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Depois do seu show de estreia Daphne dirigiu-se ao camarim para refrescar a garganta com um copo de água e acalmar os ânimos, apesar de estar mais relaxada, não foi fácil tirar a roupa enquanto vários homens a assistiam, graças a Deus ela não era obrigada a se prostituir, o club tinha garotas de programa que atendiam os clientes VIP'S e algumas strippers também faziam tal serviço mas porque elas queriam fazer programa também, parece que os clientes VIP'S eram muito mais generosos que a plateia comum de executivos de grandes empresas.
Estava saindo do camarim quando entrou o gerente.
- Ohhh, não sabe bater na porta? - perguntou ela de forma exasperada.
- Não há tempo para formalidades Daisy, um de nossos clientes VIP'S quer um show privado com você, troque de roupa e se prepare para ser levada a uma de nossas salas privadas.
- Como assim Sr. Douglas? Vocês me prometeram que levaria um tempo até eu começar a fazer atuações privadas - respondeu ela com os nervos à flor da pele.
- Minha querida Daisy - falou o gerente em tom de ameaça - perdão decepciona-lá mas é de extrema importância satisfazer os clientes da casa, então ou você faz o show privado, ou pode se despedir agora mesmo de suas novas amiguinhas e ir embora.
- Isso não é justo, só fazer o show para a plateia foi difícil, agora eu tenho de enfrentar algum babaca pervertido que sabe-se lá o que ele vai querer fazer comigo na sala privada - disse ela enfurecida.
- Olha, você não é obrigada a fazer programa ou aceitar propostas que não estejam de acordo com o seu objetivo na casa, essa é a regra, então fica calma que os clientes tem conhecimento disso.
- está bem, eu vou lá fazer o show privado, mas que fique claro que só estou aceitando fazer isso hoje porque realmente preciso desse emprego.
- boa garota, agora vou pedir que preparem a sala, escolha o melhor traje o nosso cliente é muito exigente e não queremos decepciona-lo.
- tudo bem - murmurou ela.
Édouard foi levado para a sala privada, estava ansioso para ver aquela mulher que havia despertado os seus instintos mais selvagens, ela tinha que ser dele naquela noite.
A mulher havia lhe intrigado, estava se perguntado como pode uma figura ser tão perfeita e provocante ao mesmo tempo, não tinha visto o seu rosto mas tinha certeza que ela era bonita.
Daphne foi dirigida a sala privada por um segurança, estava linda no vestido longo preto de lantejoulas, com uma racha que deixava uma de suas pernas a mostra, com cinta liga e lingerie de igual cor e claro não podia faltar a máscara para cobrir metade do rosto.
Quando chegou na sala, o segurança bateu a porta e esperou ouvir um entre e então entrou.
Tudo aquilo era novo para ela, nunca tinha entrado nas salas privadas, sempre ouviu falar que eram lindas e luxuosas, uma visão de tirar o fôlego.
Um tapete vermelho felpudo cobria o chão inteiro da sala, uma mesinha e um sofá preto luxuoso estava no centro da sala, cortinas pretas envolviam todas as paredes, e tinha uma cama na sala?? Uma enorme cama, com lençóis de seda na cor vermelha, tudo de primeira qualidade, tinha uma segunda porta bem perto donde estava a cama, devia ser o banheiro.
Escutou um pigarreio foi então que se deu conta da figura que estava em pé com um copo de whiskey não mão, ninguém a havia preparado para aquele choque, a sala não se comparava a beleza estonteante daquele homem com ar de arrogância, estava intimidada com tamanha beleza mas recompôs se imediatamente, queria fazer o show e sair logo daí.
- Finalmente madame, estava achando que ia dormir esperando a senhorita chegar, por favor vamos começar.
- Ok - foi a única palavra que saiu da boca dela.
