Capítulo 4 Primeira briga

Afonso me soltou das mãos de Matheus e partiu para cima dele, de repente os dois estavam rolando no chão, meu irmão e dois colegas vieram correndo separar a briga. Felipe e Marcos, colega dele, seguraram Afonso, outro colega do meu irmão levantou Matheus.

- Vocês são doidos? O que está acontecendo para saírem se esmurrando desse jeito?

- Esse cara aí estava tentando agarrar a sua irmã.

- Você está louco, Matheus? Você sabia que Nanda, tem namorado? Você está bem, Nanda?

- Estou. Vamos Afonso, vamos entrar. Felipe, Você leva gelo lá pro meu quarto, por favor?

- Levo sim. Mas é melhor ele ir para o meu quarto, papai pode achar ruim.

- Não estou ligando para o que papai vai achar.

Subi com Afonso direto para meu quarto, ele sentou na cama, enquanto fui ao banheiro pegar o kit de primeiros socorros, Felipe entrou com o gelo. Coloquei gelo sobre o supercílio de Afonso. Até com cara de dor ele era lindo! Felipe, saiu do quarto nos deixando sozinhos.

- Está doendo muito, Afonso?

- Só um pouquinho, agora que você está cuidando de mim.

- Pare com isso.

- Estou falando sério.

Tirei à compressa e passei um medicamento, colocando um band-aid, levantei para guardar o kit, quando Afonso me puxou pelo braço, tirou o kit das minhas mãos, colocou em cima da mesinha do computador, me abraçou e me beijou. Foi maravilhoso, ele colocou uma das mãos em minha cintura e com outra soltou o meu cabelo, depois me jogou na cama e começou a beijar meu pescoço, descendo até meu ombro, meus dedos escorregaram até os botões de sua camisa, comecei a desabotoar um a um. Nesse momento bateram na porta do quarto, Afonso abotoou a camisa.

- Quem é?

- Sou eu Nanda, Felipe.

- Pode entrar.

- O que aconteceu com seu cabelo Nanda?

- Eu estou refazendo o penteado, com aquela confusão algumas mechas se soltaram.

- Papai está a sua procura.

- Já estamos descendo.

- Acho melhor Afonso, descer comigo.

- Tudo bem, encontro com vocês lá embaixo.

Terminei de arrumar meu cabelo e desci. Papai estava conversando com meu tio, quando me viu, fez uma cara de preocupado, então me aproximei mais dele.

- Nanda, aonde você estava?

- Estava no meu quarto, arrumando o cabelo.

- Seu tio veio se despedir.

- Mas já! Ainda está cedo.

- É minha querida, seu primo já me fez o favor de arranjar uma briga.

- Então tchau, tio!

- Tchau, querida!

- Até logo Nanda! Nos vemos por aí.

- Até nunca mais, Matheus.

Eles foram embora. Encontrei Afonso e Lipe no jardim e ficamos conversando, percebi que uma das amigas do meu irmão estava de olho em Afonso, não dei muita atenção, afinal quem estava com ele era eu.

Era perto de amanhecer, já ia dar 04h00min da manhã. Afonso estava sentado em uma cadeira perto da piscina, eu estava sentada em seu colo, percebi que Lipe e ele estavam tentando se comunicar em código, de repente os dois se levantaram ao mesmo tempo, Afonso comigo nos braços e Lipe com Bárbara, se jogaram na piscina, foi incrível, ele ainda me mantinha em seus braços e me beijou.

- Nossa Afonso!

- Gostou?

- Tudo com você é ótimo.

- Que bom saber.

- Agora estamos molhados.

- Foi ideia do seu irmão.

- Só podia. - Meu pai estava se aproximando.

- Será que ele vai brigar?

- Não sei! Mas acho que não.

- Nanda! Felipe! Quando saírem da piscina, vão logo trocar de roupa para não griparem. Seus tios já estão indo embora.

- Pai, não se preocupe. De tchau a eles por mim.

- Nanda, mais tarde quero conversar com você.

- Certo, pai.

Demoramos, mais uma hora no jardim, enquanto os amigos de Lipe estavam indo embora. Quando todos saíram, Lipe, Bárbara, Afonso e eu subimos para o quarto.

Fui para o meu quarto trocar de roupa, junto com Bárbara, emprestei uma roupa a ela, e Lipe emprestou uma dele ao Afonso.

