CAÇA E CAÇADOR
img img CAÇA E CAÇADOR img Capítulo 5 PROVOCANDO KAREN
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Capítulo 6 A RAIVA DE KAREN img
Capítulo 7 CONTRATO img
Capítulo 8 DORMINDO COM CONNOR img
Capítulo 9 A ESPOSA DE CONNOR img
Capítulo 10 VOU TE FAZER MINHA img
Capítulo 11 CONNOR ME INTIMIDOU img
Capítulo 12 DOMESTICANDO O HOMEM DAS CAVERNAS img
Capítulo 13 AJOELHE E IMPLORE img
Capítulo 14 DETALHE img
Capítulo 15 OBCECADO img
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Capítulo 5 PROVOCANDO KAREN

Uma pequena gota pairou no seu dedo e antes que ela pudesse pegar a toalha eu puxei sua mão e a peguei com a boca.

Nunca fiz isso com mulher alguma, mas ver a reação da Karen foi demais para resistir fazer isso. O vermelho tingiu o rosto dela, que corou furiosamente até a raiz dos cabelos, as orelhas e até o colo.

"Karen, se vamos ter um bebê, lamber os seus dedos é o mínimo que você pode esperar", comentei com calma, como quem explica a uma criança, olhando dentro dos olhos dela.

De novo aí está o olhar matador. Dessa vez ela levantou e disse que ia ao 'toilet'. Acho engraçado que ela use sempre essa forma de dizer banheiro.

Me sinto relaxado e satisfeito. Provocar Karen me diverte muito e estou aproveitando a experiência nova.

Ela demorou para voltar do banheiro, decerto tentando apagar o fogo dos cabelos, me divirto de novo. A forma que ela me mandou levantar e girar na frente dela ainda me traz ressentimento. Como é mesmo? Dá para passar? Dá para o gasto?

De novo me pego pensando por que ela mudou de atitude comigo? Ao que parece ela gosta de enfrentar e agora está me adulando? Ela acha que eu sou louco? Me divirto com o pensamento.

O jantar chegou e Karen esqueceu completamente que estou aqui. Apesar das maneiras elegantes, ela não deixou por menos e comeu até estar cheia, o que me surpreendeu, porque as mulheres com quem eu já estive à mesa mal tocam na comida.

"Não tem medo de engordar?", pergunto com um meio sorriso no canto da boca.

"Não tem medo de engasgar?", ela devolve duro e rápido, sem pensar. Ela estreita os olhos preguiçosamente e me dá um sorriso lânguido.

"Eu não me importo de engordar e também não engordo. Acho que o Universo é bom para mim, eu trabalho tanto que não tenho tempo de ir às compras, então, não engordo", ela sorri de um modo bobo, movendo os olhos de forma estranha.

Esse é um outro lado dela. Não chega a ser sarcasmo. Parece ser mais uma crença pessoal. No que a Karen acredita? Tenho reparado que ela fica brava com frequência e leva um tempo para se recompor. Também é fácil fazer a Karen ficar muito envergonhada e tímida e ela leva um bom tempo para se acalmar.

Estamos saindo do restaurante e entrando no carro. Um grupo de jovens vem conversando e rindo. De alguma forma um deles é empurrado e cai sobre nós. Olho para o lado e vejo Karen no chão, o rosto franzido, os olhos fechados e um grande bico. Parece que dói.

"Machucou?", pergunto estendendo a mão.

Lentamente ela abre os olhos e olha para minha mão estendida. Ela engole em seco e respira. Parece que estava segurando a respiração até agora. Sinto a mão macia e fria na minha mão. Simplesmente puxo para ajudá-la a levantar. Ela geme alto. Alguma coisa está errada. A pego nos braços e entro no carro.

"Hospital", digo ao motorista.

***

Karen fraturou o tornozelo.

Após ser admitida na Emergência do hospital, depois de uma longa espera, pude ver Karen enfaixada e engessada até o joelho na cadeira de rodas empurrada por uma enfermeira.

A tomei nos braços e fui para o carro.

"Porque isso?", ela perguntou confusa enquanto eu andava pelo hospital em direção à saída.

"Você pode andar?", olho para ela, parando por um instante.

"Porque não usar a cadeira de rodas?", ela me olha com seus lindos olhos que estão verdes agora.

"O que?", pergunto irritado, continuando a andar.

De repente penso que ela está envergonhada. Olho de novo e aí está. O rubor está por toda parte.

"Esconda o rosto no me peito se está com tanta vergonha", digo.

Sinto a respiração dela no meu peito e me arrependo, sentindo o calor subir pelo meu corpo.

Quando chegamos ao carro, estou desconfortável em todas as partes. Ter Karen respirando no meu peito todo o trajeto quase me fez perder o controle. Do alto dos meus 30 anos ainda não tinha passado por isso. Não é a primeira vez que carrego uma mulher no colo. De fato, já fiz isso algumas vezes, mas isso foi, no mínimo, diferente...

"Para casa", digo ao motorista.

"Você se importa de me mandar antes?", Karen me pergunta.

"Mandar você para onde?", pergunto.

Os olhos dela se arregalam. "Para minha casa", ela diz tentando conter a irritação.

"Você é minha agora, então agora mora comigo em casa", respondo laconicamente.

