Impertinente Casamento Forçado
img img Impertinente Casamento Forçado img Capítulo 5 Ele não foi capaz disso
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Capítulo 6 Confessando sentimentos img
Capítulo 7 Vidas que seguem img
Capítulo 8 Uma impertinente chamada Sara img
Capítulo 9 Sentimentos escondidos img
Capítulo 10 Sentimentos confusos parte 1 img
Capítulo 11 Sentimentos confusos parte 2 img
Capítulo 12 Ana corre perigo img
Capítulo 13 Uma noite turbulenta img
Capítulo 14 Ana internada, Theo apavorado img
Capítulo 15 Reconciliação entre sogro e genro img
Capítulo 16 Desconforto de Ana, por conta da presença de Theo img
Capítulo 17 Theo magoado com Ana. img
Capítulo 18 Ana te ama! Theo. Mas precisa de tempo para conseguir te dizer isso! img
Capítulo 19 Reencontro entre velhas amigas img
Capítulo 20 Brigas img
Capítulo 21 Theo briga com Naomi, por conta de Ana. img
Capítulo 22 Acidente img
Capítulo 23 Confessando sentimentos img
Capítulo 24 Consequências de uma irá! img
Capítulo 25 Ana se irrita com Naomi! img
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Capítulo 5 Ele não foi capaz disso

Théo ficou ali por mais um tempo, encarando a foto em mãos. E ao olhar no canto da tela do celular e constatar a hora. Percebeu que o horário estipulado por seu pai já teria passado uns dez minutos. Não que iria ceder às chantagens que o pai lhe fez, e se casar com a moça. Mas precisava fazer algo a respeito de seu pai querer internar uma inocente.

Théo se levantou da cama com muita pressa e saiu do quarto, deixando o seu celular sobre a cama. Não teve tempo nem ao menos de fechar a porta do quarto, e saiu pelos corredores apressado.

Não demorou para Théo chegar na larga escadaria que dava acesso à parte da primeira ala da mansão. Olhou para a grande porta de entrada, vendo o seu pai conversar com um homem vestido todo de branco.

Na mão do mesmo. Ele segurava uma prancheta, e o que parece. Anotava tudo o que Gabriel citava. Théo começou a descer as escadas. E sentiu um grande aperto no peito. Já imaginando ter chegado tarde demais.

Pensamento, Théo.

Fiquei tão entretido olhando para a foto da Ana no celular. Que até perdi a noção do tempo. Preciso mudar a cabeça do meu pai. Não posso permitir que ele acabe com a vida de uma inocente. Eu não posso me casar com ela, amando outra pessoa como amo.

Mas eu preciso convencer o meu pai. Saí do quarto correndo com tanta pressa. E quanto por fim, cheguei na escada. Notei um homem todo vestido de branco conversando com o meu pai.

Acho que cheguei tarde demais. Mas não posso desistir. Preciso convencer o meu pai a mudar de ideia. Comecei a descer as escadas, mantendo o meu olhar no meu pai. Ele percebeu a minha presença ali. E me olhou com a cara mais esnobe que ele tem. Eu detesto quando ele faz isso.

Já estava no meio da escada quando percebi alguém saindo do escritório dele. Mais um homem vestido de branco... Com ele, o que parece a tal moça. Usando. Uma camisa de força?

Vê, aquela cena me fez embrulhar o estômago. Não conseguia ver o rosto daquela moça. Pois os seus cabelos estavam desgrenhados. Ela provavelmente deu trabalho a eles.

Apressei os meus passos, chegando perto da mulher. Ignorando o que poderia acontecer comigo. A única coisa que me veio à cabeça naquele momento. Era livrá-la daquela camisa de força que a prendia.

Me aproximei, olhando sério para o homem que segurava a mulher. Ele me olhou com cara de poucos amigos. E o encarei de volta. Vi o exato momento em que ele olhou atrás de mim. E logo se afastou.

Achei a atitude dele um tanto estranha. Mas não era isso que importava agora. E sim, soltar a moça. Ela parecia apavorada. Pois, quando me aproximei, ela se afastou e manteve-se a todo o tempo de cabeça baixa e silenciosa.

Me aproximei dela novamente, e dessa vez ela não teve como se afastar. Pois atrás dela tinha a parede. Ao me aproximar dela, pude notar algumas coisas.

Não sei dizer como. Mas ela tem um cheiro familiar. Um cheiro que eu particularmente adoro. Cheiro de rosas. Cheiro esse que só conheço em uma única pessoa. Ana Mayra.

A mulher ainda estava de cabeça baixa. Voltei minha total atenção a ela, olhando com muito mais atenção os detalhes. O seu tamanho. Os seus cabelos castanhos lisos com ondas nas pontas e com detalhes de mechas claras nas pontas.

Mesmo os cabelos dela desgrenhados como estavam. Era familiar para mim. E esse cheiro inconfundível de rosas. Será quê? ... Não...

Nem mesmo Gabriel seria tão louco assim!... Ou seria? Olhei o rosto dela, coberto pelos cabelos, com mais cautela. Eu não acredito! Ele não poderia ter feito isso... Não com ela.

Voltei o olhar espantado na direção do meu pai atrás de mim. Ele me olhava cinicamente.

