Meu amado sádico
img img Meu amado sádico img Capítulo 4 Por favor, não me mate!
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Capítulo 6 Somos amigos, não é img
Capítulo 7 Uma coisinha corajosa img
Capítulo 8 Vou te mostrar... img
Capítulo 9 Uma visão privilegiada img
Capítulo 10 Eu aceito sua proposta! img
Capítulo 11 Caminhe, ou eu te arrasto! img
Capítulo 12 Tire toda a roupa img
Capítulo 13 Faça o que tem que fazer. img
Capítulo 14 Está presa a um contrato img
Capítulo 15 Você é minha bonequinha img
Capítulo 16 Satisfação img
Capítulo 17 Você não me trás boas lembranças img
Capítulo 18 Boa menina! img
Capítulo 19 Porque eu te aturo img
Capítulo 20 Alguém em casa img
Capítulo 21 Uma visita ao diabo img
Capítulo 22 O diabo em pessoa img
Capítulo 23 Ele adora seus olhos img
Capítulo 24 Prazer e dor img
Capítulo 25 Degradação e humilhação, andam lado a lado img
Capítulo 26 Não passa de uma fodida na vida img
Capítulo 27 O mundo de OZ img
Capítulo 28 Quem é o seu dono img
Capítulo 29 A garota virgem e o mafioso img
Capítulo 30 Não vale sonhar img
Capítulo 31 Seja uma boa menina img
Capítulo 32 Over the Rainbow img
Capítulo 33 Que gentil, ele está preocupado! img
Capítulo 34 Como alguém suporta você ! img
Capítulo 35 Vai jantar comigo essa noite. img
Capítulo 36 Negócios obscuros. img
Capítulo 37 Claro Senador, eu adoraria me divertir com você. img
Capítulo 38 Eu realmente detesto você! img
Capítulo 39 Os cães também comem! img
Capítulo 40 Volte para o camarote, e me espere. img
Capítulo 41 Onde está minha garota img
Capítulo 42 Nunca toque no que é meu! img
Capítulo 43 Posso dormir ao seu lado img
Capítulo 44 Um cartão sem limites img
Capítulo 45 Quais as cartas do jogo img
Capítulo 46 Whisky macallan e Sexappeal img
Capítulo 47 Quem brinca com fogo, se queima img
Capítulo 48 Uma coelha atrevida, e uma raposa cruel. img
Capítulo 49 Isso não vale a pena. img
Capítulo 50 Seu plano deu errado img
Capítulo 51 Prazer, eu sou Andrey Demidov img
Capítulo 52 Dos venenos, o ego é o pior. img
Capítulo 53 Ele vai me matar! img
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Capítulo 4 Por favor, não me mate!

- Odeio perder... Sabe disso! - Nikolai continuou aquele monólogo - Odeio que pensem que sou estupido, ou que sou cego... Tolo engano, me conhece ao que, Kazuki?

- Dez... Dez anos - respondeu sem muito vacilo.

- É muito tempo... - riu o Urasov - No nosso tipo de negócio, existe um código, certo? Alguns chamam de família, irmandade... Prefiro acreditar que são laços de amizade e confiança, mas amigos e família brigam de vez em quando, não é? Então como punir um... Filho, por exemplo? - ele falou em um tom de voz calmo, rouco, indiferente. Seus olhos encontraram os de Nina que estava pronta para sair dali, mas o gesto dele a chamou. - Vamos ao básico dos negócios na minha percepção - continuou assim que Nina estava perto o bastante de si, então Nikolai levantou-se. Ela viu o quanto ele era alto, muito mais alto que si, era forte e intimidador. Era possível constatar o traço de musculatura definida mesmo pelo terno que ficava ligeiramente justo em pontos de tensão. - O que seus clientes pensam quando entram aqui e são recepcionados por uma... Garotinha de... Quatorze? - perguntou segurando o queixo de Nina a fazendo olhá-lo. Instantaneamente ela corou totalmente trêmula.

- D - dezesseis - murmurou temorosa.

- Dezesseis - repetiu - É meu número da sorte - um meio sorriso formou-se nos lábios dele.

- Não é cotidiano, e... - Kazuki começava, mas com um gesto do loiro, calou-se.

- O uniforme é a primeira parte que vemos - continuou o Urasov. As pontas dos dedos deslizaram pela lateral do vestido que tinha uma fenda de cada lado da perna, sendo bastante revelador. Diferente do que esperava, Nina sentiu a pele arrepiar-se involuntariamente com o toque nunca antes recebido, seu corpo tremeu mais. - Está com medo? - ele sussurrou perto do seu ouvido, o que fizera o coração dela disparar ainda mais e sua respiração acelerar. No entanto, não queria só parecer frágil. Negou com a cabeça, quando, na verdade, estava apavorada. Nikolai sabia e muito bem, por cada nuance dela, que o pânico a tomava e talvez por isso ela parecia cada instante mais tentadora. - O uniforme deve destacar atributos - disse subindo a mão um pouco mais pelo corpo ainda jovem e um tanto curvilíneo, embora um tanto chamativo se comparado com uma mulher - Devem passar, ao mesmo tempo, a vulgaridade e o bom gosto. Atiçar a vontade de... Consumir, não acha? - pediu enquanto as mãos deslizavam pelo pescoço esguio e branquinho de Nina, que, estremecia descontroladamente com aquilo, talvez achando que ele a estrangularia bem ali, mas as quenturas no corpo expandiam-se incontrolavelmente, principalmente quando sentiu o roçar sutil das pontas dos dedos dele, enquanto subia.