Quando trocamos de roupa, fomos para o quarto de meu irmão, ele estava deitado na cama e Afonso no sofá-cama, fui juntar-me a ele. Bateram na porta do quarto, era meu pai.

- Não vi vocês lá embaixo, e só pude imaginar que já estavam dormindo.

- É pai, já vamos dormir. - falou Felipe.

- Já percebi que vão dormir em casais.

- Algum problema, pai? Eu posso ir pro meu quarto.

- Não Nanda, acredito que vocês não farão nada de errado.

- Com certeza pai.

- Então, boa noite! Quer dizer, bom dia.

Meu pai saiu, Afonso me abraçou e me beijou, passou um filme na minha cabeça de tudo que aconteceu a algumas horas atrás, coloquei minha cabeça sobre seu peito e dormi ali agarradinha com ele. Quando acordei às 15h00min, Afonso já estava acordado, continuava deitado comigo ali ao seu lado.

- Boa tarde, meu amor!

- Boa tarde! Já está acordado a muito tempo?

- Meia hora, mais ou menos.

- Deve estar com fome.

- Um pouco.

- Vamos descer então e comer alguma coisa.

- Vamos! Vou acordar Lipe e Bárbara.

- Não, não precisa! Tive uma ideia melhor, vou lá na cozinha, preparo uma bandeja e trago.

- Boa ideia, meu amor! Quer que eu vá te ajudar?

- Não precisa.

Dei um beijo nele e desci, fui para a cozinha, preparei a bandeja com bolo, sanduíche, salgados, doces e suco. Quando estava saindo da cozinha, encontrei meu pai na sala.

- Nanda, vejo que está ocupada, mas posso falar com você um minuto?

- Claro pai! Aconteceu alguma coisa?

- Sim! É sobre a confusão que teve durante a festa.

- Matheus?

- Isso mesmo. Fiquei sabendo que ele e Afonso brigaram, é verdade?

- Sim pai, mas foi para me defender.

- Defender? Como assim?

- Matheus, tentou me agarrar, Afonso chegou na hora, viu que eu estava pedindo para ele me soltar, mas ele disse que não, então Afonso, me soltou dos braços dele. Foi onde tudo aconteceu.

- Seu tio ficou chateado pelo que aconteceu.

- Afonso, estava me defendendo. Ele não tem o direito?

- Não tiro a razão do seu namorado Nanda, mas será que precisava partir para a briga?

- Não sei pai. Acho que não, ma já aconteceu, deixa pra lá. Licença, vou subir que o pessoal já deve estar morrendo de fome.

Virei-me e subi, quando cheguei ao quarto, Lipe e Bárbara já estavam acordados.

- Demorei um pouquinho, mas cheguei.

- Aconteceu alguma coisa lá embaixo, pra você está com essa cara? Já sei encontrou com nossa madrasta.

- Graças a Deus, não!

- Então o que aconteceu?

- Matheus, foi se fazer de vítima para o tio que foi falar com papai.

- Seu pai brigou com você, Nanda?

- Não! Não se preocupe Afonso, só conversamos um pouco.

- Se eu encontrar com Matheus por aí, eu quebro a cara dele.

- Violência não leva a nada Afonso, deixa pra lá.

- Tudo bem, só porque você está me pedindo, mas ele que não mexa com você.

- Nossa, meu namorado é valente.

O fim da tarde foi ótimo, quando chegou umas 18h00min, fui me arrumar, ia sair com meu namorado e meu irmão. Fomos jantar em um restaurante, os quatro, depois fomos andar um pouco na praia de Copacabana, encontramos alguns colegas de Afonso e de meu irmão, sentamos com eles, logo após uns 5 minutos chegaram duas meninas, todas duas muito bonitas, uma delas se aproximou de Afonso.

- Oi Afonso! Tudo bem?

- Oi Amanda! Tudo bem, e você?

- Melhor agora que estou te vendo. Você continua lindo, sabia?

- Obrigado.

- Tanto tempo que a gente não fica, não é?

Isso já foi demais, me levantei e saí.

- Amanda, não dá mais pra gente a muito tempo. Estou namorando a Nanda, com licença.

- Mas Afonso...

- Nanda, me espera!

Afonso correu para me acompanhar, quando ele chegou perto de mim, segurou o meu braço e me fez parar.

- Nanda, porque você saiu?

- Não estava me sentindo muito bem ali.

- Meu amor, ficou com raiva por causa de Amanda?

- Não! Quer dizer, sim! Ela deu em cima de você na minha frente. É muita cara de pau.