Édouard sentou-se na poltrona enquanto aguardava o show, Daphne ligou a música da banda Everybody loves an Outlaw intitulada I see red e começou o show, estava agitada por dentro, principalmente depois de ver aquela figura máscula, levou uma cadeira que ficava na lateral esquerda da sala, colocou num lugar que desse uma boa visão para Édouard e pois se a dançar nela, devagar, tocando em algumas partes de seu corpo, alternava entre movimentos sentada na cadeira e alguns movimentos em pé enquanto tirava a roupa sem pressa.
Aquela visão estava sendo maravilhosa para Édouard, ela realmente tinha um corpo lindo, esbelto com uma bundinha gostasa de ver e já estava imaginando em quantas posições diferentes iria penetra lá e fazê-la chegar ao êxtase.
Começou a tocar a música de Doja cat intitulada Streets e Daphne ainda não estava nua, não estava disposta a deixar que ninguém visse o corpo dela completamente nu, continuava dançando sem tirar a lingerie.
A música terminou, agora estava tocando a música de Lucky daye - Over, e para o azar dela aquele homem perigoso levantou-se do sofá e estava caminhando até ela, Daphne começou a recuar enquanto ele se aproximava, atingiu a parede encoberta de cortinas.
- Porquê foges, ma cherie? - perguntou ele com um olhar intenso, lhe encurralando na parede com as duas mãos em cada lado e ela no centro.
- N-n-não estou fugindo, meu show já terminou e acho que posso me retirar - respondeu ela engolindo em seco
- Não terminou não, você ainda está vestida e eu adoraria ver esse corpinho todo pelado - disse olhando para ela da cabeça aos pés - adoraria conhecer o rosto por detrás dessa máscara.
- Está louco?? Eu não vou ficar nua pra você não, está me entendendo? - disse ela enfurecida, rosnando em tom baixo e perigoso.
- Ah é?? E porquê não?? Eu estou pagando.
- e daí se está pagando?? Eu não sou obrigada a ficar nua pr.....
Édouard não deixou que ela terminasse de falar, envolveu o cabelo dela com uma mão, a puxou para mais perto e a beijou com uma paixão arrebatadora, o beijo pegou Daphne de surpresa, primeiro ficou imóvel, mas num passe de mágica ela já estava acompanhando o ritmo do beijo, a cabeça tentava processar a situação e tomar uma atitude mas o corpo dela estava entregue, ardendo em chamas, nunca tinha sido beijada de forma tão intensa, aqueles lábios macios a tomaram de um jeito possessivo e urgente, Daphne era inexperiente, seu primeiro e único namorado Thomas só a tinha beijado algumas vezes, apenas beijos inocentes sem segundas intenções, as borboletas batendo asas no estômago era uma sensação nova para ela, Édouard sabia que bastava colocar as mãos e os lábios numa mulher ela cedia aos seus caprichos, era um homem experiente e sabia como fazer qualquer mulher dançar a sua música.
Estava envolvido com os lábios doces e carnudos dela, tinham um sabor de framboesa doce e suave, por dentro já estava cantando vitória e estava pronta para levá-la a cama, terminou o beijo e quando ia finalmente a guiar para a cama sentiu um tapa no seu rosto.
- O que você pensa que esta fazendo?? - perguntou ela ofegante.
- Não é óbvio? Eu estava a beijando madame, nunca foi beijada? - respondeu ele de forma calma e serena, aquele tapa foi tão inesperado que ele ainda estava desnorteado e nesses momentos o melhor era manter a calma.
Daphne teve um ataque de fúria, e começou a golpeá-lo no peito com suas mãos delicadas.
- Seu cretino estupido e arrogante - gritou ela enquanto o golpeava - quem você acha que eu sou seu idiota? Como ousa me beijar, eu não te dei permissão para tamanha intimidade.
- maldição mulher, quer ficar calma? - falou ele segurando os braços dela.
- Calma? você quer que eu fique calma? Como se atreve depois do você fez - respondeu ela com raiva enquanto tentava se desvencilhar das mãos dele.
