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Continuei, fui direto para casa, subi correndo para meu quarto, me joguei na cama, comecei a chorar, não estava acreditando que isso estava acontecendo comigo, logo comigo! Mas eu não ia ficar ali chorando. Coloquei um biquiní, vesti um roupão e desci, meu pai estava chegando do trabalho.
- Nanda, são 19h00min e você vai para a piscina?
- É pai, estou precisando esfriar a cabeça.
- Vamos aqui à garagem primeiro, preciso lhe mostrar uma coisa.
-Certo.
Quando chegamos à garagem, tinha um carro vermelho, um meriva.
-Gostou, Nanda? É seu.
-É lindo pai, eu amei muito, obrigada!
-Seu presente de natal atrasado.
-Muito obrigada pai, obrigada mesmo!
- Se divirta. Vou deixar você ir mergulhar agora.
Quando cheguei ao lado da piscina, tirei o meu roupão e pulei, a água estava muito fria, nadei por um tempo e quando voltei a superfície, Felipe estava em pé na borda da piscina.
- Que susto, Felipe.
- Desculpa. Mas o que aconteceu entre você e Afonso hoje?
- Ele é um besta. Hoje no intervalo eu estava com uns colegas. Bia e Cadu foram comprar refrigerantes e Rafael e eu ficamos conversando, ele apareceu por lá e viu, mas não vi que ele estava ali, e também eu não estava fazendo nada errado.
-Você sabe de quem é aquele meriva vermelho na garagem?
-Sei sim! É meu, presente de natal.
-Que legal, Nanda! Vai entrar agora?
-Não, vou demorar mais um pouco.
-Tudo bem! Até mas.
Quando Felipe saiu, dei mais alguns mergulhos, Alice, chegou trazendo uma bandeja com sanduíche e suco. Quando ela saiu, o segurança da casa veio até a piscina.
-Senhorita Fernanda, o senhor Afonso, está aqui querendo falar com a senhorita, posso deixá-lo entrar?
-Não! Diga a ele que já estou dormindo.
-Desculpa Nanda, mas já entrei.
-O que você quer aqui?
-Quero falar com você.
-Quer que eu o tire daqui, senhorita?
-Não! Pode deixar. Quero ouvir o que ele tem a dizer. Pode nos deixar a sós?
-Com licença.
Eu saí da piscina e vesti meu roupão, sentei em uma das cadeiras.
-Pode falar Afonso. O que você quer?
-Nanda, me perdoa! Eu tentei falar com você, mas você nem quis me ouvir.
-Te ouvir? Depois de tudo aquilo que você me falou, você queria que eu ouvisse mas o que?
-Eu fiquei com ciúmes, eu perdi a cabeça ao te vê ali. Droga, Nanda! Você está sendo tão cobiçada, até meus colegas estão de olho em você.
-Mais você não confia em mim, não é Afonso?
-Meu amor foi um ciúme besta, me perdoa, por favor, prometo que isso nunca mais acontecerá.
-Não sei Afonso! Preciso de mais um tempo para pensar. Agora vou dormir, com licença, boa noite!
Quando eu me levantei e estava andando, ele me puxou pelo braço e me beijou, eu me soltei de seus braços e corri para o quarto, fui até a varanda e vi quando ele subiu na moto e foi embora. Tomei meu banho e me deitei na cama, eu queria conversar com alguém. Peguei o telefone e liguei para minha mãe e contei tudo que aconteceu, ela disse que eu pensasse bem no que ia fazer para não me arrepender depois. Desliguei e fui dormir. Não dormi muito bem essa noite, rolei na cama o tempo todo e logo amanheceu. Acordei mas demorei um pouco para me levantar. Quando desci, Heloísa estava tomando café, sentei-me ao seu lado na mesa, e Alice me serviu.
-Nanda, como está sendo a faculdade?
-Está muito bem. Estou gostando muito.
-Que bom que você está gostando. E o carro, gostou?
