Capítulo 5 O começo

Depois daquele ocorrido, passaram 3 semanas. Acabei me esbarrando no homem desconhecido, que não é tão desconhecido faz tempo. Descobri que ele estava aqui a trabalho com meu padrinho, que o conheci há 5 anos, fazendo negócios. Ele não é um homem ruim, ao contrário disso, como eu imaginei.

Depois de 3 semanas o Sr.Paulo Castielle me chamou para ir na sorveteria, claro que minha melhor amiga e meu padrinho iriam juntos, apesar que sinto que ele não é uma pessoa ruim, sei muito bem como funciona sequestro e já assistir Salve Jorge, aquela novela das 21h que pessoas importantes de alto nível prometia empregos e sonhos impossível para jovens mulheres, e acabava que na verdade elas iam achando que iriam realizar vários sonhos e acaba em um alojamento pequeno dentro de uma boate na Turquia, onde são obrigadas a trabalhar se prostituindo. Não sou besta, até tenho um dossiê de 3 semanas de investigação sobre Paulo Castielle, mexi muitos pauzinhos para descobrir várias coisas, até mesmo na empresa do meu padrinho. Descobri que ele é a segunda família mais poderosa e rica da Espanha, perdendo só para a família do Duque. Sua filha primogênita, Bella Castielle, tem 25 anos, e tem duas filhas que são gêmeas de 3 anos, com Miguel Ávila.

Celine Castielle é a pessoa de frente às lojas de jóias da família. Bella Designer de joias, e Sr. Paulo Castielle faz parte da administração dos patrimônios da família. Bella, Celine e os gêmeas também são ruivos.

Chegando na Sorveteria com meu Padrinho e minha melhor amiga, Sofia. Eu estava como sempre, calça esportiva, camisão, skate e minha bolsa carteira de desenhos. Meu skate nunca sai de perto de mim, muito menos minha bolsa, posso ir em qualquer lugar eles sempre estão comigo.

A Sorveteria era um lugar bonito e com bastante movimento, mas estava diferente hoje, ao chegar tinha dois seguranças na porta, provavelmente deve ser por causa do Sr. Castielle. Estranho. Penso. Quando entrei no lugar que eu sempre frequentava com a Sofi, um lugar movimentando estava literalmente vazio, com apenas uma pessoa sentada, o Sr. Paulo Castielle, e do seu lado estavam mais dois seguranças.

-Não sei pra que isso tudo- digo a mim mesma, achando estranho, mas meu padrinho acaba ouvindo, vira e diz:

- Minha filha, sei que é estranho para você, mas ele é uma pessoa muito importante e o que ele tem para te dizer é mais importante ainda e precisa de privacidade - Respira fundo e continua. - Não se assuste, saiba que eu sempre vou estar aqui pra você, ok ?

Se eu já estava nervosa, fiquei pior ainda. A Sofia não diz uma palavra, pra piorar tudo.

-Bom dia, Sr. Paulo!- o comprimento nervosa assim que ele levanta para falar comigo.

- Bom dia, senhorita Maêve- ele diz tão educado e feliz, e termina. - Bom dia, Alexandre, Sofia. Sentem- se, por favor fiquem a vontade -

Depois de sentarmos eu não conseguir falar mais uma palavra, fiquei tão muda quanto minha melhor amiga, que estava tão quieta. Logo mais, de 30 minutos se passando, o gelo daquele lugar que estava tão gelado quanto os sorventes.

- Maêve ? Tudo bem ? - o homem elegante e grisalho na minha frente diz.

-Tudo sim, senhor. - digo continuando olhando para minhas mãos geladas e suando. Acabo passando as mãos algumas vezes na roupa para aliviar o suor.

- O que vocês querem tomar ? Tem várias opções:Morango, Napolitano, Flocos. Olha, tem até sabores exóticos - diz apontando para o cardápio surpreso, e continua- Caviar ? Wasabi, mostarda. Nossa que estranhos, nunca tomei.

Tento segurar a risada, e digo tão baixo que mal puderam escutar.

- O'Que disse ruivinha ?-

- Chocolate branco com MM, meu favorito - estava tão nervosa que nem sabia o que falar, só falei no automático e ele sorriu.

- Então também vou querer desse, e vocês ?-

Depois que nossos pedidos chegaram, tomamos o sorvete em puro silêncio, cada um com seus pensamentos. Até fiz os seguranças do Sr. tomar sorvete também, porque ninguém merece né ? Nesse calor dos infernos, eles com essas roupas chiques de terno e gravata não podem se refrescar. O Sr. Castielle que me desculpe, mas coitados dos bichinhos, eles também sentaram e tomaram sorvete, com muita insistência minha, pós não queria sair do servido, mas gente, que serviço? Estamos trancados praticamente aqui dentro com dois seguranças lá fora, e aliás eles também receberam sorvete.

Depois de pura tensão, e a quebra de gelo com minhas insistência para os seguranças tomarem sorvete também, acabei me soltando um pouco mais, me senti bem perto deles e perguntei.

- Vou direto ao ponto, porque o Sr. me chamou aqui e quer privacidade ? Não creio que seja apenas uma saída normal, já que estamos praticamente trancados aqui e com 4 seguranças à vista. O que o senhor quer comigo ?- falei em um só suspiro. Me sinto até aliviada com isso, a tempo que não tomo a frente em algo, o que deu em mim ?

Paulo se remexeu na cadeira, e respirou fundo, ele parecia estar nervoso, eu deixei ele nervoso. Meu deus, o que será que ele quer comigo ? E se for que nem Salve Jorge. Ai Maêve, para com isso né, você tem o dossiê completo dele e tem seu padrinho também, ele não te levaria pra Turquia. Converso comigo mesmo pensando.

- Ai cala a boca - falei tão alto, comigo mesma que as pessoas que estavam ao meu redor ficaram sem entender nada. Nossa que vergonha. -Desculpe, tava falando comigo mesma-dou um sorriso amarelo e vida que segue.

- Bom, Maêve e Sofia. O assunto que eu tenho a tratar é sério, e espero que vocês e principalmente você Maêve me escute e não se assuste. O Alexandre, seu padrinho já está ciente de tudo, desde o dia que eu lhe vi, e me ajudou, agora é com você que preciso falar.-

- Você está me assustando, o'que eu fiz ? Padrinho ?- começo a respirar pesadamente e finalmente Sofia resolve falar.

- Ma, se acalma, tá ? Respira fundo e se acalma- segurando minha mão, me sinto mais calma com a Sofia ao meu lado, sem ela não estaria aqui.

- Vou direto ao ponto- respirou fundo e continuou.- Eu tive uma filha, no dia 28/04/2003, lembro como se fosse ontem, ela era tão linda, com vários cabelinhos ruivos, seus olhos eram marcante desde o nascimento e suas bochechas tão vermelhas que nem maçã.- ele respira com os olhos cheio d'água

- Mas o que isso tem haver comigo ? - eu estava tão nervosa que já estava chorando, sem mesmo saber, ou sabendo, estava tudo tão confuso.