- Ora foi só um beijo, não precisa tanto alvoroço - disse ele perdendo a paciência.
- Escuta aqui seu desgraçado, eu não sou uma das suas p*tas que você faz o que bem entender!! Me solta, me solta já seu pervertido - disse ela enquanto pisava o pé dele com força.
Édouard lhe soltou enquanto praguejava baixo, as coisas saíram do seu controle e ele estava mais enfurecido do que antes de chegar no club, foi com a intenção de relaxar e clarear as ideias mas só piorou a situação.
- Já chega mulher, chega desse showzinho ridículo - disse ele com o semblante sombrio - você já esgotou minha paciência.
- Ótimo, a minha esgotou faz tempo, vou embora - disse ela pegando seu vestido pra sair.
- Não precisa sair semi-nua, eu é que vou embora, sinta-se a vontade para vestir, Enchante madame - disse ele de forma rude foi até a porta abriu e saiu fechando a porta com força.
Daphne ficou ali feito uma idiota, aquele homem havia mexido com seus hormônios, tinha cheiro de hortelã, perfume caro e encrenca, quem era ele? Teve a audácia de beija-la como se ela fosse sua propriedade, no fundo ela gostou do beijo, não sabia que um beijo podia deixar uma mulher com o corpo todo arrepiado e em chamas, nunca se sentira tão excitada e tão enfurecida ao mesmo tempo, aquele imbecil não tinha o direito de tomá-la como se ela fosse sua ou fizesse parte do seu harém.
Saiu da sala privada e caminhou para o camarim, onde encontrou sua amiga Elouise retocando a maquiagem.
- Hummm aí está você Daphne, então, como foi com o Édouard, ele é tudo isso que as meninas falam? - perguntou Elouise com a maior curiosidade.
- Quê?? Aquele patife e o tal Édouard que as meninas deretem por ele?? - disse Daphne com cara de espanto - Ele é um completo idiota isso sim.
Elouise caiu na gargalhada.
- Como assim amiga? - perguntou ela segurando o riso.
- Você acredita que ele praticamente me beijou a força?? E ainda teve a audácia de perguntar se eu nunca tinha sido beijada, mereceu o tapa que eu lhe dei - disse Daphne enquanto tirava a maquiagem.
- Não acreditoooo, você deu um tapa nele?? Édouard te beijou a força? ele não é esse tipo de homem não, que estranho - respondeu Elouise pensativa.
- Ele não me beijou a força, mas eu não lhe dei permissão para ser beijada então é praticamente a mesma coisa - respondeu ela com a cara emburrada.
- Então você não gostou do beijo? - perguntou Elouise com uma sombracelha erguida.
- Claro que não, que nojo, como eu iria gostar do beijo de um desconhecido? - mentiu ela, corando as bochechas - e além do mais você sabe que eu tenho namorado Loui, eu já me sinto mal de estar trabalhando aqui sem o conhecimento dele, e ainda vem esse imbecil se achando o dono do mundo e me beija, que mancada.
- Hummm, sei...... você não vai mesmo contar ao Thomas que está trabalhando como stripper agora? Apesar de trabalharmos em turnos e só alguns dias da semana, como vais justificar se algum dia ele quiser sair contigo e calhar no dia do seu turno?
- Mas com que cara eu irei contar ao Thomas que agora trabalho num cabaré me exibindo para outros homens? Eu gosto tanto dele e sei que estou sendo injusta, talvez seja melhor terminar o nosso relacionamento - disse Daphne entristecida.
- Não pense de cabeça quente meu amor, pense com calma no que fazer, uma hora saberás como lidar com essa situação.
- Obrigada amiga, vou ficar calma e quem sabe alguma ideia genial aparece.
- Desde que não seja nada de outro mundo né, então eu vou lá divertir os clientes, espera por mim que vamos juntas pra casa, o club vai fechar daqui a pouco.
