Capítulo 6 Quente como o inferno

Quase uma da manhã e muitas pessoas já haviam ido embora, não sem antes me parabenizar pela união, que seria dali 26 dias. Ficamos sentados na rua e aproveitamos que não havia mais estranhos ali para falar sobre a necessidade do casamento ser adiantado. Depois da visita surpresa de Sara, tudo que eu mais queria era nunca mais ter que pisar naquela merda de cidade.

Meus tios concordaram com a mudança de data, mas teriam que ver se isso era possível.

- Tia, posso ir na cozinha? Tô com sede. - Pedi.

- Claro! Veja se tem água gelada e traga pra nós também. Copos já tem aqui. - Tia Maria confirmou.

Levantei e fui até lá, mas quando cheguei na cozinha vi uma frestinha de uma porta aberta. Fui até lá e espiei para dentro, não conseguindo crer na cena que vi. Era o quarto de Madalena e ela estava deitada na cama, mais precisamente de frente para o espelho.

Fiquei dobrado sobre um joelho e aproximei meu rosto o máximo que pude. Ela estava se masturbando e nem percebeu qualquer barulho, pois parecia mergulhada naquilo. O espelho me deixava ver - e muito bem - tudo: Os lábios abertos levemente com os dedos, que logo seguiram para o clitóris, massageando-o levemente. Tive que afrouxar a gravata e comecei a sentir calor, enquanto, há poucos metros de mim, Madalena seguia se dando prazer. Minha visão ficou enevoada, e eu comecei a apertar os dedos na parede, numa tentativa desesperada de não sei o que.

De repente ela parou, relaxando e soltando o corpo, que estava tensionado. Eu fiquei de boca aberta e agora sentia mais necessidade do que nunca de beber água, minha gravata estava solta e eu estava suando, fora outras coisas, que eu não podia deixar ninguém perceber. Sem saber o que fazer, fui pra cozinha e peguei a jarra, ainda tremendo. Respirei fundo e aguardei ali alguns instantes, pensando no que ia fazer.

                         

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