Between love and hate
img img Between love and hate img Capítulo 5 Mia Coleman
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Capítulo 5 Mia Coleman

Deixei um beijo nos cabelos da minha irmãzinha e saí do seu quarto

cumprimentando a babá que estava de plantão. Entrei no meu quarto e peguei

meu celular na bolsa. Nanna estava febril, então não fui treinar quando

cheguei do hospital, apenas tomei um banho rápido, vesti um pijama e fui

ficar com a pequena.

Não foi nenhuma surpresa para mim, encontrá-la sendo cuidada por

uma das babás enquanto estava febril. Alejandra sequer passou no quarto da

filha e mais uma vez cheguei à conclusão de que a maternidade não foi uma

escolha dela, ela apenas nos teve, pois precisava gerar herdeiros para Luigi e

em dias como aquele, isso ficava muito claro.

Dei um banho na pequena e fiquei com ela no quarto até que seu

quadro melhorasse. No fim, ela precisava apenas de atenção.

Puxei as cobertas e subi em cima da cama, apoiando as costas na

cabeceira e respirando fundo.

Meu plano precisava dar certo.

Fechei os olhos com força, repassando tudo mentalmente. Eram anos

elaborando tudo, conseguindo soldados que colaborassem comigo e

estivessem ao meu lado. Ainda levaria um tempo para colocá-lo em prática,

mas no fim, tudo valeria a pena.

Abri minha conversa com Anny, vendo as várias notificações,

mensagens e ligações perdidas.

Anny: Seu bonitão de terno é capa da Forbes.

Anny: FORBES

Anny: Mana o cara é muito RICO!!!

Anny: Não que isso faça diferença, já que seu pai também é.

Anny: Você é dona de um hospital?????

Anny: COMO VOCÊ NÃO ME CONTA QUE ELE TE DEU DE

ANIVERSÁRIO DE 23 ANOS UM HOSPITAL?????

Anny: Isso faz dois anos!

6 chamadas perdidas.

Anny: Me responde, putaaaaa

Sorri diante da sua fala. Cliquei no link da reportagem, vendo uma

foto de Dominic da cintura pra cima. Um homem sério, loiro e muito bonito

com uma aparência notoriamente distinta. Traços marcantes, os olhos

expressivos transmitiam uma seriedade quase hipnotizante.

Sua postura era confiante e determinada. A beleza equilibrada com

um ar de mistério, o que fazia com que as pessoas quisessem conhecê-lo

melhor sem nem imaginar o que aquela fachada de homem bem-sucedido

escondia.

Meu noivo era muito atraente, mas acho que o que mais me chamava

atenção nele eram os olhos tão expressivos que me faziam perder o fôlego.

Qualquer pessoa poderia descrever seu olhar como misterioso, mas eu via

mais.

Via poder.

Aquele homem exalava poder. Segurança. Estabilidade.

Tudo nele me atraía, desde o jeito que se vestia com estilo, até a

forma como ele falava com uma precisão tão certeira, que manipulava as

pessoas a pensar e agir conforme seu querer. Descreveria a atração que sentia

pelo homem como uma combinação de características físicas e traços de

personalidade que me deixavam intrigada.

O fato de eu ser apaixonada pelo loiro carrancudo feito uma idiota era

algo que não vinha ao caso, era uma mulher de índole duvidosa que foi criada

em um mundo diferente em que os bandidos nem sempre são os vilões.

Ou talvez sejam e eu realmente gostava disso.

Parei de encarar os olhos absurdamente verdes na tela do celular e

passei a reportagem para o lado, olhando a apresentação minuciosa que foi

feita sobre ele e toda sua vida. Quando chegou na parte da entrevista, sua

firmeza e destreza em colocar as palavras de forma certa voltou a me

encantar e praguejei mentalmente por não conseguir ser indiferente àquele

homem.

Até que a jornalista tocou em meu nome.

Jornalista: Você costuma ser muito discreto em sua vida pessoal,

mas é de conhecimento público que é noivo de Mia Coleman, filha de um

empresário bem-sucedido do ramo imobiliário de Nova York.

Dominic: Sim. Mia é estudante de medicina, iniciou há pouco tempo

residência em cirurgia geral. Somos noivos há quase sete anos.

A forma que ele respondeu, deixando meu pai de lado e focando em

falar sobre mim como pessoa e não uma Coleman, fez meu coração bater de

uma forma diferente.

Jornalista: Você parece orgulhoso das escolhas dela, por mais que

isso resulte em mais um tempo longe um do outro.

Dominic: Antes de ser minha noiva, ela é um indivíduo. Meu papel

como homem que quer passar o resto da vida ao lado dela, deveria ser

apoiá-la, não?

Jornalista: Então o casamento ainda não vai acontecer?

Dominic: Acontecerá no momento certo. Mia é o meu futuro, a

mulher com quem vou dividir minha vida.

Jornalista: E pretende manter o casamento à distância tal qual o

noivado?

Dominic: Não! Com certeza não!

Sorri com a descrição dos risos tanto por parte de Dominic como da

jornalista.

Dominic: Mia vai se mudar para Hastings, cidade onde resido, e irá

assumir o hospital dela.

Jornalista: Hospital dela? Você se refere ao Medland, patrimônio da

sua família?

Dominic: Comprei o hospital para a Mia, foi seu presente de

aniversário de 23 anos.

Jornalista: Uau! Dominic, você acabou de elevar o padrão social

masculino agora.

A jornalista disse e novamente, continha risos na descrição.

Dominic: Quero que ela se sinta confortável com a mudança, e

acredito que continuar fazendo o que ama vai ajudar no processo.

Jornalista: Ela é alguns anos mais nova que você, não?

