Mãe por contrato
img img Mãe por contrato img Capítulo 2 Catrina
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Capítulo 2 Catrina

Minha Segunda começou cedo. Estranhamente passei boa parte do meu fim de semana pensando em como a venda de John havia sido peculiar. Como de costume, cheguei à galeria adiantada, imaginei que teria muita coisa a fazer devido a compra de John na Sexta-feira.

Chegando na galeria percebi que o carro de Winy já estava na garagem e o de Will também, coisa que não é muito comum quando ainda falta meia hora para início do expediente. Não que eles cheguem atrasados, mas nesse horário sempre somos apenas Lupi e eu que tomamos café da manhã juntas. Entro e vejo todos reunidos na copa, com as pernas bambeando pergunto logo:

- Por que dessas caras? O que aconteceu?

- Nós que perguntamos! O que aconteceu entre você e o John Pentrana? - Will dispara animado.

- Nada demais, por quê?

Eles saem da frente do balcão, dando espaço a um lindo buquê de rosas vermelhas, com um cartão de John endereçado a mim.

- De onde saiu isso?

- Quando eu cheguei tinha um rapaz de terno esperando na porta. - responde Lupi do outro lado do balcão.

Olho para eles sem entender, ainda assim, decido ler o bendito cartão.

Querida, Cat,

Essas rosas são para lhe agradecer pela tarde adorável que passamos. Meus filhos se mantiveram tão felizes até bem tarde, Mason só sabia dizer o quanto tia Cat é incrível.

Embora o mérito seja todo seu, acabei me sentindo o melhor pai do mundo. Por favor, peço que aceite meu convite para jantar conosco essa noite. Se aceitar, mande uma mensagem no número abaixo, que pedirei ao motorista para buscá-la.

Estarei aguardando ansiosamente sua resposta.

Com carinho, John.

- E aí, o que diz? - Olho para cara de Will, ele está com cara de bobo, esperando uma resposta.

- Nada demais, ele está me agradecendo por aquele passeio e me convidando para jantar com ele hoje.

- Você chama isso de nada demais? Um encontro com John Pentrana, nada demais?

- Will, não vai ser um encontro, é só um jantar, vai ser na casa dele com os filhos dele.

- Oh, meu Deus - diz a senhora Winy - Toma, aqui está seus 15%, faça bom proveito e tire o dia de folga.

Olho para o cheque em minhas mãos.

- Senhora Winy, eu não posso...

- Pode sim, a compra que ele fez nos ajudou muito. Você vai e, por favor, agradeça a ele por mim. Vá logo, menina, não direi de novo.

Pego minhas rosas e as coloco no carro, não posso conter o sorriso por saber quem as mandou. O que ele quer comigo? Penso no caminho para casa.

Chegando em casa coloco as rosas na água, aproveitando mais alguns segundos para observá-las enquanto seu perfume se espalha pelo ambiente. Ao revirar meu guarda roupa não encontro nada que me agrade, corro para o centro e após muita procura, finalmente encontrei algo.

Tanta correria, sequer mandei a mensagem confirmando minha presença, então decidi fazer isso agora. Pego meu celular e envio uma mensagem.

Catrina: Oi, John?

John: Catrina?

Catrina: Sim rs

John: Como está com meu número, acredito que tenha recebido minhas flores.

Catrina: Recebi sim! São lindas, obrigada.

John: Não tem por que agradecer! Você já tem minha resposta?

Catrina: Eu aceito.

John: Perfeito! Me mande seu endereço. Às 19hrs está bom para você?

Catrina: Sim!

John: Combinado então. Mal vemos a hora de te ver.

Catrina: Fico lisonjeada.

John: Deve ficar mesmo rs Você merece! Até mais, Catrina.

Como o motorista deveria chegar às 19h, terminei de me arrumar alguns minutos antes. Pensando ser a melhor escolha para um jantar informal, escolhi um vestido preto, tamanho midi, marcando a cintura, dando ao meu corpo o famoso formato de ampulheta. A saia um pouco rodada completa minha intenção de parecer visivelmente um pouco "menor", fazendo o resultado final me agradar muito.

Dou uma última olhada no espelho para meu manequim 44, acabo passando a mão pelo corpo como se isso fizesse diminuir um pouco mais minhas medidas. Eu não deveria me importar tanto com isso, porém, não consigo evitar... Um lampejo de dúvida sobre comparecer a esse jantar passa pela minha mente no momento que ouço a buzina. Decido ser corajosa, comparecer e honrar com minha palavra, afinal, não pode haver mal em um único jantar, não é mesmo?