Vejo Karen revirar os olhos e girar a cabeça de um lado para outro como um lutador antes de uma luta.

Ela endireita as costas, o brilho nos olhos é assassino novamente. Agora ela vai mostrar as garras? Contenho minha expressão.

Ela respira fundo de novo. Ela olha pela janela por um bom tempo.

"Connor, estou cansada, machucada, passei por muitas coisas hoje. Será que só por hoje podemos adiar isso?", ela me olha com olhos de cachorrinho de novo.

"O que há de tão bom na sua casa?", pergunto.

"É minha? Estou acostumada? Familiaridade com onde estão as coisas que preciso?", ela responde.

"Tudo bem, então", respondo com um sorriso.

"Obrigada, querido", ela me puxa e me dá um longo beijo na bochecha.

Olho para ela espantado e descrente. Ela quer fazer de mim um marido idiota que cede aos caprichos da esposa por um doce? Eu rio e bufo.

O motorista chega à casa de Karen, uma pequena villa e estaciona em frente à porta principal.

Puxo Karen nos meus braços de novo, cansado de esperar ela tentar se arrastar para fora do carro com o gesso no pé. Pego a chave em sua mão e viro para o motorista: "Pode ir, até amanhã".

Olho de soslaio para Karen. Seu rosto caiu em profundos pensamentos, os olhos estreitos. Nada de bom pode vir daí.

Entramos no sobrado, a coloco no sofá e me sento ao seu lado.

"Querido, você não precisa ficar, eu estou bem e posso me virar aqui", ela me diz com olhos esperançosos.

Me inclino para ela e a beijo. O beijo que eu pretendia que fosse somente uma provocação, de repente acendeu um desejo furioso dentro de mim. Ela tenta escapar, me empurrando, girando a cabeça.

"Connor, Connor", ela me chama assustada, tentando escapar do meu aperto.

"O quê? Agora não sou mais "querido"? "Querido" é só para locais públicos?", eu zombo a apertando em meus braços e aprofundando o beijo enquanto sinto um leve tremor nela.

Minha boca escorrega pela orelha e pescoço dela, o cheiro dessa mulher me deixa louco.

Eu sinto os dedos dela nos meus cabelos. Um sorriso se desenha nos meus lábios.

O aperto nos meus cabelos aumenta e a encaro. Ela está puxando os meus cabelos com força!

"Connor, vá embora, por favor", ela diz com voz tremula.

"O que? Você me provocou a tarde toda. Você disse que gosta de mim e que sou bonito. Eu não te agrado mais? Por que você não me chama de querido me olhando daquele jeito agora?", eu bufo e dou um meio sorriso.

"Você não sabe brincar", ela diz me dando um olhar acusador enquanto levanta o queixo em desafio.

"Como é? Não sei brincar?", sinto raiva.

"Eu só queria ver como era, ficar mais perto. Ver se nós tínhamos alguma coisa a ver um com o outro... Química sabe?", ela diz olhando para o chão com uma expressão culpada.

Outra atuação? Ou a verdade finalmente? Não tem como saber.

"E então? Ficou perto o suficiente? Tem química?", pergunto a queima roupa em seu ouvido, sem afrouxar o aperto.

"Connor, é melhor você ir agora", ela diz e tenta se levantar.

"Esqueceu que você é minha mulher agora? Eu vou dormir onde você dorme", digo a segurando onde está.

"Eu planejei dormir no sofá, espero que fique confortável com isso", ela me olha com aquela careta de olhos e boca estranha, como se fosse boba.

"Nesse sofá? Tudo bem. Eu fico embaixo e você em cima?", olhei para ela inocentemente, esperando o próximo movimento dela.

Ela me olhou e eu procurei...ahhh... aí está....o rubor furioso...demorou para ela entender dessa vez.

"Connor...", me olhou ressentida.

"Não", eu digo, minha voz seca.

"Querido...", agora ela volta ao flerte.

"Não se arrependa...", meu olhar contém um aviso.

Ela bufa.

"Ok, ok. O que você quer de mim?", seus olhos cravados em mim. Ela começou a negociar.

"Você. A sua parte no acordo", meus olhos nos dela.

"Connor, você é um homem bonito, é jovem e acho que saudável. Tem dinheiro e pelo que entendi comanda várias empresas de grande porte, então, tem um status muito bom. Por que você precisa para ter uma mulher de um acordo?", ela arregala os olhos perguntando, enquanto me olha descrente e inquisitivamente. "A verdade, por favor", ela conclui franzindo os lábios.

"Eu não quero o processo. Não quero relacionamento. Estou bem como vivo. Tenho 30 anos e detesto drama. Quero ter uma esposa e filhos, como cumpre o figurino. Por isso", digo sem pestanejar.

"Pela sua mãe?", ela pergunta.

Aceno com a cabeça afirmando meu ponto.

"Se você não sente falta de nada disso, você não tem irmãos que possam dar isso à ela?", ela me olha com o cenho franzido.

"Ambos mortos", digo sem espaço para perguntas.

"Desculpe", ela desvia o olhar constrangida. "Então é pelo herdeiro?"

"Sim", eu digo.

"Agora, então porque eu?", ela volta à mesma pergunta.

"Porque eu quero. Eu já não te expliquei?", digo irritado.

                         

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