Dominic: Ela é 12 anos mais nova. E antes que me pergunte, não

vejo isso como um problema, sou um homem saudável e dou meus pulos para

ficar minimamente apresentável perto dela.

Novamente risos foram descritos e aquela quantidade de risinhos

começou a me incomodar. Não havia nada dizendo que a jornalista estava

flertando com ele, mas podia imaginá-la fazendo. Podia imaginá-la corando

diante das palavras dele, sonhando em estar no meu lugar.

Mordi o lábio com força, afastando aquele pensamento.

Dominic: Já viu fotos da minha noiva? Ela é absurdamente linda! Às

vezes nem acredito que consegui colocar um anel de noivado naquela

mulher.

Ele deixou a entrevista descontraída e eu sabia que era uma tática para

desviar de assuntos perigosos. Eu era um terreno neutro, porém, mesmo

tendo consciência disso tudo, me vi repassando mentalmente a forma com

que se referiu a mim, e isso me fez tomar uma atitude um tanto quanto

impulsiva.

Abri o aplicativo de mensagens, procurando o contato dele e vendo

que a última conversa que tivemos havia sido há muito tempo. Na verdade,

ele falou e eu o ignorei.

Mia: Absurdamente linda?

Mia: É, essa é uma ótima forma de me definir.

A resposta não demorou nem cinco minutos para chegar.

Dominic: Se eu soubesse que estar na capa da Forbes chamaria

sua atenção, teria feito isso antes.

Mia: Até que sua foto estava apresentável.

Dominic: Vou te ligar.

E no segundo seguinte meu celular estava tocando.

Praguejei, passando a mão pelos cabelos, tentando deixá-los

apresentáveis. Porém, não queria que Dominic pensasse que me importava

com a forma que me via e era por isso que atendi a ligação.

- Tem algum problema com mensagens de texto ou isso é só coisa

da idade mesmo?

- Coisa da idade? - repetiu minha fala em tom de pergunta.

Dominic apoiou o celular em algum lugar e assim consegui vê-lo

melhor. Ele estava sentado descontraidamente em uma poltrona de escritório,

a gravata desfeita de maneira charmosa sobre o colarinho da camisa.

O mafioso segurava um copo de uísque com elegância, os dedos

firmes envolvendo o vidro enquanto ele levava a bebida aos lábios. Seus

olhos brilhavam profundamente enquanto me olhava, exalando um ar de

confiança que o deixava extremamente sexy.

Cada gesto dele era envolvente e fazia meu coração acelerar. Sua

presença na poltrona parecia prender o tempo, fazendo com que eu quisesse

permanecer naquela ligação para sempre.

- Sim - respondi. - Afinal, você já é um senhor. Quando nos

casarmos você vai ter o quê? 40 anos?

Ele estalou a língua, balançando a cabeça em negação.

- Mia, Mia. Cuidado com o que diz, morena.

- Isso é uma ameaça, galego? - rebati seu apelido com outro,

vendo o canto dos seus lábios se levantarem em um sorriso arteiro.

- É um aviso. Veremos se sua jovialidade vai conseguir lidar com a

minha experiência.

- Por que parece estar falando com conotação sexual?

- Porque estou. São sete anos de tesão reprimido, amore mio.

Minha imaginação teve tempo suficiente para ser criativa ao criar diversos

cenários em que nós dois estamos sem roupas. Farei questão de torná-los

todos reais.

Dei de ombros, fingindo uma indiferença que não existia.

- Veremos se você é tão criativo quanto diz.

- Você não perde por esperar, querida. - Ele voltou a levar o

uísque aos lábios.

- Onde está? - questionei.

- Em casa.

- Em uma sexta-feira à noite?

- Você realmente acha que vivo na putaria - falou, dando um

risinho irônico. - Vai ficar surpresa quando morar aqui e ver o quanto

trabalho.

- Entendi. Isso significa que você será um turista em casa?

- Não. Pretendo delegar mais responsabilidades ao Dante e ao

Denver. Da mesma forma, espero que sua carga horária seja reduzida no

hospital, Mia. Lidar com um noivado à distância já é uma porra do caralho,

não vou viver com uma desconhecida, quero você presente.

- Seu pedido soa como uma exigência.

- Sou um homem tóxico, amore mio, não faço pedidos.

Como uma pessoa com índole duvidosa que sou, senti vontade de

sorrir diante do seu comentário. Nada entre nós dois era saudável, seria

burrice esperar o contrário.

E eu gostava de quem ele era. De como ele era.

Bocejei, sentindo sinais do sono.

- Vou desligar, já está tarde - disse, pronta para encerrar a ligação.

- Feliz aniversário, amore mio! Agora faltam apenas três anos.

Daquela vez não consegui conter o pequeno sorriso que tomou conta

dos meus lábios e sem mais palavras, encerrei a ligação.

Olhei para a tela do celular marcando 00h02 da madrugada. Naquele

dia eu completava 25 anos e saber que ele não só lembrou a data do meu

aniversário, como estava contando o tempo que faltava para ficarmos juntos,

mexeu profundamente com meus sentimentos. Sua presença, ainda que

distante, me envolvia em uma sensação de calor e conforto, ao mesmo tempo

em que me deixava um pouco nervosa, mas não de uma maneira ruim. Cada

interação que tinha com ele era como uma montanha-russa de emoções,

fazendo com que me sentisse viva de maneira que nunca imaginei antes.

Suspirei, deixando o celular sobre a mesa de cabeceira, deitando-me

na cama disposta a dormir e parar de pensar no Dominic, fingindo para mim

mesma que iria conseguir administrar tudo o que sentia quando estivéssemos

casados.

                         

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