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*Duas semanas depois*
Já é sexta-feira à noite, é o último dia em que Adam e Alice ficam no Chalé. Alice estava preparando algo para comer. Logo termina e leva tudo para uma mesinha em frente a lareira, onde Adam a espera com duas taças de vinho nas mãos.
- Isso parece delicioso!
- São apenas batatas recheadas. Eu queria ter feito algo mais sofisticado, mas minhas habilidades culinárias são bem restritas. (Disse Alice, sorrindo).
- Ah sim, meu estômago sabe bem disso. Pobrezinho! (Adam disse, passando a mão na barriga).
- Você é bem engraçadinho, não é? Come isso e cale a boca. (Disse Alice, dando um tapinha no ombro dele).
Depois do jantar, os dois estavam deitados em frente à lareira, admirando as brasas reluzentes que emanavam dela.
- Obrigada! (Disse Alice, de repente).
- Pelo que?
- Por tudo. Principalmente por não ter desistido de mim. Estas duas semanas foram incríveis, é a primeira vez em muito tempo que eu me sinto em paz. Eu não sei o que faria sem você. (Alice se virou para ficar de frente para ele).
- Não tem que agradecer, não é um favor. (Disse Adam ao dar um beijo carinhoso nela).
Alice sorriu, mordendo os lábios.
- É uma pena termos que ir embora amanhã, essas férias passaram rápido demais.
- Podemos voltar quando quiser. (Disse Adam)
- E eu vou querer voltar, meu lindo moreno. Mas agora... Sugiro que descansemos, manter nossa lucidez será crucial para as próximas semanas. (Disse Alice ao levantar e estender as mãos para Adam).
- Tem razão. Mas eu não posso prometer que ao entrar com você naquele quarto eu vá deixá-la dormir, a regra é ter sobremesa depois do jantar, e esta noite não será uma exceção. (Ao dizer isso, Adam tira Alice do chão a colocando em seus ombros e indo para o quarto, ela dá um gritinho por essa ação inesperada dele).
Adam a jogou na cama, o desejo que estava sentindo era demais. Ele segurou as mãos de Alice por cima da cabeça dela. Ela estava ofegante, seu corpo implorava por ele.
- Você é maluco!
- Você me deixa maluco. (Corrigiu ele).
- E eu posso deixar mais.
Ao dizer isso, Alice soltou suas mãos e com muita agilidade, empurrou Adam para o lado e tomou controle da situação.
- Eu adoraria ver isso. (Desafiou).
Alice sorriu, ela adora ser desafiada. Ela levantou da cama, se virando de forma provocante dando as costas para Adam, ele olhou confuso para ela, sem entender o que ela estava fazendo.
- Vem que eu te mostro. (Ela estendeu a mão para ele).
Adam entrou no jogo e deu sua mão a ela. Ela o conduziu até uma poltrona que tinha no quarto e o fez sentar. Pegou seu celular e o conectou às caixas de som. De repente uma música começa a tocar. Adam logo entende o que ela iria fazer.
- Você é uma caixinha de surpresas!(Indagou, eufórico).
- Sou só uma mulher que sabe o que quer, e eu quero que esta noite seja inesquecível.
Adam estava hipnotizado ao ver Alice dançar para ele e antes que ela pudesse terminar, ele a agarrou pela cintura e a colocou sentada em seu colo. Ele estava ofegante, só pensava nas loucuras que estava prestes a fazer ali com ela.
- Acho que podemos terminar esta dança na cama. (Disse Adam, quase desesperado).
- Antes eu quero aqui! Eu estou no controle e eu quero ser sua aqui, nesta poltrona. (Ao dizer isso, Alice tira o pouco de roupa que lhe resta e começa uma trilha de beijos pelo pescoço de Adam, descendo até seu abdômen bem definido, onde ela fez questão de demorar. Ele a agarrou pelos cabelos, sabia que ela o estava provocando. Com o desejo gritando por ela, Adam não aguentou e a carregou para a cama. Os planos de descanso não existiam mais e a noite para eles, estava apenas começando).
