Capítulo 6 CINCO|Investigando

Caminhando meia tonta para o mesmo lugar onde Estêvão ficou com o carro, não conseguia acreditar no quão fácil havia sido conseguir aquele emprego, oque era muito estranho.

Algo de ruim devia está acontecendo de fato, para Alexander contratar praticamente uma desconhecida para cuidar de suas filhas.

Talvez quisesse a tal babá fora da casa o mais rápido possível, oque de certa forma me ajudou à entrar ali de cara.

Os seguintes acordos foram:

. Trabalhar de segunda à domingo;

. Dormir na mansão e está de pé às Seis em ponto já que, as meninas deviam sair de casa às Sete para escola.

. Evitar contato com os patrões e, só falar algo caso seja de extrema urgência.

O restante, ele mesmo disse que aprenderia conforme os dias passassem. Também Achei estranho, mas não ousei perguntar nada, por enquanto.

Logo, avisto o carro no mesmo lugar de mais cedo. Bato na porta e o vidro abaixa um pouco, assim que ele me ver destrava a porta e entro.

-Estava dormindo?-Pergunto.

-Sim.-Sorrir envergonhado.-E então, como foi?

Conto-lhe tudo e Estêvão ouve atentamente. Me parabeniza e então saimos dali. No caminho o mesmo liga para connor, avisando que havia dado tudo certo e na manhã seguinte começaria com o plano.

Fomos para casa e lá almoçamos, enquanto trocávamos umas últimas idéias. Combinamos como deveria agir durante esses primeiros dias e assim se seguiu até o finalzinho da tarde.

A noite, com mais calma, separei algumas coisas pessoais, como: Lingerie, escova de dente, maquiagem.

Enfim, coisas de mulher, mas também não podia deixar de levar, meu diário e notebook.

Separei as pastas e papéis com anotações sobre o caso, e guardo dentro de uma bolsa separada. Quando termino, tomo um banho e após me vestir, me deito.

O sono custou à vir, como esperava, mas em determinado momento adormeci sem nem ter percebido.

Na manhã seguinte...

Aplico mais um pouco de máscara nos cílios e quando me dou por satisfeita, deixo o rímel de lado, e encaro o relógio em meu pulso. Respiro fundo ao constatar que faltavam apenas vinte minutos para minha saída. Estava muito nervosa, que podia até comparar aquele nervosismo com o mesmo que senti no dia em que, sai pela primeira vez com o garoto que mais gostei no ensino fundamental.

Pronta, saio do quarto e ao chegar à sala, vejo minha mãe ao celular. A mesma quando sente minha presença, desliga a chamada e me encara.-Suas coisas já estão dentro do carro?

-Sim, estão. Obrigada por emprestar o carro.-Ela sorrir e se aproxima, me abraçando.

-Se precisar de qualquer coisa, é só ligar.

Concordo apenas com um sinal de cabeça e desfaço o abraço. Dou uma última olhada ao redor, e saio.

[...]

De frente à mansão enorme dos Campbell. Era ali onde Carly estava, ou melhor dizendo, Ana Rosa.

Já estava devidamente pronta, com as roupas que seu pai lhe ordenará usar. Composta e com suas coisas em mãos, esperava nervosamente o portão se abrir por completo. Entrou com o carro, e recebeu a mais devida ajuda com o mesmo.

Logo, se viu cara a cara com a mesma mulher do dia anterior. É, a Morgan.

-Bom dia, Srta. Ana Rosa!-Complementou, como de esperado, devidamente formal.-Me siga, vou lhe mostrar onde será seu quarto.

Apenas concordou, e a seguiu Calada. A verdade é que Carly/Ana Rosa, estava suando frio, com medo de que todos à descobrissem da pior forma possível.

A mansão era silenciosa, dava até medo. A única coisa que ainda tranquilizava Carly, era o fato da casa não ser toda obscura, com teias de aranha e morcegos por tudo quanto é canto, igual nos últimos filmes de terror que assistirá.

-Srta. Ana Rosa! Está tudo bem?-Toco-lhe o ombro, oque fez a mesma se sobressaltar, pelo susto.-Oque há com a Senhorita?-Interrogou, arqueando uma de suas sobrancelhas.

-Nada, nada não.-Disse rápido.-É só que isso aqui é muito grande, dá medo.-Sussurrou as últimas partes. Morgan deixou um sorriso besta escapar, achando graça da situação ou até mesmo da cara que Carly teria feito.

-Bom, aqui será seu quarto de hoje por diante.-Abriu a porta do mesmo, dando passagem para a babá passar. Carly encarou tudo rapidamente, voltando a olhar para Morgan que à analisava.

-Deixarei você se acomodar com mais calma. Estarei na cozinha se precisar de algo. E antes que me esqueça, seu uniforme está no armário.

-Obrigada!-Disse e, a mulher se retirou, fechando a porta.

Seus olhos então, encararam as mãos cheias de bolsa. Ta! Ela teria que arrumar aquilo uma hora ou outra, né? Que fosse logo então.

Bufando de preguiça, abriu as portas daquele armário, onde encontrou o tal uniforme, e começou à guardar as roupas e acessórios que trará.

