Na porta ao lado
img img Na porta ao lado img Capítulo 2 Os Vizinhos.
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Capítulo 6 O protetor. img
Capítulo 7 O protetor P-2 img
Capítulo 8 Medo na cidade. img
Capítulo 9 Segredos. img
Capítulo 10 Dúvidas de Gabriela. img
Capítulo 11 Assim soube a verdade! img
Capítulo 12 Surpresa, Lauren está viva! img
Capítulo 13 Calma Gabriela! img
Capítulo 14 Lucian assusta Gabriela. img
Capítulo 15 Conexão. img
Capítulo 16 Gabriela sumiu! img
Capítulo 17 Mudança de planos. img
Capítulo 18 Um pai desesperado. img
Capítulo 19 Surpresa! img
Capítulo 20 Laura img
Capítulo 21 Helena encontra Gabriela. img
Capítulo 22 O amor de Gabriela! img
Capítulo 23 A verdade pode doer! img
Capítulo 24 Raiva! img
Capítulo 25 Vamos para casa. img
Capítulo 26 Marcus encontra finalmente a sua filha. img
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Capítulo 2 Os Vizinhos.

_ Charles espera por Gabriela, ele sabe que está na hora de costume em que ela chega da Faculdade, ele não pode esperar para ver a sua filhinha, mas, já fica tarde, mais tarde do que de costume, passa das oito horas da noite, e nada, nenhum sinal, tampouco um recado de Gabriela informando do seu atraso.

Charles anda de um lado a outro da sala, ele sabe que a sua filha jamais chegaria tão tarde sem aviso, ela sabe que o pai tem problemas cardíacos e não pode passar por emoções fortes, então, sem paciência de esperar por ela, ele pega o telefone e liga para Lucian, que atende prontamente ao ver o nome de Charles no seu telefone.

- Oi, Charles, o que houve? Aconteceu algo?

_ Charles está nervoso e com voz tremula, mas, consegue enfim juntar forças para poder falar.

- Lucian, por favor, diz que a minha filha está com você!

_ Lucian não entende o motivo da ligação, ele pede para que Charles se acalme e fale o que acontece, assim ele poderá ajudar.

_ Lucian, Gabriela não apareceu e estou preocupado, ela nunca faz isso, sempre avisa onde está e o horário que chegará. Não sei o que acontece com ela, mas, você pode dizer onde ela está?

_ Lucian, não sabe, ele verdadeiramente não sabe onde está a sua melhor amiga, pois ele a deixou esperando e saiu sozinho, ele não ligou, não esperou e agora, sente a culpa, já que ela não apareceu.

- Charles, eu não sei onde ela está, mas, vou agora procurá-la, não descanso até encontrá-la.

_ Logo após Lucian desligar o telefone, Charles completamente nervoso liga novamente para o telefone da sua filha, com a esperança de que a mesma atenda e acabe com o seu desespero. O seu semblante não é nada confortante, ele está com as sobrancelhas franzidas e as mãos tremulas, mas, ainda assim ele consegue ligar, mas nada acontece, nenhum sinal de que Gabriela vá enfim atender e ele deixa vários recados, sem descanso ele continua, em uma dessas tentativas e já exausto, ele senta em sua poltrona, mas, acaba por adormecer.

_ Parece que foram horas, mas, em apenas alguns minutos depois que adormece, Charles acorda com o som das chaves na fechadura da porta, o que parece ser uma invasão mal sucedida, pois quem abre parece tremer, ou bastante nervoso e logo ele escuta uma voz, vinda do corredor, uma voz pedindo ajuda.

- Por favor, ajuda! Alguém, a moça sangra, ela não parece nada bem!

_ Charles corre para a porta e o pavor no seu rosto é indescritível, ele não imagina a situação que está prestes a passar. Ele corre para a porta e se depara com um rapaz, ele não lhe é familiar, mas, carrega algo que lhe pertence, sua querida filha Gabriela, ao que parece ela está desmaiada e com muito sangue em suas roupas.

- Filha! O que aconteceu a ela? Quem é você e como sabe o nosso endereço?

_ Pergunta Charles ao rapaz que trouxera a sua filha nos braços, ele está desconfiado e com muito medo, mas, o rapaz gentilmente o conforta quando enfim lhe pede licença para entrar e pôr a sua filha cômoda no sofá da sala.

- Senhor, por favor, deixe-me colocá-la cômoda, ela está desacordada agora, mas, precisa recostar-se e de atendimentos médicos!

_ Charles ouve o rapaz e permite a sua entrada, ele dá-lhe espaço para recostar Gabriela no sofá, mesmo desconfiado de que o mesmo rapaz seja o agressor da sua filha. Sendo assim, o rapaz a coloca deitada e fica de pé, parado em frente ao seu pai desconfiado e temeroso, ele explica o que aconteceu e como encontrou a sua filha naquelas condições.

