nó em sua garganta enquanto me perguntava aquilo. Olhei para ele envergonhada por ter dito daquela forma, falei sem pensar.

-Vai ser nessa segunda, um dos amigos dele vai dar uma festa e ele me chamou para ir junto. Evitei olhar para ele enquanto falava, não queria ver sua expressão. E continuei.

- Para ser sincera não estou tão ansiosa não, no momento só quero descansar e depois penso nisso.

-Hum entendi, mas deve ter gostado de ter te encontrado então, porque já estar levando para conhecer os amigos, isso é algo importante. - olhei para ele, percebi que havia se arrependido do que falou. Mas agora já era tarde, isto já havia grudado em minha cabeça, sério que isso já é um passo? Algo importante?

-Bom acho que isso não é nada demais- respondi meio que com duvida, ele sorriu, sabia que tinha ficado nervosa, eu não conseguia esconder as coisas dele.

-Bom espero que você se divirta la, e vê se não paga nenhum mico em Ana. – deu uma risada. Eu sempre aprontava uma, e ficava morta de vergonha depois.

-Pode parando de me azarar hem. Vai dar tudo certo – fechei os olhos, como se fosse uma oração.

-É eu sei- alisou minhas pernas. A hora voou e logo já estávamos em casa, ele parecia um pouco triste, mas acho que sabia por que, era o ciúmes bobo, então não ia me fazer de idiota e perguntar o que era.

-Chegamos Ana, vou te acompanhar até a porta.

-Não precisa. Mesmo assim ele sai do carro e me acompanhou.

-Acho que agora só vamos nos ver na terça né, não quero atrapalha o seu dia de preparação para o encontro- deu um riso debochado

-É né, também tenho muitas coisas para fazer esses dias.- olhei para os olhos dele, já estava na hora de nos despedir.

- Pronto esta entregue- me deu um abraço forte e retribui.

- Obrigada pela noite – bom não bem se eu agradecia, mas achei o melhor a fazer apesar de tudo me diverti. Deu-me um beijo na testa e me virei para entrar. Então fui pega totalmente de surpresa, senti uma mão pegando firme no meu braço me virando, não deu nem tempo de respirar e já estávamos nos beijando sua mão passou pela minha nuca puxando de leve meu cabelo, minhas mãos correram pelo seu pescoço, é agora aconteceu e eu não podia fazer mais nada, me . Seu beijo era macio e viciante eu não queria que aquilo acabasse ele me colocou contra a porta e o beijo ficou mais intenso, meu ar estava acabando, mas eu não queria parar. O que estava acontecendo comigo? Suas mãos desceram até minha cintura e me ergueu um pouco para cima e meus pés ficaram no ar, e eu pensando que naquela noite já tinha acontecido de tudo, e termino assim aos beijos com o meu melhor amigo. Nossa temperatura começou a baixar e o beijo ficando menos intenso, e seu toque mais suave, ele me desceu, e agora o que ia acontecer? Eu realmente não sabia, ainda mais depois de tudo, e, eu não queria abrir os olhos, o beijo havia acabado, mas nossos rostos ainda estavam encostados um no outro eu mantive meus olhos fechados, não ia abri-los tão cedo, talvez aquilo fosse tudo um sonho e eu iria acordar a qualquer momento. Ele me deu mais um beijo na testa, colocou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e saiu. Eu não estava entendendo. o que aconteceu? Abri meus olhos na esperança de acordar, mas aquilo realmente havia acontecido. Ele já estava chegando no carro. Quando entrou olhou para mim que ainda não estava acreditando muito bem naquilo tudo, ele sorriu, ai aquele lindo sorriso. Não eu não poderia ta gostando do meu melhor amigo e de um amor de infância ao mesmo tempo isso era loucura.

Fechei a porta e fui direto para o quarto amanha apesar de ser domingo iria ser um dia cheio. Dei uma olhada em meu celular havia algumas mensagens de grupo e duas de Gustavo, falando sobre a festa, mensagem que mandou antes de me ligar então não havia necessidade de responder, algumas de Leila, que me pegou quase no flagra. Ri quando pensei nisso. Coloquei o celular em cima do criado e fui dormir.

            
            

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