Capítulo 5 •Capítulo.03•

Ares Baker

Já se passou uma semana desde que fugimos da favela, DK foi preso e encaminhado para a prisão de segurança máxima, condenado a prisão perpétua, sem chances de condicional, coloquei homens de minha confiança para vigia-lo de perto, Robert ainda não apareceu aqui em casa, voltou para Los Angeles, espero que ele fique lá por mais tempo, para que eu possa conseguir mais provas para colocá-lo atrás das grades o mais rápido possível.

-Hoje que vamos viajar. -Hades fala.

-Vocês dois se comportem. -Hefesto fala rindo.

- Não façam nada que eu não faria. - Mamãe entra na brincadeira.

- Até você? - Eu e Mila falamos em uníssono.

- Olha só, até falar juntos eles falam. - Hades fala com deboche.

-Sincronia é tudo. - Hefesto completa.

-Vão se foder. - Falo.

- Olha a boca. - Mamãe fala.

-Mas vocês nem ao menos sabem deixar a gente em paz né? Tchau e boa viagem, vou ler. -Milena fala e sobe as escadas.

Meus irmãos e minha mãe vão embora e eu vou até a cozinha para mandar Joaquina fazer um jantar caprichado. Depois disso, subi as escadas e me direcionei até a biblioteca, sabia que Milena estaria lá, deitada no sofá de pernas para o ar lendo "as crônicas de Nárnia", nesses dias que ela está aqui, ela já leu esse livro uma centena de vezes.

-De novo?

-Toda vez você pergunta e toda vez será a mesma resposta.

-Nossa, grossa.

-Magoei? Tadinho!

-Chata!

-Sou mesmo.

-Credo, Milena. Você está muito nervosa, acalma aí.

Ela suspira forte, se ajeita no sofá e coloca o livro em cima da mesinha de centro. Ela me olha séria, como se algo grave tivesse acontecido, ou fosse acontecer, fiquei tenso.

-O que aconteceu, Milena?

- Ares...eu...- Ele suspira nervosa. - Eu quero voltar pro morro, ficar com meu irmão, não consigo mais ficar aqui.

-O que?! Você está maluca? Sua vida corre perigo.

- Eu corro um perigo maior aqui dentro, Ares. - Ela abaixa o olhar triste.

-O que aconteceu, Milena? Eu fiz algo de errado? Por que você está tão triste?

- Ares, eu só preciso ficar longe de você.

-Por quê?

-Por que eu estou apaixonada por você, Ares. Eu estou completamente apaixonada, esses dias que passamos juntos só me fez ter um carinho e afeto enorme por você, o seu jeito de me tratar etc. Sei que és assim somente por causa da sua mãe e do meu irmão.

-Cala a boca, Milena. - Falo impaciente.

Antes que ela pudesse abrir a boca para falar alguma coisa eu a beijei. Ah! Como eu queria fazer isso, e quando desandou a falar que gostava de mim, eu senti que estava na hora de demonstrar meus sentimentos, por mais que eu ainda seja frio e um pouco receoso nesse assunto.

-Por que você fez isso?

-Porque eu sinto algo por você, Milena. Eu nunca tentei nada porque não é do meu feitio, eu sou frio e ignorante, não sou de me relacionar, mas se você tiver paciência comigo, eu prometo tentar.

-Meu Deus!

-O que foi?

- Eu não sei o que dizer, Ares. Eu achei que eu estava "amando" sozinha, poxa vida.

-Claro que não, Milena. Eu só fiquei com medo, para falar a verdade ainda tenho medo, pois eu sou inexperiente nesse assunto e podemos sair machucados, meu medo é único e exclusivo.

-Eu entendo o seu sentimento, mas podemos tentar.

-Eu adoraria.

Eu ainda não estava acreditando que tudo isso estava acontecendo, eu juro que se eu acordasse agora e tudo não passasse de um sonho eu não iria me decepcionar, iria ficar triste, mas saberia que não passava de uma ilusão da minha cabeça.

Sub: Não seja idiota, aproveite esse momento e beije muito essa mulher, já marque o casamento para amanhã e vamos ser felizes porque eu quero comer bolo, poxa vida. Ninguém me dá nada nessa vida, e eu fico aqui o tempo todo só pensando e pensando, sem ganhar um agrado, estou cansado e vou ficar de greve.

Okay, okay, agora seus pensamentos foram longe demais. Acalma esse coração e respira.

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Milena Johnson

Ainda não estou acreditando no que acabou de acontecer, eu sinceramente estou extasiada ainda com toda essa euforia que meu coração acabou de receber. Ares sente o mesmo por mim, ele também sente, eu estou tão feliz, estou tão empolgada. Depois que nos declaramos um para o outro, ele teve que sair às pressas para a delegacia, Elliott chamou ele para um caso que precisava da atenção especial de Ares, então ele foi e eu agora estou aqui no meu quarto assistindo um filme, pois já li todos os livros da biblioteca, e preciso distrair minha cabeça pensante.

