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Adam sentou-se no sofá, perplexo com o que Alice contou.
- Não! Isso não pode ser verdade.
- Mas é a verdade, Adam. Infelizmente é tudo verdade.
- Minha mãe! (Disse ele, apreensivo).
- Ele não pode fazer nada contra sua mãe, ainda não. Mas assim que eles voltarem de viagem, temos que dar um jeito de mantê-la longe por um tempo.
- Isso tudo é uma loucura! Por que?
- Porque ele quer mais poder, Adam. Ele quer espalhar o negócio sujo dele em outros países, e a próxima empresa que ele irá destruir para continuar com isso, é a da sua família.
Adam está de cabeça baixa, ainda chocado.
- Eu vou entender se não acreditar em mim, mas eu te garanto que é tudo verdade. Eu vou acabar com tudo isso, eu tenho um plano. Melhor ainda, eu tenho provas. Eu só te peço que não conte nada a sua mãe, por enquanto. Isso colocaria a vida dela em risco e o plano iria por água a baixo.
Adam se levantou, respirou fundo, pegou suas chaves e foi em direção à porta.
- Adam, aonde você vai?
- Eu preciso sair daqui.
- Adam, não faça nenhuma besteira, por favor.
- Se o que te preocupa é eu estragar o seu plano, fique tranquila. É só isso que importa, não é?
- Não diga besteiras, pelo amor de Deus! Só o que importa é você... Eu vou te esperar aqui. Por favor, se cuide.
Ele saiu, sem dizer mais nada.
*Em um bar no centro da cidade*
Adam estava sentado, esperando Mike. Eles marcaram de tomar algo e conversar. Mike chega e vai até Adam, cumprimenta e se senta à mesa.
- Cara, parece que você viu um fantasma. O que aconteceu? (Perguntou Mike).
- Foi quase isso. Alice voltou! Ela foi até o nosso apartamento.
- O que? É sério? Mas... Era pra você estar feliz, não?
- Eu nem sei o que estou sentindo, acho que um pouco de tudo. E o que ela me disse...
- O que ela disse?
- Desculpa! Eu queria te contar, você é meu melhor amigo, mas eu não posso, pelo menos não por enquanto.
- OK, não vou insistir. Vamos beber, quem sabe não melhora essa sua cara aí.
- Sim, estou precisando de umas doses.
Eles pediram uma garrafa de whisky, o garçom levou o pedido até a mesa e eles começaram a beber.
- Mas me fala aí... Você e a Alice, está tudo certo?
- Não conversamos sobre nós ainda, mas... Ela se desculpou, explicou o que aconteceu. Eu desejei tanto que ela voltasse pra mim e agora que ela está aqui eu não sei o que fazer. Mas vamos nos resolver.
- Sim, claro. "Vamos nos resolver", sei como isso vai acabar, é só ela dar um sorriso pra você, que já vão estar se pegando.
- Babaca!
*No apartamento do casal*
Estava ficando tarde, Alice resolveu tomar um banho e colocar uma camisola. Ela não iria embora até Adam voltar. Ela não conseguia dormir, resolveu mandar uma mensagem para seu avô, dizendo que conversaria com ele no dia seguinte. Ela ligou a TV.
- Sempre as mesmas coisas! Isso não vai me distrair. (Disse ela, desligando a TV e jogando o controle no sofá).
Adam estava demorando, ela resolveu esperá-lo no quarto mesmo.
*Mais tarde*
Adam chegou em frente ao apartamento e abriu a porta, entrou e a trancou novamente. Ele estava tirando sua jaqueta de couro, quando Alice apareceu na sala.
- Oi, é... Eu ouvi o barulho da porta e vim ter certeza de que era você.
Adam não disse nada, ele ficou parado, olhando para Alice. Ela estava linda, com seus longos cachos soltos e sua camisola vermelha de cetim que marcava todas as suas curvas avantajadas, a preferida de Adam. Os olhos dele brilhavam ao vê-la. Como se estivesse hipnotizado, ele foi se aproximando dela.
- Adam, você está bem?
Ele estava cada vez mais perto. De repente, Alice se vê presa entre a parede e Adam.
