Ao estudar liderança, devemos, portanto, estar atentos para três fatores importantes:
- O líder e seus traços de personalidades;
- Os liderados, com seus problemas, necessidades e comportamentos;
- A situação do grupo em que líderes e liderados se relacionam entre si.
Poderíamos então, definir liderança como sendo a influência interpessoal exercida numa situação, por intermédio do processo de comunicação, para que seja atingida uma meta.
Há influência interpessoal, quando alguém tenta afetar o comportamento de outro, num relacionamento, o papel de quem influência, de quem lidera, pode passar de uma pessoa para outra, variando segundo a situação.
Não podemos, entretanto, confundir liderança com "poder". Quando alguém emprega sua força física, pressão social, coação moral, pressão de lei ou pressão de autoridade, para mudar a situação está usando o "poder", mas não está exercendo a liderança.
Qualquer grupo constituído sofre mudanças de situações em diversos momentos de sua vida. As alterações que afetam um grupo exigem sempre reformulação no comportamento do líder. É a transformação da atmosfera psicológica do grupo o principal fator a exigir a capacidade de adaptação do líder.
É através do processo de comunicação que o líder eficaz envia mensagens aos liderados, levando-os à ação para que alcancem os objetivos, as metas previstas.
O líder "é o indivíduo no grupo, a quem é dado à tarefa de dirigir ou coordenar tarefas relevantes nas iniciativas grupais, ou quem, na ausência do líder designado, assume a principal responsabilidade de desempenhar tais funções no grupo".
Isto não quer dizer que o líder assume tal papel durante o tempo todo. Há momentos em que ele atua de forma mais diretiva e outros em que sua abordagem apresenta menor interferência pessoal.
Sempre, porém, que o grupo sentir necessidade de um referencial ou de alguma revisão de orientação de suas atividades, deverá poder contar com o apoio do líder a quem está acostumado a seguir.
O verdadeiro líder deve levar o grupo a produzir frente aos objetivos que precisam ser atingidos. Uma vez que isso aconteça, é importante que o grupo participe da satisfação de constatar os resultados alcançados.
Também é responsabilidade de um líder garantir a moral dos membros do grupo. Essa moral deve retratar a satisfação de cada membro em particular. Isto implica uma atitude por parte do líder, de sensibilidade para favorecer o ajustamento de cada pessoa, dentro do contexto grupal em que se encontra inserida.
Deve-se ainda, levar em consideração o fato de que um grupo não subsiste isoladamente, todo ser para desenvolver com qualidade o seu trabalho necessita fazer harmoniosamente e unindo todas as forças necessárias. Desta forma também analisa-se os grupos, pois são constituído de seres racionais que necessitam comungar o espírito de união.
Cabe ao líder, portanto, a sensibilidade de perceber e diagnosticar as variáveis ambientais, para estar habilitado junto com o grupo, imprimir diferentes orientações ao seu futuro destino, sendo assim, o líder necessita analisar varias perguntas a seguir que poderão identificar claramente o trabalho seu na condução de um grupo de pessoas.
Liderança é exclusividade de alguns?
Quando forma-se grupos de trabalhos necessitam de pessoas que conseguem desenvolver harmonicamente o desempenho profissional, pois existem diferentes pessoas e necessidades, com isso o responsável do determinado grupo deve possuir conhecimentos amplos que demonstre segurança ao seu próximo e ainda mais ser responsável em defender seus colegas em qualquer momento que necessitar. Desta forma a liderança só existe porque o trabalho é realizando em conjunto, ou seja, todos buscando o mesmo objetivo, independentemente da posição que ocupa no grupo, este ditado responde claramente esta pergunta, "uma andorinha não faz verão".
Qualquer um pode ser líder?
Qualquer potencialidade das pessoas pode ser transformada em força para a liderança. Pessoas que, inicialmente parecem não ter expressão no grupo, à medida que criam confiança em si, libertando-se de inibições, timidez, insegurança, pode passar a exercer muito bem uma liderança, mas deve conhecer bem do que vai dirigir, deve estar preparado psicologicamente e profissionalmente.