- Eu não estou acreditando que foi capaz disso, Gabriel! Solta ela, agora! - ordenou Théo, encarando o pai, que apenas levantou a cabeça afrontoso-

- Théo? -Falou Ana, surpresa ao ouvir a sua voz. Os seus cabelos desgrenhados atrapalhavam a sua visão. Mesmo assim, levantou a cabeça e o encarou-

- Vai ficar tudo bem, Ana. Eu prometo! - Théo tentou confortá-la, e logo em seguida voltou a atenção para seu pai - Solta ela. Pai! Eu tô pedindo! - Implorou-

- P-pai? - Gaguejou Ana, olhando para Théo, a sua frente, surpresa com a descoberta - O senhor Gabriel...? Ele. É o seu pai?

- Eu prometo te explicar tudo depois, tá! Agora fica calma! Eu vou resolver isso!

- Ficar calma? Como pode me pedir para ficar calma... O seu pai me sequestrou. Me deixou amarrada por horas com dois homens mal-encarados me olhando. Agora eu descubro que você é o filho dele. E ainda vem me pedir pra ficar calma...? Por que o seu pai me sequestrou?

- Fica calma, Ana! Eu vou resolver. - Tentou mais uma vez acalmá-la, mas Ana ainda estava irritada e fora de si-

- Não me manda acalmar!... Por que eu estou aqui? O que o seu pai quer comigo?

Théo olhou para Ana, apreensivo pela situação. Ela o encarava procurando resposta. Resposta essa que ele escondia. E pretendia continuar escondendo.

Théo olhou para o pai preocupado. Em seguida, se pôs atrás de Ana, de modo a livrá-la da camisa de força. Mas Gabriel deu sinal para que o enfermeiro o impedisse.

O enfermeiro puxou Ana pelos braços, a tirando de perto de Théo. Ana parecia ainda decidida a protestar. Então continuou a falar, enquanto tentava se livrar das garras do enfermeiro.

Gabriel, que estava na porta junto do outro homem. Começou a caminhar na direção de onde Ana estava. Théo encarava o pai atento com o que ele pretendia fazer com Ana. Por isso, se aproximou, ficando do lado da mulher. Viu Gabriel parar, mas encara Ana.

- Me solta. Já deu dessa palhaçada. Eu quero ir para minha casa agora!

- Mocinha. Está muito afrontosa. Não acha não, senhorita Ana? Ficou corajosa de uma hora pra outra?

Gabriel, com sua tamanha arrogância, falou essas palavras, e Ana sentiu um arrepio tomar conta do seu corpo. Um medo de Gabriel instalou em si. Ana abaixou a cabeça e não disse mais nada.

- Não fale assim com ela. O único errado aqui é você. Agora, manda ele soltar ela!

- Por que eu faria isso? Você já deixou claro que não a quer. Então, o lugar dela será na clínica.

- O que pretende com isso? Pelo amor de Deus. Eu te imploro. Solta ela, pai.

- Se lembra do que te disse? Continua valendo!... Mas não sou paciente, como já sabe. Te dou... - Esticou o braço e aproximou o próprio pulso perto do rosto, conferindo as horas- - Três segundos!

Gabriel encarou Théo. E o rapaz encarou seu pai ainda duvidoso. Mas Gabriel estava decidido e preparado.

- Levem ela daqui! - Ordenou Gabriel ao enfermeiro, enquanto mantinha os olhos no filho-

O enfermeiro pegou Ana pelos braços por cima da camisa de força. Ela se debatia, tentando se livrar dele. E Théo gritou apavorado.

- Mande o parar...! Eu faço o que você quer.

- E o que eu quero?

Perguntou a ele Gabriel, com uma de suas mãos levantada na direção do enfermeiro, de modo a mandar ele parar. E assim foi feito. Gabriel encarava Théo. E Ana olhou para trás para constatar o porquê de tudo isso.

- Responde, Théo! O que eu quero? - Perguntou Gabriel novamente afrontoso, Théo o encarou e o viu da Sinal para que o enfermeiro voltasse a caminhar com Ana-

- Que eu me case com ela! - Respondeu rapidamente e Gabriel sorriu e mandou o enfermeiro para novamente-

- Eu escutei Bem? Esse velho disse que quer que eu me case com o Théo? - Pensou Ana, enquanto olhava espantada para o rapaz atrás de si-

Ana não parava de olhar espantada para Théo. E logo se lembrou de algo que havia esquecido, devido ao desespero. Gabriel já tinha lhe dito isso. Só não fazia ideia de que o filho do tão respeitado Gabriel William. Era, na verdade, Théo. O garoto problemático da sua escola.

Ana ainda se perguntava do porquê Gabriel faria tudo isso, só para que ela se casasse com seu filho. Isso ainda não estava explicado. Uma coisa que tinha ficado clara para ela. Théo só havia aceitado isso, para que ela não fosse levada para a clínica. Só por isso.

- Eu vou te dar mais uma chance. E essa será a última. Se não responder... Ele a leva para a clínica. E ela nunca mais sairá de lá... Por que quero que se case com ela? Seja honesto e verdadeiro. -Falou Gabriel novamente-

Théo olhou para Ana, com o olhar espantado, o modo de como seria a confissão de seu amor por ela o deixava apreensivo. O seu pai estava mesmo decidido e preparado no que fazia. Olhava de modo afrontoso e superior para o filho.

- Agora responde! Por que eu quero que se case com ela? - Gabriel o perguntou mais uma vez. No que parece, já sem paciência - Fale em alto e bom som!

- Pai! Por favor, não! O senhor sabe que ela não... - Foi interrompido-

- Não me interessa, Théo! O que me interessa é você! Os seus sentimentos!

- Se os meus sentimentos te interessam tanto assim! Então, a deixa ir!

                         

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