- Meu amor, Amanda é uma ex-namorada, e ela não sabia que estou com você, mas eu já deixei tudo esclarecido, me perdoa.

- Promete que é apenas uma ex?

- Prometo. Nanda, eu te amo.

- Também te amo muito.

- Vem, vamos voltar pra lá.

Voltamos para onde meu irmão estava, só tinha uma cadeira desocupada. Afonso, sentou e eu sentei em seu colo. Amanda, ficou me encarando o tempo todo. Nem liguei, eu tinha certeza que Afonso, não queria nada com ela. Felipe, estava bebendo muito e ele ia voltar dirigindo. Já era 23h00min, meu celular tocou, era meu pai.

- Oi, pai!

- Nanda, onde vocês estão?

- Estamos aqui, na praia de Copacabana.

- Vão ficar por ai? Ou vem para casa?

- Iremos para casa daqui a pouco.

- Não cheguem muito tarde, por favor.

- Certo pai! Pode deixar. - Lipe, era o papai, ele disse para não demorarmos muito.

- Certo. Já vamos Nanda.

Afonso, pegou em meu queixo e me beijou.

- Não quer ir dormir lá em casa?

- Não, meu amor. Prefiro ir para casa.

Após uns 20 minutos fomos embora, levamos Bárbara em casa e de lá me despedi de Afonso, ele foi para casa dele e eu para minha. Chegamos em casa a 01h00min da manhã, todos já estavam dormindo.

Um mês se passou, e as aulas na faculdade começavam hoje. Tomei um banho e desci para tomar café, quando terminei voltei para o meu quarto, fui arrumar as coisas que tinha que levar para a faculdade e escolher a roupa que iria usar à tarde, o telefone tocou, Alice, disse que era para mim, atendi no meu quarto, era minha mãe.

- Oi, mãe!

- Oi, minha filha! Como você está? Hoje começam as aulas não é, Nanda?

- É mãe, estou muito ansiosa.

- Calma minha filha, vai dar tudo certo, voce vai entrar lá com seu irmão e com seu namorado, não tem porque ficar nervosa.

- A senhora tem razão. Como a senhora está? Estou morrendo de saudades.

- Eu também minha querida, não vejo a hora de estar com vocês. Como Felipe está? E Afonso?

- Os dois estão muito bem. Felipe, está entrando aqui no quarto agora, quer falar com ele?

- Claro,filha! Beijo e boa sorte! Dê um abraço em Afonso por mim.

- Obrigada, darei sim o abraço.

Passei o telefone para Felipe, eles conversaram um tempo, depois meu irmão desligou.

- Nanda, vamos sair de casa às 12h00min, está bom?

- Tudo bem, estarei pronta, você vai passar na casa de Bárbara para pegá-la?

- Não! Ela vai só.

- Aconteceu alguma coisa?

- Uma pequena discussão ontem, nada muito sério.

Ele saiu do meu quarto era 11h00min, quando fui tomar banho e me arrumar. Coloquei um vestidinho azul, peguei minha bolsa e fui almoçar. Felipe, já estava lá, terminamos e saímos, fomos no carro dele.

Quando chegamos lá, Afonso, estava na porta nos esperando, desci do carro e meu irmão foi estacionar, eu fui até Afonso e o beijei.

- Oi meu amor, boa tarde!

- Boa tarde, minha linda!

- Chegou a muito tempo?

- Tem uns 5 minutos. Felipe e Bárbara brigaram? Ela chegou sozinha.

- Ele me falou que foi só uma discussão, ele vem aí.

- E aí, Afonso! Preparado?

- Estou sim. E você?

- Um pouco. Vamos entrar?

- É meninos, vou ter que me despedir de vocês, o campus de veterinária é lá no fundo.

- Meu amor, que pena! Mas daqui a pouco nos vemos.

- Se comporta viu!

- Pode deixar.

Afonso, me beijou e saiu. Segui em frente, cheguei ao campus e fui direto para a sala de aula, o professor passou os horários de suas aulas e logo em seguida nos levou para conhecer o pequeno hospital dentro do campus, onde ocorreria a maioria das suas aulas. Já era 17h30mim quando o professor liberou a turma. Estava indo para frente da faculdade, quando um garoto aproximou-se de mim.

- Oi, tudo bem? Meu nome é Carlos Eduardo, mas pode me chamar de Cadu.

- Oi! Eu sou a Fernanda, mas pode me chamar de Nanda.

- Gostou do 1° dia?