- Adam, o que você está fazendo? Por que você bebeu?
Adam coloca seus dedos sobre os lábios de Alice.
- Você faz perguntas demais, minha linda.
No mesmo instante, Adam agarra Alice pela cintura e a beija intensamente, sem dar tempo para ela dizer mais nada. Ela se derrete com esse beijo que tanto sentiu falta.
- Eu achei que estivesse com raiva de mim. (Disse ela, ofegante e chorosa).
- Você não imagina como foi difícil não te agarrar mais cedo quando apareceu aqui. Mas agora, te vendo assim, mais linda do que nunca... Como, Alice? Como resistir a você? (Disse ele, tomando a boca dela novamente).
O desejo e a saudade que sentiam, tomavam conta deles, eles já não tinham controle nenhum sobre seus corpos. Adam levantou Alice do chão, ela envolveu sua cintura com suas pernas e ele a levou para o quarto. Alice sorriu quando Adam a jogou na cama desesperadamente e começou a deslizar o tecido fino de sua camisola para tirá-la. Alice tirou a camisa de Adam e com muita agilidade, tirou a calça dele.
- Eu quero você! Eu quero tanto você. (Disse ela, antes de agarrá-lo e beijá-lo apaixonadamente).
*Ao amanhecer*
Alice acorda antes de Adam, ela está deitada, com a cabeça no peito dele. E ele dormindo com os braços em volta dela. Para não acordá-lo, Alice se levantou cuidadosamente, vestiu a camiseta de Adam que estava ao lado da cama e foi para a cozinha. Ela estava faminta, preparou algumas panquecas, café e torradas para o café da manhã. Ela estava arrumando tudo em uma bandeja, quando sentiu Adam a abraçando por trás e dando um beijo em seu pescoço, ela se arrepiou.
- Bom dia! Acordou cedo. (Disse ele, sentando no banquinho atrás da ilha da cozinha).
- Bom dia! Eu queria preparar tudo pra quando você acordasse. Eu ia te levar o café na cama, mas parece que não vai rolar. (Disse ela, sem graça).
Adam levantou uma sobrancelha, divertido com o olhar de criança triste dela.
- Não seja por isso! (Ele levantou indo em direção ao quarto e sentando-se na cama).
Alice, confusa, foi até a porta do quarto para ver o que ele estava fazendo. Ela parou na porta, vendo Adam sentado na cama, recostado na cabeceira.
- Estou pronto para ser alimentado! (Disse ele, com um sorriso doce).
Adam sabia o quanto ela também sofreu e estava sofrendo, não queria contribuir para tal fardo. Ele queria ser gentil com ela.
Alice franziu a testa, surpresa com o bom humor de Adam, ela foi para a cozinha e voltou com uma bandeja cheia de comida. Ela chegou perto de Adam e colocou a bandeja à sua frente, se sentando para acompanhá-lo.
- Uau! Você caprichou. (Disse ele, olhando para a bandeja cheia).
- Eu imaginei que acordaria com fome, mas eu posso levar de volta se quiser. (Disse ela, se levantando).
Adam a segurou pelas mãos.
- Não! Está tudo perfeito. E eu realmente estou faminto, obrigado! (Disse, olhando nos olhos dela).
Ela desviou o olhar, depois de 3 meses isolada, ela realmente perdeu o jeito com as pessoas. Ela se sentou de novo. Eles começaram a tomar o café da manhã, mas Adam percebeu que Alice estava um pouco desconfortável, ela mal tocou em seu café. Depois de um tempo, ela se levantou e disse:
- Bom... Eu vou deixar você terminar seu café e vou tomar um banho. Acho que eu tomei muito do seu tempo. (Disse ela, indo em direção ao banheiro).
Alice entrou no box, abriu o chuveiro, deixando a água quente cair em seu corpo. De repente, Adam entra no box, pega Alice pela cintura e a vira de frente para ele.
- O que está te incomodando? Não gostou da nossa madrugada juntos? (Ele perguntou, sem entender).
- Eu amei, de verdade. Mas é que... Não conversamos sobre nossa relação ainda, eu nem sei se você ainda me quer em sua vida.