-Sim! vou até inaugurá-lo hoje. Vou subir, daqui a pouco estou saindo.
Fui para o quarto, troquei de roupa, coloquei um vestido verde-claro na altura do joelho e uma sapatilha, peguei minha bolsa com as apostilas e a chave do carro na mesinha do computador e desci. Entrei no carro e saí, liguei o som, estava precisando relaxar. Pensei para onde eu ia, não precisei pensar muito para decidir, fui direto para a praia de Copabana, estacionei meu carro e desci, fui andar um pouco pela areia, lembrei-me do natal, quando eu estava ali com Afonso. De repente encontrei três amigos do meu antigo colégio.
-Nanda, como você está?
-Oi Paula, estou bem! Marcos, Eriky, tudo bem?
-Tudo bem Nanda! Você continua linda.
-Muito obrigada, Eriky!
-E a faculdade?
-Sabe Marcos, até que está sendo bom.
-Estamos indo ao shopping, não quer ir com a gente?
-Da praia ao shopping? Não! daqui a pouco tenho que estar na faculdade, mas se vocês quiserem posso dar uma carona.
- Está de carro agora, gata?
- Ganhei ontem, do meu pai.
- Vamos lá! aceitamos, mas eu vou na frente com você. - Falou Eriky.
Fomos até o meu carro, o caminho foi muito divertido, estava precisando rir um pouco. Quando chegamos, resolvi entrar e almoçar, ainda faltava uma hora para ir à faculdade. Quando terminei de almoçar, me despedi da galera e fui embora. Ao chegar, Afonso estava na porta, e Cadu e Rafa estavam entrando, coloquei o carro no estacionamento. Afonso me viu e estava vindo em minha direção, eu não queria falar com ele, então virei para os meninos.
-Cadu, Rafa me esperem.
Eles me esperaram e eu fui com eles para o campus, não quis olhar para trás, para não ver a cara de Afonso, tive duas aulas de laboratório. Quando estava indo pegar o meu carro, me assustei com Afonso encostado nele, me aproximei.
-Com licença, Afonso!
-Preciso falar com você, Nanda.
-Não tenho nada para falar com você.
-Nanda, por favor, me perdoa.
-Afonso, eu preciso pensar mais um pouco, me deixa ir, vai começar a chover, eu ainda tenho que ir ao shopping.
A chuva começou a cair mais forte, Afonso me puxou, colocou a mão em minha cintura e me beijou, não consegui resistir, coloquei meus braços sobre o seu ombro e retribui o beijo.
- Você me perdoa, Nanda?
- Claro, Afonso! Mas agora eu tenho que ir, vou comprar algumas coisas.
- Posso ir com você? eu vim de táxi.
- Pode! Depois te deixo em casa.
- Bonito carro! É seu?
- Ganhei ontem, de meu pai.
Entramos no carro e fomos ao shopping, comprei o meu jaleco, estetoscópio, termômetro e um tênis branco. Levei Afonso, em casa e depois fui para a minha casa.
Mais um mês se passou, hoje Afonso e eu fazíamos 3 meses que estávamos juntos. Quando acordei tinha um lindo buquê com rosas amarelas, ao lado da minha cama, nele tinha um cartão.
"Nanda hoje está completando três meses de felicidade em minha vida. Amo-te muito, obrigado por encher meus dias de amor e carinho. Beijos"
Afonso
Achei tão lindo, meu dia começou muito bem, coloquei um biquíni e fui nadar um pouco, Lipe logo veio se juntar a mim. Estávamos conversando quando meu pai se aproximou.
-Meus filhos, amanhã, sexta-feira, estarei viajando com Heloísa, vamos visitar alguns parentes em Santa Catarina, estaremos de volta na segunda pela manhã.
-Tudo bem, pai! Tomarei conta da casa e da Nanda.
- Não preciso de babá, Felipe.
- Tudo bem, só quero que vocês se comportem, e nada de festas aqui em casa, também não cheguem muito tarde.
- Pode deixar papai, viaje sem se preocupar, ficaremos bem.
