Between love and hate
img img Between love and hate img Capítulo 4 Dominic Walsh
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Capítulo 4 Dominic Walsh

Saí de dentro do carro, bati a porta e caminhei até a dianteira, me

apoiando sobre a capota. Ryan caminhou em minha direção com sua postura

impecável de soldado dedicado.

- Boss, tudo saindo conforme o esperado.

- Checaram as munições? - questionei, me lembrando da vez em

que perdi 11 soldados por um descuido idiota e amador.

- Sim, senhor. - O encarei em um questionamento silencioso. -

Checamos duas vezes.

Balancei a cabeça em concordância. Estávamos todos vestidos para o

combate. Descobrimos que algum filho da puta queria roubar nosso

carregamento de cocaína, e nem fodendo essa porra iria acontecer.

Nossas vestimentas eram uma mistura equilibrada de funcionalidade.

As roupas consistiam em um conjunto tático composto por calças e uma

jaqueta resistente. A jaqueta de cores sóbrias tinha vários bolsos

estrategicamente posicionados, cada um contendo equipamentos essenciais

para diferentes situações.

Na parte frontal, um colete à prova de balas adicionava uma camada

extra de proteção, enfatizando nossa prontidão para estarmos na linha de

frente. Nos pés, botas robustas com solas antiderrapantes completavam o

conjunto, proporcionando estabilidade em diversos terrenos.

Um cinto de utilidades adornava nossas cinturas, carregando uma

série de acessórios: facas, armas e outros itens indispensáveis. Nossos

antebraços eram protegidos por braçadeiras de couro, resistentes o suficiente

para reduzir o impacto de golpes e quedas. Luvas de couro preto cobriam

nossas mãos, oferecendo aderência e proteção sem comprometer os

movimentos.

A maioria dos meus homens já estava com a máscara de combate,

ajustada firmemente ao rosto, escondendo suas expressões e protegendo suas

identidades. Seus olhos, visíveis por trás das lentes escuras dos óculos de

proteção, exibiam uma determinação intensa, como se estivessem prontos

para enfrentar qualquer adversidade.

E estavam.

Naquele momento, só nossa fidelidade à Blood Skull importava, e se

algum de nós saísse morto, teríamos perdido a vida com honra e propósito.

- Faça uma checagem nos fones, Ryan - comandei e ele entendeu,

saindo sem fazer perguntas.

Um sistema de comunicação de última geração me conectava à minha

equipe, permitindo coordenação eficiente e troca de informações em tempo

real. Conferi uma das armas em minha cintura, sentindo-a firmemente presa a

um coldre, pronta para ser empunhada com precisão letal.

Exatamente como eu gostava.

Meu celular vibrou no bolso e o peguei, abri o aplicativo de

mensagens vendo as fotos da Mia. Contive um sorriso ao vê-la aparentemente

tão feliz e... livre. Ela havia ido passar a noite de Réveillon com duas amigas

e parecia estar muito contente.

Não foi muito difícil convencer Luigi a deixá-la ir, já que todos os

custos foram por minha conta, além de ter colocado um dos meus jatinhos à

disposição das meninas com equipes de segurança da minha confiança.

Mia estava radiante e era impossível detalhar a beleza daquela

mulher. Não nos encontrávamos desde o nosso desentendimento no dia em

que fui procurá-la no hospital. Entendo que ela tinha suas questões, mas o

que minha noiva precisava entender é que não era eu quem precisava resolver

seus questionamentos internos, mas ela mesma.

Havia pouco menos de um mês que ela tinha iniciado residência em

cirurgia geral e fiquei muito puto. Isso significava mais três anos, porra. Mais

três fodidos anos em que aquela mulher iria estar longe. Isso tudo fazia com

que nossa diferença de idade e todos os outros problemas que isso poderia

nos trazer começassem a me incomodar.

Quando fossemos nos casar eu iria ter 40, enquanto ela teria 28 e não

sabia como seria. O receio de não estarmos na mesma página, me deixava

levemente irritado. Era bom que aquele fosse o último pretexto que ela tinha

arrumado para postergar nossa união, pois qualquer outra tentativa seria

barrada por mim.

