NOS BRAÇOS DA MÁFIA
img img NOS BRAÇOS DA MÁFIA img Capítulo 5 5
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Capítulo 5 5

SOFIA

Fiquei tão animada quando soube que Danilo viria à festa de Natal do tio Dante. Quando ele não veio à festa de aniversário de papai, fiquei desapontada. Queria vê-lo novamente, agora que ele era meu. Poucas pessoas sabiam do nosso noivado ainda - que nem era um noivado oficial. Essa festa só aconteceria quando eu fosse mais velha.

Minha empolgação sumiu quando encontrei Danilo na festa. Demorei mais do que nunca para ficar pronta. Escolhi um vestido novo e elegante e até coloquei um toque de maquiagem que peguei do quarto de Fina. Apesar dos meus esforços, Danilo mal olhou para mim. Era como se eu fosse ar. Sua expressão era passiva. A única vez que houve uma centelha de paixão foi quando ele avistou Serafina do outro lado da sala. Depois disso, me tornei invisível para ele. Anna me cutucou assim que ele saiu.

- Ei, não faça essa cara, - ela sussurrou, em seguida, voltou-se para Emma. Forcei meus olhos para longe de Danilo e sorri para Emma.

- Está com fome? - Perguntei. - Não verifiquei o buffet ainda. Talvez possamos fazer isso juntas. - Ela assentiu e sorriu timidamente.

Anna sorriu. - Finalmente. Estou faminta.

Anna caminhou na frente, separando a multidão para que Emma pudesse passar por eles. Era óbvio que Emma estava envergonhada pela atenção, então fiquei ao lado dela e a distraí com conversa fiada.

- Estou feliz que você vai se casar com meu irmão, - disse ela um pouco mais tarde, quando estávamos em um canto da sala, comendo.

Isso me surpreendeu. - Você está? - Me encolhi com o quão ansiosa soei. Como um cachorrinho desesperado por uma guloseima. - Temos quase a mesma idade, então podemos ser amigas.

- Já somos amigas, - eu disse. Emma não era tão próxima quanto eu era de Anna ou de meus amigos da escola porque não a via com muita frequência, mas gostava dela. Depois do acidente, não tinha certeza de como tratá-la, mas logo percebi que ela ainda era a mesma garota de antes, só que menos móvel.

Os olhos de Emma dispararam para algo atrás de mim. Espiei por cima do ombro. Danilo estava vindo em nossa direção de novo, uma bebida na mão. Endireitei-me e sorri daquela maneira sofisticada que Fina havia aperfeiçoado. Seu olhar passou por mim antes de se fixar em Emma. - Vejo que está se virando. Você ficará bem enquanto trato de negócios?

Emma acenou com a cabeça. - Claro. Não sou um bebê.

O sorriso que Danilo lhe deu era desprotegido. Foi a primeira vez que seu rosto pareceu completamente livre de controle. Normalmente, ele estava sempre tão equilibrado e ciente de seu entorno. Queria que ele baixasse a guarda ao meu redor também.

Com um breve aceno de cabeça para mim, ele escapuliu.

Anna se inclinou em minha direção, uma mecha de seu cabelo castanho caindo do penteado. - Pare de lançar a ele esses olhos de cachorrinho.

Fiz uma careta. - Não lancei... - Tinha sido pega dando-lhe olhos de cachorrinho. - Só queria que ele parasse de me ignorar.

Anna encolheu os ombros. - Ele tem que te ignorar em público.

Até ficar mais velha, é contra a etiqueta mostrar que você está noiva.

Ela estava certa. Continuei comparando minha situação com a forma como Danilo tratava minha irmã, mas ela era mais velha e eles quase se casaram.

Prometi a mim mesma parar de me preocupar tanto com tudo.

Serafina e eu sentamos na varanda, aproveitando o dia quente de primavera. A barriga de Fina já estava enorme. Ela parecia prestes a explodir. Ela explicou que sua barriga estava maior porque estava esperando gêmeos. Simplesmente não podia acreditar que ela tinha dois pequenos humanos dentro dela.

Ela riu quando percebeu minha atenção. - Não se preocupe. Não vou explodir, mesmo que tenha vontade.

- Mal posso esperar para conhecer os gêmeos. - Eu ri. Seu sorriso vacilou. - Pelo menos alguém está ansioso.

Liguei nossos dedos. - Mamãe e papai ainda não estão felizes com os bebês?

Fina desviou o olhar, mordendo o lábio inferior. Ela não disse nada, mas eu podia dizer que ela estava segurando as lágrimas. Desde que ficou grávida, suas emoções estavam à flor da pele. Por isso nunca falava de Danilo com ela, embora estivesse desesperada para lhe perguntar sobre ele.

Papai veio até a varanda. - Sofia, posso dar uma palavrinha com

você?

Levantei-me surpresa por ele querer falar comigo. Era sobre o Danilo? O segui para dentro e nos acomodamos no sofá.

Sua expressão me disse que estava prestes a receber más notícias.

- Joaninha, sei que você estava animada para comemorar seu aniversário, mas dada a situação de Fina, sua mãe e eu decidimos que seria melhor cancelar a festa.

Meu coração afundou. Eu estava ansiosa para comemorar minha festa de aniversário de 12 anos com meus amigos. - OK.

