DESTINO TROCADO
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Capítulo 6 -6

NARRAÇÃO CLARA

Seus lábios nos meus são implacáveis e me sinto completamente perdida. Um misto de proibido com desejo dentro de mim. Seu corpo esta ainda mais colado ao meu e posso sentir ele duro. Nossos corpos ainda estão conectados, mesmo depois de 9 anos. Isso é bom... Muito bom, mas não posso permitir que continue.

- Para!

Peço, mas parece que ele me ignora. Descolo meus lábios fugindo dele, mas sua boca acha o ponto sensível do meu pescoço.

- Fernando, para...

O empurro quando vejo que estou quase cedendo.

- Não...

Tento parecer firme e ele se afasta de mim.

- Isso não pode acontecer.

Seus olhos que antes eram puro desejo, agora estão sombrios.

- Volta pra Londres, Clara.

- Não, até eu ter certeza que você não vai se casar com essa mulher.

- Então compre a porra do vestido de madrinha.

Ele não me colocaria como madrinha dessa burrice.

- Já que não me ama e não vai ser você a mulher que vai viver ao meu lado pro resto da vida.

Seu dedo esta em minha cara.

- Então vai ser qualquer coisa e no caso a Carla.

Se vira pra ir embora e minha vontade é de bater nele pra ver se acorda.

- Não vou deixar você se casar com ela.

- Volta pra Londres pra não ver. Minha vida estava melhor sem você aqui.

Ele não disse isso?!?!?!? Será que estava bem e só vim fazer merda?

- Fernando, nós não terminamos.

- Terminamos sim.

Fernando desce a escada correndo e me arrependo de estar de salto.

- Amor!

A minha cópia de merda diz com cara de sofrida.

- Agora não!

Sai para a garagem e mesmo eu acelerando o passo, ainda não consigo alcança-lo e vejo seu carro partindo em alta velocidade.

- O que eu perdi?

Pergunta meu pai parando ao meu lado.

- Nada...

- Ainda tento entender o que houve com vocês.

Minha mãe me abraça de lado.

- Vocês eram tão ligados, um defendendo o outro e agora...

- Se odeiam profundamente.

Meu pai completa. Suspiro e fecho meus olhos. É o contrario pai. Isso não é ódio, é amor.

- Estou preocupada com o Fernando.

A voz anasalada daquela coisa surge atrás de mim. Me viro tentando manter a calma.

- Vou para o apartamento dele ver se esta bem.

- Não...

Digo firme e todos me olham.

- Vamos conversar um pouco. Quero conhecer minha cunhada.

Tento parecer um pouco feliz e ela sorri.

- Seu irmão precisa de mim.

- Não precisa não. Se bem conheço ele, não vai para o apartamento dele.

- Como sabe?

- Sei tudo sobre o Fernando e agora deve estar indo para o lugar preferido dele.

Passo por ela evitando tocá-la.

- Se puder me acompanhar. A conversa não vai demorar.

- Nós te esperamos.

Escuto a mulher que parece ser a mãe da Carla falando.

- Já volto!

Entro em casa e sigo até o escritório do meu pai, se é que ainda é o escritório dele. Abro a porta e tento não sorrir ao ver que tudo esta igual.

- Entra.

Dou passagem a coisa e ela entra. Fecho a porta e ela logo dispara.

- O que quer falar comigo?

Respiro fundo e aponto a cadeira. Ela se senta e me sento ao seu lado.

- Vou tentar ser direta.

- Seja rápida.

- Fernando não te ama.

- E?!?!?!?

A cara dela de que não se importa me deixa ainda mais irritada. Encaro seu rosto e me irrito ao ver que realmente somos parecidas.

- Você vai aceitar se casar com um homem que não te ama?

Um sorriso diabólico surge em seus lábios.

- Ele me faz feliz. Muito feliz!

Então tudo se torna claro. Esta com ele por causa do dinheiro.

- Acha mesmo que ele vai ficar muito tempo casado com você, quando perceber quão fútil é?

- O que acontece entre vocês?

- Não mude de assunto.

