Treze
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Capítulo 2 2.13.2

Não sei exatamente quando me dei conta da presença dela em minha vida mas, sei que experimentei um tipo de amor que só foi possível ali, naquela casa e com aquela mulher.

Já ouvi muitas histórias a seu respeito, sobre como se casou fugindo com meu avô, mesma amando outro que havia a abandonado uma semana antes do casamento. Meu avô nunca ocupou um lugar em seu coração, este esteve sempre preenchido pelo abandono. Histórias sobre como era tinhosa com seus pais, característica que permaneceu, até o fim.

A nossa história juntas, não sei bem como começou, mas sei dar um ponto inicial que, contada a mim fez com que esse amor ocupasse um lugar, um lugar de importância, seguro, que me fazia voltar todos os anos para lá até que eu não fui mais embora.

O que me disseram? Conto agora!

Falavam que ela via que minha mãe não cuidava direito de mim, que era até negligente. Minha avó me achava magrinha no alto dos meus 5 meses de existência, e ser magra para ela não era bom sinal. Pelo que me contam, ela fazia de tudo para passar por cima dessa mulher que chamavam minha mãe, me dar mamadeira, e cuidar como ela achava que era o certo.

Um dia, minha mãe foi comigo para a casa da vizinha e minha avó não gostou nenhum pouco. Bateram boca, saíram no tapa na rua, mordidas feriram.

Foi a primeira vez que uma pessoa rolou no chão para me defender.

Com 5 míseros meses de vida não dava para ter dimensão do que aconteceu, mas aquilo marcaria para sempre a nossa história.

                         

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