Voltei a prestar atenção em sua foto e senti meu coração acelerar de

forma instantânea. Mia estava lá, no meio da multidão, em um vestido de

verão que com certeza tinha sido feito sob medida para ela.

Ela era tão linda quanto um espetáculo hipnotizante do qual eu não

conseguia desviar os olhos.

Por um momento, imaginei como seria se eu estivesse lá e se só por

uma noite ela estivesse com a guarda baixa.

Eu iria admirar de perto a silhueta do vestido que parecia realçar

perfeitamente suas curvas, delineando sua cintura delicada e quadris

suavemente esculpidos. Eu beijaria os ombros expostos, revelando a pele

macia e levemente bronzeada.

Dei play no vídeo, vendo os cabelos dela dançarem ao vento, como se

estivessem acompanhando a melodia da música que eu não sabia qual era,

pois estava vendo a filmagem no mudo. Ela sorriu para as amigas, irradiando

uma energia contagiante. Sua alegria parecia genuína, e quando a vi rindo,

senti vontade de sorrir também.

Meu coração voltou a disparar e contive o desejo irracional de acabar

com aquela merda de operação e pegar meu jatinho para voar de encontro a

ela. Não era a primeira vez que eu percebia que aquela mulher fazia meu

coração bater mais rápido e meu mundo girar em câmera lenta.

- Boss - Ryan falou alto, correndo em minha direção. Minha

postura mudou imediatamente. - Nosso informante disse que a embarcação

já está chegando na Marina.

Olhei meu relógio de pulso, achando aquela porra toda muito

estranha. Liguei o plug de comunicação e guardei o celular no bolso.

- Avise aos nossos soldados que saímos em três minutos. Vamos

conferir de perto quem é o filho da puta que está tentando nos boicotar.

Caminhei de volta para o banco do carona, mandando que meu

motorista ficasse a postos. Ignorei a vontade de estar naquela noite de virada

do ano junto da morena bonita que me deixava maluco até mesmo por foto

sempre que passava aquele batom vermelho sangue.

Naquele momento, eu era o Boss da Máfia Blood Skull e só a minha

posição e a minha organização importavam.

Meu colete estava aberto quando o elevador parou na minha

cobertura, entrei em casa tirando o coldre da cintura, assim como o cinto com

facas e outras armas. Tirei o colete, a jaqueta e então a camisa, deixando-as

sobre o sofá. Livrei-me das botas pesadas e das meias, sentindo o chão gelado

sob os meus pés. Respirei fundo, passando a mão no rosto e agradecendo

mentalmente para algum ser divino que ainda olha para pessoas como eu por

nossa operação ter sido bem-sucedida.

Quando pensei em ir para o banheiro, meu celular tocou. O peguei

mesmo que a vontade fosse de jogá-lo contra a parede para poder tomar um

banho em paz e dormir por pelo menos quatro horas seguidas.

- Porra - praguejei quando vi que era uma ligação da Selena, uma

das seguranças da Mia. - O que houve? - falei quando atendi.

- Boss, Mia viu o Jake filmando-a e não gostou - contou e franzi a

sobrancelha, Jake sempre fazia isso a pedido meu. Ele tirava fotos e fazia

filmagens com frequência, será mesmo que ela nunca havia percebido antes?

- Você poderia ter me contado isso amanhã, soldado. Acabei de sair

de uma operação e...

- Me deixa falar com esse filho da puta! - Ouvi a voz da minha

noiva gritando atrás, me fazendo sorrir.

- Ela parece irritada - falei e Selena pigarreou.

- Mia tinha uma faca escondida embaixo do vestido e quando

confrontou Jake, ele foi resistente em dar informações sobre as filmagens,

ela o esfaqueou. - Arregalei os olhos, surpreso.

Cacete!

Ainda bem que não tinha ninguém perto para presenciar a forma que

reagi às ações daquela mulher, mas isso foi realmente inesperado.

- Esfaqueou como? - questionei.