Chego à casa de John, um senhor abre a porta e sorri, antes de pedir para que eu o acompanhe. Ouço sons de passos, até visualizar a figura de Mason a minha frente.

- Tia Cat, eu sabia que você vinha.

O pestinha corre e me abraça, ele se sustenta em mim por um tempo, olho em volta, o bebê não está na sala, nem John.

- Vamos, tia, eu te levo até o papai.

- Acho melhor ficar aqui. - ele agarra minha mão.

- Vamos, tia, lembre-se, devemos enfrentar seus medos.

Mesmo me repreendendo mentalmente acabo seguindo ele até um quarto, não demora muito para que eu perceba que se trata do quarto de John, estou entrando no closet quando me deparo com ele sem camisa com o bebê no colo.

- Me desculpe - digo fechando os olhos, apesar de não conseguir tirar a imagem da minha mente. Não é preciso ter uma imaginação muita aguçada para saber o que tinha por baixo da camisa que ele usava naquele dia, ainda assim, não deixei de me surpreender, seu abdômen parecia esculpido por anjos, cada gominho se sobressaia como se fossem partes independentes de seu corpo - Mason insistiu que eu viesse.

- Sim, papai, é verdade, ela queria ficar lá, mas eu disse pra ela o que ela me ensinou quando eu estava com medo do senhor, temos que enfrentar nossos medos, então eu trouxe ela aqui. Veja, papai, a tia ainda tá com medo, diz que ela pode abrir os olhos. - Não faça isso, Mason! Eu pensava.

- Eu não estou com medo.

- Então abre os olhos - Mason diz em sua inocência de criança.

- Você ouviu ele, Cat, enfrente seus medos, pode abrir os olhos. - posso notar o tom zombeteiro em sua voz, comecei a abrir os olhos lentamente, apenas para ver que ele ainda estava ali, me olhando como se tivesse acabado de ganhar um troféu.

- Viu, filho, a tia não tem medo do papai. - ele diz de maneira debochada, tento conter um olhar repreensivo e falho miseravelmente.

Eu abaixo e beijo Mason na testa. - Eu não tenho medo do seu papai, pode ficar tranquilo, tá? Agora, vamos voltar lá pra baixo pro papai terminar de se arrumar? - Mason concorda, antes que eu possa me retirar, John começa a falar:

- Eu já estava pronto, quando o bebê golfa em mim, precisei me trocar.

- Vamos sim, tia, mas primeiro preciso ter certeza que não tem medo dele - O que esse menino está planejando? - Você pode abraçá-lo? - Ele quer me deixar doida, só pode!

- Eu não - acabo engolindo em seco - Eu acho que não é.... - sou interrompida.

- Vem, Cat - Diz John de maneira provocativa, reviro os olhos levemente, isso só faz com que o sorriso gozador de John aumente. Eu me aproximo, o bebê está sorrindo, acho que até ele sentiu meu nervosismo e está rindo da minha cara. Coloco meus braços em volta de um de seus ombros, ele por sua vez, põe a mão sobre minha cintura e me puxa, encostando seu peito esquerdo ainda nu no meu, com muito cuidado pra não machucar o bebê que está entre a gente, calmamente encosta seu rosto no meu, lado a lado, e sussurra em meu ouvido: você está linda. Sentir sua respiração suave em meu ouvido antes dele pronunciar tais palavras fizeram meu coração acelerar.

Eu me afasto, agradeço o elogio e peço para pegar o neném na tentativa de ajudar enquanto ele se troca, deito o bebê e começo a niná-lo, ele dorme em meus braços. Acompanho John até o quarto dos meninos, após ele se vestir, coloco o bebê no berço e descemos para sala de jantar. Jantamos calmamente, já que acabamos nos entretendo na conversa e nas brincadeiras com Mason, hora ou outra pegava John me observando e sentia meu rosto fervilhar. Quando o jantar terminou, John mandou Mason para a cama. Acabamos sendo chantageados por ele, o que resultou em nós o colocando na cama, assim como fizemos com Noah, segundo ele.

- Acho que devo ir - digo assim que fechamos a porta.

- Podemos conversar primeiro? Tenho algo pra falar.

- Ah, tudo bem.