- Muito.

- Você mora aqui mesmo em Copacabana?

- Não, moro no Leblon e você?

- A duas quadras daqui.

- Deve ser bom morar perto.

- É sim! Vai sozinha pra casa?

- Não! Vou com meu irmão, ele faz direito.

- Até amanhã!

- Tchau.

Avistei Afonso, ele estava sentado em uma lanchonete em frente à faculdade, com três garotas, me aproximei, dei boa tarde e sentei no colo dele, logo em seguida o beijei, percebi que ele se surpreendeu com minha atitude.

- Como foi sua tarde, meu amor?

- Foi ótima! E a sua?

- Perfeita. Conhecemos o hospital veterinário e amanhã vou ter aula pela manhã.

- E Felipe, vai te trazer?

- Não, mas eu vou dá um jeito.

Felipe, estava chegando, não estava com uma cara muito agradável.

- Aconteceu alguma coisa, Lipe?

- Não, nada.

- Lipe, amanhã tenho aula pela manhã, estava pensando se eu podia vim com seu carro e a tarde você vinha com a moto.

- Tudo bem, Nanda! Vamos para casa.

- Nanda, meu amor, porque você não vai almoçar lá em casa amanhã?

- Se não for incômodo.

- Claro que não! Qual horário da duas aula?

- Das 07h00min às 09h30min.

- Te espero lá em casa amanhã.

- Certo.

Despedi-me de Afonso com um beijo, entrei no carro e fui para casa.

Felipe, ficou calado o caminho todo, percebi que algo estava errado. Chegamos em casa, tomei banho, jantei e fui dormir.

O meu celular despertou às 05h00min, me levantei, tomei banho, coloquei uma peça de roupa na bolsa, fui ao quarto de Felipe, pegar a chave do carro, desci, tomei meu café e quando estava saindo, meu pai estava descendo.

- Filha, está indo onde tão cedo?

- Tenho aula agora pela manhã na faculdade.

- Você vai como?

- Com o carro do Felipe.

- Você tem habilitação?

- Tirei assim que completei 18 anos.

- Eu não sabia.

- Já estou atrasada, beijo, até mais tarde.

- Vem almoçar em casa?

- Não! Vou almoçar na casa de Afonso.

Entrei no carro e peguei a estrada, quando cheguei à faculdade, fui direto para sala, Cadu já estava lá, as duas aulas foram de bioquímica, as aulas foram legais e fomos liberados às 09h30min. Cadu me acompanhou até a saída.

- Gostou da aula, Nanda?

- Muito, e você?

- Também! Vai para casa agora, pra depois voltar? Se quiser pode ficar lá em casa.

- Não, obrigada! Estou indo para casa do meu namorado.

- Você tem namorado?

- Tenho! Algum problema?

- Não.

- Tchau! Vou para o estacionamento pegar o meu carro.

- Você está de carro? Pode me dar uma carona?

- Posso.

Fomos para o estacionamento, peguei o carro, levei Cadu em casa, depois fui para casa de Afonso. Quando cheguei o porteiro abriu o portão para mim, eu estacionei o carro, quando estava descendo, Afonso já estava me esperando.

- Oi meu amor.

- Oi Nanda, como foi sua aula?

- Foi boa. Aconteceu alguma coisa?

- Não.

Ele me beijou, entramos, a mãe dele estava na sala, falei com ela e depois subimos para o quarto dele, eu me sentei na cama.

- Afonso, aconteceu alguma coisa sim! Me conta o que foi?

- Nada, Nanda. Eu já falei.

- Afonso!

- Tudo bem. Ontem quando eu estava voltando da faculdade vi a Anny, abraçada com um garoto, desci da moto e tirei-a de lá, trouxe para casa, discutimos e eu disse que ia falar tudo aos meus pais.

- Mas o que é que tem a Anny, namorar? Não é nada demais Afonso.

- Ela só tem 16 anos, Nanda.

- A idade não importa.

- A irmã é minha, eu decido o que fazer.

- Tudo bem! Não está mais aqui quem falou.

Levantei-me e fui para a varanda, fiquei olhando a piscina, Afonso veio atrás de mim. Olhei a hora no meu celular, eram 10h30min, Afonso, me pegou em seus braços e me levou até sua cama.

- Desculpa meu amor! Não queria lhe ofender. Quer um exemplo? Acho que estou passando pelo que o Felipe, passou quando você começou a namorar comigo.

- Tudo bem.