- Senhor, o meu nome é Paulo e eu encontrei a sua filha numa pequena viela perto do restaurante chinês, ela estava desmaiada, não respondia e estava suja de sangue já quando a encontrei, não sei o que lhe passou, mas tentei chamá-la, ela apenas me disse onde morava, logo apagou e não recobrou a consciência.

- Então você não sabe o que lhe passou? Não viu nenhum suspeito no local?

_ Indagou Charles ao tentar arrancar qualquer tipo de informação que ele achava que o rapaz poderia estar a esconder, mas, o rapaz realmente não sabia o que havia passado e tampouco quem era a moça que ele resgatara daquela viela. Ele conta que quando a encontrou, ela estava recostada em uma parede, ao lado de um grande coletor de lixo, que era perto do apartamento e que pôde pedir-lhe a informação de onde a mesma morava, ela, mesmo com tão pouca consciência, ainda conseguiu dizer-lhe onde morava e com quem.

- Senhor, ela apenas alcançou dizer morar com o pai, no prédio ao lado da viela, eu ainda liguei para a emergência, mas, a sua filha pedia tanto para trazê-la para perto do pai, eu não consegui fazê-la ficar, acredito que ela esteja com febre, pois delirava dizendo que alguém a havia mordido no pulso, mas, eu não vi nada e para ser sincero, nem sei de onde vem tanto sangue, não me parece ser dela!

_ Charles olha atentamente para Gabriela, ele procura ver algo de errado, mas, é como o rapaz lhe diz, não há sinal de que a menina esteja machucada, ou até que esteja traumatizada, ele pensa que ela apenas pode estar cansada, pode ter feito aula de biologia e ter se sujado de sangue de algum animal, pode ser que o cansaço a tenha feito desmaiar, ele nem sabe ao certo o que pensar, mas, está um pouco mais tranquilo. O rapaz deixa o seu contato de telefone, para que ele ligue se precisa, ele o agradece e pega o papel com o número de Paulo, que segue para a porta e se despede. Charles o vê seguindo para o fim do corredor, assim desaparecendo elevador abaixo. Aliviado, Charles fecha a porta atrás de si, ele volta para a sala e cobre a sua menina, ele senta na poltrona reclinável e acaba adormecendo.

_ A noite passa muito rápido, o relógio desperta para avisar que já passam da meia-noite, o som acorda Gabriela, que nos susto, de um salto longitudinal, ela acaba parando em frente ao seu pai, quase ela acaba o atacando, por certo pensando que poderia ser um sequestrador. Ela franze a testa, passando as mãos pelos cabelos, os seus olhos arregalados e de pupilas dilatadas, denunciam a sua provável subida de adrenalina, ou ela deve ter sido muito drogada, pois não se lembra o que aconteceu, ou, não sabe ao certo.

- Oh, pelos céus, não sei o que aconteceu! Como cheguei aqui?

_ Ela se questiona, andando pela sala em desespero, logo segue para o banheiro para tomar um banho, ela para em frente ao espelho e se olhando, ela procura algo que denuncie o que lhe passou, mas, não vê nada, ela apenas se sente, incrivelmente bem. Logo após tirar as roupas sujas de sangue, ela entra no box, liga o chuveiro, o mais quente possível, não entende o porquê, mas, aquela água para ela está perfeita, o que para outra pessoa, poderia causar queimaduras graves. Enquanto o seu banho é bem aproveitado, ela se distrai com um barulho que parece de uma estante virando e causando um estrondo gigantesco. Ela sai do box e se enrola na toalha, segue para ver onde é o barulho, logo percebe que vem do apartamento ao lado, ela para e pensa, que poderia ser um pessoal muito bagunceiro, pois os barulhos de coisas pesadas e vozes são altos e claros, ela então sai do banheiro e vai direto para a porta de entrada, ela só quer que o barulho pare. Saindo do seu apartamento, ela vai direto para o apartamento ao lado do seu e bate com fúria e muita força nos seus punhos. A o abrir a porta do apartamento, uma bela moça sai de lá, ela a observa, Gabriela com a sua toalha enrolada no corpo, a moça também lhe devolve o olhar.

- Olá, boa noite, em que posso ajudá-la?

_ Diz a moça a ela em cumprimento, mas, o sentimento de que algo não está certo estampa no rosto da moça.

- Boa noite!

_ Diz Gabriela em tom de irritação, mas, com educação.

- Com que direito vocês fazem todo esse barulho, uma hora dessas? Não sabem que tem gente dormindo?

_ A moça não responde, ela apenas sorri e não se move da porta, mas, Gabriela está verdadeiramente furiosa!

            
            

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