*Segunda-feira, de volta ao apartamento*
Adam estava se arrumando, sua mãe e seu padrasto já voltaram de viagem, e o convidaram para jantar.
- Tem certeza que pode agir como se não soubesse de nada? Quero dizer, ele tentou te matar e... (Alice estava preocupada).
- Eu consigo, não se preocupe. Na verdade, quero ver a cara dele quando você chegar de surpresa. Tudo pronto?
- Com certeza! E sabe o que é mais excitante nisso tudo? É saber que o idiota convidou a corja toda para esse jantar e eu vou estar presente para ver a raiva nos olhos deles.
- Mal posso esperar. Já está na hora, nos vemos logo. Se cuida.
- Até daqui à pouco. (Disse Alice, lhe dando um beijo e terminando de se arrumar).
*Na casa da mãe de Adam*
Adam chega em frente à porta, respira fundo e toca a campainha. A governanta da casa atende com um sorriso no rosto, feliz por ver seu menino novamente.
- Que alegria te ver, meu menino! (Disse ela, abraçando-o).
- Boa noite, Mary. É muito bom te ver também.(disse, retribuindo o abraço).
- Tenho minhas dúvidas, você não vem me ver há muito tempo. (Disse ela em tom de repreensão).
- Eu sei, me desculpe por isso. Prometo vir com mais frequência.
- Eu vou cobrar. Vamos, entre. Sua mãe está na sala de visitas com os convidados. (Disse ela, dando espaço para Adam passar)
Adam foi até a sala de visitas, sua mãe estava sentada ao lado de George, ao vê-lo ela se apressou em se levantar para abraçá-lo.
- Querido, que saudade. Você está bem? Tem se cuidado? (Disse ela, examinando cada parte dele).
- Eu estou bem. Também senti sua falta. Se recomponha. ( Adam a abraçou)
Nesse momento, George se levantou e foi na direção dos dois.
- Violet, querida, não aborreça nosso garoto. Ele sabe se cuidar. (Disse George, se aproximando e abraçando Adam).
O sangue de Adam ferveu, a vontade dele era socar a cara de George, mas ele conseguiu se conter e começou sua atuação.
- Não adianta George, minha mãe é impossível. (Disse Adam com um sorriso falso).
- De fato! Ela é bem teimosa. E você meu filho, está melhor? Lembro-me que estava em um estado lamentável quando viajamos.
- É, eu estou bem. A vida não pode parar. (Adam ignorou o fato de George tê-lo chamado de filho).
- É o que eu penso.(Concordou George).
Sem que George visse, Adam enviou uma mensagem para Alice, dizendo que ela já poderia entrar.
- Está com fome, querido? Logo serviremos o jantar. (Disse Violet a Adam).
- Ah, mas eu sempre estou com fome. Por falar nisso, gostaria de te pedir uma coisa, mãe.
- Tudo que você quiser. (Respondeu Violet).
- Peça para colocarem mais um lugar à mesa, eu estou esperando uma pessoa.
- Uma mulher? (Perguntou Violet, confusa)
Antes que Adam pudesse responder, George falou:
- Fico feliz que tenha seguido em frente e esquecido aquela mulher.
Adam olhou friamente para ele, contraindo sua mandíbula de raiva. Nesse momento a campainha toca. Adam vê Alice logo atrás de George, com um lindo vestido verde esmeralda, que contrastava com seus olhos cor de mel. Adam sorriu e disse estendendo a mão para a pessoa atrás de George:
- Na verdade... É impossível esquecer uma mulher como a Alice.
George se virou e ao ver Alice em sua frente, arregalou os olhos. Ele ficou em silêncio, olhando para ela como se tivesse visto um fantasma.