Ele deitou na cama e me puxou para junto do seu corpo, deitei a cabeça em seu peito e dormi. Nem percebi que o tempo tinha passado. Afonso, me acordou do melhor jeito, com um beijo.

- Meu amor, já vai dar meio-dia.

- Nossa! Isso tudo?

- Você parecia cansada.

- Acordei muito cedo.

- Pode dormir aqui, quando você for ter aula pela manhã.

- Você acha que meu pai deixa?

- Acho que não né?

- Vou tomar um banho e me arrumar.

- Fique a vontade no meu quarto, vou me arrumar no quarto dos meus pais.

Tomei banho, me arrumei, Afonso veio me chamar para almoçar, quando acabamos peguei minha bolsa e fui para o carro. Afonso, queria ser cavalheiro, mas eu disse que eu mesma dirigia. Chegamos 10 minutos antes, Afonso morava perto da faculdade, estacionei o carro e sai, ele me abraçou e para nossa surpresa, Felipe estava com Bárbara.

- E aí, Nanda! Cuidou bem do meu carro?

- Sim! Sem falar em alguns arranhões na lataria.

- O quê?

- Brincadeira. Gente estou indo, tenho duas aulas agora.

- Nos vemos no intervalo?

- Talvez.

Quando estava indo para aula, Cadu aproximou-se com uma garota.

- Oi, Nanda! Aquele é seu namorado?

- É sim. E essa é a sua?

- Não! Essa é a Bia, da nossa sala.

- Satisfação Bia.

- Ele veio lhe trazer?

- Não Cadu. Ele faz medicina aqui.

- Já estamos atrasados para a aula.

- Concordo.

O professor já estava na sala quando chegamos, ocupamos nossos lugares, a aula foi muito divertida. O professor passou um filme de uma hora sobre sociologia rural. Quando o filme terminou, ele nos liberou, eu saí junto com Cadu e Bia, sentamos em uma das mesas, um pouco mais afastada.

- Gostou da aula de sociologia?

- Acho que será uma das matérias mais fáceis, Cadu.

- Claro! Espera aí. Vou chamar um colega meu.

- Nanda, agora que o Cadu saiu, confessa, ele é lindo não é?

- Vou ser obrigada a confessar. Ele tem um corpo bonito, os olhos castanhos encantador e um belo sorriso.

- Ele está vindo. Vem com um amigo muito bonito.

- Rafael, essas aqui são Nanda e Bia, estudam conosco.

- Muito prazer meninas, como ele disse meu nome é Rafael, posso sentar com vocês?

- Claro! - eu respondi.

Ele sentou na minha frente e Cadu ao lado dele, a conversa foi muito divertida.

- Quer um refrigerante Nanda?

- Sim Cadu, eu aceito.

- Cadu, eu vou com você. - disse a Bia.

- Eu fico aqui com a Nanda. - falou Rafael.

Ficamos conversando, até os dois voltarem, tomei meu refrigerante e depois fomos para a aula de anatomia.

A aula foi em grupo, Cadu sentou ao meu lado, tirei algumas dúvidas que eu tinha sobre o assunto. As 17h00min o professor nos liberou, Cadu, Bia e o Rafa foram comigo até a saída. Afonso, estava no mesmo lugar de ontem e com as mesmas pessoas, me despedi do pessoal e fui ao encontro dele. Ele se levantou e veio até o meu encontro, segurou em minha mão e me levou até o estacionamento. Chegando lá, ele encostou-se ao meu carro, e ficou me olhando. Lipe e Bárbara estavam se aproximando, Afonso pediu para que ele esperasse um pouco, que queria falar comigo em particular.

- O que aconteceu Afonso?

- O que aconteceu? Eu fui vê-la, e você estava lá em casais e depois um casal saiu e você ficou lá com um cara. - o tom de voz dele estava muito alto.

- Calma Afonso! Abaixe o seu tom de voz comigo.

- Calma! Como assim Calma?

- Nós todos somos amigos, Bia e Cadu foram comprar refrigerantes e eu não vi nada demais em ficar conversando com Rafael.

- É Rafael o nome do outro, não é ?

As lágrimas caíram dos meus olhos de tanta raiva que eu estava por causa dessa acusação, perdi o controle e bati na cara dele.

- Nunca mais repita isso Afonso! Nunca mais, entendeu?

Abri a porta do carro e entrei, acelerei o máximo que pude e saí dali, só ouvi o meu irmão me chamando, pedindo para que eu volta-se.

            
            

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