O Segredo da Casa 223
img img O Segredo da Casa 223 img Capítulo 5 A coincidência dos sonhos
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Capítulo 6 Os cômodos secretos - Parte I img
Capítulo 7 os cômodos secretos - Parte II img
Capítulo 8 As cartas codificadas img
Capítulo 9 O delegado do oeste img
Capítulo 10 O decifrável código img
Capítulo 11 O anjo do deserto - Parte I img
Capítulo 12 O anjo do deserto - Parte II img
Capítulo 13 O trio de guerreiros e um novo desafio img
Capítulo 14 A verdade veio à tona - Parte I img
Capítulo 15 O pergaminho do gelo img
Capítulo 16 Cilada da Morte img
Capítulo 17 Cilada da Morte - Parte II img
Capítulo 18 Cilada da Morte - Parte III img
Capítulo 19 A Vila Imaginária - Parte I img
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Capítulo 5 A coincidência dos sonhos

Isabella sonhava que estava em uma floresta densa e escura, em busca de um tesouro perdido. O mapa antigo, passado por gerações em sua família, a guiava até uma clareira iluminada pelo sol em uma cabana. Uma caixa de madeira esculpida aguardava, abrindo-se com um clique suave. Seu interior revelava um colar de ouro maciço com um rubi vermelho-escuro brilhante, emitindo uma luz intensa como fogo.

Enquanto a chuva torrencial desabava sobre a cidade na realidade, Isabella e Lorenzo permaneciam em um sono profundo, suas mentes imersas em mundos de aventuras. Lorenzo, em seu sonho, liderava uma tripulação pirata, enfrentando tempestades e monstros marinhos, até chegar a uma ilha misteriosa. O tesouro almejado estava em um grande baú dourado, repleto de riquezas.

As aventuras eram emocionantes, e os perigos eram inimagináveis. Capturados por bandidos cruéis, Isabella e Lorenzo lutavam pela liberdade em uma caverna escura e úmida. Após escaparem, enfrentavam animais selvagens, pontes precárias e inimigos tenebrosos, culminando na busca pelo tão sonhado tesouro.

Acordando simultaneamente, eles observavam o vendaval lá fora, o vento forte arrastando folhas e galhos. A volta para a realidade não apagava a sensação de aventura. Às 4 da manhã, incapazes de retomar o sono, foram até a cozinha, onde se depararam e perceberam que haviam sonhado quase a mesma coisa.

Contando detalhes de seus sonhos, Isabella decifrou um código nas descrições dos tesouros, apontando para uma porta secreta na casa 223. Uma mensagem codificada em seus sonhos intrigantes. Agora, a investigação conjunta dos dois buscava entender se aqueles sonhos eram mais do que coincidência e quem estaria por trás dessa comunicação onírica.

A troca de histórias continuou na cozinha enquanto tomavam chá quente. A conexão entre eles crescia, mas algo estava prestes a ser revelado. A confissão de Lorenzo sobre sua vida como ex-policial e a perda trágica o aproximou de Isabella, que compartilhou sobre seu amor pela arquitetura e a perda de seu marido. O peso da tragédia uniu seus destinos, revelando um elo mais profundo do que imaginavam.

Com o dia raiando, a coragem impulsionou-os a retornar à casa 223, onde mais mistérios aguardavam para serem desvendados.

O Retorno

Isabella e Lorenzo permaneciam na cozinha, ainda sentados, absorvendo o impacto dos sonhos que os atormentavam. A adrenalina provocada pelos pesadelos dispensava a necessidade de café; a tensão dos sonhos era suficiente para mantê-los alerta.

No silêncio pesado, Lorenzo, atormentado por pensamentos inquietantes, remexia-se incessantemente. Isabella percebeu e foi a primeira a quebrar o silêncio, sua voz sussurrando a inquietude que pairava.

- Lorenzo, não consigo parar de sentir que esses sonhos estão ligados à casa 223. Como se o local exercesse algum tipo de influência sobre nós.

Lorenzo concordou, sua expressão séria refletindo a mesma angústia.

- Compreendo como se sente, Isabella. Foi assim comigo. Não era minha intenção retornar a esta casa, mas algo me atraiu até aqui.

Entretanto, ele alertou sobre os perigos conhecidos naquele lugar e a necessidade de cautela. Isabella assentiu compreendendo a gravidade da situação.

- Acredito que há algo lá dentro que precisamos descobrir, não apenas relacionado à caixa misteriosa, mas algo que lançará luz sobre toda essa situação.

Lorenzo suspirou, compartilhando da mesma convicção.

- Você está certa, mas, por enquanto, devemos focar em encontrar a porta oculta que nossos sonhos revelaram.

Isabella, embora confusa, concordou, ciente de que o primeiro passo seria desvendar o código de seu próprio sonho.

- Sim, essa deve ser nossa prioridade agora. Precisamos decifrar o código.

Com o chá terminado, enfrentaram o desafio de retornar à casa 223, uma mistura de medo e determinação impulsionando-os.

Viajaram de carro até um ponto da estrada, optando por prosseguir a pé. A estrada de barro os conduzia à casa 223, ladeada por imponentes árvores. Mesmo sob o sol forte, lançando sombras sinistras no caminho, a atmosfera estava carregada de tensão.

Ao se aproximarem da porteira, algo estranho atraiu-lhes a atenção. Um breve instante de silêncio envolveu-os, os sentidos aguçados tentando identificar a discrepância. O mistério da casa parecia ter se intensificado.

Diante da porteira, a estranheza persistia. O silêncio, desconcertante, parecia prenunciar algo além. As árvores balançavam desordenadamente, como se uma brisa inexistente movesse seus galhos. Isabella parou, atenta à porta de entrada. Uma sensação inexplicável pairava, mas Lorenzo, apesar da inquietação, hesitou em reforçar a ideia de perigo iminente.

- Há algo errado aqui, Lorenzo. Eu sinto isso. – Isabella sussurrou, sua voz carregada de apreensão.

- Também sinto, Isabella. Avançaremos com cuidado. – Lorenzo respondeu, sua voz carregada de gravidade.

Avançaram em direção à porta principal, mergulhados num silêncio que prenunciava a iminência de algo sobrenatural. Ao abrir a porta, a escuridão da casa 223 os envolveu.

                         

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