TRILOGIA HOMENS PODEROSOS
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Capítulo 6 6

Aprendam uma coisa! Não tenham dó dos outros, ninguém tem dó de você. Na primeira oportunidade que tiverem de te magoar o farão sem nenhuma cerimônia,sem nenhum receio. Dito e feito. Amália aprendeu isso na prática. Foram anos de puro sofrimento. Abandonada recém nascida pela mãe drogada na porta de um orfanato. Nunca foi adotada, mesmo a menina desejando muito ser a escolhida por uma das tantas famílias que passou pela casa de adoção. A verdade é que sempre fora desprezada pelas pessoas que vinham adotar uma criança.

Ela não possuía uma boa aparência, no entanto isso nunca foi um critério para uma criança ter um lar. Pelo menos, é assim que deveria ser. Menina ousada e de bom coração. Assim ela se descrevia. Mesmo que tenha passado, pelos percalços da vida, nunca deixou de sonhar.

Depois que conheceu Lucinda, sua vida mudou. A senhora a levou para o centro de São Paulo novamente, lhe deu um lar, alimentou e a vestiu. Deu-lhe um emprego e a colocou na melhor faculdade da cidade.

- Não precisa fazer isso a senhora já fez tanto por mim. - Disse agradecida.

- Você precisa ter uma formação, está na hora de tomar tento menina. O que quer fazer? Agora seja sincera.

Amália pensou e pensou antes de dar a resposta a sua amiga.

- Quero fazer gastronomia, quero ser que nem a senhora.

A mulher sorriu pela decisão da menina. Lucinda tem três filhos, todos crescidos. Nenhum vem visitá-la, saber como está à senhora. Isso a magoa muito, porém depois que Amália chegou toda a tristeza se transformou em alegria. A chegada da menina foi a melhor coisa que aconteceu na vida da chefe de cozinha e isso ela não escondia de ninguém.

- Você será melhor que eu minha criança. - Respondeu emocionada

(...)

Cinco anos haviam se passado, Amália concluiu a sua faculdade, hoje ela é a subchefe de cozinha, no restaurante de Lucinda. Como era o desejo da senhora que afirmava que ela precisava adquirir experiência no ramo.

Sem sombra de dúvidas o que a maioria dos cozinheiros almeja, antes de ser chefe, é ser um subchefe da cozinha de um bom restaurante...

Hipoteticamente o subchefe é o cozinheiro mais experiente da equipe e ajuda o líder da cozinha a coordenar e monitorar o trabalho e na ausência do mesmo assume o comando.

A menina está vivendo, o seu maior sonho.

Infelizmente a velha senhora ficou doente e foi assim que conheceu os filhos dela. Vitor o mais velho, Marli a do meio e Cláudia a caçula. Todos eles não se importavam com a mãe, só apareceram para saber se morreu. E não gostavam de Amália.

- Não pense que terá nossa herança sua pobretona. - Marli falou envenenando os irmãos com a sua cólera sem sentido.

- Eu não sou pobretona! Pobre não é aquele que não possui dinheiro, pobre é aquele que não possui caráter, e isso eu tenho de sobra. - Amália falou querendo voar no pescoço da mulher.

Ela era assim, sempre que alguém a insultava respondia com alguma frase clichê, mas que falava tudo o que sentia no momento.

Uma das vantagens de se ler muito. Você sempre possui um estoque de palavras escondidas em sua mente.

As armas mais poderosas que uma pessoa pode ter...Palavras... Concluiu em pensamento.

Os filhos de Lucinda se calaram e mesmo assim ela continuou.

- Sabe, o mundo gira, e num giro desses o universo devolverá tudo o que já fizeram a alguém. Saber disso apavora vocês ou lhes confortam? Seus abutres, sanguessugas de merda!

Ela não esperou a resposta, saiu correndo. Estava sofrendo por sua amiga que era mais que tudo em sua vida.

A melancolia tomou conta do seu dia. Todas as pessoas que amava, em algum momento, partiam lhe deixando tão só.

No dia seguinte, sua amiga havia falecido, foi um choque para todos que a estimavam.

Os filhos dela não perderam tempo. Expulsaram Amália da casa e do restaurante e a pobre menina ficou desamparada emocionalmente.

Nem deixaram ela se despedir como se devia. Teve que esperar todos irem embora para arrumar suas coisas e poder chorar como realmente queria, desde quando soube da morte de sua mãe. A mãe que lhe escolheu dentre muitos.

Mesmo sendo expulsa de tudo que representava Lucinda, Amália se reergueu e conseguiu outro emprego. Agora como garçonete em um Buffet. Em algumas ocasiões os funcionários precisavam ir para outros lugares para servirem em festas particulares, e foi em um desses que ela o conheceu.

JONAS...

Ele a paquerava sempre, quando ia aos eventos, que a mesma servia. Era muito carinhoso. De tanto insistir ela aceitou o pedido para ser namorada dele. Com três meses de namoro, foi morar com o mesmo.

Depois de muito pensar, Amália se entregou por inteira ao seu namorado.Ela estava apaixonada, nunca recebeu um carinho tão grande do sexo oposto. Ele lhe prometeu céu e terra. Amália inocente aceitou.