- Ela o apunhalou na coxa - Selena respondeu.

- Eu quero falar com ele! - Mia esbravejou.

- Jake está bem?

- Ele vai ficar, senhor.

- Ok. Passe o telefone para ela.

Um barulho e então ouvi a voz da morena bonita que acabava com a

minha sanidade, mesmo à distância.

- Você manda seus capangas me filmarem? Que tipo de stalker

maluco você é? - perguntou.

- Amore mio - respondi, voltando a sorrir quando a escutei bufar.

- Você sempre soube que sigo todos os seus passos mesmo a quilômetros de

distância. Sei tudo sobre você, Mia. É sério que nunca percebeu que é

filmada e fotografada constantemente?

- Você se diz tão possessivo, mas permite que eu seja o reality show

particular de um dos seus soldados?

Isso me fez rir.

- Jake é casado com outro soldado da Blood Skull, querida. Caleb,

um atirador de elite. A propósito, você tem treinamento?

Mia ficou momentaneamente em silêncio, até que suspirou, resignada.

- Só respondo a essa pergunta sob tortura.

- Querida, não me dê ideias - respondi, deixando claro o duplo

sentido na frase. Ela deu um risinho baixo, mudando de assunto.

- Onde passou o Ano-Novo? - questionou.

- Até me esqueci disso - falei enquanto olhava as paredes de vidro

da minha cobertura, vendo que estava quase amanhecendo. - Estava em

uma operação.

- Estava? - questionou com certo desdém na voz.

- Liga a câmera - disse, já ativando a minha, fazendo a chamada

virar uma ligação de vídeo. Olhei a tela do celular e sorri, percebendo que

Mia ficou muda e a câmera continuava desligada. - Eu sei que está me

vendo, amore mio.

- Esse sangue no pescoço é seu? - questionou no exato momento

em que sua imagem apareceu do outro lado da tela.

Linda. Puta merda! Linda pra caralho!

- Um corte superficial - respondi e ela acenou em positivo.

- Estava mesmo em combate - disse, como se falasse consigo

mesma.

- Sim, acabei de chegar - respondi, virando a tela para as armas e

roupas sobre o sofá.

- A operação foi bem-sucedida? - questionou, então me sentei no

sofá, vendo que realmente parecia interessada no assunto.

- Tivemos uma baixa de quatro pessoas.

- Isso é ruim?

- Ainda que tivesse acontecido apenas a morte de um soldado, seria

ruim.

- Meu pai não costuma ligar muito para isso, desde que a

mercadoria ou a operação tenha atingido seu objetivo.

- Eu e seu pai lideramos nossos homens de formas diferentes, além

disso, Luigi é um pau no cu - falei, fazendo-a rir.

- Em alguma coisa concordamos. - Ficamos em silêncio por um

momento e aproveitei para olhar cada traço do rosto dela, irritado pelo celular

da minha soldado não ter a imagem tão boa para poder olhar melhor seus

traços. - Dominic, obrigada por essa viagem.

Mia sabia que não era uma cortesia do seu pai, claro que sabia. O

arrombado precisava deixar claro que a filha era apenas um estorvo em sua

vida e não um elo importante que o unia a outra organização criminosa.

- Já disse, não sou seu inimigo. - Foi o que respondi.

- É - disse, mais para si mesma do que para mim. - Veremos. Vou

desligar para entregar o celular à Selena.

- Tudo bem - concordei, mesmo que minha vontade fosse de ouvir

sua voz por mais um tempo.

Ela sorriu de leve, mordendo o lábio.

- Boa noite, vita mia - brincou.

- Boa noite, amore mio - respondi e então ela desligou.

Sorri, soltando uma risada incrédula ao perceber como parecia um

idiota na puberdade quando o assunto era aquela mulher.

Resignado, me levantei disposto a ir até o banheiro tomar um banho

relaxante e em seguida dormir, já que levando em consideração que o sol já

estava nascendo, devia ter apenas umas três horas de sono até acordar e estar

presente para o almoço com minha família.

            
            

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