Seguimos juntos para seu escritório, é uma sala muito bem decorada, nada que fuja dos padrões de um homem sofisticado. Ele fecha a porta e logo me convida para sentar junto a ele no sofá.

- O que tem a dizer? - Pergunto aflita... o que será de mim?

- Cat, muito obrigado por aceitar meu convite - Instala-se um silêncio entre nós.

- Imagina, eu que agradeço. - Silêncio outra vez.

Percebo que John está me observando e não consigo desviar o olhar. Acabamos nos encarando por um tempo, até que sorrio. Não sei se por nervosismo ou apenas para preencher o vazio da situação. Fazendo pensamentos impróprios rondarem minha cabeça, John olha para minha boca e morde os próprios lábios. Céus! Já não é fácil tirar a cena dele sem camisa de poucos minutos atrás da cabeça e ele ainda tem que fazer isso? Como se não bastasse tamanha provocação, sinto que John se aproximando, e em poucos segundos sinto sua respiração tocar meu rosto. Ao contrário do que eu imaginava, seus lábios pousaram minha testa, fazendo com que um riso nervoso e irônico fosse solto, quase sem querer.

- Aconteceu algo? - Ele pergunta como quem não entende.

- Hm, não... Eu só pensei... esquece!

- Você achou que eu ia te beijar? - Diz ele com a voz de quem realmente ficou surpreso, porém, não sinto desdém ou sarcasmo em sua voz, ainda assim eu acabo me sentindo uma tola oferecida pra caramba.

- Eu preciso ir. - Envergonhada com a situação, me levanto e ando em direção à porta, ele me puxa pelo braço e me beija, um beijo quente. Ele me leva de volta ao sofá e me beija quase sem respirar. Sinto sua mão sobre minha perna, sinto seu toque, não o calor, o tecido está entre nós. Em segundos não havia mais nada em seu caminho, sua mão deslizava por baixo do vestido tocando minha coxa. Ele para, olha em meus olhos e diz:

- Eu queria te beijar, eu quis muito te beijar, eu só não queria te assustar. Se você soubesse o que estou pensando... Você me excita!

Fala sério!!!! Quando ele diz isso meu corpo se reprime, perdi meu último namorado pelo mesmo motivo: excitação. Para ser mais precisa, pela falta dela, porque segundo ele, eu não o excitava mais há muito tempo.

- O que foi, eu disse algo errado?

- Não! É só que... eu acho que não devíamos. Eu quero ir pra casa... - Sem entender ele continua me olhando.

- Eu errei em algo, eu tenho certeza. Me diga, onde foi?

- Não foi você, fique tranquilo!

- Eu forcei a barra, não foi? Me desculpa, Cat, eu realmente fiquei - ele aponta para baixo e sorri desajeitado, meu olhar acompanha para onde ele aponta e posso ver que ele não mentiu.

- Para com isso! Você não tem por que se desculpar... É que... Eu me lembrei que preciso ir

Abaixo a cabeça, pensando se eu deveria mesmo contar isso para ele. Ele segura meu queixo, com as mãos, erguendo minha cabeça até que meus olhos encontrassem os seus e ele diz: - Cat, por favor, confie em mim.

Olho em seus olhos, mesmo em dúvida sobre o que fazer, dividida entre contar para aquele homem quase completamente desconhecido a maior vergonha da minha vida ou não, acabo decidindo confiar na segurança que aqueles olhos me passam.

- Eu terminei um namoro há pouco mais de seis meses. Ele terminou comigo, melhor dizendo. O motivo foi o mesmo que você acabou de usar: Excitação! O problema é, que para ele, com relação a mim, isso não existia mais. Meu corpo o impedia de sentir desejo por mim, de me ver como mulher - Sinto seu dedo secar suavemente uma lágrima, eu sequer havia sentido escorrer.

- Olha, eu sei como isso deve ter doído pra você, pelo visto você gostava mesmo do cara e ele foi um canalha. Me deixa te mostrar o quanto é linda, que não importa os quilos a mais. E vamos combinar. Você é muito gostosa desse mesmo jeitinho. - Ele sorri e não resisto, acabo sorrindo também.

- Obrigada.

Ele ergue minhas mãos a altura de seus lábios e as beija, um gesto muito delicado e fofo, capaz de acender em mim algo além do carnal. Quando aceitei o convite não imaginei algo fofo ou íntimo acontecendo. Acima de tudo, jamais imaginei acabar essa noite com pensamentos além dos guiados pelos desejos carnais.

            
            

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