Ela estava presa em um looping dentro de si mesma. As sensações contraditórias que se espalhavam no seu corpo por todas as direções eram desesperadoras. O coração batia frenético no peito, coisas estranhas formavam-se em sua inocente imaginação, um formigamento acomodava-se em seu baixo ventre fazendo algo pulsar entre suas pernas. Era um calor estranho e nada acolhedor. Ela foi girada por ele, que segurou em seus ombros e a deixou de frente para ele. A franja grossa emoldurava o rosto inocente demais. Os olhos azuis focaram nos lábios avermelhados de acúmulo sanguíneo, e as bochechas vermelhas dela. Uma garota tímida, novinha... Inexperiente e apavorada. O cheiro dela estremeceu o corpo dele que sentiu o primeiro latejar em si. Os olhos azuis simplesmente devoravam lentamente os brancos na mais clara intensão: corromper. Olhar a pureza dela o fazia ansiar por ser a mácula.

Sem a menor dificuldade, ele a sentou sobre aquela mesa em um gesto calculado e rápido. As coxas pálidas agora estavam expostas pelas fendas do tecido vermelho brocado. Estava morrendo de vergonha, e, ao mesmo tempo, estava capturada como uma mosca na teia daquele homem. Uma pulsação eufórica do que viria a seguir, a contaminava lentamente como um soro gotejando em sua veia. A sensação de adrenalina a tomava. Todas as regras de sua mãe estavam sendo quebradas de uma só vez. Se era uma simples reunião de negócios, qual era o seu papel naquilo, afinal? Ah é... O espetáculo.

- Então... Temos a garotinha... Que certamente é muito inexperiente ante... Tudo - ele deu um sorriso torto. As mãos foram colocadas uma de cada lado nas coxas, apertando-as e fazendo um pequeno gemido escapar dos lábios dela, que se encolheu em vergonha ainda maior. O que era aquilo que fervilhava em si? Nina estremeceu em pulsos por todo o corpo quando as mãos grandes e rudes dele deslizaram para cima e a puxaram para a ponta da mesa ao encontro do corpo dele, que encaixou-se entre as pernas dela. - Isso não é um bom abre alas - prosseguiu. Então com a destra segurou o rosto dela, o polegar deslizou sobre o lábio rosado o pressionando quase como uma massagem erótica, ao mesmo tempo que ele aproximou o seu rosto e seu corpo do dela, tão perto que ela podia sentir o hálito quente dele misturando o cheiro da nicotina e toque achocolatado alcoólico do whisky caro, Nina sentia claramente o cheiro do perfume amadeirado picante. Não havia mais uma zona segura ali. Ele rompera qualquer limite e espaço pessoal dela, e naquele instante compartilhavam oxigênio, calor... Havia tão crescente nela, uma ansiedade de algo que desconhecia e esperava, quase suplicava e nem mesmo sabia ou entendia o que era. Então a mão dele segurou algo atrás dela - Como se chama?

- A-Antonina - balbuciou tímida, ligeiramente ofegante, trêmula... Ele continuava perto demais e por alguma razão, as facas da cozinha não lhe vinha à mente naquele momento. Aliás, nada vinha a sua mente, era como se essa estivesse sendo drenada lentamente e, ao mesmo tempo, alimentada por adrenalina pura.

Estava entre um ataque de pânico e ansiedade e um colapso catatônico.

- Antonina... Gosta de sentir dor? - ele perguntou e ela abriu os olhos espantados, principalmente quando viu que ele havia pego justamente a pistola que estava sobre a mesa. Com medo, ela negou com a cabeça de forma veemente, enquanto atordoava-se. Fizera algo errado? Iria morrer? Ele iria causar-lhe dor agora? - Não... Claro que não - ele sorriu de uma forma sexy a olhando nos olhos. Aquele terror dela que ele a causava, arrepiava sua pele excitando-o. Nada despejava mais tesão e prazer no corpo masculino do que a sensação do poder de decisão sobre outrem. Sobre a dor, sobre o medo, sobre vida e... sobre morte. Destravou a pistola a deixando pronta para uso - Só uma pequena parte da população mundial sente prazer com a dor... mas às vezes você pode descobrir que a dor... Pode ser satisfatória - ela engoliu em seco com o olhar dele cravado em si. - Mas não é essa a questão aqui... - Ele focou nos lábios dela, e sem mais resistir aquilo que gritava seu nome, Nikolai mordeu o lábio feminino, que sentiu a pontada da dor, o que foi péssimo, no entanto, para sua completa surpresa, a reação do seu corpo fora oposta a rejeição e asco quando aquele calor violento se espalhou de uma vez com o contato dele consigo.

