Impertinente Casamento Forçado
img img Impertinente Casamento Forçado img Capítulo 3 Contrato
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Capítulo 6 Confessando sentimentos img
Capítulo 7 Vidas que seguem img
Capítulo 8 Uma impertinente chamada Sara img
Capítulo 9 Sentimentos escondidos img
Capítulo 10 Sentimentos confusos parte 1 img
Capítulo 11 Sentimentos confusos parte 2 img
Capítulo 12 Ana corre perigo img
Capítulo 13 Uma noite turbulenta img
Capítulo 14 Ana internada, Theo apavorado img
Capítulo 15 Reconciliação entre sogro e genro img
Capítulo 16 Desconforto de Ana, por conta da presença de Theo img
Capítulo 17 Theo magoado com Ana. img
Capítulo 18 Ana te ama! Theo. Mas precisa de tempo para conseguir te dizer isso! img
Capítulo 19 Reencontro entre velhas amigas img
Capítulo 20 Brigas img
Capítulo 21 Theo briga com Naomi, por conta de Ana. img
Capítulo 22 Acidente img
Capítulo 23 Confessando sentimentos img
Capítulo 24 Consequências de uma irá! img
Capítulo 25 Ana se irrita com Naomi! img
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Capítulo 3 Contrato

No restaurante, a movimentação estava grande. Os garçons atendiam as mesas. As cozinheiras preparavam as demandas da comida. E a moça da limpeza adiantava o máximo que podia as vasilhas sujas, vindas dos garçons, trazidas das mesas.

Os pais de Ana no caixa. Recebia os pagamentos dos clientes que deixaram o restaurante satisfeito. Um homem de terno preto. Óculos escuros no bolso do paletó à amostra. Entrou no estabelecimento. O homem grande e chamativo. O seu semblante era sério.

Um garçom se aproximou dele, e o mesmo disse querer conversar com os donos do imóvel. Com o recado dado aos patrões. Os mesmos pediram a gentileza para que o rapaz ficasse no caixa até que eles voltassem. E assim, senhora Emília e senhor Bento seguiram na direção do tal sujeito.

- Pois não! No que posso lhe ajudar!? - perguntou senhor Bento, chegando próximo à mesa, e vendo o homem, olhar na sua direção.

- Olá! O meu nome é Gean. Trabalho como segurança do senhor Gabriel William. O meu patrão está do lado de fora, dentro do seu carro, solicitando a presença dos dois. - Falou o segurança, se pondo de pé e olhando os dois à sua frente.

- Perdão, mas não podemos sair daqui agora. - respondeu senhor Bento, com os olhos franzidos.

- Pelo bem da filha de vocês. Acho melhor vocês irem. - relatou Gean, sem nenhuma preocupação na voz-

- O que tem a minha filha? - Emília o encarou com os olhos arregalados-

- Não sou eu que vou lhe responder, senhora. E sim, o meu patrão!

Sem esperar resposta, Gean saiu do restaurante. Bento olhou para a sua esposa, que aparentava angústia. E se vendo sem saída. Seguiram para fora do estabelecimento.

Do lado de fora. Gabriel olhava para frente. O semblante cansado no rosto. E com uma voz desafiadora. Simplesmente disse, sem olhar os dois do lado de fora:

- Entre no carro!

Emília encarou o esposo e apertou o braço do mesmo. Estava com medo, mas preocupada com sua filha. Sabia perfeitamente quem era Gabriel William. E sabia da sua natureza rude. O que o dinheiro e o poder não faz, né? Ninguém, hoje nessa cidade, foi louco o suficiente para enfrentar o tão frio e calculista Gabriel.

Gean abriu a porta do carro, indicando para Bento sentar atrás junto de Gabriel. E Emília à frente, junto do motorista. Com os dois no carro, o motorista deixou o local. Gean entrou no carro dos companheiros atrás e seguiram o carro do patrão.

O silêncio reinava no carro. Emília estava apreensiva no banco da frente, não conseguia olhar para nenhuma direção. Na sua cabeça só vinha a sua filha, e o medo do que poderia ter acontecido a ela. Bento ficou ali, olhando atento a esposa do lado do motorista.

O medo de que o homem pudesse fazer algo à sua amada esposa tomou conta de si. Já Gabriel tinha sua postura ereta, uma bengala entre em meio às pernas, com as duas mãos postas sobre ela. E um olhar sombrio nos olhos.

Chegaram num grande prédio. O mais alto de todos ao redor. Com um grande 'W' no topo da mesma. Os seguranças do carro atrás estacionaram. E Gean saiu indo na direção do patrão, e abriu a porta para que o mesmo saísse do veículo.

Logo abriu a porta para Emília e lhe estendeu a mão para ajudá-la a sair do veículo. Bento saiu do carro e apressou os passos até a sua esposa. Gabriel começou a andar na frente dos dois, com a postura ereta e a bengala o ajudando a se equilibrar. Os seguranças atrás de Bento e Emília os fizeram acompanhar.

Na porta de entrada, dois seguranças tão grandes quanto Gean. Reverenciaram-se ao homem, que nada fez a não ser passar por eles como se não os tivesse visto. Já no prédio. As pessoas que ali dentro estavam pararam no mesmo instante o que faziam, e se mantiveram de pé. Se reverenciando assim como foi feito pelos seguranças na porta.

Gabriel seguiu com a sua postura de superior até chegar na porta do elevador. Que já se encontrava aberta à sua espera. Graças à moça que, já preparada, chamou pelo elevador. Gabriel entrou, e o segurança Gean, com outro segurança, entrou na companhia de Bento e Emília. A porta do elevador se fechou e os levou até o último andar. Quadragésimo segundo andar.

