DESTINO TROCADO
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Capítulo 7 -7

NARRAÇÃO FERNANDO

Paro o carro e pela primeira vez no dia, todo meu corpo relaxa. Não sei porque vim pra essa merda de lugar, mas aqui estou eu. Encaro o pequeno lago a minha frente. Esse era o ponto de encontro da nossa turma na nossa adolescência. Passávamos grande parte do nosso tempo aqui. Alguns garotos com seus carros e suas garotas. As lembranças vão surgindo conforme observo o local. Foi aqui que disse a Clara pela primeira vez que a amava. Aqui que demos nosso primeiro beijo. Tento afastar as lembranças. Não faço ideia do porque vim pra esse lugar. Saio do carro e me encosto nele, olhando a lua iluminar o lago. Na verdade sei porque vim aqui. Porque desde que ela foi embora, corro pra cá para lembrar de nossos momentos. Para não deixar a saudade me enlouquecer. Subo no capo do carro e me deito. Observo o céu quase sem estrelas. Ela esta ainda mais linda. Seu corpo esta com mais curvas. Sinto um arrepio em meu corpo ao lembrar do nosso encaixe no meu antigo quarto. A sensação de que ela foi feita para se encaixar, apenas em mim. Será que isso é coisa de gêmeos?!?!? Escuto um barulho de carro se aproximando e imagino que seja algum casal para namorar. Mantenho meus olhos no céu e só consigo pensar nela. Escuto passos em minha direção e quando viro a cabeça, Clara surge.

- Sabia que estaria aqui.

Diz com a voz doce e volto a encarar o céu.

- Você sempre amou esse lugar.

Fecho meus olhos respirando fundo. Amo esse lugar porque possui lembranças nossas. De momentos que ela esqueceu por segundos que somos irmãos. Posso senti-la perto do carro.

- Precisamos conversar. Como adultos dessa vez.

- Não aqui...

Digo suspirando e abrindo os olhos.

- Não fode o único lugar no mundo que me sinto bem.

Posso sentir meu carro balançar quando Clara sobe nele. Se deita ao meu lado, mas não me toca. Estamos os dois olhando as estrelas.

- Senti sua falta.

Sua voz é baixa e quase posso sentir dor.

- Por que não veio me ver?

- Porque seria sempre uma tortura o meu retorno para Londres.

- Pensei tantas vezes em ir para Londres te ver.

- Por que não foi?

Viro a cabeça e ela esta me olhando.

- Porque seria sempre uma tortura ter que te deixar lá e voltar.

Estamos nos olhando intensamente agora.

- Várias vezes peguei meu celular para te ligar.

- E desistiu?

Clara confirma com a cabeça.

- Nunca consegui te ligar.

- Você ainda me odeia por eu ter ido?

- Não é ódio.

Evito olhar em seus olhos.

- No começo apenas me odiei por não ter feito mais para você ficar.

Ela ergue minha cabeça.

- Acho que nada do que tivesse feito mudaria minha opinião.

Suas mãos alisam meu rosto.

- Pode parecer lindo o que sentimos um pelo outro, mas é errado. Muito errado!

- Então você ainda sente algo.

- Fernando, para!

Pede tirando a mão do meu rosto.

- Não me tortura assim.

- Me amar é uma tortura pra você?

- Te amar e não poder ser sua é uma tortura pra mim.

Seus olhos agora estão brilhando pelas lágrimas que surgem.

- Você acha que fui e não sofri? Acha mesmo que todos esses anos vivi bem em Londres?

Suas lágrimas escorrem.

- Não teve um dia que eu não acordei nesses 9 anos e chorei pela dor da distância e pelo sentimento dentro de mim.

Seco suas lágrimas e pela primeira vez vejo que não foi só eu que sofri como um condenado.

- Precisamos achar uma solução para nós dois.

- Não se case com a Carla.

- Você vai ficar comigo?

- Você sabe que isso não é uma possibilidade.

- Pra mim é.

- Em que mundo você vive? Onde no mundo vão aceitar dois irmãos juntos de forma carnal?

- Vamos criar o nosso mundo. Onde o amor entre irmãos é livre.

Ela abre um pequeno sorriso.

- Nesse mundo só existirá nós dois.

- Posso viver assim.

- Não podemos fazer isso com nossos pais.

Me afasto dela e volto a encarar o céu. Não estou na pegada de reiniciar essa mesma discussão. Não aqui nesse lugar e nem nunca, acho. Estou cansado de sempre chegarmos ao mesmo ponto. Nossos pais!!!! Ela se arrasta até mim e deita em meu peito. Seu braço vem para a minha cintura e me aperta contra ela.

- Você andou malhando.

Diz rindo e olho pra baixo, vendo-a se esfregar em meu corpo como se estivesse achando um encaixe melhor.

- Tinha que usar o tesão reprimido pra alguma coisa.

Ela agora esta gargalhando.

- Estranho um homem com tesão ao lado de outros homens, gastando isso malhando.

- Tinha mulheres também. Muitas mulheres.

Seu corpo fica tenso e provoca-la é sempre bom. Acho que achei finalmente uma função para Carla na minha vida. Usa-la pra provocar Clara. Sinto um pingo em meu rosto e do nada a chuva começa com tudo.

- Merda!

Nós dois falamos ao mesmo tempo correndo para o meu carro. Entramos rindo, vendo nossos corpos molhados.

- Tinha me esquecido do tempo louco de São Paulo.

A chuva aumenta e o carro começa a ficar embaçado.

- Isso me lembra os tempos de colégio.

Digo olhando para ela.

- Nosso primeiro beijo.

- Foi em uma noite de muita chuva, nesse mesmo lugar, que nos beijamos pela primeira vez.

- Sim...

Me viro pra ela que esta ofegante.

- Ninguém podia nos ver e ninguém imaginaria que os irmãos estariam se beijando no carro.

Meu corpo automaticamente se aproxima do dela.

- Estávamos em uma bolha.

- Nossa bolha.

Diz se aproximando de mim também. Levo minha mão a sua nuca e Clara fecha os olhos.

- Novamente nela.

Sussurro a puxando para a minha boca. Beijo forte sem dar tempo de pensar se é certo ou errado. Clara vem para o meu colo entregue ao desejo. Senta em mim e me beija com a mesma força e fome. Eu a quero tanto!!! Começo a tirar sua blusa. Sua boca esta em meu pescoço me dando chupões leves e sinto sua língua. Ele já esta mais do que duro roçando o meio das pernas dela que geme. Jogo a blusa no banco quando termino de tirar. Meus movimentos ficam limitados com o volante.

- Pra trás.

Sussurro em seu ouvido e começamos a nos arrastar para o banco de trás. Sua mão puxa minha camisa desesperadamente e assim que ela consegue tirar, joga pra frente. Quando volto a beija-la, sinto sua mão em minha calça para abri-la. Desço minha boca pelo seu pescoço, meio do sutiã e Clara geme meu nome. Ainda tem o doce som, como foi em nossa primeira vez. Subo para sua boca e deixo um beijo suave em seus lábios me esfregando nela.

- Minha Clara...

Sussurro encarando seus olhos.

- Finalmente é você aqui comigo.

Seu corpo paralisa e seus olhos se arregalam.

- Para!

Diz me empurrando desesperada.

- Por que?

Não diz nada e pula para o banco da frente. Pega sua blusa e abre a porta do carro.

- Clara, volta aqui!

Grito mas ela já esta correndo na chuva para o seu carro. Pulo para o banco da frente e quando saio do carro só consigo ver o carro dela saindo como louco na estrada molhada.

- Clara!

                         

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