- Tudo bem - disse Daphne enquanto se jogava na poltrona do camarim.
Édouard saiu do club carrancudo, perdera o auto controle, nenhuma mulher podia em hipótese alguma arruinar o seu dia ou deixa ló encurralado e sem atitude, aquela mulher havia lhe enfurecido, pagou tanto para desfrutar de sua companhia e seus serviços e resulta que ganhou um tapa como prêmio, mas ele não se dera por vencido, gostava das mais difíceis e ela era difícil e geniosa.
Enquanto conduzia nas ruas de Nova York pensava em como foi delicioso beijar aquela boca e ele queria mais, tinha que repetir o beijo e claro possuí-la com ardor e intensidade até ela aprender a respeitar um homem, tinha que admitir, ela tinha personalidade, mas ele era Édouard Patrick e ninguém dizia não a ele.
Iria descobrir que rosto tinha naquela máscara e iria fazê-la comer nas suas maos..... se pegou sorrindo, ahh aquela morena obstinada, havia acendido uma pequena chama no seu coração, mas isso era temporário, disse para si mesmo, depois que a possuísse não restaria vestígio algum dessa chama.
Sua cobertura estava localizada na 432 da Park Avenue, vivia ali a pouco mais de um ano, escolheu esse bairro porque dava uma visão previlegiasse do Central Park, quando chegou foi direto ao banheiro, precisava de um banho frio para arrefecer o corpo, ainda sentia vontade de ter aquela mulher e isso não seria possível no momento.
Depois do banho foi a cozinha, tomou um suco e foi ao seu quarto se deitar, já estava amanhecendo e teria um longo dia pela frente.
Daphne e Elouise voltaram para casa 5h da manhã...... estavam cansadas depois de uma longa noite.
- Finalmente em casa, eu vou tomar um banho quente e descansar, minha coluna está reclamando, preciso de repouso - disse Elouise a Daphne.
- Pois é, eu também preciso de um banho e da minha cama - respondeu ela bocejando.
- Bom descanso amiga até daqui a algumas horas - disse Elouise enquanto ia no seu quarto.
- Tá bem Loui, bjs.
Daphne tomou o seu banho quente, vestiu o seu pijama com estampa de onça e deitou-se na cama, ainda sentia-se agitada por causa da sua noite de estreia, era muita coisa para assimilar, ela se exibindo para plateia, mas o que a deixava mais inquieta era aquele homem, Édouard, então esse era o seu nome, fora rude com ele mas foi merecido, ninguém tinha o direito de usá-la e ela jamais permitiria isso, sempre sonhou em viver um conto de fadas e com seu namorado Thomas estava tudo indo no caminho certo, mas agora estando envolvida nesse mundo obscuro era mais que um balde de água fria para todos os seus sonhos infantis, era como se todo encanto tivesse quebrado do dia pra noite.
Era sábado e havia combinado sair para almoçar com Thomas e depois passar um tempo no Central Park.
Acordou 10h, foi tomar um banho rápido e depois foi a cozinhar tomar o seu desjejum, Elouise ainda estava dormindo e não queria incomoda-la.
Ainda tinha tempo então resolveu ler alguns capítulos do livro "A Rainha Vermelha" de Victoria Aveyard.
Já eram 11:45 quando Thomas ligou avisando que estava a caminho, foi vestir um de seus vestidos favoritos, de um tecido leve na cor azul claro com estampa de flores e aves, calçou uma sandália branca, escutou a companhia tocar, deve ser o Thomas pensou ela, já estava pronta, levou sua bolsa e foi abrir a porta.
- Oi Daph, você está linda - disse Thomas entregando um buquê de lírios a Daphne.
- Obrigada Thomas, entre..... que lindas flores, obrigada, vou colocar no vaso e já saímos.
Daphne colocou os lírios num vaso com água e saíram.