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New York, Dias atuais...
Tem idéia de como é está Puta da vida E está com as mãos coçando para meter porrada na cara de gente?
Se pensaram positivo, então sabem como estou, nesse momento.
Mas infelizmente, eu não poderia fazer isso com o 'Senhor Connor', meu adorável, querido e chefe, pai.
Reviro os olhos entediada, oque faz ele me encarar com os olhos cerrados. Minha sobrancelha arqueia meio que no automático e dou de ombros, me sentando na grande mesa do delegado Connor.
-Lilian!-Ele me chama pelo sobrenome, porque sabia que isso me irritava, em forma de repreensão.-Já disse para não fazer isso. Desça desta mesa já.
-Argh!!! O que tem de demais?-Saio de cima da mesa e o encaro sentar em seu trono de couro.
-São essas suas atitudes que me fazem duvidar que consiga se dar bem, nessa missão.-Ele diz sério e bufo.
-Mas pai, o Senhor não tem o direito de fazer isso comigo. Eu sou capaz. Acredite em mim, por favor.-Peço. Meu pai me analisa, ainda sério.
-É perigoso, Carly. Você sabe. Não vou te mandar para esta missão, nunca fez nada igual.
-Justamente. E por que será, né? O senhor nunca confiou em mim. Para o Senhor, eu não sou "capaz" o suficiente.
-Não é verdade. Eu confio em você, sim.
-Então, me dá essa chance. Eu prometo que não vou decepcionar o senhor.-Connor passa a mão pelo rosto, atordoado. Bagunça o cabelo nervoso e solta:
-Você é tão... Tão eu. Puta Merda, eu sei que vou me arrepender de fazer isso.-Ele me encara por um tempo.-A missão é sua, mas não me decepcione, Carly. Entendeu?
-Entendi, pai.-Sorrio e corro para perto dele, o abraçando.
-Em casa, irei lhe mostrar tudo. Explicar e enfim, vamos ver no que isto irá dar.-Ele suspira cansado.
-Sim, sim.-Beijo sua bochecha e saio correndo de sua sala, nem acreditando que depois de dias, havia lhe convencido à me deixar participar, finalmente de uma missão como essa.
Nesses quatro anos que se passaram passei a me interessar pela carreira que meu pai levava. Desde então, oque mais queria era me envolver com tudo isso que, para mim era maravilhosamente fascinante. A idéia de viver tudo isso me fascinava e muito. Isso era oque eu queria, mas meu pai não gostava nada da idéia de me ter envolvida nisso. Para ele eu não tinha a responsabilidade suficiente para está em um caso tão importante, como esse.
Eu não o culpava. Antes, realmente, era uma adolescente sem escrúpulos. Fazia oque queria e quando queria. Viajava sem permissão, dormia fora sem ter hora certa para chegar. Fui uma adolescente rebelde, graças as boas influências por quem me deixei levar e, paguei caro por tudo.
Hoje, só quero viver a vida, apenas. Ser um alguém melhor e, não me deixar levar por um amorzinho aqui e ali.
18:38 da noite...
Levanto de minha cama, depois de ter dormido bastante, enquanto escrevia em meu diário.
O guardo em minha mochila e forço minhas pernas irem até o banheiro. Lavo o rosto e escovo os dentes, enquanto encarava a pequena cicatriz em minha testa, oque era impossível não ver e não lembrar de tudo.
Termino de escovar os dentes e engolo em seco, sentindo as malditas lágrimas virem, como sempre.
Amanhã completaria mais um mês que o maldito acidente, aconteceu. Não conseguia evitar chorar por, não ter quem mais queria, aqui comigo.
Era assim que acontecia nessa mesma data. Me trancava no quarto e chorava tudo de novo.
Meus pais nunca entederam o porquê isso sempre acontecia e, nessa mesma data, sempre. Mas era melhor assim. Era melhor ninguém entender.
Lavo o rosto mais uma vez e saio do banheiro. Coloco um pijama qualquer e saio do quarto.
O cheiro de bife, exalava por toda a casa, oque fez meu estômago reclamar no mesmo instante.
