CAÇA E CAÇADOR
img img CAÇA E CAÇADOR img Capítulo 2 SEQUESTRO
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Capítulo 6 A RAIVA DE KAREN img
Capítulo 7 CONTRATO img
Capítulo 8 DORMINDO COM CONNOR img
Capítulo 9 A ESPOSA DE CONNOR img
Capítulo 10 VOU TE FAZER MINHA img
Capítulo 11 CONNOR ME INTIMIDOU img
Capítulo 12 DOMESTICANDO O HOMEM DAS CAVERNAS img
Capítulo 13 AJOELHE E IMPLORE img
Capítulo 14 DETALHE img
Capítulo 15 OBCECADO img
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Capítulo 2 SEQUESTRO

Vou para a recepcionista que me dirige um olhar solidário.

"Onde ele está?", pergunto suspirando.

"Lá", ela aponta perto da porta.

Olho na direção e tem um homem vestido como oficial da justiça. Quantos já atendi? Perdi as contas. Tem outro de mesma aparência. "Deve ser grave", penso.

"Posso ajudá-los?", pergunto.

"Srta Karen Reinmann?", o homem com os papéis pergunta.

"Eu mesma, em que posso...", o homem agarrou meu braço.

Ele grita para a recepcionista que é da polícia e que estou sendo presa.

"O quê?", grito em pânico.

Sem qualquer explicação o homem me puxa pelo braço para fora da porta rapidamente e o outro homem gruda no meu outro braço. Os dois me empurram para um carro e quando entro no banco de trás, um dos homens que entrou comigo põe um saco de pano preto na minha cabeça.

"Estou sendo sequestrada", penso quando consigo ordenar minimamente meus pensamentos e fico espantada. "Desgraça nunca anda sozinha!", tenho que rir internamente.

"Droga!!!", cerro os dentes, "só faltava essa agora!!!"

"Srta Reinmann, não queremos lhe fazer mal, apenas colabore, que logo estará livre e terá as explicações que merece", diz o homem que está na direção.

Os meus pensamentos galopam desenfreadamente por minha mente. "O que está acontecendo? O que essas pessoas querem de mim? Será que querem dinheiro? Todo mundo sabe que estamos à beira da falência! Será que é vingança? Será que o Anthony está fazendo isso? Impossível! Quando cheguei ele já estava atrás das grades, então eu não tenho nada a ver com isso. Minha mente dava voltas e voltas e não conseguia chegar a uma conclusão.

Depois de algum tempo o carro parou e ouvi o barulho da porta se abrir e alguém me puxar para fora. Sinto a presença de 2 homens, um de cada lado enquanto andamos. Estamos parados há algum tempo, escuto o barulho do elevador. Então estamos em um prédio.

Tento relaxar, acho que logo terei as respostas que eu preciso.

A porta do elevador se abre, entramos. Escuto os andares passarem uma a um sem parar. Tento contar os andares, mas não consigo. Escuto o sinal e a porta se abre. Os homens seguram meus braços firmemente um de cada lado e começamos a caminhar. Sinto o carpete debaixo dos meus pés.

"Senhor ela está aqui", um homem ao meu lado diz.

"Ótimo!", diz uma voz diferente.

Estar com esta venda nos olhos me faz ter todos os meus sentidos em alerta.

Onde estamos, me pergunto.

"Tudo bem com ela?", a mesma voz...

"Sim", o outro homem ao meu lado responde.

"Bingo!", eu surto interiormente. Essa voz é do chato que me abordou mais cedo com uma conversa esquisita sobre ver um tal Connor Schaeffer.

Meu sangue gela. Será algum mafioso? Será que o infeliz do Antony até nisso se meteu? "Acalme-se e respire", eu tento me reorganizar.

"Senhor, ela está aqui", diz a voz do homem que suponho ser tal Joe que me encontrou de manhã.

Uma porta se abre, sinto apenas uma mão no meu braço que me puxa para frente.

O capuz é retirado rapidamente.

A luz faz meus olhos arderem.

Estou em um escritório. Tem um homem. Olho rapidamente ao redor, todos os instintos de sobrevivência no alerta máximo. Estamos alto em algum prédio. Analiso rapidamente minhas probabilidades de fuga. Poucas infelizmente. Capangas, elevador, prédio alto. Tenho que usar a inteligência.

Respiro fundo. Olho calmamente para o homem atrás da mesa. Anos nos negócios me ensinaram a ser fria, mas ele definitivamente me ganha. Os olhos dele estão me analisando da cabeça aos pés. O que ele quer?

"Karen Reinmann?", ele pergunta.

"Sim", respondo esperando a explicação.

"Gosta do que vê?", ele me pergunta sugestivamente de forma simples.

A surpresa me invade. Titubeio por instantes. "O que?" eu penso. Me sinto inacreditável.

Eu não consigo deixar de rir de escárnio, e curvo meus lábios inconscientemente.

"Quem é você e o que quer?", eu pergunto, já perdendo a paciência, a graça acabou e o sorriso se foi.

"Minha pergunta primeiro", ele insiste.

A minha raiva sempre foi rápida e ela me enche até escorrer dos poros."Palhaçada", penso bufando.

"Levante-se e venha", eu digo.

O homem ergue a sobrancelha esquerda.

"Vamos, não tenho o dia todo", digo sem rodeios.

O homem bufa, mas vem até mim.