- Ainda tem dúvidas, depois do que aconteceu essa madrugada? Eu jamais teria feito tal coisa, estando com raiva de você. Meu bem, eu passei noites em claro olhando para a porta de entrada esperando você voltar. Você está agora, então sim, nós estamos bem, eu acredito em você e só quero esquecer esses meses que ficamos separados. (Disse ele, envolvendo o rosto dela com suas mãos).
- Então... Você ainda me ama? (Alice perguntou).
- É claro que eu te amo, sua idiota. O que você acha? Eu sou louco por você!
Alice sorriu para ele, antes de agarrá-lo e beijá-lo desesperadamente. E nesse momento, mais uma vez, ela se entregou ao homem que tanto ama.
Alice e Adam saem do banheiro, se trocam e vão para a sala assistir algo juntos. Adam só teria aula à tarde e Alice voltaria para a faculdade na segunda para as apresentações dos trabalhos finais, já que estava em dia com o conteúdo de seu curso graças ao seu professor que mandava tudo por e-mail. No final da tarde, ela marcou de ir até a casa de seu avô, o sr. Patrick, ele merecia explicações.
Adam foi para a faculdade, ele tem aula às 15h. Alice aproveitou para ir até o hotel no qual estava hospedada, para pegar seu notebook, suas roupas e encerrar sua estadia, depois passou no mercado para fazer compras, Adam tinha voltado para casa no domingo, não tinha nada na geladeira. Voltou para seu apartamento e decidiu dar uma arrumada em tudo, enquanto não chegava a hora de ir ver seu avô.
Mais tarde, Alice chega de táxi em frente à casa de seu avô, Adam combinou de ir buscá-la à noite. Ela vai até a porta de entrada e toca a campainha. Seu avô atende com um sorriso aliviado no rosto. Alice dá um abraço forte nele antes de irem para a sala.
- Finalmente! Você me deixou preocupado, sabia? (Disse ele, em tom de reprovação).
- Eu sei vovô, me perdoe! Mas depois que eu explicar meus motivos, o senhor vai me compreender.
- Então, pode começar a me explicar.
Alice faz um barulho com a garganta antes de contar toda a história, quando ela terminou, seu avô estava impressionado com o que ela lhe disse. Ele fala:
- Isso tudo é muito perigoso, Alice. Eu não vou permitir que você se arrisque assim, eu prometi a mim mesmo que iria cuidar de você. Temos de deixar que a polícia cuide disso.
- Três meses se passaram e a polícia não avançou em nada, isso porque temos dinheiro, imagine se não tivéssemos. Eu sei que está preocupado, mas eu sou a única que pode acabar com isso. George Norton, vai pagar pelo que fez. Eu quero vê-lo implorar por piedade, eu não vou dar o prazer de acabar com ele a outra pessoa.
- Você está se ouvindo? Você quer se arriscar por causa de uma vingança? Eu também quero que o responsável pague pelo que fez, mas não a custo da minha vida.
- Não é vingança, é justiça. Não tente me impedir, está tudo pronto. Assim que ele voltar de viagem, eu agirei.
- Alice...
- Vovô, por favor... Não insista! Eu já sou uma mulher adulta, eu já decidi isso e não tem nada que o senhor possa fazer.
Depois que o clima acalmou, a campainha tocou. É Adam, ele foi buscar Alice para irem para casa.
- Boa noite, Adam! Eu espero que você consiga colocar um pouco de juízo na cabeça dessa garota. Você está ciente do que ela quer fazer?
- Boa noite, senhor. Sim, e lamento ter de dizer que eu não posso fazer nada, o senhor a conhece e sabe o quanto ela é teimosa.
( Alice deu uma cotovelada em Adam).
- Vamos embora logo! Vovô, eu farei um jantar amanhã em casa, espero o senhor. Boa noite! (Disse ela, dando um beijo e um abraço nele).
- Eu estarei lá.
Eles entram no carro e saem em direção ao apartamento deles. Alice pergunta:
- O que vamos fazer hoje?
- Bom... Eu pensei em pedir pizza, tomar um vinho e assistirmos a um filme, mas só se não estiver muito cansada.
- Eu acho perfeito!