Há liderança que não aparece?
Certas formas de liderança, como a da inteligência, "a liderança intelectual" podem não aparecer muito, mas podem ser mais profundas e decisivas do que outra forma de liderança.
Liderança pode ser aprendida?
Cabe ao Instrutor, professor, chefe, supervisor ou dirigente -perceber capacidades nas pessoas e proporcionar-lhes situações para que estas capacidades se revelem e se desenvolvam. Promove-se assim, o aparecimento de novas lideranças a serviço do grupo.
O líder, frente às "panelinhas", deve estar atento para evitar atitudes opostas?
Organizar atividades grupais somente a partir da formação espontânea e natural dos grupos;
Ver os subgrupos como elementos negativos e "desmanchar as panelinhas". Mas tomar cuidado com esta atitude, pois empobrece o grupo e leva a desmotivação profissional e desconfiança do grupo em relação ao líder.
A melhor atitude de conquista de um líder em acabar o subgrupo é fazer com que eles aceitem a participação de novos elementos, em função das diferentes tarefas a serem realizadas, com isso adquiri confiança e devagarinho extermina com o subgrupo.
Portanto, um líder existe dentro de cada pessoa, o que a pessoa não sabe é que deve ser colocado em prática para satisfazer a si e ao seu semelhante.
O líder monta-se uma liderança, mas uma liderança não forma um líder, porque para se transformar necessita do próprio homem querer ser líder.
Existem três tipos de lideres a serem analisados:
1) Autocrático: sua principal característica é a de que o líder é quem toma decisão e impõe as ordens aos subordinados, sem sequer explicá-las ou justificá-las. Os subordinados não têm liberdade de atuação, pois o líder autocrático controla rigidamente a sua atividade e não lhes explica o objetivo de seu trabalho.
2) Liberal: o líder se omite e não se impõe, enquanto os subordinados se tornam os donos da situação. Há uma completa e total liberdade de atuação para os subordinados. Nenhum controle sobre o seu trabalho. Todavia, os objetivos do trabalho não são explicados.
3) Democrático: é o tipo de liderança que fica no meio-termo entre a autocrática e o liberal, evitando as desvantagens de ambos. O trabalho é apresentado pelo líder aos subordinados, que lhes dá as diversas alternativas de execução e os objetivos que devem ser alcançados. O assunto é debatido com os subordinados que fazem sugestões, as quais, se viáveis, são aceitos pelo líder.
Através da história a seguir, vamos refletir o líder verdadeiro para o seu próximo:
"Em uma cidade havia um senhor chamado Francisco, idoso sua felicidade é jogar futebol com os jovens e eles também gostavam de jogar com ele.
Numa manhã os companheiros do senhor Francisco passaram na sua casa, mas o senhor Francisco estava triste e sem vontade de jogar.
Pediram para ele o que estava acontecendo, com sua humildade respondeu:
- Ontem quando acabou o nosso jogo, saindo do campo um garoto falou-me, o senhor não se acha muito velho para jogar futebol, deixa só os jovens praticar, pois perderam a partida por culpa sua.
- Fiquei tão para baixo e refleti, certamente prejudiquei o time daqueles jovens?
Um de seus companheiros falou:
- Senhor Francisco a nossa felicidade não está na vitória do futebol, mas está na amizade. O que aprendemos com o senhor é muito mais do que derrotas, e com isso nos faz descobrir que ter um líder como o senhor, conseguimos vencer todas as nossas barreiras que é caminhar nos lugares perfeitos que um jovem deve ser levado, como é importante ter um amigo como o senhor".
Esta história nos mostra que um líder não é só nos momentos profissionais, mas também nos divertimentos.
Um líder não tem idade, mas sim tem a experiência de conduzir o seu semelhante para o caminho da verdade e honestidade.
Um líder é alegria, pois ele leva a união entre todo o grupo;
Um líder é fé, pois todos acreditam no seu potencial, independentemente da vitória ou da derrota, mas ele está sempre com o seu grupo passando coragem para vencer a próxima batalha.