Ao final de três meses que estavam morando juntos, veio à primeira agressão. Enamorada, relevou porque ele estava alterado. Porém na segunda agressão o mesmo se encontrava são, não havia desculpas, apenas quis fazer.

Jonas a agrediu tanto, que não foi possível sair de casa por vários dias.

Depois dessa violência, ela terminou com ele que não aceitou tão bem, sendo agredida novamente. Prestou queixa-crime, só que não deu em nada, um homem importante, respeitado por todos. Quem acreditaria na palavra de uma mulher, que não tem onde cair morta? E desde sempre a palavra da mulher foi contestada e hoje não é diferente. Ainda existe preconceito em relação à mulher. Pode ser velado, porém não deixa de ser.

Com seis meses de namoro ela descobriu que Jonas não era o que aparentava ser, mas já era tarde demais, ela havia caído na armação dele. O homem além de ser um empresário mexia com coisas ilícitas.

Quando Amália descobriu ficará apavorada, sem saber o que fazer. Ele a proibiu de trabalhar e não a deixava sair. E quando chegava a casa era só agressão, e violência. Isso mesmo, ele a violava e era de uma forma tão brutal que não restava nada, nem mesmo a sua dignidade.

Alguns podem dizer que esse é o destino dela, que o sofrimento é a sua companhia. Mas para a jovem não, é apenas as conseqüências de suas escolhas. Você é livre para escolher, mas é prisioneiro das conseqüências...

Isso não é nenhuma novidade, não é mesmo?

Um ano vivendo nesse inferno, Amália definhava de tal forma, que nem comer ela queria. O seu sonho de ser uma chef gourmet, do seu próprio restaurante, está tão distante que ela nem consegue contemplar.

Antes a mulher ousada e destemida, hoje restara apenas o pó.

- Tira essa cara de morta sua imbecil! - Jonas gritou sem paciência.

- Eu... - Tentou responder, mas foi interrompida bruscamente com uma tapa na cara.

- Eu não mandei você abrir essa boca. Você só abre quando for para me chupar, fora isso, cale-se. Detesto o som dessa sua voz... O que tem de bonita tem de chata, caralho.

Ela queria chorar, mas nem isso conseguia mais. Acho que chorou tudo que tinha pra chorar nesse um ano.

- Posso me retirar senhor? - Amália perguntou, com toda submissão que podia. Fazendo um esforço absurdo. Nunca foi submissa, por isso apanhava tanto. Ele não tolera ser contrariado.

- Pode ir e me espere do jeito que gosto, caso contrário sabe o que lhe espera.

- Claro senhor!

Foi o que ela disse, mas a sua vontade era de mandar que fosse pastar. O miserável a obrigava sempre a chamá-lo de senhor. A mesma descobriu que ele queria era uma submissa, não uma namorada.

- A, e deixa aquela marca que lhe fiz ontem bem visível, eu quero vê-la, enquanto te fodo por trás.

Amália engoliu em seco, antes de assentir.

- Como quiser senhor!

Ela nem quis lembrar o que ele lhe fez ontem. Doeu tanto, que a bela mulher não dormiu a noite por causa da dor.

- Agora pode ir sua inútil! - Jonas exclamou rindo.

Ela saiu praticamente correndo. Não respondeu por que estava com muita pressa. Há algumas semanas conheceu uma senhora pela internet. Após saber que poderia confiar nela, contou tudo o que está passando. E por incrível que pareça a moça desejou lhe ajudar. O seu nome é ngela.

ngela ficou viúva muito cedo e sempre trabalhou em casas de família. Nunca quis se aposentar e até hoje ela trabalha na mesma casa, já completou vinte anos. É a governanta.

A senhora se compadeceu tanto de Amália que resolveu ajudá-la a fugir. Comprou uma passagem só de ida para fora do país. Ir embora era a única saída. Ela entendia que só assim a menina poderia viver novamente.

- Tem... Tem certeza Angel? Eu não quero que, de forma alguma, saia prejudicada.

- "Menina, pare com isso! Olhe já está tudo acertado, assim que chegar tem um emprego a sua espera".

- E as acomodações? - Amália perguntou apreensiva.

- "Isso também, já está garantido. Você vai morar em uma casinha que seu patrão tem para funcionários dele".

- Certo... Certo... Eu agradeço tudo que está fazendo por mim. - Disse fungando.

- "Agradeça-me pessoalmente. Faça o que combinamos amanhã você sai, e só leva sua bolsa, com todos os seus documentos".

A jovem deu graças a Deus por Jonas não ter confiscado os seus documentos.

- Certo, eu não posso levar nenhuma roupa, terei que ir com minha roupa do corpo.

- "Não se preocupe menina, aqui resolvemos isso". -- ngela respondeu firme.

- Então, mais uma vez tudo certo. - Sorrindo, se despediu. - Até amanhã minha amiga.

- "Até amanhã menina".

Amália desligou, com sua esperança renovada, com a fé que tudo daria certo. Novas coisas virão na vida da mulher, que sonha voltar ser a menina obstinada que um dia foi.

É a sua chance de colar todos os seus cacos, de restituir a sua vontade de viver.

Agora com vinte e quatro anos, a linda negra voltará a ser livre novamente.

            
            

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