para morrer ou para ser feita a sua transformação, Sayver não pode evitar, ele apenas verifica a moça inconsciente e vê que é a moça que ele tem que tomar conta, assim, ele pede para que um rapaz que passa por ali, controlado pela mente, pelo seu poder de persuasão, faça o que ele ordena e leve a garota para casa. Após feito, ele vai rapidamente para o apartamento e informa a Helena o que passou, ela liga para o seu mestre e avisa-lhe que mais um imortal está por ali e que ele se adiantou e atacou a sua filha, ela não sabe quem o fez, mas, vai procurar e descobrir, assim ela o matará.
- Helena, o cheiro deve estar em Gabriela, assim tente o máximo chamar a sua atenção, descubra quem o fez e ligue-me, eu mesmo vou encontrar este ser e matá-lo.
_ Seguindo as instruções do seu mestre, Helena faz o que lhe foi ordenado e chama atenção de Gabriela, ela sabe que os recém-transformados sofrem os primeiros dias com o barulho, que ela passará até a transformação ser feita totalmente uns dias infernais. Como a audição fica muito sensível, Helena começa apenas por bater algumas caixas, ela sabe que o barulho pode acordar um morto-vivo sem muito esforço. Assim sendo, Gabriela aparece nervosa e desorientada na porta do apartamento de Helena, era tudo o que ela precisava, o que ela não contava era que Gabriela fosse tão inocente e tão verdadeiramente linda, não era nada como na foto que o seu mestre entregou-lhe.
- Mas como ela é bonita, para uma humana.
_ Pensa Helena ao mirar bem para o rosto pálido e perfeito, como porcelana, ela jamais imaginou que Gabriela a cativaria tanto com apenas um olhar, vê-la de tão perto, com expressão de dor e não poder contar o que acontece com ela faz aparecer um sentimento que Helena não imaginava ter, que foi criada para não ter. Helena se assusta com os próprios pensamentos, ela não sabia que os tinha, além disso, os vampiros, tem uma política de relacionamentos internos que apenas com os da mesma espécie é que podem ser realizados e perante o mestre da criação de cada um, então é um acordo digamos que familiar, então ela tem uma obrigação com um vampiro guerreiro, da guarda do clã, ele é o chefe dos guardas, ela é da defesa pessoal do seu criador, seu pai, seu mestre.
_ Helena sabe que não deve demonstrar os sentimentos, vampiros são criados para serem frios como gelo, mas, ela acabou descobrindo que a compaixão continua em seu, sangue como na última vez que a sentiu, antes da sua morte humana. Ela observa detalhadamente os traços de Gabriela, vê nos seus olhos que a garota de apenas 18 anos parece em tudo com o seu mestre, que sente a morte de perto e como não sabe e não teve escolha ao se transformar, ela dever atrasar o processo até que a menina possa escolher por si só, ela também deverá descobrir quem a transformou, esperando assim que Sayver chegue com as informações para ser tomada um decisão relativamente à menina e ao seu criador. Helena pede para que ela entre e sente, oferece-lhe um copo com "água", Gabriela aceita e ela nota que a menina percebeu que não é puramente água, mas, bebe mesmo assim.
- Menina, você está se sentindo bem agora?
_ Pergunta na esperança de que o retratador já esteja a fazer efeito e a garota responda por hipnose tudo o que ela perguntar, ela precisa saber o que Gabriela viu, se ela sabe da existência dos imortais, também espera poder descobrir quem fez a sua transformação. Todas essas informações devem ser descobertas o mais rápido possível, com esse remédio, ela pode retraçar em 15 dias, caso não haja contacto com o causante da transformação, pois o processo de interrupção pode ser alterado.
- Você não me disse o seu nome garota, como se chama?
_ Pergunta mesmo sabendo, mas, ela precisa ter certeza de quem é a menina, também por ela aparecer tão desesperada devido ao barulho, a única coisa que ela pode responder foi que, não tinha ninguém batendo nada, que apenas desempacotava umas coisas com o seu irmão, mas, que ela poderia entrar para ter certeza, nem mesmo o seu nome a garota perguntou, nem mesmo ela considerou mencionar.
- Gabriela!
_ Diz a garota um pouco tonta e sem noção do que passa naquela sala, ela tenta observar, mas, os seus olhos parecem enganá-la, como sentindo que nada naquela situação é natural.
- Meu nome é Gabriela.
_ Continua ela, tentando parecer bem consciente, mas, aos seus olhos, ela falha. Ao contrário do que ela pensa, Helena, a vizinha nova, está encantada em recebê-la, como se fosse um bichinho de estimação novo para que ela possa brincar.
- Ótimo, Gabriela, você sabe o que aconteceu com você? Agora que a dor não te incomoda mais, responda-me, quem te atacou na viela?
_ Helena é sutil, ela sabe que deve aproximar-se com cautela, mantendo a concentração em descobrir o que de fato aconteceu com Gabriela, mas ela não sabe o que acontece consigo, franze a testa e tenta controlar-se, aquela garota afeta a sua concentração, ela passa a língua nos lábios e engole em seco, quando vê "flashes" de memória de um ataque, ela vê braços fortes, uma marca que ela nunca havia visto em séculos de vida, ela ouve a respiração ofegante e o olhar de sufoco e desespero de Gabriela quando a menina é atacada pelas costas, o terror em seus olhos e o seu sangue, percorrendo palas veias em tentativa vã de conseguir escapar.
_ Em seguida a memória acaba, mas a dor permanece em Helena como se fosse com ela mesma, olhando com atenção para Gabriela, que agora, olhando-lhe como se quisesse que a mesma visse o que ela via, e paralisa-lhe, mostra a única visão de alento que tem, os seus olhos vermelhos, os olhos de sangue de Helena e a sua incrível transformação.
- Você não pode ver-me assim, não agora, não é o momento.
_ Diz Helena, usando o seu poder para fazer com que Gabriela durma, apagando-a e a levando para a casa, ela deixa-a em sua cama, ali fia um tempo observando-a, em tantos momentos que ela passou, nenhum foi tão gratificante como este, cuidar desta menina indefesa, poder admirá-la, então ela pensa que por algum motivo o seu mestre achou que ela se controlaria e não tentaria fazer mal a sua única filha, mas, ela quer, quer muito e não consegue controlar-se, assim, ela retira-se do quarto e volta de onde veio para o apartamento ao lado do seu mais novo vício, os olhos azuis de Gabriela. Após deixá-la e voltar para esta que agora será a sua prisão, ela se depara com a chegada de Sayver, que tem muito o que contar-lhe, e ali, ela descobre que um dos seus soldados, da sua defesa pessoal, comete ato de traição contra o seu mestre, agora falta apenas, descobrir o seu nome, assim poderá puni-lo como merece.
- Ele é dos nossos Helena, não consegui sentir o cheiro dele, mas, sei que ele ouviu a sua conversa com o mestre, ele estava atarás da porta, vi nos pensamentos dele.
_ Termina Sayver de explicar, assim Helena sem esperar, liga para o seu mestre, ele deverá saber o que eles descobriram, está na hora de começar a caçada!