Movo o dedo para que ele dê uma volta em torno de si mesmo.

Esse idiota egocêntrico não quer que o avalie como a um cavalo em um leilão? Que seja! Já que estou aqui, vamos brincar e acabar com essa besteira logo.

Ele para bem diante de mim e sinto a temperatura cair vários graus. "Boa", penso. Ele sabe intimidar e é bom nisso, só que sou vacinada na escola da vida.

Levanto a sobrancelha e digo a que vim logo.

"Senhor, você teve a ousadia de me tirar dos meus negócios para te avaliar, então deixe ver o material para dar o veredicto, ou vou embora porque não tenho tempo a perder", digo franzindo os lábios de tanta insatisfação.

"Que idiota", penso.

Vejo um olhar assassino enviando setas em minha direção, mas se ele é só um idiota egocêntrico e não um gangster, estou aliviada e em vantagem.

Ele dá um passo atrás e roda em seu próprio eixo devagar, levantando os braços e termina me encarando.

Minha raiva ainda não foi aplacada.

"Tire o paletó e a gravata", ordeno como uma rainha.

O espanto enche os olhos dele.

"Rápido", digo bufando.

A sala cai vários graus e o homem está visivelmente com muita raiva.

No fundo estou até me divertindo, mas não deixo transparecer. Fria como o gelo, baby.

Ele sem dizer uma palavra tira o paletó e o joga sobre o encosto de uma cadeira, a gravata vai na sequência. Seus olhos me fuzilando.

Olho para ele com uma expressão muito insatisfeita de propósito.

Ele bufa e tira a camisa.

Estou rindo por dentro, mas meu olhar frio é de puro desdém e insatisfação.

O homem à minha frente é absolutamente lindo, poderia até ser modelo naquelas revistas que eu só vejo quando estou aguardando alguma consulta médica. Abdômen perfeito, olhos azuis, cabelos loiro escuro, rosto cinzelado. Ele deve gastar muito tempo na academia e por isso é tão vaidoso e egocêntrico.

Ele gira na minha frente, sem levantar os braços desta vez. "Quê? Está tímido agora?", penso enquanto olho para o sujeito na minha frente.

"Então?", ele levanta uma sobrancelha e me encara com a mandíbula cerrada.

"Resisto? Não resisto?... Não resisto!!! Como alguém poderia não zombar?", penso.

"Talvez... dê para o gasto", respondo laconicamente, como se visse uma mercadoria muito comum e barata.

O rosto do homem na minha frente escurece e o olhar é mortal.

Por um momento um calafrio corre por minha espinha e sinto uma pitada de arrependimento por zombar tão abertamente desse estranho, afinal ele me sequestrou não foi?

Ele se aproxima e sinto o perigo.

Dou um passo para trás, giro e começo a andara pelo escritório. O homem sem camisa atrás de mim, mas eu continuo andando como se estivesse em uma exposição de arte, olhando ao redor. "Ainda bem que é grande", eu penso.

Quando sinto que ele vai me alcançar, me viro para ele.

"Minha vez", digo a queima roupa."Quem é você e o que quer?", eu pergunto de novo.

"Sou Connor Schaeffer", responde com orgulho como se eu devesse saber quem ele é.

Lanço meu melhor olhar interrogativo.

Reviro os olhos, não dá para aguentar tanta arrogância.

"Senhor Connor Schaeffer, eu não faço a menor ideia de quem o senhor seja. Também pouco me importo. O senhor tem consciência de que sequestro ainda é crime, certo? Podemos fingir que nada aconteceu e eu volto para minha vida e o senhor fica com a sua. Estamos de acordo? Afinal eu já o avalie como queria, portanto, já cumpri meu papel", digo com um sorriso frio no final.

O homem na minha frente cruza os braços no peito nú e bufa com um sorriso.

"A sua tarefa Karen Reinmann é se casar comigo e me dar um ou dois filhos. Ser obediente e leal e atender minhas expectativas. Esqueci, tem que ser agradável com a minha família", me respondeu ele em alto e bom som.

A incredulidade me assola.

"Um doido, só o que me faltava", quase deixo escapar meu riso, mas mantenho a máscara muito bem, afinal depois de anos nos negócios eu sei que quem não consegue manter a cara de pôquer é comido vivo.

"Vamos lá, então", penso.

"E porque em nome de Deus eu casaria, teria, como você disse um ou dois filhos seus e ainda me esforçaria para agradar a sua esplendida família? O senhor tem algum problema? Nem nos conhecemos!", me esforcei para não gritar com o idiota.

"Porque eu sei como está o legado do seu pai e você não tem saída. Sem capital, sem patrimônio humano e sem prestígio, não tem como manter as portas abertas. Banco não te empresta, vocês estão sem credibilidade no mercado. O nome Reinmann hoje por si só é sinônimo de fraude. R&R Corporation é quase passado, porque quando a matriz se for, vai arrastar as filiais, as subsidiárias e as associadas. Você tem consciência disso, não tem Karen Reinmann?", o homem diz isso com orgulho vazando pelos olhos, com um sorriso zombeteiro.

"E o senhor, senhor Connor Schaeffer é aquele que vai salvar o R&R?", digo zombando.

"Se você fizer o que eu quero...", ele diz me olhando arrogantemente.

Me forcei a curvar um sorriso no meu rosto para ter algum tempo para pensar.

            
            

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