Resolvi sair do quarto e ir até a cozinha preparar alguma coisa para comer, um sanduíche talvez, estou esperando Ares para poder comer a deliciosa lasanha da Joaquina, essa mulher tem as mão de fada na cozinha, escutei um barulho vindo da sala, olhei pela brecha e pude ver dois homens que acabará de entrar na sala, eles tinham armas em suas mãos, e eu sabia que isso não era normal e que eu estava muito encrencada, então silenciosamente sai pela porta dos fundos, corri para a casa da piscina, entrei na porta que tinha no chão que dava para o porão que os meninos usavam como refúgio quando adolescentes, tranquei de cadeado e fiquei lá bem quietinha, escutei barulhos e sabia que eles estavam bem em cima de onde eu estava e isso me deixou tensa, eu esperava de todo meu coração que eles não me achassem, sabia que tinha isso DK que mandou eles aqui para acabar com minha vida e de quem mais estiver do meu lado, meu coração estava mais acelerado que o flash, e uma imensa vontade de chorar me atingiu, pois agora tudo estava se encaminhando bem na minha vida, eu estava com muito medo, não queria morrer agora.

Eu tenho que aprender a não deixar meu celular em qualquer lugar, pois se eu estivesse com o maldito do celular comigo, já teria ligado para Ares e ele já teria me salvado, agora eu estou aqui prestes a morrer por causa de uma merda de um telefone. AHHH! Que ódio!

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Ares Baker

Senti que tinha algo errado quando cheguei na delegacia e Elliott não estava, liguei para ele e ele disse que estava em uma boate no centro com uma "gata". Sai da delegacia voando de volta para minha casa, sabia que já tinham descoberto tudo e que agora eu estava na mira, junto com Milena, liguei para a segurança da minha família e urrei para eles fossem imediatamente para minha casa, para ajudar Milena, tinha certeza absoluta que ela estava em perigo.

Estacionei o carro de qualquer jeito na frente de casa, sai de lá correndo e entrei dentro de casa, encontrando Xavier entregando um copo de água para Milena que estava sentada no sofá.

-Está tudo bem? - Pergunto me sentando ao lado dela.

-Sim. Eu me escondi no porão da casa da piscina.

- Que bom que está bem. -Beijo a testa dela.

-Deu tudo certo com Elliott?

- Foi uma armadilha, Elliott nunca me mandou mensagem.

-Eles nos descobriram.

-Sim. Xavier, quero a segurança reforçada, quero homens por todos os lados dessa casa, 24 horas por dia de olho da Milena, quando saímos etc., na delegacia também quero homens de prontidão, nem todos os policiais estão esperando ser atacados.

-Okay, senhor. -Xavier responde discando algum número no celular e se retira indo para longe.

-É mesmo necessário?

-Sim, Milena. É mais que necessário, seu irmão deve reforçar os homens no morro também, provável que eles tenham descoberto ele também.

-Merda!

A porta é aberta e o meu "querido" padrasto adentra a sala. Merda! O que diabos ele está fazendo aqui?

- Meu querido enteado. - Robert fala vindo me abraçar. - Acho que a casa caiu para você. - Ele sussurra em meu ouvido.

-Filho da puta. - Murmuro entre dentes. - Sua próxima hospedagem vai ser uma cela.

-É o que vamos ver, querido. Não tem provas contra mim.

- Isso é o que você pensa, querido. - Falo o contrariando.

Ele treme na base, mas a verdade é que eu ainda não tenho provas contra ele, mas preciso que ele pense o contrário, pois assim consigo que ele não faça nenhuma merda, antes que eu possa prender todos.

- Acho melhor você se hospedar em um hotel. - Falo ríspido.

-Por quê? Essa casa é da sua mãe também.

-Correto, essa casa também é da minha mãe e ela não está aqui, eu sou o único herdeiro que está presente no momento e meu desejo é uma ordem, então você vai para uma merda de um hotel e vê se não aparece mais aqui. - Falo já perdendo a paciência e Robert sai batendo o pé furioso.

- Que adrenalina! - Mila fala e eu não aguento sua cara tensa e começo a rir.

- Ele vai me dá muito problema ainda.

-Imaginei.

-Vamos para o quarto? -Chamo e vejo que Milena ficou tensa. - Dormir, meu amor, vamos dormir. - Falo segurando o riso e ela solta o ar que estava preso.

Subimos as escadas, Milena estava indo para seu quarto, mas eu a puxei para entrar no meu.

- Ares! - Ela me repreende.

-Dorme comigo. - Falo fazendo carinha de cachorro pidão. - Prometo que não farei nada que você não permita.