Digo quase gritando. Ela se levanta rindo.

- Sei que tem alguma coisa, mas o que eu imagino que seja é nojento demais.

Sinto meu corpo arrepiar.

- Irmãos com desejo?

Diz com cara de nojo.

- Isso é doentio demais, sabia?

- Não sei do que esta falando.

Minhas mãos estão frias.

- Acho estranho o fato dele chamar seu nome durante o sexo.

Oh merda!!!! Me levanto da cadeira.

- Deve ser saudade.

- Saudade da irmã enquanto transa?

- O sexo com você deve ser uma bosta, ele sai do corpo e viaja até Londres pensando em mim. Tudo pra não ficar no tédio que é seu sexo.

Carla agora me encara com fogo nos olhos.

- Ele sonha com você. Pede para não ir, porque te ama.

- Nós éramos muitos ligados, sofremos com a separação. Amor de irmão.

Agora ela esta rindo.

- Você esta tentando mesmo me esconder o fato de que você e Fernando são bem íntimos?

- Somos irmãos gêmeos e amor é uma coisa comum.

- E o fato de sermos parecidas, ele me foder chamando por você também é coisa de irmãos.

Sua voz agora é de ironia.

- Se você acha que temos algo e que ele esta com você para me substituir, por que ainda sim vai se casar com ele? Onde esta seu amor próprio?

Carla começa a rir alto.

- Depois que ele faz a merda e percebe o que fez, me enche de presentes. Essa é a melhor parte.

- Você é uma aproveitadora. Não vou deixar Fernando casar com você. Voltei pra São Paulo pra impedir esse casamento.

Vem andando em minha direção.

- Acho que vai desistir disso e voltar pra sua vidinha em Londres.

- Não vou desistir.

- Vai sim.

Se afasta de mim e segue para a porta.

- Vai desistir em nome de sua bela família.

- Esta ameaçando a minha família?

Segura a maçaneta e não abre a porta.

- Imagina o desgosto da sua mãe ao saber que seus filhos são dois amantes pecadores.

- Você não faria isso.

- Se continuar ferrando com a minha vida e impedir esse casamento, conto ao mundo sobre os irmãos Ribeiro.

A raiva cresce dentro de mim.

- Acho que não temos mais nada para conversar, cunhadinha.

Abre a porta e sai como se não tivesse tacado uma bomba sobre mim. Me sento na cadeira e levo meu rosto as minhas mãos. As coisas só pioram ainda mais. Devia ter ficado em Londres e deixado Fernando se casar com essa merda e perceber sozinho a vaca que ela é. Meu coração aperta. Só a menção dela fazendo sexo com ele me deu vontade de vomitar. Pensar nele com outra pessoa me faz desejar morrer. Me lembro dela dizer que ele chama por mim. Mesmo sendo com ela, seu corpo e sua mente me imaginam ali. Estamos fodidamente perdidos pelo resto de nossas vidas.

Escuto a porta se abrir e se fechar do escritório.

- Agora me conta o que esta acontecendo?

Ergo a cabeça e vejo minha mãe aflita.

- Carla é uma vaca interesseira e meu irmão uma anta por querer casar com ela.

- Eu sabia.

Diz se sentando ao meu lado.

- Aquela cara de santa dela é falsa. Como Fernando não percebeu?

Ele não percebeu porque aquele rostinho o faz lembrar da pessoa que ele realmente ama.

- Tentou ligar pra ele? Ver se esta bem.

- Ele não atende.

Me levanto suspirando.

- Preciso de um carro.

- O seu esta na garagem.

Diz com um enorme sorriso.

- Acho que irei finalmente usar meu presente de aniversário.

- Sim...

Pego minha bolsa e sigo para o carro.

- Não enfrente seu irmão.

Minha mãe diz parada ao lado da minha porta.

- Ele mudou muito nesses 9 anos.

- Eu também mudei, mãe.

- Deu pra perceber.

Ligo o carro e respiro fundo.

- Não me espere pra dormir.

- Apenas cuide de seu irmão.

É o que mais quero mãe... É o que eu mais quero.

            
            

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