- Está certo, Nanda, confio em vocês.
As horas se passaram, subi, tomei um banho, coloquei um vestido lilás com uma sapatilha, peguei meu jaleco, a chave do carro e saí.
Quando cheguei à faculdade, Afonso, estava no estacionamento me esperando, desci ele veio direto me abraçar e me beijar. Quando ele me soltou, eu acompanhei Cadu e Rafa até o campus. As duas primeiras aulas foram de laboratório, no intervalo eu fui até a enfermaria do hospital, olhar alguns animais que estavam internados, quando eu saí Afonso, estava me esperando na porta.
- Oi meu amor! Que surpresa.
- Resolvi vim te ver, mas você está ocupada?
- Não! Deixa só eu retirar o jaleco.
- Tudo bem. Os meninos que me falaram que você estava aqui.
- Vim dá uma olhada nos cães. Ah! Meu pai vai viajar amanhã e só volta na segunda pela manhã.
- Que otimó! Por que você não fica lá em casa esses dias?
- Não vai dá. Meu pai quer que fiquemos em casa.
- Certo! Vamos tomar um suco?
- Claro!
Sentamos na lanchonete e pedimos dois sucos, ficamos conversando até o horário de irmos para a aula. No meio da aula a secretaria da faculdade chegou com um buquê de rosas vermelhas para mim. Ao fim das aulas Cadu e Rafa, estavam me acompanhando até o estacionamento.
- É seu aniversário hoje, Nanda?
- Não Rafa! Só Afonso, querendo me agradar.
Afonso, veio em nossa direção, me abraçou e me beijou.
- Meninos, obrigado por acompanhar Nanda, mas daqui pra frente é comigo.
- Ela é toda sua. - Disse Cadu.
Afonso, me levou até meu carro, pegou a chave na minha bolsa, abriu a porta do carona pra mim, e foi para o banco do motorista.
- Para onde vamos?
- Você vai ter uma surpresa.
Ficamos conversando durante o caminho, ele estacionou, desceu do carro, abriu a porta para mim, ele me abraçou, fomos caminhando, quando dei por mim estávamos no Cristo Redentor, subimos, à vista estava tão linda lá de cima. Fomos à um restaurante, jantamos e depois fomos para casa de Bárbara. Felipe, estava lá me esperando, ele ia me acompanhar até em casa, deixei Afonso, em casa.
-Tchau,meu amor! Obrigada por tudo! Essa noite foi tudo muito lindo.
- Você gostou mesmo?
- Eu amei. Nos vemos amanhã?
- Sim! Boa noite.
Despedi-me com um beijo, entrei no carro e fui embora. Lipe, me seguiu o caminho todo, chegamos em casa, eu tomei meu banho e fui dormir. O dia estava tão lindo quando acordei. Tomei um banho e desci, estava terminando de tomar café com Felipe, quando papai desceu com as malas, colocou no carro, esperou Heloísa descer, se despediu e foi embora. Era 11h00min quando desci para almoçar, conversei com Alice, e disse que ela e os outros empregados poderiam tirar o resto do dia de folga, e só precisava voltar no outro dia à tarde, eles aceitaram, peguei meu carro e fui para à faculdade. Hoje não encontrei com Afonso, entrei e fui direto para a sala de aula, o professor já estava lá quando eu cheguei. Ao terminar a aula, fui até a enfermaria visitar os animais, quando o intervalo acabou foi a vez da outra aula.
O fim da tarde chegou, as aulas terminaram encontrei-me com Lipe, Bárbara e Afonso, no estacionamento. Lipe, disse que iria chegar mais tarde em casa, ia sair com Bárbara, eles subiram na moto e foram embora, me deixando assim sozinha com Afonso. O convidei para ir até a minha casa. Quando chegamos, não tinha ninguém lá. Pedi para Afonso, me esperar na piscina enquanto eu subi para trocar de roupa. Ao descer, Afonso, já estava na piscina, eu entrei, ficamos ali umas meia hora, depois fomos comer uns sanduíches.
