Capítulo 2 Capitulo 2

Viviane Narrando.

Entro no postinho que está muito movimento então o dia vai ser puxado pego meu celular verificando as mensagens não prestei atenção e acabei esbarrando em alguém.

-Foi mal - digo me abaixando ajudando ela a recolher a bandeja e os medicamentos.

-Que isso não foi nada mas me fala você é nova? Eu nunca te vi aqui - ela perguntou ao terminarmos de recolher tudo.

-Na verdade, essa é a minha 2 semana aqui - falo e ela sorri.

-E por que eu voltei agora e antes de entrar de férias você não estava haha.

-Eu faço plantão em três unidades sorte minha que moro aqui no morro - falei por impulso com ela me sinto íntima.

-Olha que maravilha, acho que vamos ser ótimas amigas - concordei trocamos de número e eu fui trocar de roupa talvez seja uma boa ideia fazer amizades ser sozinha não faz bem a ninguém.

Quatros horas socorro quatro horas pra lá e pra cá ajudando as mulheres em trabalho de parto mas uma em especial me chamou muita atenção ela está grávida de gêmeos está com as contratações certas mas se recusa a ter normal ela fica gritando falando que não vai conseguir acho que o medo causa isso tentamos de tudo mas ela não quer de jeito nenhum agora estou aqui tentando decidir o que vou almoçar.

-Ei! - me virou dando de cara com a moça de mais cedo.

-Ahn olá tudo bem doutora? - perguntei vendo ela caminhar até mim imaginem a minha surpresa quando descobri e ela é ginecologista obstetra e eu sou enfermeira da área.

-Sim estou bem mas não precisa me chamar de doutora prazer Yasmin mas pode me chamar de ya - apertei gentilmente a mão dela.

-Me chamo Viviane mas pode me chamar de vivi.

-É um prazer te conhecer, mas e ai vai querer almoçar?

-Não sei eu trouxe um sanduíche acho que vou almoçar isso mesmo

-Que nada menina isso não enche barriga bora no restaurante ali em cima.

-Melhor não eu nunca subi o morro acho perigoso.

-Que isso vivi não é tão ruim como falam por aí e vai ser só um almoço - pensei e resolvi aceitar saímos do hospital no caminho fomos conversando bastante.

-Aqui é bonito - falei sentando na cadeira escolhemos uma mesa bem no canto.

-Sim é da minha madrinha ela tem esse lugar desde que me entendo por gente.

-Eu não sabia que você tinha crescido aqui no morro - falei surpresa nunca na vida eu adivinharia isso eu sempre achei que todas as meninas que cresciam aqui não tinham futuro.

-Pois é e quem me criou foi a minha madrinha meus pais morreram quando eu era bebê- ela me contou a história de vida dela, contei a minha e como eu tava lutando com a depressão do meu pai.

Depois do almoço voltamos pro hospital quando deu 18:30 encerrei meu plantão no fim das contas a mulher que se recusava a ter normal conseguiu e os bebês são lindos.

Eu ja estava descendo quando a ya apareceu.

-Ei eu vou com você até sua casa assim já descubro onde tu mora - concordei seria até bom fomos conversando quando chegamos em casa eu abria a porta enquanto em me contava sobre a ação que teria para as crianças.

-eu vou amar - falei ao abrir a porta e estranhei por tudo está escuro.

-Pai? - chamei por ele mas não obtive resposta.

-Amiga posso entrar?

-Sim - falei tirando o tênis e indo pro quarto dele.

-PAI EU...cheguei - Corri até ele que tava caído no chão em cima de uma poça de sangue.

-Não...não...não papai por favor fala comigo não me deixa o senhor não pode ter feito isso - meu pai a única família que eu tinha se foi e eu chorando desesperada sob o corpo dele.

-Por que pai por que? O senhor prometeu que ia lutar contra essa doença- falei acariciando o rosto dele meu pai minha Rocha se foi - deitei ao lado do corpo dele em posição fetal era tanto sangue ele cortou os pulsos ele tava melhor e eu me iludi achando que daria certo eu devia ter ficado em casa.

-Ei calma vivi vem vamos sair daqui você não pode ficar aqui isso é muito pra ti. - ya falou me arrastando do quarto por que eu me recusava a sair de perto dele já na sala eu chorava desesperada no colo dela eu tava toda suja de sangue e sem querer sujei ela que não se importou muito.

No outro dia 7:38 da manhã.

Eu olhava fixamente a lápide do meu pai, aí meu paizinho eu vou sentir tanta saudades dele e isso ta doendo tanto que não sei se vou aguentar.

-Calma amiga é melhor irmos embora. - ya falou segurando minha mão ela não saiu de perto de mim durante toda a madrugada cuidou dos preparativos do enterro ela e o tal namorado dela não tinha ninguém só eles dois e eu minha família eram só eu papai e mamãe então já era de se esperar.

Quando cheguei em casa e fui pro quarto dele até a mancha de sangue havia sumido acho que se não fosse por ela eu ainda estaria debruçada sob o corpo dele.

-Vou fazer alguma coisa pra você, sei muito bem que não comeu nada desde ontem. - ya disse indo para a cozinha enquanto eu deitava na cama deles antigamente eu vinha dormir com eles durante as madrugadas de chuva eu morro de medo de tempestade.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022