Assim que a porta foi aberta, e sem esperar por ninguém. Gabriel saiu e seguiu na direção da última porta do corredor. Já na sala. Uma sala enorme e muito bonita. Gabriel se sentou confortavelmente na sua poltrona almofadada. E deu a ordem para que Emília e Bento se sentassem nas poltronas à sua frente.

- Sou um homem que gosto de ir direto ao que interessa. Então, sem meios termos. Sua filha está sobre o meu poder.

Gabriel foi interrompido por Emília, com o choro desesperado que ecoou pela sala.

- Quanto antes resolvermos, melhor. - Falou Gabriel sem emoção e uma pitada de raiva-

- O que você pretende sequestrando a minha filha? Pelo amor de Deus, ela é o nosso bem mais precioso.

Bento falou enquanto abraçava a sua esposa, tentando consolá-la. Mas também se encontrava desesperado.

- Quero que a filha de vocês se case com o meu filho. - Respondeu Gabriel-

- Como é? Mas que absurdo é esse?

Bento alterou a voz, enquanto encarava Gabriel com raiva. Já Emília olhou para o esposo em espanto.

Gabriel colocou sobre a mesa, o celular que estava na sua mão. A imagem que estava na tela, era de Ana amarrada em uma cadeira com os olhos vendados. Emília se apavorou ao ver a imagem no celular do homem. E as lágrimas despencaram novamente do seu rosto.

Já Bento se levantou de seu lugar e quis partir para cima do mais velho. Mas foi impedido pelo segurança Gean.

- Vou falar só uma vez. Ou vocês assinam o contrato que os darei para que a filha de vocês se case com o meu filho. Ou, do contrário. Nunca mais a verão.

Bento se sentou e colocou as mãos nas têmporas. Emília, ainda entre o choro, disse:

- Por que você está fazendo isso com a minha filha? Tenho certeza de que poderá arrumar outra moça para que se case com o seu filho. Uma moça que até esteja à altura de vocês. Somos pobres...! Ana, não seria uma boa nora para você.

- Julgo quem vai ser boa ou não para meu filho. Agora, se eu fosse vocês. Assinava logo esse documento. Como vocês podem ver. Não tem outra opção. - Gabriel os olhou frio e a sua voz saiu rude-

- Tenho uma escolha sim. Posso muito bem ir até a polícia. E contar a eles que sequestrou minha filha! - Respondeu Bento, já sem paciência-

- Faça isso! E eu garanto que nunca mais verão a filha de vocês!

- Bento Por favor! Eu não posso perder a minha filha. Acho melhor concordar com ele. Você sabe como ele é.

Emília olhou no fundo dos olhos do marido, enquanto dizia essas palavras com os olhos cheio de lágrimas.

- E o que será da Ana, se concordarmos com isso? E se ela nunca perdoar a gente? - Respondeu Bento, em forma de pergunta. A essas horas, os seus olhos já lacrimejaram-

- Ela vai nos perdoar. Mas não podemos arriscar, de deixar que eles machuquem a minha filha. - Emília voltou o olhar para Gabriel à sua frente-

- Nós assinamos o documento. Mas quero saber primeiro porque minha filha? E quem é o seu filho?

________

Horas depois, já com os documentos assinados em mãos. Gabriel ligou para os seus guardas-costas que mantinham Ana presa. E mandou que os mesmos, levassem a garota direto para a mansão.

Após encerrar a ligação, saiu do prédio junto dos pais de Ana. Emília a todo o momento chorava enquanto abraçava o seu marido, em busca de consolo. Bento, também estava desconsolado. Principalmente agora, por saber que o garoto que implicava com a sua filha, seria ele o filho do tão detestável Gabriel William.

Uma raiva gigantesca se instalou em Bento. Se antes ele via Théo como um bom rapaz. Agora o detestava por pensar que o rapaz estava por trás de tudo isso.

Mas o que Bento não sabia, era que nem mesmo Theo, estava ciente das loucuras que o seu pai estava fazendo. Pois se soubesse, jamais concordaria com isso.

Gabriel seguiu rumo a mansão junto de seu motorista, e seu guarda-costa Gean. Enquanto o outro carro levava de volta Emília e Bento para casa. Gabriel chegou na sua mansão, com os seus homens, que trazia Ana com eles.

Estacionaram o carro na porta da mansão, e tiraram a garota de dentro do carro. Já não mais amarrada. Mas presa sobre as mãos de um dos guardas-costas. O semblante da garota estava assustada e confusa. Mais assustada ficou ao constatar a sua frente, o empresário mais assustador de todos os tempos. Uma senhora se aproximou. Senhora essa, Barbara. Olhou confusa a sena a sua frente.

- Senhor William? Quem seria essa adorável moça?

- Sem perguntas, Barbara. Meu filho está em casa?

- Não senhor! Ele saiu de encontro com os amigos.

- Melhor assim. Leva essa moça para o quarto de hóspede. E não a deixe sair de lá por nada nesse mundo... E não diga a ninguém, principalmente ao meu filho, que ela está aqui. - Ordenou Gabriel-

- S-sim, senhor! Mas. Por que de tudo isso? - Perguntou a governanta desconfiada-

- Está aqui para cumprir ordens. Então as faça.

Pelo tom de voz. Gabriel estava bem nervoso. E Bárbara sabia muito bem quando o patrão estava assim, não respeitava ninguém.

            
            

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