Era terrível? Certamente era, afinal, vivendo naquelas condições, conhecendo homens como aqueles, ela deveria sentir apenas asco, repudio e repulsa, não aquilo que aflorava descontroladamente em seu corpo contra a sua vontade.

- Onde quer chegar com isso? Estou confuso? - interrompeu Kazuki, notoriamente irritado.

- A fachada do seu negócio. Como ele vai, como ele se mostra e se comporta ante as pressões... E agora... Como ele realmente é... - Nikolai puxou Nina novamente, tirando-a da mesa e a fazendo ficar de costas para si, totalmente encostada contra seu corpo e então levou aquele objeto metálico direto para as mãos pequenas, sentindo cada músculo dela tencionar e enrijecer em contato com a pistola. Dizer que ela tremia antes era eufemismo - Pelo visto, nunca segurou nada assim, tão... Grande, duro e... Realmente perigoso em suas pequenas mãos, não é? - afirmou sacana e sugestivo, fazendo alguns homens rirem enquanto ela corou diante do comentário. Nina então maneou a cabeça em um não - Vou te explicar rapidinho, coisinha - sussurrou contra o ouvido dela mordiscando o lóbulo de sua orelha em seguida. O tom de voz voltou a subir para que todos a mesa o ouvisse - Uma arma não é fácil de usar, precisa ser manipulada bem, como uma mulher - enquanto explicava, fazia Nina tocar o objeto de cano cilíndrico - Precisa entendê-la, seus desejos, seus anseios - ele ajustou uma mira enquanto deixou apenas as mãos dela sustentar o peso da arma à medida que uma de suas mãos deslizou pelo vestido através fenda a tocando próxima à calcinha que ela usava a fazendo estremecer ainda mais nervosa - Precisa saber manusear... E quanto mais prática... Melhor fica - disse deixando seus dedos deslizarem pela fenda dela que, estava quente e ficando perceptivelmente úmida por cima da calcinha. As reações do corpo juvenil era o que mais o instigava naquele momento enquanto Nina, paralisada, era incapaz de reagir - A verdade é que às vezes, ansiamos demais e damos um passo maior do que conseguiríamos... Odeio ser passado para trás Kazuki... Negócios por cima dos meus, armas de meu rival?

- Nikolai, eu - ele começou, mas o loiro, com a mão por cima da de Nina sobre a pistola, a fez apertar o gatilho ao passo que ele segurou o coice do disparo no momento que ela gritou e o peito de Kazuki começava a sangrar.

Certeiro, assim que foi aquele disparo. Ela queria soltar a arma, mas a mão dele pressionava a dela e não deixava, no entanto, ele apontou a arma e continuou a disparar segurando a mão dela na pistola que gritava e chorava até o pente estar completamente vazio. Totalmente descarregado contra o peito de Kazuki. Obviamente que, àquela altura, a balbúrdia espantou a todos os clientes do lugar. Funcionários se esconderam, e Nina só pensava que ia morrer quando ele finalmente libertou sua mão. Seus joelhos batiam um contra o outro. Ela havia perdido a cor e estava em choque. Seu rosto estava úmido de lagrimas que escorriam em abundância diante da perversidade monstruosa, e quando ela finalmente levantou a cabeça um pouquinho mais, o viu destravando a arma e colocando um novo pente de munição. Os olhos tinham um insano brilho de prazer e quando se focaram nela, aquele pequeno sorriso cruel tirou o solo sob seus pés. Ele era um monstro!

- V-v-v-o-c-c-cê matou ele - dizia chorando em pânico, ofegante e totalmente perturbada...

- Não... - sorriu sinistramente - Você o matou, e devo dizer que fez um lindo trabalho. Eu só... amparei o coice da arma, é muito miúda pra suportá-lo - Ele deu um passo adiante seguindo para ela, que deu um para trás e encostou-se contra a mesa. Tremia dos pés à cabeça e o encarava com terror. Ele analisava cada mínimo pedaço dela, do cheiro de medo que exalava, ao terror nos olhos brancos. Sim... Era aquilo, aquela fagulha... Um pequeno passarinho... Ele até conseguia ver as "asinhas". Como na sua infância quando ele as cortou de seu bichinho. Sufocar um pequeno pássaro até esse morrer - E agora, Hina... Tem medo? - o semblante sádico e frio a fazia compará-lo não apenas a morte, mais ao bicho-papão. O causador de pesadelos.

Não era louca... Os olhos deixaram mais lágrimas escorrer, os lábios tremiam tanto que se ele se importasse até sentiria pena.

- P-por f-favor n-não... N-não me mata - suplicou pronta para ajoelhar-se, mas seu corpo não reagia ao pânico.

- Matar?! - ele sorriu - Oh não, minha criança... Acho que começamos com o pé esquerdo... Tenho planos pra você que certamente começam ainda essa noite.

Os olhos dela arregalaram-se em terror... Haviam monstros, e havia ele.

            
            

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