/0/1015/coverbig.jpg?v=ca8d3a98d2f068c7de94c0b7f7348d53)
"Você é muito curioso, não?" Anna disse a Alonzo.
"Eu... preciso entrar, agora! Tchau..." Acrescentou olhando para Carlos.
Ele assentiu, e saiu encarando Alonzo com olhos frios.
Anna e Alonzo entraram para dentro de casa.
"Sério... ele é muito, muito gato! Onde e quando se conheceram? Ele dirige a porra de um Maybach. Deve ser um puta milionário." Alonzo disse curioso.
Anna colocou seu casaco no cabideiro e se virou para olhar seu amigo.
"Ele é o chefe da máfia italiana."
Alonzo ficou boquiaberto e pasmo ao ouvir o que ela tinha dito.
"Então... ele é o chefe do tio Domênico? Porra... e você tá transando com ele!? Sabe o que isso pode causar?"
"Ele é meu chefe agora. E... eu sei que é estranho. Mas, aconteceu! Aí que porra..." Anna disse esfregando as sobrancelhas.
Alonzo estava pensando no que sua amiga estava pensando ao se envolver com o chefe da máfia. É claro que ele apoiaria Anna em tudo, mas pra ele isso era estranho e até mesmo perigoso.
"Ele é bom na cama?" Alonzo perguntou com sorriso malicioso entre os lábios.
Anna olhou pra ele com um sorriso sem graça, mas não falou nada.
'Oh, com certeza ele é. Anna sua safada!' Ele pensou.
"Senhora! Não sabia se estava em casa, então ainda não preparei o café da manhã. Mas, posso preparar agora mesmo." Sophie disse se aproximando.
"Não estou com fome. Mas prepare algo para Alonzo comer. Irei para o meu escritório resolver algumas coisas." Anna respondeu educadamente.
Sophie assentiu e foi para cozinha.
Antes de ir para o escritório, Anna perguntou: "Onde está a Lauren? Nem vi quando vocês foram embora."
"Ele teve que resolver algumas coisas de família. Você não viu por que estava ocupada transando, hahaha." Alonzo brincou.
"Idiota." Anna sussurrou para ele e depois foi para o escritório.
No escritório, ela resolveu alguns assuntos sobre seus negócios e alguns sobre a máfia. Mas tarde, ela foi até o bar no subsolo e começou a beber alguns shots de tequila.
"Sempre apreciando de uma boa bebida, não?" Uma voz feminina pairou no ambiente.
"Olha só, lembrou que tem uma filha!" Anna disse sem ao menos olhá-la nos olhos. Ela apenas continuou bebendo.
"Senhora... me desculpe. A senhora Morgan não esperou que eu viesse informar de sua visita." Uma empregada disse com a cabeça baixa.
"Eu também sou a dona desta casa! Então ainda mando aqui. Vocês não devem obedecer apenas a minha filha, mas a mim também." Morgan gritou com a empregada.
Anna levou mais um shot até a boca e depois disse: "Você deixou de ser dona dessa casa, quando abandonou a mim e o papá! Aliás mesmo casada com ele, você nunca teve direito a nada! Então não se faça de louca."
Morgan ficou com o rosto vermelho de raiva. Anna estava certa. Ela não tinha direito a nada de Domênico. Quando Domênico se casou com Morgan, ele pensou que tudo era uma maravilha, mas algum tempo depois, ele percebeu que Morgan o traia, não só com um, mas com vários homens. Quando ele ia pedir o divórcio, Morgan contou que estava grávida.
Ele duvidou se o bebê era mesmo dele, então a forçou a fazer um teste de paternidade. Que no fim, mostrou que ele era realmente o pai do bebê (Anna). Com isso, ele fez de tudo para que seus bens não fossem divididos com Morgan. Ele era um homem influente, rico, e muito inteligente. Então, conseguiu o que queira.
Quando Anna nasceu, ele pensou em preparar de vez os papéis do divórcio, mas pensou melhor e decidiu que não seria uma boa escolha. Ele não queira que sua filha crescesse com os pais separados.
"Querida, eu... realmente sinto muito. Não queira ter abandonado você e Domênico. Mas... não sabia o que fazer depois do acidente! Eu estava confusa."
A empregada que ainda estava presente, saiu para deixá-las conversando.
Anna se levantou do banco do bar, e olhou para Morgan que estava fingindo chorar.
"Não se esforce tentando me conquistar, por que você nunca... nunca vai conseguir! Você acha que eu estou te tratando assim apenas por que você nos deixou? Hahaha. Estou te tratando assim, por que você é uma vadia. Sim... uma vadia! Deus que me perdoe, mas é exatamente isso que você é..."
Anna ia continuar, mas foi atingida com um tapa. Ela colocou a mão no rosto e olhou para Morgan.
"Nunca mais fale assim comigo. Eu sou sua mãe, Anna!" Morgan gritou.
"A tempos que você deixou de ser!... Acho melhor você ir embora, por que não suporto ver esse seu rosto falso." Anna disse um tom frio.
Antes de sair, Morgan disse: "Não beba muito, querida. Faz mal"
Anna fechou os olhos tentando manter a calma. E depois subiu até o térreo.
Alonzo estava na sala, quando viu Morgan passar por ele sem dizer nada. Ele a seguiu com os olhos e a viu entrar no carro, graças a enorme janela de vidro.
"A tia Morgan não vai ficar aqui?" Alonzo perguntou apontando para Morgan que já estava entrando em seu carro.
"Não." Anna respondeu virando o rosto para limpar as lágrimas que ainda caiam, sem que Alonzo pudesse ver. Mas isso foi impossível, Alonzo era seu melhor amigo e sabia quando ela estava mal.
"Oh, o que foi? Por que está chorando, Anna?" Ele se aproximou para abraçá-la.
"Nada. Só uma briguinha boba. Eu... eu vou tomar um sol no jardim! Com licença..." Ela disse e foi para o jardim. Alonzo tentou acompanhá-la, mas ela o rejeitou.
No jardim, Anna admirou o céu, e as árvores ao seu redor. Ela ficou sentada no sofá perto da piscina por quase duas horas. Só veio perceber a noção do tempo, quando Alonzo apareceu trazendo alguns petiscos para ela.
"Você quer desabafar?" Ele perguntou gentilmente enquanto coloca a bandeja na mesa em frente ao sofá.
Anna colocou seu rosto contra o peito de Alonzo e o abraçou fortemente.
"Não quero ver aquela mulher novamente. Ela fez o meu pai sofrer muito. Aquela..." Anna ia xingar, mas Alonzo a interrompeu:
"Acho melhor você não continuar essa frase. Ou, infelizmente, você correrá risco de ir pro inferno." Ele brincou acariciando o longo e loiro cabelo de Anna.
"Eu já chamei ela de coisas piores. Eu sei que ela é minha mãe. Mas, isso não muda o fato dela ser uma... enfim. Vamos mudar de assunto."
Eles passaram algum tempo conversando e depois, Alonzo foi embora.
"Chegou uma encomenda para a senhora." A empregada disse entregando uma caixa branca a Anna.
Anna assentiu e subiu com a caixa até seu quarto. Ela se sentou em sua cama e a abriu lentamente.
'Aí meu Deus! Que lindoooo.' Anna pensou tirando um vestido da caixa.
'Quem será que mandou? Oh, uma carta... aí não! Kurt?"