Ela apenas balança a cabeça em afirmação e entra no meu quarto, eu fecho a porta e já vou na direção do banheiro, tomo um banho e saio enrolado na toalha. O olhar de Milena me fita com desejo e vergonha, com isso meus pensamentos correram para um assunto íntimo, se ela é virgem, só de imaginar isso meu corpo dá sinal.

-Se quiser tomar banho, pode pegar uma camisa e uma cueca minha. - Falo.

Milena não responde nada, apenas abaixa o olhar e segue para o banheiro, coloquei uma cueca e me deitei na cama esperando a minha garota. Não demorou muito, ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha, fiquei tenso, ela seguiu para meu closet pegou uma camisa minha e foi para o banheiro novamente, saiu vestida na minha camisa e vermelha de vergonha.

-O que houve?

- Eu vou no meu quarto pegar uma calcinha, sua cueca ficou muito grande. -Só de imaginar que ela está sem nada na parte de baixo me deixou muito excitado.

Percebi que seu olhar cruzou meu pau semiereto e isso a deixou ainda mais vermelha, porra.

- Eu acho melhor ir dormir no meu quarto.

-Por que Milena?

-Por que sim.

-Não, porque sim não é resposta. Na verdade, Milena, você está morrendo de vergonha porque seu homem está muito excitado em saber que você está sem calcinha por baixo dessa camisa. Ah! Mila, se você soubesse tudo que eu já imaginei fazendo em você e com você.

- Ares... - Ela murmurou envergonhada.

-Não precisa ficar envergonhada, Mila. Não vou fazer nada que você não permita.

-Okay. - Ela murmurou abaixando o olhar.

-Olhe para me quando estiver falando com você. - Falado isso ela olha diretamente nos meus olhos.

-Deita-se aqui do meu lado. - Falo batendo a mão no colchão.

Milena se move e vem andando até mim, ela se senta ao meu lado e eu a puxo para mais perto e a beijo. Faço ela passar uma perna para cada lado do meu corpo, quando sua intimidade nua encosta em meu pau ereto ela geme entre o beijo, aprofundo ainda mais o beijo e faço movimentos para roçar em sua intimidade, ela geme novamente.

Troco as posições e fico por cima dela, agora ela está relaxada com minhas carícias. Em um movimento rápido tiro a camisa a deixando completamente nua, com isso, sigo uma trilha de beijo por todo seu corpo até chegar em sua virilha, me aproximo mais e abocanho sua buceta, chupo, mordisco, dou lambida e faço movimentos em circulos em seu clitóris, Milena se entrega ao prazer e geme loucamente enquanto goza na minha boca, chupo mais, sentindo seu gosto doce.

- Ares... - Ela fala ofegante.

- Não precisa falar nada.

Ela respira fundo, me olha sapeca, invente as posições e abaixa minha cueca, ela olha meu pau surpresa como se nunca tivesse visto um, não demora muito e segura meu pau com a mão direita e começa a me masturbar toda atrapalhada, logo após ela abocanha, chupando e sugando com maestria, eu não acreditava nessa boca maravilhosa.

- Eu vou gozar. - Falei em um gemido.

Ela tirou a boca do meu pau e eu gozei em seus peitos. Ela me deu um beijo casto na boca e me puxou para o banheiro, entramos de baixo do chuveiro e ela pegou o sabonete e passou em meu corpo.

-Cadê a vergonha, Milena? -Minha voz saiu mais rouca que o planejado.

-Você falou que não necessitava ter vergonha.

-Boa menina.

Ela termina de me ensaboar e agora é minha vez de fazer isso, aproveito para tocar todo seu corpo. Ela se entrega a meu toque, e eu estou adorando sentir ela toda entregue a mim, e vou adorar ainda mais quando ela for minha por inteiro. Terminamos o banho, Mila vestiu a camisa novamente e nos deitamos na cama, um de frente para o outro, coloquei minha mão em sua cintura e a observei até tomar coragem para fazer a bendita pergunta.

- Mila?

-Oi.

- Você é virgem?

- Não. - Essa resposta me deixou triste e percebi que ela ficou tensa.

-Quer falar sobre?

- Não tem muito o que falar, Ares. Quando eu tinha 13 anos fui estrupada por um homem quando eu saia da escola.

Meu sangue ferveu, minha mandíbula travou e serrei os punhos. Que ódio!

- Que homem é esse? - Pergunto ríspido.

-Esse homem não existe mais.

-Como assim?

-Papai lutou para prendê-lo, e ele acabou sendo estuprado até a morte na prisão.

-Melhor destino não há, espero que ele queime no inferno. Filho da puta!

-Calma, amor. - Ela fala colocando a mão no meu rosto e como mágica me acalmou.

{...}