E Ao adentrar a cozinha, minha mãe acabará de terminar de pôr a mesa.
-Acordou, filha. Já iria chamar você.
-Beija minha testa.
-Sim, mãe.-Digo procurando meu pai.
-O papai ainda não chegou?
-Perguntei.
-Já sim, filha. Foi só atender uma ligação. Não deve demorar.-Se aproxima de mim e passa a mão em meus cabelos.
-Já está triste, meu amor? Não entendo o porquê...
-Vou ficar bem.-A enterrompo ou então iria começar a chorar ali, novamente.
-Vamos comer?-Ela concorda.
Assim que começamos à nos servir, meu pai voltou com uma cara nada, mas nada boa mesmo. Segundo ele, eu teria que entrar o quanto antes na mansão dos Campbell. É, a coisa não era nem um pouquinho para levar na brincadeira.
Após o jantar, nos reunimos à sala para assistir algum filme, como sempre tentávamos fazer. Era um momento só nosso, em família.
Logo, o filme acabou e, como quase sempre acontecia, O senhor connor estava à dormir. Sorrio feliz por ter um pai tão bom e, uma mãe também.
Saio da sala, na Ponta do pé para não acordar meu pai e, nem minha mãe que também dormia.
Ao adentrar meu quarto, me jogo na cama com o pijama que estava mesmo, e pego meu notebook que estava na mesinha, logo ao lado.
Meus dedos ágeis deslizavam pelo teclado, loucos.-Como eu.-Por mais informações sobre os campbell.
Desde, que ouvi meu pai falar sobre os Campbell, não parei sequer um instante de pesquisar mais sobre determinado assunto. Era uma loucura pois sentia algo estranho que, até o momento, não sabia explicar. Simplesmente, cismei com este caso novo e quanto mais pesquisava, mas queria saber daquela família.
É claro que nunca disse isso para meu pai, ou então, do contrário, ele não permitiria minha participação nisso tudo. Sabia que se ele soubesse, iria achar que estava louca e que essa minha loucura acabaria destruindo tudo. Tu-do mesmo.
Então guardaria aquela 'loucura', apenas para mim.
[...]
Ouço o berrante gritar ao meu lado, gritando aos sete ventos que estou atrasada.
Atiro minha cabeça, literalmente, no travesseiro ao lado, tampando os ouvidos em um ato vão, para não escutar mais aquele chato gritar. Para minha alegria ele se calou, mas Cinco minutos depois, voltou a berrar.
Já bufando de raiva e frustação, levo minha mão para fazê-lo calar a boca, mas acabo caindo da cama. Isso mesmo! Caindo da MINHA cama. E adivinha, o berrante se calou.
-Mas que droga!!!!-Chuto o nada e então algum ser, bate na porta.
-Filha! Já acordou?-Pergunta, e como não respondo, ela entra e, ao se deparar com minha imagem de derrota, rir.
-Não é pra rir, mãe.-Faço um biquinho. Já sentindo as lágrimas virem com força.
-Ainda contínua com um humor contagiante ao se acordar com o despertador, não é?-Se dirige até meu armário, tirando de lá uma toalha e uma peça qualquer de roupa.
-Anda! Vai tomar um banho que sei que está atrasada. E você sabe que seu pai não tolera atrasos.
-Eu sei, mãe.-Levanto, ainda com vontade de chorar.
Era certo que estava de TPM e que, logo estaria aos prantos, morrendo de cólica, então isso era normal já que, costumava fazer esse drama todo, além de querer comer apenas besteira.
-Vou te esperar pro café.-Concordo e corro pro banheiro.
Faço tudo dentro do box, até mesmo escovo os dentes lá. Apenas para evitar de me olhar no espelho e chorar novamente.
Quando termino, coloco a roupa que minha mãe escolheu e saio do quarto.

Tomo café com pietra, minha mãe e volto para meu quarto. Penteio o cabelo, o deixando solto mesmo e faço uma make básica.
Logo, saio de casa e sigo para delegacia, onde provavelmente, meu pai estava desesperado pelo meu atraso.
Oh céus!!!
...