Subimos para o meu quarto, Afonso, me esperou na varanda, após um banho coloquei um vestido simples que costumava usar em casa, sentei em frente ao computador para conferir meus e-mails, respondi os da minha mãe e desliguei o computador. Ao levantar, Afonso, me puxou e me beijou, em seguida me jogou na cama, sua boca foi descendo até o meu pescoço, depois pelo ombro, eu me entreguei completamente em seus braços, foi a primeira vez. Agora eu não era mais aquela garotinha, agora tinha me tornado uma mulher de verdade, foi tão bom passar a noite com Afonso, ao meu lado.
O dia amanheceu, acordei com alguém fechando a porta do meu quarto, olhei para o lado e Afonso, ainda estava dormindo, levantei, coloquei o roupão e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafa com água, quando fechei a porta da geladeira me assustei com Felipe, e derrubei a garrafa que se espatifou no chão.
- Que susto Felipe! Não dá pra avisar quando chega?
- Não Fernanda! Você estava dormindo tão bem, que eu não quis te acordar.
- Então foi você que esteve no meu quarto?
- Melhor eu do que o papai, não é?
Nesse momento Afonso, entrou na cozinha e ficou ao meu lado.
- Algum problema Fernanda? Ouvi um barulho.
-Tudo bem Afonso, foi só a garrafa que escorregou da minha mão. - falei com Afonso, ainda encarrando Felipe.
- Bom dia, pra você também Afonso! Divertiu-se muito com a minha irmã? Espero que ela tenha realizado todas as sua vontades.
- Olha como você fala Felipe, desse jeito você acaba ofedendo a sua irmã e a mim.
- Nossa! Você quer o que? Que peça desculpas ou que eu bata palmas? Aprovando a sacanagem dessa noite.
- Para Felipe! Já chega. Você não tem nenhum direito de se meter em minha vida, eu faço o que eu quiser, na hora que eu quiser. Que isso fique bem claro!
- E se o papai ficar sabendo?
- Boa sorte! Vá em frente, pode contar. Sinta-se à vontade. Vem Afonso.
Peguei umas torradas, biscoitos, frutas e suco, fui para o meu quarto. Tomamos café e passamos o resto do dia lá. Adormecemos abraçados na rede que fica na minha varanda. Quando acordei já era noite, levantei e fui tomar um banho, me arrumei e quando saí do banheiro Afonso, estava lendo um livro, sentado na minha cama.
- Vai pra onde assim tão linda?
- Estava pensando que poderíamos sair para dançar.
- Ótima ideia! Vou tomar um banho.
- Vou ficar te esperando.
Quando Afonso terminou, descemos até meu carro, fui dirigindo, passamos primeiro em um restaurante para jantar, depois fomos para uma boate, tomei uns drinks, dançamos muito, encontrei com alguns amigos, bebi mais do que devia.
- Nanda, já está bom! Pare de beber.
- Para Afonso! Deixa-me diverti um pouco.
-Tudo bem! Vou até o banheiro, não saia daqui.
Enquanto Afonso, foi ao banheiro, eu peguei mais um drink. Um cara veio se aproximando de mim.
- Oi gata, tudo bem?
- Tudo! com licença.
- Espera gatinha. - Ele segurou no meu braço.
- Me solta!
- Calma, não vou te machucar.
- Você não ouviu a garota?
- Sai cara, eu à vi primeiro.
- Você está enganado. Ela é minha namorada.
- Desculpa! Eu não sabia.
Ele saiu e Afonso, se aproximou de mim.
- Vamos Nanda! Vou te levar pra casa.
- Não! Não vou! Não quero ir pra casa.
- Tudo bem! Então vamos para a minha.
- Não posso ir para a sua casa nesse estado, sua família não pode me vê assim.
- Deixa de ser teimosa, essa hora já estão todos dormindo.
- Esquece Afonso.
- Se não for por bem, será por mal.