Capítulo 7 Uma ideia fantástica

A recepcionista examinou Lucinda de cima a baixo para confirmar que ela não era uma cliente de alta classe. Ela podia muito bem ter vindo apenas para seduzir o presidente.

"Você foi convidada? Já chegou exigindo uma audiência com nosso presidente. Acha mesmo que é fácil assim encontrar um homem que vale centenas de milhões de dólares?"

Ao ser hostilizada, Lucinda ficou furiosa.

No quesito riqueza, sua fortuna superava em muito a do tal presidente. De qualquer jeito, a recepcionista metida não tinha o direito de tratá-la daquele jeito.

Lucinda ficou na frente dela e tomou a decisão consciente de não perder mais tempo ali com aquela esnobe. Muito séria, ela instruiu: "Ligue para seus superiores e informe que estou aqui. Se não quiserem me receber, vou embora imediatamente."

A recepcionista quis ironizar Lucinda novamente, mas diante do olhar penetrante dela, resolveu recuar.

"Está bem. Só não diga que não avisei."

A recepcionista pegou o telefone bufando, e o levou ao ouvido de má vontade. Na continuidade, encarou Lucinda com mais desdém ainda.

Sua alegria seria ver os seguranças expulsando-a.

Porém, em poucos segundos, seu sorriso presunçoso congelou e ela encarou Lucinda chocada.

Só pela expressão no seu rosto, Lucinda sabia que a informação que acabara de receber não era a que ela esperava.

Devolvendo o sorriso de escárnio, Lucinda perguntou: "Para qual andar devo ir?"

"É... o último andar... o vigésimo sétimo andar..."

Sem olhar para trás, Lucinda foi com sua mala direto para o elevador.

A recepcionista ficou olhando para suas costas, estupefata.

Quem era essa mulher?

Por que Malcolm Hopkins, o assistente do presidente, estava tratando essa tal com tanta deferência?

Será que ela era... a amante do presidente?

Rapidamente a recepcionista informou seus colegas de trabalho da sua suspeita.

Lucinda chegou ao último andar sem intercorrências.

Ela abriu a porta do escritório e o homem sentado no sofá imediatamente se levantou e caminhou na direção dela.

Vestindo um terno azul marinho, o homem parecia respeitável. Ele abriu um sorriso enquanto vinha em sua direção.

"Há quanto tempo, Lucinda. Parabéns pelo divórcio", ele disse em um tom baixo e magnético.

"Cyrus?", ela indagou, com os olhos cheios de lágrimas.

Lucinda ficou chocada. Ela não acreditava que era Cyrus Simmons, seu terceiro irmão mais velho, o atual presidente da Angle Intl.

Ela largou a mala e correu para abraçá-lo.

"Cyrus, que saudade!", disse ela, enterrando o rosto no seu peito.

Eles não se viam há seis anos, mas o sentimento era o mesmo. Lucinda agia como uma menina mimada quando estava perto de Cyrus, como se ainda fossem pequenos.

Cyrus esfregou a cabeça dela afetuosamente e sorriu. Como sempre, ele queria dar o mundo para sua irmã mais nova.

"Sua decisão mais inteligente foi se divorciar daquele homem. Você é nossa princesa, o orgulho da família Simmons. Você não deveria ter deixado a família Roberts implicar com você."

Ao perceber a expressão gélida dele, Lucinda foi rápida e mudou de assunto:

"Assinei um acordo com papai. Tenho um ano para aumentar os ganhos da empresa em cinco por cento. Você precisa me ajudar, Cyrus!"

Lucinda implorou ao seu irmão, gesticulando descontroladamente na tentativa de fazê-lo entender.

Cyrus sentou-se com ela no sofá dizendo: "Realmente é uma tarefa desafiadora para você, mas papai também me deu ordens estritas para não te ajudar. Você vai ter de descobrir por si mesma como conseguir fazer isso."

Chateada, Lucinda fez biquinho.

Cyrus não era um cara qualquer. Ele era uma força da natureza, seu poder por trás da indústria do entretenimento era inegável, tanto que agora seu império se estendia por todo o mundo. Entre os colegas da indústria, ter medo dele era normal.

Bastava ele dar um telefonema e o lucro anual da Angle Intl facilmente aumentava em dez por cento.

O pai deles sabia que Lucinda naturalmente recorreria a Cyrus.

Justamente por isso essa saída fácil foi cortada logo após a atribuição da tarefa.

Cyrus sorriu do desapontamento dela, e gentilmente beliscou sua bochecha: "Faça um favor a si mesma, mocinha, e se prepare para ter um ano de trabalho muito duro. De qualquer forma, agora que você chegou, é minha hora, como presidente interino, de ir embora."

"Não, ainda não", Lucinda protestou.

"Você precisa que eu faça mais alguma coisa?", perguntou Cyrus, erguendo uma sobrancelha.

Lucinda acariciou o próprio queixo, enquanto pensava em algo.

Passado um tempo, ela piscou para ele: "Acabei de ter uma ideia fantástica. Você quer saber qual é?"

Cyrus a achou tão adorável que riu.

Eles discutiram por uma hora, e finamente chegaram a um acordo.

Cinco minutos depois, cada funcionário da empresa recebeu uma mensagem que dizia ser urgente.

A mensagem dizia que o cargo de gerente-chefe de artistas estava vago, e em breve seria preenchido.