- Boa noite, a todos! Violet. (Alice cumprimentou a mãe de Adam que retribuiu com um abraço caloroso). - George... É uma honra vê-lo novamente! (Disse Alice com um sorriso no rosto, encarando seu inimigo).
George se recompôs e vestiu novamente a imagem de bom homem.
- Alice, que alegria te ver aqui.
- Vejo que muda rapidamente de opinião, George. (Disse Alice com um olhar desafiador).
Neste momento, Mary, a governanta, entra na sala e anuncia que o jantar será servido. Todos se direcionam para a sala de jantar. George está na cabeceira da mesa, com sua pose habitual de homem alfa, mas visivelmente incomodado. O jantar é servido, logo começa a conversa sobre negócios.
"Como vão as negociações com a empresa de exportação de Xangai?" (Perguntou um dos empresários).
- Ainda falta acertar alguns detalhes, mas estamos quase fechando o contrato. (Respondeu George).
- Importação e exportação, aí está um bom investimento para se fazer! (Alice provocou).
George olhou fixamente para ela. Alice tomou um pouco de seu vinho, satisfeita por sua observação.
- Realmente, é um ótimo negócio. Seus pais iriam adorar investir nisso. Ainda é difícil acreditar no que aconteceu com eles. (Disse ele com um ar falso de solidariedade).
Alice engoliu seco e deu de ombros. Como se ele não tivesse dito nada, ela indaga:
- A vida é assim. Ela acaba um dia, infelizmente era a hora deles. Mas eu vou honrar todo o trabalho que eles tiveram para construir o império deles. Foi o legado que me deixaram.
"Você é Alice Leviels? Filha de Philippe e Emma Leviels?" (Perguntou um dos empresários)
- Eu mesma, senhor... Lutter, certo? (Disse ela, olhando para sua primeira "vítima"). - É um prazer finalmente conhecê-lo, sua empresa tem uma reputação e tanto no país.
Lutter engoliu seco. Alice sabia exatamente quem ele era e qual o papel dele em todo o esquema.
- Sim, obrigado! Eu trabalho para isso, manter minha empresa no topo. (Disse ele).
- Isso é admirável! Não é, George? (Alice se vira para George que a olha com ódio). - Vocês são realmente um exemplo. Conquistar tudo isso honestamente, é incrível.
Adam e sua mãe olham a cena com atenção. Adam fica impressionado com a postura de Alice, Violet por sua vez, não entende nada.
- Eu tenho certeza que você vai cuidar da empresa de seus pais, tão bem quanto eles, meu amor. (Disse Adam, para aliviar a tensão).
Alice agradeceu com um obrigada e um beijo.
Depois de toda a tensão, um silêncio toma conta do ambiente. Discretamente, Alice pega seu celular e digita algo com rapidez. O jantar termina e todos voltam para a sala de visitas. No meio do caminho, Adam puxa Alice para um canto.
- O que digitou no seu celular? (Perguntou, confuso).
- Eu criei um programa, onde organizei todas as provas, cada uma com o nome de uma empresa e seu dono. Eu posso controlar tudo do meu celular, basta apenas eu enviar o nome da empresa e controlar tudo.(Disse Alice, com um sorriso). - Em suma, eu acabei de enviar os arquivos com as provas que incriminam o Lutter para o FBI.
Adam assentiu.
- Dentro de alguns minutos ele com certeza receberá uma ligação o informando de tudo. E antes que ele possa pensar em fugir, o cerco estará fechado.
Adam e Alice se juntam aos convidados, cada um com uma taça de champanhe na mão. Minutos depois o celular de Lutter toca. Ele atende e logo depois sua expressão muda. Ele conversa com George.
- Era a segurança da minha empresa. Agentes do FBI acabaram de invadir o lugar. Eu preciso ir, não me disseram claramente, mas parece que eles têm provas contra mim. Mas... Como?
Imediatamente, George entende tudo. Ele olha na direção de Alice, que com um sorriso, levanta sua taça de champanhe em cumprimento.