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Depois de ir para a empresa, Anna foi fazer compras no shopping com dois amigos, Lauren e Alonzo.
"Quem foi o gato que deixou essas marcas no seu pescoço?" Lauren perguntou enquanto esticava o pescoço para ver melhor.
"Uau. Pelo visto foi uma ótima foda!" Alonzo brincou.
Anna soltou um sorriso curto, mas continuou calada e andando.
"Qual é? Não vai nos contar?" Lauren perguntou colocando o braço no ombro de sua amiga.
"Hum... não." Anna zombou fazendo uma careta.
Eles entraram em uma loja de grife e olharam algumas peças.
"Ei, seu viadinho, não mexa em nada! Você com certeza não pode pagar por isso." Uma vendedora gritou ao ver Alonzo tocar em um vestido.
Anna e Lauren que estavam do outro lado da loja, escutaram e foram até lá.
"O que você disse? Ajoelhe-se e peça desculpas, agora!" Anna gritou friamente.
A vendedora, que ainda estava virada de costas, se virou e encarou Anna.
"Mas quem diabos é você? Acha que pode me dar ordens?"
"Alice, cale a boca!" Outra vendedora disse com um certo medo e evitando olhar para Anna.
"Por que está com tanto medo dela? Ela é só uma vadia que acha que pode mandar em algo aqui." Alice zombou.
Anna não tirava um sorriso despreocupado do rosto, ainda olhando para Alice, ela disse friamente: "Chame o gerente, agora!"
"Anna, não precisa. Só vamos embora, tá legal?" Alonzo protestou se aproximando dela.
"Não. Se estão pensando que podem ofender meu amigo, estão muito enganados." Ela respondeu com o mesmo tom.
Um tempo depois, o gerente apareceu.
"O que está acontecendo a... senhora Caccini?"
"Peça para sua funcionária pedir desculpas ao meu amigo, ou fecho essa bugiganga."
Apesar de ser nova, Anna era muito influente. Ela era considerada a jovem mais rica da cidade e sempre que dava ordens, as pessoas obedeciam. E as pessoas também sabiam que ela vinha de uma família poderosa, então não ousavam ofendê-la.
"Oh... claro, senhora. Peça desculpas se não quiser perder o emprego!" O gerente gritou.
"Mas..."
"Agora!" Gerente gritou mais uma vez.
"Me desculpe se o ofendi. Me desculpe... me desculpe!" Alice pediu com a cabeça baixa a Alonzo.
"O que foi que eu disse? Ajoelhe-se!" Anna exigiu com uma voz autoritária.
Anna não se importava em humilhar aqueles que humilhavam, então ela estava se divertindo ao ver a mulher com medo.
A mulher obedeceu e se ajoelhou na frente de Alonzo que estava um pouco sem graça.
Ao ver que a mulher estava ajoelhada, Anna se aproximou dela, se abaixou e colocou a boca perto do ouvido dela.
"Espero que nunca mais maltrate outras pessoas. Se eu por acaso ver sua cara podre novamente, você vai se dar muito mal."
"Não precisa pedir mais desculpas, as de antes já foram suficientes, mas queria te ver ajoelhada nesse chão. Só se levante daí quando nós sairmos." Anna acrescentou com um sorriso delicado.
Ela pegou seus amigos pelo braço e se dirigiu até a porta, mas antes de sair gritou: "Ensine modos ao seus funcionários, senhor gerente... até nunca!"
Alice que ainda estava no chão, estava vermelha de raiva e com lágrimas escorrendo pelo rosto. As outras vendedoras riram dela e depois voltaram ao trabalho.
O gerente olhou para ela com raiva, e disse: "Como não conhece a senhora Caccini? Em que universo você vive? Olha... eu espero mesmo que ela não faça nada contra essa loja, por que se fizer... você me paga!"
"Senhor... senhor, eu não a conheço! Me mudei a pouco tempo para essa cidade. E nunca tinha ouvido sobre ela. Eu... sinto muito. Me desculpe!" A mulher disse enquanto se levanta e limpava as lagrimas.
Em outro andar do shopping
"Agradeço por me defender, Anna. Mas acho que você foi um pouco... longe demais. Eu já sou acostumado a ser criticado pela minha sexualidade..."
"Você é meu amigo, Alonzo. Que tipo de amiga eu seria se não te defendesse? Aliás você já fez o mesmo por mim várias vezes." Anna respondeu com um sorriso gentil.
"Estou me sentindo uma péssima amiga por não ter te defendido assim como a Anna." Lauren disse com um rosto entristecido enquanto abraçava Alonzo.
"Está tudo bem sua bobinha!" Ele brincou fazendo cócegas nela.
Eles formam em outras lojas e depois foram para a mansão de Anna.
"E a tia Morgan? Depois do... do acidente com o tio Domênico nunca mais a vi." Lauren comentou.
Anna colocou a taça de vinho na mesa com força, e respondeu ainda olhando para a taça: "Provavelmente viajando com algum dos amantes dela."
Alonzo e Lauren se entreolharam e tomaram um gole do vinho sem falar mais nada.
"Eu vou pro meu quarto. O sono está me dominando. Fiquem a vontade e se precisarem de algo, os empregados os ajudaram." Anna disse se levantando da cadeira.
"Você tá legal?" Alonzo perguntou ao ver a mudança de expressão de Anna.
"Anna, eu não queria..." Lauren tentou falar.
"Está tudo bem, Lauren! Só estou cansada, então irei subir."
Anna tocou no ombro de Lauren carinhosamente e subiu as escadas.
A relação de Anna e de Morgan, sua mãe era extremamente complicadas. Elas brigavam muito e acabaram se distanciando mais ainda, quando Domênico sofreu o acidente de carro.
No quarto, Anna se deitou em sua cama e começou a mexer no celular, até que viu uma mensagem de um número desconhecido.
"Me desculpe pelas manchas. Na próxima vez terei mais cuidado."
Anna revirou os olhos ao ler a mensagem e depois de um tempo respondeu: "Não terá próxima vez, Isso eu lhe garanto. E onde conseguiu meu número?"
"Veremos. Sobre o número... tenho funcionários muito com competentes."
"Você estava muito ousada com aquela roupa no shopping. Se eu te ver com uma daquelas novamente, rasgarei em pedaços!" Carlos acrescentou.
Os olhos de Anna se arregalaram ao ouvir o que ele tinha dito, ela se levantou da cama imediatamente e ligou para ele.
Assim que ele atendeu, ela gritou:
"Você está me vigiando? Por que cismou tanto comigo? O que você quer? Quer me sequestrar? Pelo amor de Deus, para com isso! Nós já transamos assim como você queria, então me deixe em paz. E por favor... não me mande mensagens, ou me ligue... não faça mais nada..."
"Uma coisa que não sai da minha cabeça, é como você sabe sobre mim o meu guarda-costas. Você está me vigiando a algum tempo, não é?" Anna perguntou.
...