Após terminar, guardou também seus produtos mais íntimos no pequeno banheiro. Voltando para o quarto, vestiu o uniforme que, por sinal não era feio e nem tão pouco sem graça. Era até que bonitinho. Pensou ela.

Deixou o quarto, composta por uma blusinha Branca em que, havia pequenos detalhes azul na gola, saia preta social, e um salto preto, muito bonito também. Tudo era muito bem fino e formal. Revirou os olhos quando se deu conta de que estava muito parecida com a Morgan agora.

Bagunçou os cabelos curtos encaracolados, descendo os longos degraus que, concerteza só davam para os quartos.

Ao chegar ao último degrau, se perguntou então, onde seria a cozinha. Bufou mais uma vez só que agora em frustação. Teria que sair andando pelo casarão até achar tal cômodo.

Confusa por onde devia ir primeiro, optou por só seguir em frente, oque não foi uma boa idéia, pois acabou ficando ainda mais perdida, até que ouviu pequenos sussurros, vindo de algum lugar. Se concentrou então, em apenas tentar escutar. As vozes paressiam não querer chamar atenção o que estava sendo um pouco inútil já que, evidentemente discutiam.

-Senhorita?

Droga! Morgan estava à procurando.

Saiu devagar de onde estava e logo encontrou a mulher que, assim que a viu, se aproximou com uma cara nada boa.

-Que bom que à encontrei. Disse que era para ir à cozinha.

-Me desculpe, eu acabei me perdendo enquanto procurava pela mesma.

-Devia ter a orientado então. Mas vamos, as meninas já devem voltar do Colégio e você deve conhecer elas.-Concordei, saindo dali com uma pulga atrás da orelha.

[...]

-Valerie; Marianne; Está será a nova babá de vocês.-Sorri de leve para as duas que mal me olharam nos olhos.

-Ana Rosa, essas são...

-Vou para meu quarto.-Disse à que paressia ser a mais velha, valerie. Morgan a encarou subir ás escadas, suspirando alto.

A menor, apenas pegou os materiais do Colégio e também subiu, sem nem um pingo sequer de animação. Morgan me encarou e apenas disse:-Com um tempo elas acostumam. Só precisam aceitar a ideia de que terão mais uma na lista de babás, esse ano.

-Lista de babás?-Apertei os olhos.

-Sim, senhorita. Não costumam durar muito babás por aqui. Mas então, vá atrás das meninas e ajude as duas no banho. Em vinte minutos o almoço será servido.-Mal Concordo e ela se retira, indo em direção de onde agora eu sabia que era a cozinha.

Fiz oque a mesma mandou e em menos de vinte minutos as meninas estavam prontas, sem nem sequer aceitarem a minha ajuda. É, o povo dessa enorme casa, paressiam não conseguir aceitar que as duas meninas já eram duas mocinhas que sabiam fazer tudo sozinhas. Era uma pena, só eu perceber isso.

-Então, vamos!-Acompanho as duas até a cozinha. Ao chegar lá, Morgan me indica a sala de jantar, onde já se servia o almoço.

As duas se sentam uma ao lado da outra e até então só as duas estavam à mesa.

Dez minutos depois, adentraram a sala também, um homem e uma mulher. Os dois paressiam desconfortáveis e muito estranhos. A mulher concerteza era Emma, esposa de Alexander e, o homem era o irmão mais velho do mesmo, Liam. Sentaram à mesa, mantendo distância um do outro.

Ao término do almoço, as meninas voltaram para o quarto. E então, todos os funcionários, tiveram um tempo para almoçar também. Na cozinha, todos conversavam, comentavam sobre coisas aleatórias, apenas Carly comia calada e de ouvidos atentos.

-Tudo bem, Ana Rosa?-Perguntou Morgan, sentando ao seu lado.

-Sim, só pensando um pouco.-Não mentiu, realmente pensava no desconforto de Emma e Liam que terá percebido horas antes. Lembrará de sussurros, das vozes que discutiam e por algum acaso, pensará que talvez fossem as vozes de Ambos. Aquilo estava à deixando cada vez mais curiosa.

-Morgan, aquele casal que entrou depois na sala...

-Oh! Não é casal, Ana Rosa. A mulher é a esposa do senhor Alexander e o homem é irmão mais velho dele. Se chama liam. Mas por que a pergunta?

-Nada... Eu só pensei que eram um casal. Ficam lindos juntos, não é?

-Eu prefiro a dona Emma com o senhor Alexander. Eles sim fazem um belo casal, mas cada um, é cada um, não é?-Concordo.-Além do mais, o liam não é nem um pouco homem de confiança.

-Como assim? Me explica isso melhor.

-Bom, é que ele...

-Boa tarde!-Disse uma voz atrás de mim.

-Boa tarde, senhor Alexander!-Disseram todos, parando de conversar no mesmo momento.

Virei-me para encarar o mesmo e assim que o mesmo me viu, me complementou com um aceno de cabeça.-Ana Rosa!-Sorri de leve, fazendo o mesmo sinal com a cabeça. Podia sentir olhos encima de mim. Que constrangedor!!!

Que chique!!!

Disse a maldita voz. E eu achando que não podia ficar ainda mais louca...

...

            
            

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