Papai acariciou minha cabeça. - Sinto muito. Mas você entende que não podemos ter tantas pessoas por perto agora, não é?

Balancei a cabeça mecanicamente. Meus pais estavam tentando esconder Serafina do público o máximo possível. Não tinha certeza de por que eles ainda estavam se incomodando. Mesmo na escola, todos sabiam de sua gravidez.

- Mas Anna e sua família virão visitar, então você poderá passar seu aniversário com ela, - disse papai.

Podia ver o quanto ele se sentia mal e não queria que se sentisse ainda mais culpado mostrando minha tristeza, então sorri e o abracei.

- Não se preocupe, pai. Está tudo bem. - Quando beijei sua bochecha, foi como um peso tirado de seus ombros.

Anna e sua família chegaram um dia antes do meu aniversário.

No dia do meu aniversário, mamãe fez um grande bolo de chocolate para mim e fez muito glacê como sempre, porque eu adorava comê-lo com uma colher enquanto o bolo assava no forno. Leonas, Anna e eu passamos o dia juntos, nos enchendo de bolo e tagliatelle caseiro com ragù - um prato tradicional da cidade natal de nossa cozinheira, Bolonha. Finalmente ganhei um celular e, embora Danilo ainda não tivesse meu número, esperava receber uma mensagem dele.

Não seria difícil para ele descobrir meu número - tudo que teria que fazer era pedir a papai ou Samuel. Mas quando o jantar acabou e eu ainda não tinha recebido uma mensagem dele, aceitei que ele esqueceu meu aniversário. Minha decepção pesou muito sobre mim, mas tentei escondê-la de minha família. Não queria que eles percebessem a quão louca estava por Danilo.

Depois do jantar, Anna e eu fomos para o meu quarto e deitamos na minha cama para assistir filmes e ficar acordadas o maior tempo possível.

Como de costume, Anna leu meu humor. - Ele provavelmente só esqueceu. Os homens são assim, - disse Anna durante os créditos iniciais.

- Como você sabe tanto sobre os homens? - Zombei.

Anna revirou os olhos. - Tenho um irmão, e ele pode ser um grande idiota. Duvido que melhore com a idade. E quanto ao Sam? Ele sempre se lembra dos aniversários?

Balancei minha cabeça. - Fina sempre tem que lembrá-lo do aniversário da mamãe e do dia das mães. - Sorri, de repente me sentindo melhor. - Você está certa. Vamos curtir o filme.

Depois do café da manhã no dia seguinte, Sam acenou para mim, segurando seu telefone. - Danilo. - Havia um tom áspero em sua voz que não entendi, mas estava ansiosa demais para falar com Danilo para pensar nisso.

- Oi, - disse timidamente. Minha pele esquentou quando notei minha família olhando para mim. Virei-me e saí da sala de jantar para ter um pouco de privacidade.

- Olá, Sofia. Só estou ligando para desejar um feliz aniversário.

Tive um dia agitado ontem ou teria ligado.

Sorri. - Não se preocupe, está tudo bem. - Fiquei encantada com o quão suave minha voz soou, como se não estivesse nervosa.

- Espero que você tenha tido um bom dia.

- Sim, tive. Umm... tenho um celular agora. - Esperava que ele pedisse meu número.

- Isso é bom.

- Posso te dar meu número caso você precise entrar em contato comigo. - Nada suave na minha voz agora. Parecia uma idiota.

Danilo pigarreou. - Isso não seria apropriado. Se precisar entrar em contato com você, vou ligar para seu pai ou irmão.

Meu estômago caiu e o calor atingiu minhas bochechas. - Você está certo, - soltei.

Houve um momento de silêncio antes de Danilo dizer: - Tenho uma reunião agora. Tenha um bom dia.

- Você também.

Quando a ligação terminou, mantive o telefone pressionado no ouvido por alguns segundos antes de finalmente abaixá-lo e olhar para cima.

Fina estava parada na porta da sala de jantar, franzindo a testa enquanto me observava. - Você está bem?

Queria desesperadamente falar com alguém. No passado, esse alguém teria sido a minha irmã, mas agora uma barreira surgiu entre nós. Não era culpa de Fina. Ela ainda tentava falar comigo com frequência, mas era estranho compartilhar meus sentimentos idiotas por seu ex-noivo com ela. Especialmente considerando o quanto ela tinha que lidar agora. Ela logo seria uma mãe solteira de dois bebês. Meus problemas eram absolutamente ridículos em comparação.

- Sim, Danilo me desejou feliz aniversário. - Mordi meu lábio. - Ele já te parabenizou com um dia de atraso?

Fina caminhou em minha direção, embora fosse mais um gingado por causa de sua barriga gigante. - Não me lembro. - Ela tocou meu ombro, seus olhos procurando os meus.

Perguntei-me se ela realmente não lembrava ou se simplesmente disse isso para não ferir meus sentimentos.

- Não seria melhor você esquecer seu noivado com Danilo até ficar um pouco mais velha? Você ainda tem muitos anos antes de se casar com ele. Divirta-se com seus amigos até lá, e simplesmente não pense nele.

Queria fazer o que ela disse, mas meu cérebro parecia ter entrado em curto-circuito e todos os meus pensamentos giravam em torno de Danilo.

            
            

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